quarta-feira, 30 de junho de 2021

Notas roqueiras: Go Ahead and Die, Kiko Loureiro, Mapius...

Go Ahead and Die (FOTO: DIVULGAÇÃO)

- A banda Go Ahead and Die acaba de lançar seu álbum autointitulado pela Nuclear Blast Records. É formada por Max Cavalera (Soulfly, ex-Sepultura)  seu filho Igor Amadeus, ambos guitarristas e que também são responsáveis pelo baixo. O novo single e clipe é "G.A.A.D.", dirigido por Jim Louvau e que conta com a leitura de um texto pelo rappr e cantor de metal Ice T. Veja em https://youtu.be/0NymAJVAS2A

- O guitarrista Kiko Loureiro, do Megadeth, aperfeiçoou seus conhecimentos do mercado empresarial que cerca sua profissão e, com isso, decidiu se aventurar pelo lado editorial com o livro "Negócios para Criativos", onde explica que sempre haverá desafios no caminho e que cada um deve finalmente correr atrás daquilo que mais ama, tornando o trabalho uma carreira criativa e de sucesso. Kiko Loureiro aplicou isto na música, porém, o livro abrange outras áreas do universo artístico, estimulando quem almeja trabalhar com o que realmente gosta: “Todo criativo deve ser um apaixonado pelo ato de criar, sem julgamento e sem medo de descartar as próprias ideias”, explica o guitarrista. O livro está disponível para aquisição, na pré-venda, por R$ 57, com custos de postagem já inclusos. A aquisição antecipada prevê como bonificação o curso “Caminhos para monetizar sua carreira artística”.  

- A banda mineira de modern metal Mapius adianta mais uma faixa do EP de estreia, "Changing Times". Após o single/clipe "Shut Up", sucessor de "Time Travelers", é a vez de "Renovação", que conta com a participação especial do guitarrista Sydnei Carvalho. "'Renovação' faz uma inusitada mistura de samba, metal e música eletrônica, criando climas e sensações diferentes. Contamos com a participação especial de um dos maiores nomes da guitarra brasileira, Sydnei Carvalho, que criou um solo de metal em cima de uma base de samba, entrando no clima da mescla que fizemos nesta música", declarou o guitarrista Tico Campos. "Apesar das figuras rítmicas brasileiras nos riffs de guitarra, das linhas de bateria em ritmo de samba e do uso de instrumentos percussivos como o agogô, cuíca e tambores, a característica metal predomina", acrescentou. Confira o vídeo de "Renovação", filmado e editado por Bruno Paraguay, em https://youtu.be/CHS3M6T-zCs. A música mescla vocais agressivos com um vocal melódico, contando com um trecho da letra em português e o restante em inglês. "Ela fala a respeito de mudanças, reforçando que podemos vivenciar coisas boas quando algo muda em nossas vidas e buscamos evoluir. A mensagem principal é renovação, algo que traz esperança e boas experiências. Logo, não devemos temer aquilo que é novo, pois podemos aproveitar muito a partir das mudanças que são necessárias e inevitáveis", detalhou a vocalista Ana Lima.

STJ decide que Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos podem usar nome Legião Urbana

  Do site Roque Reverso

Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira, 29 de junho, que os músicos Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos podem usar o nome Legião Urbana em suas apresentações artísticas. Por 3 votos a 2, a Quarta Turma entendeu que não é necessário autorização prévia de Giuliano Manfredini, filho do vocalista Renato Russo, que morreu em 1996.

A discussão envolveu os direitos de propriedade do nome da banda. O herdeiro do vocalista, que é administrador da marca, alegava que os dois músicos, que fundaram a banda junto com o pai, não poderiam usar o nome do grupo sem autorização.

Pela decisão do STJ, os direitos de propriedade pertencem à marca. Porém, o baterista Bonfá e o guitarrista Villa-Lobos fizeram parte do grupo e contribuíram para o sucesso da Legião Urbana.

Com a decisão, ficou mantida uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro que autorizou os músicos a usarem o nome da banda. Nas redes sociais os fãs da banda comemoram a decisão.

A expectativa agora é da possibilidade de os músicos voltarem a tocar as músicas do lendário grupo brasileiro sem se preocuparem com interesses vindos de terceiros.

Em 2015, Dado e Bonfá fizeram muito sucesso com os shows da turnê comemorativa “Legião Urbana XXX Anos”. Na ocasião, o ator e cantor André Frateschi foi o vocalista e caiu no gosto do público.

* Com informações da Agência Brasil
 

Notas roqueiras: Felipe Andreoli, Zander, PAD...


 


- O baixista Felipe Andreoli, do Angra, anunciou recentemente o lançamento de "Resonance", seu primeiro álbum solo, que chegará aos fãs por meio de uma campanha de financiamento coletivo. O músico anunciou os primeiros convidados especiais: os bateristas Virgil Donati e Simon Phillips e o guitarrista Brett Garsed. Em 2021, ele inicia outro grande momento de sua jornada ao iniciar uma campanha para seu primeiro álbum solo, por meio da plataforma Catarse: https://www.catarse.me/felipeandreoli. Ele confirmou a participação também do guitarrista norte-americano Guthrie Govan. O baterista australiano Virgil Donati é um dos mais conceituados do mundo em seu instrumento, se profissionalizando aos 16 anos e se tornando reconhecido por sua velocidade e avançadas habilidades técnicas no instrumento. Têm em seu currículo trabalhos com o Planet X (ao lado de Derek Sherinian), Steve Vai, Frank Gambale, Scott Henderson, Steve Walsh, Mick Jagger, Josh Stone, entre muitos outros. Donati foi um dos sete bateristas testados pelo Dream Theater para a vaga de Mike Portnoy, em 2011, sendo um dos grandes destaques das audições. O britânico Simon Phillips é outro monstro da bateria, com um extenso currículo com grandes nomes do jazz, pop e rock. Gravou com bandas lendárias, como o Asia, Judas Priest, Toto, The Who e artistas como Mike Oldfield, Michael Schenker, Jack Bruce, Jeff Beck, Joe Satriani, Jon Anderson, Gary Moore e Steve Lukather. Ganhou diversos prêmios durante sua carreira, como a nominação ao Hall of Fame da revista Modern Drummer, a bíblia dos bateristas, a vitória na categoria jazz instrumental no 14º Annual Independent Music Awards, com o álbum Protocol II, entre outras condecorações e indicações ao Grammy. Também da Austrália, Brett Garsed é músico e compositor, e ficou conhecido por integrar a banda de Prog metal instrumental Planet X e o grupo solo de Virgil Donati, além de trabalhar como guitarrista com John Farnham e T. J. Helmerich. Brett também integrou o grupo americano de glam rock Nelson, gravando entre outros, o disco After the Rain, um dos grandes sucessos comerciais dos anos 1990. Trabalhou com Derek Sherinian e registrou diversos trabalhos com o projeto Garsed/Helmerich. Foi músico da banda solo de Paul Stanley (Kiss) na turnê do aclamado "Live to Win", em 2011.

