quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Notas roqueiras: Maestrick, Emdrah, Macumbazilla,, swave..

Maestrick (FOTO: DIVULGAÇÃO)

 - O Maestrick, um dos ícones da nova geração do metal progressivo, acaba de lançar o single “Upside Down”, acompanhado de um lyric vídeo oficial. A faixa, que já está disponível em todas as plataformas digitais via Frontiers Music Srl, marca mais um passo ousado da banda em sua trajetória inovadora e será apresentada no Bangers Open Air 2025, um dos maiores festivais de metal do mundo. O Maestrick é formada por Fábio Caldeira (Lead Vocal, Piano, Synths e Orquestrações), Guilherme Carvalho (Guitarra e Vocal), Renato “Montanha” Somera (Baixo e Vocal) e Heitor Matos (Bateria, Percussão e Vocal).  Bangers Open Air, que acontecerá nos dias 2 (Warm-Up), 3 e 4 de maio de 2025 no Memorial da América Latina (SP), anunciou seu line-up completo e confirmou a banda brasileira em sua primeira edição, em 2025. Ingressos estão disponíveis no site Clube do Ingresso – https://www.clubedoingresso.com/evento/bangersopenairbrasil.

Confira o lyric video oficial de “Upside Down”: https://www.youtube.com/watch?v=PxTcjP1Rstg
Ouça “Upside Down”: https://ffm.to/maestrickupsidedown; Sobre o novo single, a banda destacou: “’Upside Down’ apresenta nosso lado ‘prog metal sarcástico’. Musicalmente, buscamos inspiração em gigantes do rock como Deep Purple e Jimi Hendrix. Tentamos trazer os grooves clássicos do hammond e riffs de acordes abertos para o universo sinfônico de Danny Elfman.”

- A banda paulista Endrah, conhecida pela sua fusão extrema de Hardcore e Death Metal, acaba de lançar o videoclipe da faixa "Hell's Whispers", uma estreia exclusiva no canal Hardcore Worldwide no YouTube, referência mundial em música pesada. Confira o clipe em: https://youtu.be/VwzxNxBchKU.. 
"Hell's Whispers" representa uma nova fase na trajetória sonora da Endrah. A faixa mistura o peso do Death Metal com a agressividade do Hardcore, mas agora com uma maturidade que permite uma exploração mais profunda dos elementos técnicos e vocais. Segundo César 'Covero' (guitarra e vocal), a banda aprimorou sua brutalidade, buscando timbres vocais variados e uma entrega vocal mais intensa, algo possível com a atual formação de trio, composta também por Adriano 'Kardec' Vilela (baixo e vocal) e Bruno Santin (bateria). A letra de "Hell's Whispers", escrita por Kardec, mergulha na mente de um serial killer cruel, descrito como "um monstro de pele humana". Mais que descrever seus crimes, a faixa aborda o impacto psicológico e o terror que ele espalha, retratando uma força maligna quase sobrenatural que assombra e deixa marcas profundas em suas vítimas, criando uma lenda sombria e atemporal. 

- A banda Macumbazilla será uma das atrações da primeira edição do Curitiba Rock Sunday, um festival que promete agitar o público com muito rock e entretenimento para toda a família. O evento acontecerá no dia 24 de novembro, a partir das 11h, no Basement Pub, localizado na Rua Des. Benvindo Valente, 260, no bairro São Francisco. Com uma programação repleta de energia e diversão, o Curitiba Rock Sunday se destaca como uma das grandes iniciativas para os fãs de rock na capital paranaense. 
O trio Macumbazilla, formado pelos vocais de André Nisgoski, Carlos “Piu” Schner no baixo e Julio Goss, na bateria, está na estrada desde 2012, sendo reconhecido por suas apresetações eletrizantes e pela fusão única de rock e metal. Para aqueles que já conhecem o trabalho de estúdio da banda, incluindo o aclamado álbum “...At a Crossroads” — que foi amplamente elogiado pela crítica especializada e, por voto popular, figurou entre os 10 melhores álbuns de metal de 2021 — esta é uma oportunidade imperdível de vivenciar a energia e a intensidade das suas performances ao vivo.

