Depois de muito tempo de torpor e letargia, o mundo do classic prog rock acorda com dois álbuns ao vivo anunciados por bandas importantes, os ingleses do Yes e os norte-americanos do Dream Theater.
O desfigurado Yes tenta manter a chama acesa de ma carreira de 52 anos com o lançamento de “The Royal Affair Tour, Live From Las Vegas” em outubro via BMG Records. É o resultado da surpreendente turnê americana de de 2019, um sucesso de público e crítica.
Isso ocorre mesmo com a banda sem nenhum integrante original e e apenas dois membros da chamada formação clássica, que existiu entre 1972 e 1974 e de forma pingada a partir dos anos 90 - tinha Jon Anderson (vocais), Steve Howe (guitarra), Chris Squire (baixo), Rick Wakeman (teclados) e Alan White (bateria). Só Howe e White seguem na banda.
A data de lançamento do álbum é 30 de outubro, mas estará disponível exclusivamente na YES Store a partir de 2 de outubro. Os formatos são: CD com livreto de 12 páginas; 2 LPs com livreto e digital.
Apesar de uma concorrência estranha com ex-membros - uma banda chamada Yes featuring Anderson, Rabin and Wakeman -, o grupo oficial reencontrou a paz, finalmente, depois da morte do mentor e dono da marca, Chris Squire, em 2015.
A turnê que resultou neste CD ao vivo foi especial porque juntou muita gente de qualidade em um extenso giro pela América do Norte - a abertura ficou por conta do Asia, com uma formação diferente capitaneada pelo tecladista Goeff Downes (também do Yes), do Carl Palmer's ELP Legacy (banda do ex-baterista do Emerson, Leke and Palmer) e John Lodge, ex-integrante do Moody Blues.
Nem mesmo as críticas de que o cantor Jon Davison não passa de um clone de Jon Anderson, o fundador e afastado do grupo desde 2007 - foram capazes de ofuscar brilho da turnê, que contou com o produtor, guitarrista e tecladista Billy Sherwood no baixo.
Gravado em Las Vegas em julho de 2019, o álbum presenta algumas novidades e raridades, como a interessante “No Opportunity Necessary, No Experience Needed”, clássico de Richie Havens de seu segundo álbum "Time And A Word" (1970).
“Tempus Fugit” é outra coisa rara, já que está presente em um álbum obscuro, "Drama" (1980), primeiro álbum de Geoff Downes como membro do Yes. O álbum foi um desastre completo e acabou provocando o fim da banda em 1981. O grupo ressuscitaria dois anos depois com otra formação e outra proposta sonora, mais comercial.
Outras coisas bem legais foram o resgate de "America", de Simon and Garfunkel, que o Yes gravou no fim dos anos 60, uma versão para "Imagine", de John Lennon, com vocais de Lodge, e reabilitação de "Siberian Khatru", clássico muito identificado com a voz de Jon Anderson.
Também de 2019 é o registro a ser lançado pelo principal nome do metal progressivo. "Distant Memories - Live in London" é um longo show que comemorou os 20 anos do como "Metropolis part 2 - Scenes From a Memory" e "Scenes From New York", este um álbum ao vivo.
Com a execução de "Metropolis part 2" na íntegra, o quinteto norte-americano finalmente atendeu a um antigo desejo dos fãs, que veneram aquela que é a maior das óperas-rock do prog metal, ao lado de "Operation Mindcrime", do Queensryche.
Com precisão de ser lançado em CD e DVD, é o novo registro ao vivo da banda em 35 anos de carreira, sendo 31 de lançamentos fonográficos.
Apesar de ser um trabalho dedicado a resgatar na íntegra um disco de 1999, o novo ao vivo tem a sábia decisão de abrir com quatro canções do mais recente disco da banda, "Distance Over Time", de 2019, um trabalho muito bom que recupera um pouco da fase mais metal da banda, nos anos 90.
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