- A banda de rock brasileira Zander lança o novo single "Síncope", que destaca o lado punk, emocore e grunge do grupo. A música traz bateria e guitarras marcadas e aborda angústia, ansiedade e frustração em não controlar as pequenas e grandes rupturas e mudanças do mundo e do nosso cotidiano. Acompanhado de um episódio documental, "Síncope" faz parte do novo álbum "Em Carne Viva", que será lançado todo em capítulos/singles, com previsão de conclusão para Outubro deste ano. A música será lançada em todas as plataformas de streaming. O lançamento é via selo Olga Music. "Síncope" passa tensão e desconforto, tanto na harmonia quanto na melodia, transbordando na letra a sensação de vazio, de abandono, de uma consciência da fragilidade e falta de controle em relação às pequenas e grandes rupturas e transformações no mundo e no nosso cotidiano.

- Já está no ar o vídeo com a nova música da banda PAD, de São Paulo. "Anjo" é um,a balada folk de muito bom gosto, com um um trabalho de guitarras e violões estupendo. É um,a canção que destoa um pouco do hard rock em português do sexteto, já que aqui o grupo não esconde a influência gospel na letra simples e direta. Abalroado pela pandemia de covid-19, o conjunto é um dos que mais sofreu com o mundo parado, já que estava em ascensão e engatava uma série de shows. É uma banda subestimada no rock nacional da atualidade.



 

Titãs comemoram de forma tímida os 35 anos de 'Cabeça Disnossauro'

Marcelo Moreira




A comemoração parece tímida para aquele que é considerado o melhor e maior álbum de rock feito no Brasil. "Cabeça Dinossauro", dos Titãs, faz 35 anos anos e será reeditado em CD para marcar a data. Um CD simples, sem bônus e sem livreto especial. Muito pouco para celebrar uma data tão importante.

Em 2012, quando dos 30 anos de fundação dos Titãs, o álbum ganhou uma edição especial, com CD duplo, onde o segundo disco trazia bônus das gravações, como versões demo, e um encarte mais recheado, com informações sobre o contexto do surgimento do álbum.

Talvez seja reflexo dos tempos sombrios e tristes em que vivermos, em que faltam estímulos e incentivos para que artistas e produtores se arrisquem mais.

Ok, parece estranho que a banda opte por relançar o disco em CD, uma mídia que está em franca decadência. Por outro lado, faz sentido em que se invista em um, "cartão de visitas" diferente para as novas gerações, até como símbolo de uma era importante da música nacional.

Membros e x-membros da banda lembraram a data nas redes sociais, mas foi só. Mistura fervorosa e iconoclasta de pop rock e rock pesado, "Cabeça Dinossauro" é agressivo como nunca e violento ao extremo para chacoalhar uma cena acostumada à iro ia fina ou escrachada de bandas paulistas ou o romantismo ensolarado dos grupos cariocas.

É forte, é tenso e destruidor. Conseguiu ser acessível mesmo com porradas na cara, como "Porrada" e "Polícia", além dos surtos psicóticos como "Estado Violência", "Igreja" e "AA UU". 

Político sem ser militante, ativista sem ser panfletário, pop sem fazer concessões, insano sem perder a consciência, o disco deixou claro que aquela geração não ia passar em branco.

O álbum tem um climão punk com toques de hardcore e de metal. Atingiu o grande público com um agressividade nunca antes vista na música brasileira, para desespero dos punks e metaleiros de verdade. 

É o maior símbolo da redenção de uma geração da pós-ditadura que ainda estava inconformada com os resquícios e heranças terríveis do nefasto período em que os militares empestearam a sociedade e destruíram possibilidades de melhora de vida da população. 

"Cabeça Dinossauro" foi uma das poucas obras contundentes que lembraram aos jovens que eles teriam um mundo difícil pela frente, com uma série de obstáculos quase intransponíveis, como a ignorância coletiva predominante, baixíssimos índices de educação e um povo indolente sempre nada disposto a progredir. É totalmente atual nos dias de hoje, pra desespero de uma parte da sociedade que tenta resistir ao fascismo e aos retrocesso.

 

terça-feira, 29 de junho de 2021

Notas roqueiras: Iggor Cavalera, Slayer, Rage in My Eyes...

Iggor Cavalera (FOTO: DIVULGAÇÃO)


- O baterista Iggor Cavalera (ex-Sepultura) lançou mais um episódio da série Beneath the Drums, disponível em seu canal no YouTube. A música escolhida é uma das mais icônicas de sua carreira, “Antichrist”, gravada no primeiro registro oficial da carreira de Iggor, o EP "Bestial Devastation", de 1985. No vídeo, o baterista toca a música e explica detalhes e curiosidades sobre a criação e gravação da obra. Confira o vídeo de “Antichrist”: https://youtu.be/wN4DSnk0ctU. Para celebrar este marco em sua carreira, a releitura que Iggor apresenta no vídeo é complementada pela participação mais que especial de Jairo “Tormentor” Guedz (ex-The Mist, atual Troops of Doom) e seu irmão, Max “Possessed” Cavalera, que gravaram este EP há mais de 35 anos. A série Beneath the Drums foi criada para celebrar a obra do baterista e vem obtendo grande destaque nos principais veículos especializados na imprensa internacional.