Serviço:

Evento: Curitiba Rock Sunday

Bandas: Macumbazilla, Corram para as Colinas, She is Dead

Data e horário: 24 de novembro, a partir das 11h

Local: Rua Des. Benvindo Valente, 260, São Francisco

Entrada: Gratuita até às 15h com nome na lista; 10 reais após

Lista: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc4wx8V8mrsdWRnSFCZhh7Pc-sZyaVmj3NkE4e1rAEOhsnvdA/viewform

- A banda swave está sempre produzindo alguma coisa nova. Depois do EP “por enquanto é isso” (Deck) e do single “longe do fim”, agora lançam “egotrip”, uma viagem pelas influências deles, que passam pelo garage, rock alternativo e powepop dos anos 90 e 00, “mas com o nosso jeitinho” – explica o guitarrista Murilo Benites - “A música é um convite para refletir sobre o preço de '15 segundos de adoração’, ou seja, a vontade de vender uma história que não é real a troco de nada e o vazio que fica quando esquecemos nossa verdade por uma ficção”. A letra narra a história de uma pessoa que se perdeu em seu próprio ego, acreditando em suas mentiras para justificar suas escolhas e se esquecendo de onde veio e de quem a ajudou. "Além disso questiona: 'Quem é você?', revelando a dificuldade de enxergar a verdade sobre nós mesmos quando estamos presos em medos e ilusões. A música nos lembra que o mundo não gira em torno de nós, e que tudo volta" - finaliza. Assista ao clipe em https://youtu.be/4eQarR0qhNw

Os golpes cotidianos e o 'sequestro' do rock clássico

Marcelo Moreira




Investigações da Polícia Federal mostram que estivemos muito perto de um golpe de Estado bem antes dos eventos nojentos de 8 de janeiro de 2023. Como já era esperado, o golpe foi tramado por militares de alta patente intimamente ligados ao governo do nefasto ex-presidente Jair Bolsonaro; Falta pouco para que este seja diretamente implicado.

Com a extrema-direita de inspiração fascista acuada neste momento no Brasil, ainda somos obrigados e enxergar, aqui e ali, manifestações, ainda tímidas, de negação e defesa do mundo bolsonarista feitas por artistas, alguns de rock.

A estratégia é conhecida: se alguém não faz captura de tela ou cópia da mensagem, o músico fascista vomita nas redes sociais alguma bobagem, deixa por alguns momentos e depois apaga na tentativa de, depois, negar qualquer postagem. M<as o recado foi dado.

Essa gemente chegou a comemorar os resultados das últimas eleições, quando eleitores majoritariamente votaram em políticos indignos de direita para vereador e prefeito. 

Menos mal que os extremistas de direita não tiveram bons resultados, mas gente que prega ódio e apoiou tentativas de golpe de Estado ficou feliz com a guinada á direita achando que esta é uma tendência para a eleição presidencial de 2026.

As prisões de militares bolsonaristas colocou água no chope desses seres inomináveis. Mesmo assim alguns ousaram se manifestar colocando em dúvi

a as investigações e as prisões, quando não chamando os detidos, golpistas desde sempre, de “patriotas”. São mesmos que ousaram aplaudir o atentado a bomba de 13 e novembro contra o STF (Supremo Tribunal Federal). O louco dos fogos de artifício também foi chamado de patriota por alguns, entre eles músicos de rock.

Acometidos por uma patologia coletiva que vai muito além, da cegueira institucional e da ignorância deliberada e criminosa, essa gente claramente deixou de ter vergonha de externar a sua perversidade e desumanidade. 

Como essa gente ainda se diz roqueira e milita no rock é um mistério, mas demonstram que a doença se espalhou rápido e que no mundo musical está contaminado com ideias perversas e destrutivas.

E então chegamos ao lado negativo do termo “rock clássico”, tão rechaçado por músicos de diversas idades e matizes. Ian Gillan, 79 anos, vocalista da banda inglesa Deep Purple, afirma que o termo engaiolou bandas veteranas em um ambiente onde só se quer saber de músicas gravadas e lançadas 50 anos atrás, matando o interesse por coisas novas que artistas mais velhos produzem.

Marcelo Gross, guitarrista com passagem pela banda gaúcha Cachorro Grande, acha o termo perigoso por classificar artistas diferentes e com trabalhos consistentes em uma categoria fossilizada que, involuntariamente prende ao passado quem se aventure a um som com mais referências artísticas da história.