- “O Reino Sangrento do Slayer”, biografia que conta a história da lendária banda de thrash metal norte-americana, será relançada no Brasil em uma versão atualizada pela editora Estética Torta em setembro. Após oito anos fora de catálogo no país, a nova versão terá em capa dura, acabamento de luxo com pintura trilateral, mais de 500 páginas, e capítulos adicionais em relação às edições anteriores e que irão cobrir toda a história da banda entre 2011 e em 2019, incluindo um apêndice sobre o saudoso guitarrista Jeff Hanneman. A obra foi escrita pelo jornalista inglês Joel McIver e custa R$ 119,90 no site da editora.

- A banda Rage in My Eyes segue trabalhando em material inédito, e desta vez, após entrar no estúdio Black Stork para dar início às gravações de um novo EP, o grupo realizou as gravações de um vídeo clipe para a nova “And Then Came The Storm”, que deverá ser lançada no segundo semestre. O vídeo foi gravado na cidade de Gramado, na Serra Gaúcha, embaixo de muito frio e seguindo todos os protocolos de cuidado à COVID. As filmagens ficaram a cargo da Colateral Filmes, que já havia trabalhado com a banda no clipe de “Death Sleepers”.

 

Raphael Mendes surge como a nova voz do metal brasileiro

Marcelo Moreira




Houve quem dissesse que o rapaz era apenas um fenômeno de internet e YouTube, dentre tantos que aparecem, fazem sucesso, são vistos por milhões e somem ou ficam na mesma depois de algum tempo.

Quem não se lembra da extraordinária Gabriela Guncikova, garota da República Tcheca que canta demais e que impressionou a todos? Um de seus vídeos, uma versão de "Lay It On the Line", do Triumph, teve a participação de Joel Hoekstra (guitarra, Whitesnake) e Rudy Sarzo (baixo, ex-Quiet Riot e Ozzy Osbourne).

O vocalista brasileiro Raphael Mendes mostrou muito talento ao se destacar em vídeos com performances de canções do Iron Maiden e seu timbre e jeitão muito semelhante ao de Bruce Dickinson. Seria apenas mais um fenômeno de YouTube, que canta nos estúdios de amigos ou no próprio quarto?

Seu projeto solo, o Icon of Sin, lançou o primeiro single, "Shadow Dancer", e joga por terra qualquer desconfiança de diletantismo ou hobby: Mendes canta muito mesmo e mostrou muitas qualidades no heavy metal com muita energia. 

Originalidade, por enquanto, não é a principal qualidade, ms isso não importa no momento. O cantor brasileiro mostrou força e talento para trilhar o próprio caminho e deixar de lado, por agora, as versões de grandes nomes do rock e do metal.

 O lançamento é da gravadora italiana Frontiers Music Srl, que trabalha com nomes como Mr. Big, Yes, Whitesnake e Sebastian Bach, entre outros. O time de músicos que o acompanha é estrelado, a
 começa pelos produtores: Sergio Mazul (Semblant) e Marcelo Gelbcke (Landfall), cujas bandas também são do cast da Frontiers.
  
 formação propriamente dita da banda traz Sol Perez e Mateus Cantaläno nas guitarras, Caio Vidal no baixo e CJ Dubiella na bateria. As gravações foram realizadas em Curitiba (PR).

Os mais atentos vão perceber que Mendes é um cantor internacional já há um bom tempo, muito respeitado no meio do heavy metal. Gravou, por exemplo, duas músicas no recém-lançado álbum do projeto Timo Tolkki's Avalon, "The Enigma's Birth".

Tolkki é simplesmente o fundador do Stratovarius, banda finlandesa excepcional e também atuou com Andre Matos (ex-Angra e Shaman no subestimado Symfonia). Esse álbum também tem a participação de ninguém menos do que James LaBrie, vocalista do Dream Theater.

Sua voz é tão concorrida que pode ser ouvida em dois trabalhos do guitarrista dinamarquês Marius Danielsen, que costuma ter em seus álbuns gente como Michael Kiske (Helloween), Mark Boals (entre outros, Yngwie Malmsteen) e o baterista Vinny Appice (ex-Black Sabbath).

"Icons of Sin", o álbum, mantém essa pegada Bruce Dickinson que o fez o famoso e quem, por enquanto, deve dar o tom de seus trabalhos. Sua performance é impressionante e o já o coloca no primeiro time de cantores de heavy metal tradicional e power metal do Brasil, ao lado de Thiago Bianchi (Noturnall), Edu Falaschi (ex-Angra e Almah), Fabio Caldeira (Maestrick), o finado Mario Linhares (Dark Avenger) e Bruno Sutter.
 



 

Notas roqueiras: Malvada, Ajna, No One Spoke, Inanimalia...

Malvada (FOTO: PRI SECCO/ DIVULGAÇÃO)

- A banda Malvada assinou contrato com o selo e gravadora Shinigami Records, de São Paulo, que irá lançar o primeiro álbum da banda feminina. Criado em março de 2020, no início da pandemia no Brasil, o grupo tem na sua formação integrantes com presença frequente nos palcos da noite paulistana: a vocalista Angel Sberse - que ganhou notoriedade nacional quando participou da edição de 2020 do The Voice Brasil da Rede Globo -, a guitarrista Bruna Tsuruda, a baixista Ma Langer e a baterista Juliana Salgado. 

- A banda Ajna lançou recentemente quatro lyrics vídeos, nesses últimos anos de pandemia e traz uma nova concepção para a canção "War Crimes". Gravado nos estúdios "Rock Together" em São Paulo, o novo videoclipe foi produzido por Maycon Avelino, da Starship Videos. O vídeo será lançado dia 9 de julho de 2021 pela Roadie Crew Live, no canal da revista Roadie Crew e simultaneamente no canal da banda no youtube - https://www.youtube.com/.../UCA9hePyBJMUIPVoRtp4qcJw/videos. Lançado em 2019, o EP "War Crimes" mostra o terror dos crimes de guerra e aponta uma das fases mais sangrentas da história da humanidade. Campos de concentração, torturas e os horrores do holocausto, assim como os efeitos da Bomba Atômica. A música tem produção de Marcelo Pompeu (Korzus). Veja também em https://www.youtube.com/.../UCA9hePyBJMUIPVoRtp4qcJw/videos e https://www.youtube.com/watch?v=IKDtm3bN38w

- A banda No One Spoke lançou recentemente o álbum "Nine Mirrors", que redeu elogios em vários sites especializados. Diante da boa acolhida, o grupo decidiu disponibilizar o disco para download gratuito em MP3 em site oficial. Acesse https://www.noonespoke.com/music.

O grupo Inanimalia anuncia que está no cast do Jovem Rock Festival 3, que acontecerá nos dias 29 e 30 de junho, às 20hs, e poderá ser conferido pelo link https://www.youtube.com/watch?v=-X9rRT29t-k 

Oligarquia e Suck This Punch traduzem em violência sonora este tempo de trevas

Marcelo Moreira


 

Tempos extremos requerem medidas extremas, por mais que as trevas dominem nossos dias e nossos cérebros. É o que fizeram duas bandas paulistas que fizeram de seus novos álbuns veículos para transmitir revolta e violência necessárias para que não nos percamos neste período difícil.

O Oligarquia mostrou extrema competência em seu heavy metal extremo. Neste tipo de som, competência significa extrema violência. "Monopoly of Violence", lançado pela Heavy Metal Rocks, é uma agradável surpresa que se coaduna com o período tenso de trevas em que vivemos.

Os temas do álbum são genéricos, mas é evidente que a inspiração vem do cotidiano do nosso infeliz país que se debate contra uma pandemia devastadora de um vírus mortal e um governo incapaz, ineficiente e incompetente em todas as áreas.

Não é só isso. Há uma evidente preocupação com os riscos que a democracia corre em vários locais, principalmente no Brasil. Não é coincidência que uma das músicas tenha o titulo de "Fascist Heart (Fascist Empire)", com suas guitarras trovejantes que emulam o fim do mundo.

"Imminent Revolution" segue na mesma toada, ms em tom mais épico, com guitarras na cara e mito bem timbradas. "Holy War" e "We Must Die" também fazer tremer as paredes, expondo todo o ódio e  fúria que um mundo em ruínas necessita. Como um bônus interessante, uma versão para "Nada É Como Parece", clássico da banda punk Lobotomia.

 

"The Evil On All Of Us" é o segundo dico da banda Suck This Punch, de Limeira (SP), e foi lançado pela Voice Music. O disco foi gravado no Nock Studio Alive, em sua cidade, com produção de Marcos Nock e financiado através do Edital de Apoio à Produção Cultural de Araras (Lei Aldir Blanc). 

O álbum reúne nove faixas, incluindo os dois singles já lançados: "Machines" e "You're The Best Gun (Against The System)", músicas pesadas e violentas, mas com um groove bem interessante e diferente.

De acordo com o vocalista Tadeu "Bon Scott", as composições de “The Evil On All Of Us” são contextualizadas a partir da ideia de mal em que o homem é tanto agente como vítima.

"Trata sobre o mal que está sob o homem e também sobre o mal que ele cria para si e para as outras pessoas", diz o músico. "Toda a angústia, mágoa, depressão, raiva e temores que são guardados e enterrados do qual acaba criando monstros, pessoas perdidas que acabam se tornando alienadas, escravas de um sistema que suga seu tempo e suas mentes, e as tornam cegas, sem direitos à pensar ou ter uma opinião sobre algo."

"Blind Man" é uma canção forte e icônica, já que resume bem o que a banda pretende: uma pancada violenta e sem concessões. As guitarras aqui foram bem sacadas, jogando entre os canais o peso e os solos. "Sons of War" e "Shout It Out" também são destaques, com boas letras e uma fúria necessária 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Notas roqueiras: SynTz, Tim Owens, Atrocitus, Malved, Levianos...

 


- Alguns meses após o lançamento de seu último EP, "The Quarantine Tapes", a banda SynTz acaba de lançar "The Wraith" em todas as plataformas de streaming e mídias sociais. O novo single conta com a participação de Tim Ripper Owens (Ex-Judas Priest) um dos maiores vocalistas do Heavy Metal de todos os tempos. Confira: https://youtu.be/oqKkZAw-Y0Q

- No dia 1º de maio, o Atrocitus realizou uma Live no hangar, em Curitiba, que marcou o lançamento oficial do EP “Man(un)Kind”. Um dos pontos altos, foi a execução de duas faixas inéditas, “Mordaça” e “Alienado”, que farão parte da trilha sonora do curta-metragem “Martírio”, de Yasmim Carvalho. As duas músicas tecem críticas ao momento atual do país e ao governo Bolsonaro, sendo precedidas na apresentação por fortes críticas ao mesmo. Você pode conferir no vídeo https://www.youtube.com/watch?v=8BQJaH3BVmY

- Após a estreia do clipe de “Animals Eat”, chegou a vez do novo single do Malved chegar às  plataformas de streaming. Veja e ouça em https://open.spotify.com/track/2hgHX6yJE4DF5KVW7HX1Eu e https://youtu.be/nYayqvGaMd8

- O Levianos acabou de estrear um lyric video para o seu single “Siga em Frente”. O vídeo pode ser conferido no canal da banda no YouTube acessando pelo link  https://www.youtube.com/watch?v=Y7wsb7AHDDw

 

Metallica anuncia comemorações de 30 anos do ‘Black Album’

 Do site Roque Reverso



O Metallica iniciou o período de comemorações de 30 anos do lançamento do disco “Metallica” com o anúncio de uma série de novidades. Conhecido popularmente como “Black Album”, o disco, que chegará a 3 décadas de existência no dia 12 de agosto, contará com uma edição especial remasterizada, um álbum de covers com 53 artistas regravando versões de canções do disco clássico e um livro.