Não é preciso muito esforço para adivinhar onde desemboca esse pensamento: no conservadorismo social que domina a sociedade brasileira e, de quebra, a de outros países, onde a ousadia, a audácia e a provocação artística passaram a simbolizar um mundo progressista assustador para essa gente.

O medo do novo, do instigante e das incertezas do futuro nunc tiveram um efeito tão nefasto e paralisante como agora. 

A sociedade, como um todo, está apavorada com o empoderamento das mulheres, com a desenvoltura das minorias, com as reivindicações antirracistas, com o aumento das populações negras nas esferas de comando, com a visibilidade humana de pessoas trans e LGBYQIA+.

E quem poderia imaginar que muita gente do rock – gente demais da conta, muito mais do que imaginávamos – está em,butida neste meio, apavorada com as mudanças na vida com as incertezas naturais que nos empurram para a frente.

É esse tipo de gente que odeia o Black Pantera, o Living Colour e o Body Count, bandas de pretos enfezados que ousaram colocar os negros na vanguarda do rock e da música pop. 

São os mesmos que debocham, desprezam e criticam bandas como Eskröta, The Mönic e Malvada, integradas por mulheres que exaltam o femininismo e o empoderamento delas, coisas que deixam os conservadores, principalmente os roqueiros, alucinados e amedrontados

Diante desses cenários enervantes e “ameaçadores”, o roqueiro parasita, ignorante e com cérebro estagnado busca refúgio no patriotismo e no rock clássico, terrenos conhecidos e menos complicados.

Apostam tudo no mesmo hit de 50 anos atrás ouvido incessantemente o dia inteiro dia após dia. É o cara que deliberadamente mata o novo por medo, sempre exigindo escutar “Smoke n the Water”, do Deep Purple, esteja onde estiver. É o mesmo idiota que faz questão de ir a lugares que só permitem artistas que tocam versões de grandes sucessos fossilizados, sem espço para qualquer coisa autoral.

A caricatura dessa gemente é o tiozão gordo e mal-educado que tem dinheiro de sobra e uma motocicleta caríssima, que frequenta motoclubes que ainda ostentam bandeiras dos Estados Confederados da América (racista) e lemas que exaltam a “amizade, a lealdade e o patriotismo”, quando não o nacionalismo.

São aqueles que exaltam as piores versões de Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers, o Southern rock que um dia serviu de trilha sonora para discursos supremacistas de brancos sulistas dos Estados Unidos.

Esse mundinho confortável e conservador do rock clássico soa como refúgio para essa gente acostumada a ser tratada (e mimada) com deferência e a desprezar gemente pobre e de cor e de outra orientação sexual. A correspondência com o mundo branco conservador e frequentemente “ostentatorio” do sertanejo moderno brasileiro é imediata.

Até quando toleraremos esse tipo e ser execrável em nossas hostes, empesteando com sua desumanidade e perversidade ambientes marcados ela cooperação, pelo respeito, pela amizade, mas também pelo questionamento e pela contestação?

O golpismo escancarado pela Polícia Federal não deixa dúvidas do perigo que corremos e de como o ambiente brasileiro se tonou tóxico na política, algo que contaminou toda a sociedade. Por isso é que a polarização é cada vez mais necessária para que identifiquemos e neutralizemos os inimigos. E o rock está cheio deles.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Jazz em luto: morrem Roy Haynes e Lou Donaldson

Eugemio Martins Júnior - do blog Mannish Blog

Em um intervalo de três dia, s o mundo do jazz perdeu dois grandes jazzistas da geração dos grandes be bopers. O saxofonista Lou Donaldson morreu em 09 de novembro aos 98 anos e o baterista Roy Haynes em 12 de novembro aos 99 anos, apenas quatro meses de completar 100 anos.

Ambos estavam em New York quando a turma de Dizzie Gilespie e Charlie Parker fundou o be bop, elevando o jazz à grande arte.

Lou Donaldson liderou grupos com os remanescentes do bebop, entre eles, Horace Silver, Art Taylor, Art Blakey, Percy Heath, Kenny Dorham, Clifford Brow e Philly Joe Jones.

Lutou na II Guerra Mundial e também nas fileiras do The Jazz Messengers, prolífico e lendário grupo liderado pelo baterista Art Blakey, participando de um dos primeiros discos do gênero hard bop, A Night at Birdland.

Nos anos 60 deu um gás na carreira gravando bons discos no selo Blues Note. O público fora do jazz percebeu seu nome em 1967, quando gravou Ode To Billy Joe, de Bobbie Gentry, um dos maiores sucessos da época, com o jovem George Benson na guitarra. Recomendo os álbuns Alligator Bogaloo, "Lou Donaldson at His Best e Wailing With Lou.

Roy Haynes nadava com os tubarões da mítica 52 Street: Dizzie, Charlie (Bird) Parker, Miles Davis, Thelonious Monk, Sonny Rollins, Percy Health, Freddie Webster, Roy Eldridge, Max Roach, JJ Johnson e tantos outros caras importantes da época.

Enturmado, era convidado para as sessões dos caras. Participou da primeira sessão de Miles para Prestige, com Sonny Rollins no sax, Bennie Green (trombone), John Lewis (piano) e Percy Heath (baixo acústico), época que Miles era viciado em heroína.

Não parou no tempo e sua versatilidade o conectou aos caras do fusion nos 70 e 80, com Chick Corea e Miroslav Vitous formou o Trio Music que gravou pela ECM alguns álbuns.

Banda americana Crumb toca em São Paulo

Da equipe Combate Rock




Com quase 10 anos de uma agitada carreira, uma bem repercutida passagem pelo Brasil e o suave e delicioso recém-lançado terceiro disco AMAMA na bagagem, o quarteto indie nova-iorquino Crumb retorna a São Paulo no dia 23 de novembro, no Cine Joia. A realização é da Áldeia Produções em parceria com o Cine Joia e a banda de abertura é a Pluma.

A nova turnê do Crumb pelo Brasil também passa pelo Rio de Janeiro (22/11, Agyto) e Porto Alegre (24/11, Opinião). Ingressos em SP: https://fastix.com.br/events/crumb-em-sao-paulo.

Lila Ramani (guitarra e vocal), Bri Aronow (sintetizadores, teclados e saxofone), Jesse Brotter (baixo) e Jonathan Gilad (bateria) estão no topo das paradas de sucesso da nova onda pop psicodélica. Eles costuram uma sonoridade que flerta com o Lo-Fi e beats elegantes, numa paisagem sonora cheia de experimentação lúdica e descolada.

O terceiro álbum AMAMA, que dá o tom desta turnê no próximo mês de novembro, continua a aprofundar o som hipnótico do Crumb. São composições da multi-instrumentista Lila Ramani, ora poeticamente abstratas, ora diretamente confessionais, que tanto rememora os anos de turnê da banda como traça o caminho vertiginoso de um grupo que está em constante movimento.

AMAMA, que também é a gênese e a síntese do Crumb, existe na encruzilhada da psicodelia, pop, jazz e rock, e mostra com louvor porque são elogiados e apontados mundo afora como uma banda de sonoridade única.

Do estúdio para os palcos, o Crumb é nome frequente de grandes festivais, como Wide Awake, em Londres, Primavera Sound, na Espanha e em Portugal, além de tocado na edição 2024 do Pitchfork Music Festival, em Chicago (EUA).

SERVIÇO

Crumb em São Paulo

Data: 23 de novembro de 2024

Horário: 19h (portas)

Local: Cine Joia

Endereço: Praça Carlos Gomes, 82 - Liberdade, São Paulo - SP

Ingresso:

1º lote -R$ 120,00 (meia e meia solidária) e R$ 240 (inteira)

2º lote -R$ 150,00 (meia e meia solidária) e R$ 270 (inteira)

Venda: https://fastix.com.br/events/crumb-em-sao-paulo

Notas roqueiras: Ringp Starr, George Harrison, Popload Festival...


 - O Poplaod Festival, um dos mais festejados eventos de música alternativa do Brasil, retornará em 2025. Será realizado no parque do Ibirapuera no dia 31 de maio, em São Paulo.  A última edição, em 2022, foi realizada no Clube Tietê, na área central paulistana, e teve como atrações principais Cat Power, Jack White e Pizies. 