A edição remasterizada chegará aos fãs no dia 10 de setembro. Já em período de pré-venda, será lançada em diversos formatos, como vinil, CD, cassete, download e streaming, além de uma edição de luxo com mais de 24 horas de conteúdo.

O álbum de covers, chamado de “The Metallica Blacklist” e cuja capa acompanha este texto, vem na mesma data e com artistas de diversos estilos musicais fazendo suas versões para as faixas do disco clássico.

Estão na lista nomes conhecidos do rock, como Weezer, Volbeat, Ghost, Royal Blood, Cage The Elephant, o vocalista do Slipknot, Corey Taylor, e o vocalista do Depeche Mode, Dave Gahan.

Há também nomes da música pop, como Miley Cyrus, Juanes, Elton John e St. Vincent, entre outros.

“The Metallica Blacklist” será um álbum também disponibilizado em diversos formatos. Em CD, por exemplo, virá em quatro discos. Em vinil, por exemplo, serão 7 discos.

O dinheiro arrecadado com as vendas deste projeto de covers será revertido para instituições de caridade escolhida pelos próprios artistas e para a All Within My Hands, fundação do próprio Metallica, criada pelo grupo com o intuito de criar comunidades sustentáveis para atacar os problemas de fome e educação, encorajando o voluntariado.

O terceiro elemento comemorativo ligado aos 30 anos do “Black Album” é o livro de fotografia intitulado “The Black Album in Black & White”. O livro traz o trabalho do fotógrafo Ross Halfin, com imagens em preto e branco da época do disco, alguma delas inéditas.

O Metallica trouxe aos fãs trailers que explicam tanto o lançamento do “Black Album” remasterizado como do “The Metallica Blacklist”.

Também foram liberados clipes com duas músicas deste álbum de covers. A primeira é “Nothing Else Matters”, interpretada por Miley Cyrus, com participação de Watt, Elton John, Yo-Yo Ma, Robert Trujillo e Chad Smith. A outra é “Enter Sandman”, interpretada por Juanes.

Notas roqueiras: Child O'Flames, Leandro Sant'Ana, Noise Knob Festival...

 


- A tradicional banda curitibana Child O' Flames passou por uma importante reformulação em sua formação, com a entrada de dois novos integrantes: o vocalista Thiago Acantara e o guitarrista Luis Ferraz. Completam o grupo os remanescentes Felipe Borges (bateria), Cesar Augusto (guitarra), Felipe Gusinski (baixo). O quinteto entrou em estúdio na última semana para registrar o vindouro single, que marcará a estreia da atual lineup da Child O' Flames. A banda realizou as gravações no MGC Estúdio, uma referência em produção musical para bandas de rock e metal, comandada pelo experiente músico Marcelo Gelbcke, que produziu o trabalho, e tem em seu currículo álbuns das bandas Landfall e Icon of Sin. A mixagem e masterização ficará a cargo do mundialmente renomado produtor Adair Daufembach, que trabalhou com artistas renomados internacionalmente como Tony MacAlpine, Project 46 e Hangar, além de ter trabalhado no mais recente álbum solo de Kiko Loureiro (Megadeth).

- "BRAZIL? [subst. masculino] extermínio deliberado" é o título do primeiro álbum solo de Leandro Sant’Ana, conhecido músico de Santo André, com passagem por bandas como Leeds e War Industries Inc. O material é um lançamento da Abraxas Records no streaming e também está no Youtube.
Ouça nas plataformas digitais: https://ps.onerpm.com/7009565596; No Youtube: https://youtu.be/xBqOTW3VAUY. Neste registro de duas músicas – Vertigem e Humano, Leandro Sant’Ana experimenta com ruídos, sonoras de telejornais, dark ambient, synths, linhas de contrabaixo e outros elementos para expurgar o sentimento acerca do momento brasileiro atual – pandemia descontrolada, conluio do governo com o neofascismo e o neoliberalismo pungente que massacra as parcelas mais pobres da sociedade.

- Com a proposta de um festival cultural para fomentar a cena musical do metal brasileiro, cruzando bandas de diferentes gerações e estilos musicais nichados no rock 'n roll, nasce o Noise Knob. Um evento em formato híbrido que busca resgatar a essência musical. Para o idealizador Leonardo Panara, "Noise Knob surge com a necessidade de algo novo no cenário do rock e metal nacional e a minha vontade de inserir essa experiência para o público e para todos que trabalham no setor da música pesada no Brasil". O festival conta com bandas de gerações e projeções diversas, fomentar a interatividade entre público e bandas, incentivar e valorizar a cena musical do metal com profissionais e artistas consagrados no gênero e também os que estão entrando agora no cenário. O evento será totalmente online e para celebrar o mês do rock acontecerá nos dias 9 e 16 de julho de 2021 das 19h às 21h30 em formato de live. No primeiro dia, 9 de julho, abrindo o festival com um show totalmente exclusivo, o Surra que tem sido considerada uma das bandas que está movimento a cena underground nacional, seguindo pelo Questions, hoje uma das melhores bandas de hardcore que surgiram na América do Sul. Para fechar a noite, os veteranos do punk rock Ratos de Porão, que desde 1981 conquista fãs no mundo inteiro com suas letras politizadas. O segundo dia, 16 de julho, conta com abertura do Bayside Kings, apresentando sua música rápida, melódica, agressiva e cheia de questionamentos internos e externos. Seguindo pela banda Glória que volta à ativa com energia total e nova formação. Para fechar o último dia do festival, o Dead Fish chega com o pé na porta tocando suas músicas cheias de críticas direcionadas, mensagens de proatividade e discurso de resistência, encerrando com classe o Noise Knob Festival. Os shows foram gravados antecipadamente no estúdio High Five, seguindo os protocolos estabelecidos para gravações audiovisuais elaborados em conjunto pela SindCine, APRO e SIAESP - esse protocolo atende as exigências apontadas pela OMS e outros entidades de saúde e vigilância sanitária.
 