- O baterista dos Beatles Ringo Starr lançou 'Thankful', faixa que estará presente em seu próximo álbum, dedicado à música country e que, na música em questão, tem parceria com Alison Krauss.. Tendo 11 músicas, essa é a única composta por Ringo Starr, enquanto nove foram compostas por T Bone Burnett e uma por Billy Swan. Nesse trabalho, Ringo canta e toca bateria em todas as canções. Gravado em Nashville, um berço do country, o álbum ainda traz nomes como Billy Strings, Larkin Poe e Molly Tuttle. É o primeiro álbum do artista na country music. Ouça em https://youtu.be/Wp4qWnpGar0

- Também tem material novo de outro ex-beatle. As edições de 50º aniversário de "Living in the Material World", o segundo álbum solo de George Harrison após a dissolução dos Beatles em 1970, foram lançadas pela Dark Horse Records/BMG. Para celebrar o lançamento, a gravação inédita de “Sunshine Life For Me (Sail Away Raymond)” está no ar, com Robbie Robertson, Levon Helm, Garth Hudson e Rick Danko da banda The Band, ao lado de Ringo Starr. A música faz parte da edição Super Deluxe como um single exclusivo de 7", com o lado B apresentando uma versão instrumental da faixa. Ela vem acompanhada por um videoclipe animado, desenhado e animado por Daniel Cordero e produzido executivamente por Dhani Harrison e David Zonshine. Escute em BRIDGET JONES: LOUCA PELO GAROTO | Trailer Oficial (Universal Studios) - HD

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Aconteceu de novo: elite universitária chafurda no preconceito e se orgulha de espalhar ódio



Marcelo Moreira




A cantora negra entra em um restaurante de m,a cidade grande do sul dos Estados Unidos no começo dos anos 1960. Era nacionalmente famosa e foi imediatamente reconhecida ao entra. 

Entretanto, de forma sádica, funcionários brancos manifestaram satisfação, como se estivesse se vingando por suas vidas medíocres, ao dizer que o estabelecimento não servia “negros” ou “pessoas de cor”.

Apesar de indignada, saiu chorando resignada diante de tamanha perfídia. A cena está em “A História de Mahalia Jackson”, de 2022. 

Dirigido por Denise Downes, exibido pela TV Globo na segunda-feira, dia 18 de novembro. Por uma daquelas coincidências maravilhosas, a obra passou na Sessão da Tarde. Após a ocorrência, no final de semana anterior, de uma das mais abjetas e nojentas manifestações de racismo e preconceito entre universitários.

A cna do filme é um triste retrato da perversidade humana que ainda é possível identificar mais de 60 anos depois neste país racista e infeliz. Os casos de preconceito são diários e agora, mais uma vez, revelam o caráter asqueroso da maior parte da elite que ainda insiste em dominar e emporcalhar a nossa sociedade.

Em quase todos os “jogos universitários” brasileiros, quase sempre envolvendo times esportivos de faculdades e universidades particulares, há episódios de racismo e de comportamento inacreditável e reprovável de universitários bem, criados e de classe média alta. 

 Os “belos” comportamentos ocorreram agora nos Jogos Jurídicos de São Paulo, envolvendo universidades da área de Direito.

Em um jogo de handebol, na cidade de Americana, alunos e torcedores da PUC-SP insultaram os adversários da USP com palavras como “cotistas” e “pobres”, sempre de forma pejorativa, de forma a desprezar alunos de escolas públicas,.

Considerados por esses dejetos humanos de xingaram como “pessoas de segunda classe” e indignas de fazer parte do ensino superior.

As reações foram bem rápidas e contundentes com repúdio total às posturas dos alunos e torcedores da PUC, com punições educacionais e perda e empregos e estágios para as pessoas identificadas em vídeo. Que bom que isso tenha ocorrido, mas ainda [e pouco, muito pouco.

Na verdade, é a constatação de que está cada vez mais normalizado um comportamento assustador e explícito da elite nacional: um racismo que beira o ódio e esbarra no fascismo.

Esse tipo de comportamento repulsivo não é uma novidade. É recorrente principalmente em eventos sociais e esportivos de alunos de medicina pelo Brasil, um reduto de estudantes de classe medi e rica, que podem pagar mensalidades de cerca de R$ 10 mil fora ouros gastos.

Antes eram mais discretos nas brincadeiras e posturas reprováveis, agora estão perdendo o pudor. Anos atrás, por exemplo, um estudante de origem asiática, vítima de bullying, foi encontrado morto no fundo de uma piscina durante uma festa de alunos de medicina da capital paulista. 

O caso nunca foi esclarecido, apesar de indícios de violência no corpo. Em festas de futuro médicos no interior do Estado, os casos de violência e preconceito são ainda mais aterradores.