SERVIÇO:

NOISE KNOB FESTIVAL

Ratos de Porão, Questions e Surra
Data: 09 de julho
Horário: A partir das 19H
Local: Canal no youtube do Noise Knob

Dead Dish, Glória e Bayside Kings
Data: 16 de julho
Horário: A partir das 19H
Local: Canal no Youtube do Noise Knob

Link do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/324613405822984?ref=newsfeed

 

Helloween acerta ao buscar, em novo CD, inspiração no passado para ter um futuro

Marcelo Moreira




O melhor que pudemos fazer. Esse foi sentimento que os integrantes do Helloween passaram ao comentar o lançamento de "Helloween", o novo disco da banda alemã que caminha para os 40 anos de existência, só que agora como um septeto.

Havia o temor de que o retorno de dois integrantes da formação dos anos 80 transformasse a reunião em um mero encontro nostálgico para celebrar o passado honroso e vitorioso. 

A turnê que trouxe o guitarrista Kai Hansen e o vocalista Mchael Kiske de volta prometia isso e mais nada, mas eis que "Pumpkin United", a primeira música com os sete músicos, mostrou que eles queriam mais.

O álbum recém-lançado é um olhar para o futuro de uma banda que se acomodou nos louros do sucesso e depois tentou variar e ousara partir dos anos 90. Nem sempre teve bons resultados, mas não ficou parada. 

Assim como o Iron Maiden reintegrou com sucesso Bruce Dickinson e Adrian Smith em 1999, as voltas de Hansen e Kiske foram uma tacada de mestre e reacendeu o interesse pelo gigante alemão que parecia caminhar lentamente para a irrelevância.

Helloween como um septeto (FOTO: DIVULGAÇÃO)



"Helloween" é um disco bem interessante, cheio de vitalidade e de ideias novas na comparação com os mais recentes álbuns da banda. Acrescentou uma timbragem mais moderna nas guitarras e toques mais progressivos, como na excelente "Skyfall", uma composição do guitarrista e vocalista Kai Hansen.

"Best Time" é outra canção fulgurante, que resgata o que de melhor a banda fez nos anos 90 e 00, trabalhando mito bem os jogos e duetos vocais entre Kiske e Andi Deris. 

Nas recentes entrevistas dadas a canais brasileiros de YouTube (Régis Tadeu e Igor Miranda), Kiske e Deris demonstraram que o Helloween atual não comporta mais brigas de egos e ciumeiras, fatos que corroeram os relacionamentos nos anos 90. 

Os dois dizem estar confortáveis em dividir os vocais na maioria das músicas, e que o trio de guitarras com a chegada de Hansen tornou o som do Helloween mais poderoso. 

Sobre a exclusão do baterista Uli Kusch e do guitarrista Roland Grapow do atual momento da banda, Deris apenas afirmou que o projeto não comportava os dois ex-membros. 

Para sites estrangeiros, Deris comentou nesta semana que Grapow foi demitido do Helloween no começo dos anos 2000 por causa de questões financeiras - teria usado indevidamente dinheiro da banda e não comprovou os gastos.

"Fear of the Fallen" e "Indestructible" são outras canções que merecem destaque. Mostram uma vitalidade que há muito a banda não revelava  e traz arranjos de guitarras surpreendentes dentro do chamado power metal característico da banda. 

O Helloween tomou uma decisão bem madura ao se reagrupar, independentemente das motivações ou das disposições. Quem viu a banda ao vivo no  Rock in Rio 2019 como um septeto ficou bem impressionado com o que aconteceu e, ali, estava mais do que claro que a banda estava no caminho certo em busca da revitalização ao buscar estímulo no passado para voltar a brilhar.

 

 

 

domingo, 27 de junho de 2021

A 'guerra das vacinas' chega ao rock: fiquemos alertas contra a discrminação

Marcelo Moreira




A vacina é a protagonista na volta dos shows nos Estados Unidos e na Europa, e vem provocando algumas situações polêmicas e constrangedoras. Duas delas envolvem dois guitarristas estrelados: o norte-americano Bruce Springsteen e o inglês Eric Clapton. 

Springsteen foi o escolhido para um evento-teste em Nova York para uma apresentação pequena de reinauguração dos peças de teatro na Broadway ocorrido neste sábado (26). 

Tanto as autoridades sanitárias da cidade como os organizadores do show impuseram uma condição para quem quer assistir ao show: as pessoas precisam comprovar que estão vacinadas.

A polêmica, no entanto, é que não basta estar vacinado. Só serão aceitas as vacinas que têm a provação do governo dos Estados Unidos. Isso significa que a chinesa Coronavac e a europeia Astrazeneca estão fora da lista. Só valem os imunizados com Pfizer, Moderna e a dose única da Johnson & Johnson.

Portanto, brasileios, canadenses e britânicos, vacinados predominantemente com Coronavac e  AstraZeneca-Oxford estão barrados.

A questão não é grave somente em relação a shows. Provavelmente, será uma recomendação das autoridades sanitárias norte-americanas que pode ser estendida para outros ramos de negócio e ambientes sociais no país. 

Os Estados Unidos, não apenas podem decretar que não vacinados serão párias como quem se vacinou com determinada marca de imunizante também poderá ser discriminado em vário segmentos da vida cotidiana. 

É um precedente extremamente perigoso que pode, inclusive, afetar conceitos primordiais e sagrados para os americanos, como a liberdade individual acima de quase tudo e a de ir e vir. O que poderá impedir, por exemplo, que uma companhia área impeça vacinados com Coronavac de embarcar?

Se a exigência de comprovação de vacinação para quase tudo na vida é algo desejável e merecedor de aplauso como forma de combater o negacionismo e as campanhas nojentas antivacina, por outro lado a discriminação por conta da marca e origem do imunizante é algo extremo e exagerado. suas consequências podem ser imprevisíveis. 

A AstraZeneca está tentando ser aprovada nos EUA após ter apresentado 76% de eficácia em prevenir os sintomas da Covid-19 e 100% na prevenção de sintomas graves e hospitalização. Apesar das aprovações em diversos países, o FDA americano (a Anvisa de lá) pediu evidências de testes em maior escala.

O caso que envolve o nome de Eric Clapton é um pouco mais complexo, mas igualmente preocupante. O guitarrista, que bradou contra as medidas de isolamento social e lockdowns no Reino Unido, espalhou um monte de mentiras a respeito da suposta ineficácia de vacinas - qualquer uma - e esbravejou contra a os efeitos colaterais do imunizante que tomou, da marca Astrazeneca-Oxford. 

Em e-mail e telefonema a um amigo, reclamou de dores de cabeça, dores musculares e de "sofrimento incomparável", o que foi interpretado como uma "desnecessária e perigosa" desinformação a respeito da vacina que salva vidas. 

Em relação ás cinco principais marcas em aplicação pelo mundo, o índice de incidência de efeitos colaterais graves é tão desprezível que não são levados em consideração. O choramingo de Clapton foi visto como exagerado e mais uma investida contra a necessária campanha de imunização.

Juntando-se ao fato de que ele é radicalmente contra o lockdown e o isolamento social - "prejudica a economia e os empregos no show business" -, o resultado é que os amigos, empresários de shows de rock e músicos de vários gêneros se afastaram dele, visto como um negacionista.

"Meu telefone parou de tocar e todos se afastaram de mim", reclamou Clapton em uma entrevista ao jornal inglês The Guardian, a mesma em que relatou o "sofrimento" com as "graves consequências" da vacina.

É evidente que devemos ter cautela em relação aos desdobramentos das restrições impostas aso vacinados e não vacinados para que a coisa não descambe para a pura discriminação, até porque o ritmo de imunização não é o mesmo no mundo - no Brasil, só 11% da população está vacinada com as duas doses, enquanto países como Israel, Estados Unidos e Reino Unido superam os 70%.
 
No caso de Clapton, fica aquela sensaçãozinha de "bem feito" por conta de sua campanha nojenta contra lockdown, distanciamento social e vacina. Ignorância e má fé precisam, de uma forma ou de outra, serem punidas, mas as consequências graves precisa ser analisadas. 

Mais preconceito e mais discriminação não podem ser punições além da conta ou se transformarem em "novo normal" daqui em diante.

Notas roqueiras: Organic Reaction, Eloy Fritsch, Carminium...

 


- A banda de prog rock/metal Organic Reaction lança o álbum de estreia "Mysteries of the Lost World", gravado nos estúdios Nas Nuvens e Órbita, no Rio de Janeiro (RJ) e masterizado por Thiago Bianchi no Fusão Studio (SP). "O álbum foi produzido por mim e por Daniel Alcoforado, que fez a mixagem na Cia dos Técnicos Studio (RJ), enquanto a produção executiva ficou a cargo de Vladimir Ribeiro (BeProg)", detalha Alex Curi. "O álbum é conceitual e traz uma temática que retrata o caos do sistema em que vivemos, ilustrados por planetas e lugares perdidos, o rock progressivo é o estilo que predomina em 'Mysteries of the Lost World'. Porém, a proposta é soar pesado, groovado e natural, passeando por influências da black music e até as levadas modernas do heavy metal", acrescentou. O grupo foi criado por Alex Curi em 2018, no Rio de Janeiro (RJ), inicialmente como um projeto virtual com músicos convidados. Ao convidar seus companheiros na banda instrumental Sequaz, Jorge Mathias (baixo) e Luiz Alvim (teclados), para as gravações, veio a ideia de consolidar a formação. "Para o vocal, o nome de Cris Delyra era a prioridade e, após a colaboração de alguns guitarristas no álbum, como Bruno Santanna, Gustavo Di Pádua e Thiago Martins, Dallton Santos se firmou na formação", contou Curi. Veja o clipe de "The Creation Day", dirigido por Alex Curi, em https://youtu.be/gCicWX

- O álbum “Mythology”, do compositor gaúcho Eloy Fritsch, completa 20 anos. O álbum foi lançado em CD pela gravadora carioca Rock Symphony em 2001. “Mythology” foi um projeto singular na vida do músico. O músico instalou seu estúdio por três meses na paradisíaca praia de Garopaba, em Santa Catarina, para compor e gravar todos os temas do álbum. “Mythology” é o projeto mais ambicioso da carreira do músico, que elaborou um encarte com várias páginas contando as lendas mitológicas dos vários povos da Terra. As imagens e o design gráfico foram criados pela artista plástica Umbelina Barreto. Destaque para as músicas “Shiva” e “Atlantis”, que foram escolhidas para fazer parte das coletâneas holandesas de música “E-dition” #13 e “E-dition” #14, respectivamente. Além disso, Fritsch foi indicado ao prêmio Açorianos de Música na cidade de Porto Alegre como melhor compositor. Neste álbum o tecladista utilizou diversos sintetizadores, entre eles, o lendário modular Roland System 700 Laboratory. Ouça “Mythology” no Youtube: 
https://youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_lv1rzSFXDB6J38Y25LLesJgA2dwVVECuY

- Acaba de ser lançado o EP “Speculorum”, da banda carioca Carminium. Composto de cinco faixas, trata-se de um verdadeiro sopro de vida e renovação no metal nacional, com Caudo Feitosa (vocal/teclado), Lucas Duarte (guitarra), Matheus Campos (baixo) e Thiago Barra (bateria – substituído atualmente por Caio Ferreira) usando e abusando das mais diversas influências e referências, tanto estéticas quanto sonoras. As faixas “Blind Machine”, “Train of Souls”, “Lady Coldness (Black Aura)”, “Social Phobia” e “Taxi Driver” transitam em uma sonoridade voltada ao Heavy Metal, com influências de bandas clássicas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Whitesnake, Mr.Big, Ozzy, Alice in Chains, Soundgarden, Pantera, Megadeth e Dr. Sin.