Com aplausos da extrema-direita e de apoiadores do ex-presidente nefasto Jair Bolsonaro, esse tipo de comportamento é relativizado – quando não ignorado e incentivado – por gemente que cultua o ódio e esconde atrás do pior tipo e religiosidade para destilar preconceito e e violência de todos os tipos.

O comportamento dos dejetos que entoaram gritos preconceituosos e racistas no jogo de handebol não pode ser tratado como uma ocorrência menor, como se fosse uma livre manifestação de torcida tal qual em um estádio de futebol em jogo profissional. Racismo e preconceitos são crimes e precisam ser punido severamente.

O incidente é perigoso porque é a confirmação de tais comportamentos não estão presentes e fortes com cada vez mais explícitos e desafiadores, como se os lixos que simpatizam com práticas fascistas perdessem o medo e a vergonha de serem identificados.

É perigoso também em um momento em, que parcela expressiva do eleitorado abraça candidatos e ideias que beiram o fascismo, que semeiam o ódio e espalham mentiras e incentivos a comportamentos violentos de todos os tipos.

 Emerge novamente quando políticos da pior espécie articulam uma “anistia” para terroristas e golpistas de 8 de janeiro de 2023 com extensão ao nefasto Bolsonaro.

E não dá para achar que é coincidência que as manifestações racistas surjam no momento em que um maluco fascista joga bombas no STH (Superior Tribunal Federal) após várias ameaças de morte a ministros da corte.

Não é de se surpreender que vejam,ops decisões judiciais de primeira instância cada vez mais estapafúrdias, muitas delas inconstitucionais e corroendo a liberdade de expressão. Então são esses os futuros advogados, promotores de Justiça e juízeaque terão a missão de fazer “Justiça” neste país infeliz?

São esses os futuros médicos lamentáveis que Têm desprezo por seres humanos que não podem pagar R$ 1 mil por uma consulta?

A polarização político-ideológica é cada vez mais necessária para que possamos identificar quem são os seres execráveis e disseminadores de ódio para que possamos bani-los e neutralizá-los.

Se por um lado episódios como os de Americana são nojentos e aterradores, por outro são instrutivos e reveladores do caráter deformado e parte grande parte dos jovens da elite do Brasil. Que possamos aprender e a combater essa gente inimiga da civilização.

Linkin Park faz grande show em São Paulo e anuncia turnê para 2025

 Flavio Leonel - do sute Roque Reverso




Os fãs do Linkin Park tiveram uma verdadeira semana dos sonhos na primeira quinzena de novembro de 2024, quando uma sucessão de presentes pouco comuns em tão curto espaço de tempo foram proporcionados pela banda norte-americana. Numa tacada só, eles presenciaram o lançamento oficial do novo álbum do grupo, o anúncio de uma nova turnê mundial prevista para 2025 e, no caso do Brasil, ainda tiveram o prazer de ver o retorno dos músicos em show histórico em São Paulo.

Realizada na capital paulista na noite desta sexta-feira, 15 de novembro, a apresentação no Allianz Parque, a Arena do Palmeiras, teve uma série de simbolismos e marcos para o Linkin Park e seus simpatizantes.

Numa campanha de divulgação gigantesca de seu novo álbum de estúdio “From Zero”, o grupo fez, num Allianz Parque com ingressos esgotados, um show de duas horas exatamente no dia de lançamento do disco.

A volta da banda via álbum e shows é o rompimento de um hiato doloroso gerado após a morte, em 2017, do vocalista Chester Bennington.

Marca também a entrada da nova vocalista Emily Armstrong como substituta de falecido Bennington, além da estreia do bom baterista Colin Brittain, ocupando o lugar do antigo componente Rob Bourdon.

“From Zero” também rompeu um hiato de discos inéditos da banda que vem desde “One More Light”, de 2017.

Com um vocal potente e grande personalidade, Emily Armstrong é o maior destaque do álbum, projetando uma nova fase para a banda com imensa aprovação dos fãs novos e mais antigos.

No Allianz Parque lotado e com um público considerado um dos mais dedicados do planeta à banda, o Linkin Park não escolheu por acaso a cidade para o show no mesmo dia do lançamento do disco.

Teste de fogo para qualquer integrante que tentasse ocupar a vaga de um componente tão marcante na carreira de uma banda, a Arena do Palmeiras acabou sendo um suporte não apenas para os novos músicos como também para os veteranos.

Na grande estratégia de divulgação, o show do Linkin Park foi transmitido ao vivo para todo o Brasil pelo canal de TV fechado Multishow e com sinal aberto pela plataforma de streaming Globoplay. Teve ainda a liberação de músicas ao vivo nos canais do Linkin Park para todo o planeta, num verdadeiro acontecimento musical.

No caso do Multishow e do Globoplay, ainda foi transmitida uma entrevista exclusiva de cerca de 10 minutos com os componentes da banda, trazendo toda a expectativa sobre o retorno ao Brasil, algo que não acontecia desde o Maximus Festival de 2017 no Autódromo de Interlagos.

O histórico show no Allianz Parque em 2024 teve um desfile de hits do Linkin Park que saciou a vontade de fãs que, há 1 ano, sequer imaginariam que teriam uma oportunidade como essa novamente.

“Breaking the Habit”, “Numb”, “In the End”, “Faint”, “What I’ve Done”, “Somewhere I Belong”, “Crawling”, “Burn It Down” e “Lost” foram só alguns exemplos do repertório de 26 canções executadas no show em São Paulo.

A emoção era clara e comovente no rosto dos fãs. A alegria era clara e comovente no rosto dos veteranos da banda, como o vocalista e multi-instrumentista Mike Shinoda e o DJ Joe Hahn.

A pressão também era evidente para a vocalista Emily Armstrong, que, logo nas primeiras músicas viu e ouviu aquele coral gigantesco do público cantando “Somewhere I Belong” e “Crawling”. E quem conhece o Allianz Parque sabe o poder que a acústica do local tem quando todos cantam junto.

A estratégia de Emily em algumas músicas foi literalmente “jogar pra galera”, que não se importou nenhum pouco de assumir o protagonismo do show.

Para quem não é fã de carteirinha da banda e estava vendo tudo com uma análise imparcial, a estratégia de Emily poderia ser considerada arriscada, pois havia toda uma expectativa de como ela cantaria ao vivo sucessos tão marcantes na voz de Chester Bennington.

Mas é difícil julgar qual atitude um artista iniciante numa banda deve tomar numa situação dessas. O que se viu, no entanto, quando Emily “jogou pra galera”, foi o público corresponder.

Quando Emily fez sua parte ela não decepcionou, apesar da clara pressão em diversos momentos. Ela tem um vocal potente e envolvente que ainda deve render muitos frutos ao Linkin Park.

Mais do que isso, ela mostrou, nas músicas novas, como nas ótimas
“The Emptiness Machine”, “Over Each Other”, na qual tocou guitarra, e “Heavy Is the Crown”, uma “fúria” muito bem-vinda e muito necessária ao bom e velho rock and roll.

A felicidade contagiante dos fãs foi a mensagem clara que banda e todo o mundo do rock desejava ver.

O rock vira e mexe passa por fases de altos e baixos. E, quando um grupo do porte do Linkin Park renasce das cinzas com força e perspectiva clara de continuidade, a sinalização é mais do que positiva para um estilo que vem enfrentando grande concorrência entre jovens mais voltados a músicas não tão admiradas por este veículo de comunicação.

Turnê mundial para 2025

Quem perdeu a oportunidade de ver o Linkin Park no Brasil em 2024 nos shows de 15 e 16 de novembro em São Paulo terá nova oportunidade no ano que vem, já que no dia 14 o grupo soltou uma agenda de sua turnê mundial de 2025.

Depois de shows previstos para outubro de 2025 na América do Sul em Bogotá (Colômbia), Lima (Peru), Buenos Aires (Argentina) e Santiago (Chile), o Linkin Park voltará ao Brasil em novembro para shows em quatro capitais.

A banda norte-americana tocará, ainda sem a confirmação oficial dos locais, no Rio de Janeiro (8 de novembro), São Paulo (10 de novembro), Brasília (13 de novembro) e Porto Alegre (15 de novembro), este show num festival.

Vídeos do show no Allianz Parque

O Linkin Park liberou no seu canal no YouTube alguns trechos do show em short vídeos do dia 15 de novembro em São Paulo no Allianz Parque. Mas eles não podem ser atrelados a sites, infelizmente.