 
 

Auge do Van Halen com Sammy Hagar, 'F.U.C.K.' completa 30 anos

  Rafael Franco - do site Roque Reverso

 


Nono álbum de estúdio do Van Halen, o “For Unlawful Carnal Knowledge” completa 30 anos do seu lançamento nesta quinta-feira, 17 de junho de 2021. Terceiro disco com a presença de Sammy Hagar nos vocais, depois de o substituto de David Lee Roth ter brilhado no inaugural “5150” (1986) e nem tanto no “OU812” (1988), o “F.U.C.K.”, como também é conhecido pelos fãs, se tornou um dos principais clássicos da consagrada banda norte-americana e foi um marco da segunda fase gloriosa do grupo.

Vencedor do Grammy em 1991, quando levou o troféu de Melhor Performance de Hard Rock daquele ano na maior premiação da música mundial, a produção também atingiu a primeira
posição do top 200 da Billboard, sendo que permaneceu na liderança desta listagem por três semanas.

Concebido entre março de 1990 e abril de 1991, o “For Unlawful Carnal Knowledge” foi lançado pela Warner Bros Records e marcou o retorno do produtor Ted Templeman, que voltou a trabalhar com o Van Halen após ter conduzido a produção de todos os álbuns do grupo de 1978 a 1984, período em que o quarteto de Pasadena contava com Lee Roth como vocalista.

Durante os longos 13 meses de produção, Ted trabalhou em parceria com o produtor Andy Johns, que já havia prestado os seus serviços ao Led Zeppelin e aos Rolling Stones, e colaborou para que o álbum comprovasse novamente a enorme qualidade musical exibida por Hagar, Eddie Van Halen (guitarra), Alex Van Halen (bateria) e Michael Anthony (baixo).

E o álbum lançado em 17 de junho de 1991 mostrou a banda retornando às raízes do hard rock, depois de o disco “OU812” ter sido alvo de críticas e ficado longe do nível excelente do “5150”, que marcou o início da era Hagar no grupo.

Na família deste jornalista que escreve esta resenha, o seu irmão Mario Franco tem fundamental contribuição na aquisição de conhecimento e no gosto pelo Van Halen. 

Nas lembranças do querido Marinho sobre o disco, ele destaca que foi de Hagar a ideia provocativa de chamar o álbum de FUCK, que, devido à censura da indústria musical, teve de ser o seu nome codificado por meio das iniciais da frase que nomeia o disco: em tradução livre para o português, “Para conhecimento carnal ilegal”.

Com quase todas as canções trazendo solos ou riffs marcantes da inconfundível guitarra de Eddie, que morreu no ano passado, vítima de câncer, o “F.U.C.K.” também passou a apostar em arranjos nos quais os teclados e sintetizadores, utilizados com muita frequência nos seus álbuns da década de 1980, foram deixados de lado em detrimento a um rock mais seco e pesado.

Em exceção à regra do disco, o piano ganhou protagonismo no hit “Right Now”, single de maior sucesso deste álbum. Além de ser o carro-chefe do andamento da melodia, o instrumento é usado de forma destacada para introduzir e depois para finalizar a canção. 

Embora com um arranjo simples, o piano é executado de maneira sofisticada por Eddie, que também toca logicamente, com a habitual maestria e genialidade, a guitarra desta faixa do disco.

Prêmios

Com um refrão marcante, “Right Now” se consagrou como um sucesso na esteira da popularidade dos videoclipes, então ainda muito fortes no fim da era pré-internet. 

Esta música foi escolhida o vídeo do ano no MTV Awards de 1992, sendo que também faturou outras duas honrarias da mesma premiação: as de melhor edição e direção.

Outra música do “F.U.C.K.” que fez um relevante sucesso foi “Poundcake”, faixa que abre o álbum e traz Eddie inovando ao usar o som de uma furadeira elétrica junto com a captação de som da sua guitarra. 

O ruído alto da ferramenta é ouvido no início e até em parte do solo da canção, que é repleta de demonstrações da grande habilidade do guitarrista e foi uma das três músicas deste álbum que atingiram o topo das paradas da Billboard.

O saudoso líder do Van Halen contou que a ideia de usar a furadeira surgiu quando um técnico de guitarra operava um modelo Makita 6012HD e o som captado ali era semelhante ao ouvido quando vamos “dar a partida em um motor”. 

Nos shows da banda, uma ferramenta deste tipo pintada com as mesmas listras tradicionais da guitarra Frankstein de Eddie passou a ser usada quando o grupo tocava “Poundcake”.

As outras duas músicas do álbum que lideraram as paradas da Billboard foram “Runaround” e “Top of the World”, esta a 11ª e última do álbum. Curiosamente, “Right Now” não alcançou a ponta, mas figurou em um excelente 2º lugar, enquanto “The Dream is Over” (7º) e “Man on a Mission” (21º) foram outras faixas com postos de destaque.

O hit “Top of the World”, por sinal, foi a única canção deste álbum para qual o Van Halen trouxe um músico de fora do grupo para participar. Steve Lukather acabou convocado para ser um dos backing vocals, ao lado de Anthony e Alex, que também desempenharam essa função nesta faixa e em outras do disco.

Vale destacar a boa presença de Anthony com o seu baixo na canção “Spanked”, na qual a marcação dos acordes graves do instrumento são realçados desde o início e depois servem como principal base do andamento da música. 

O mesmo vale para a guitarra de Eddie nas faixas seguintes do álbum: o sucesso “Runaround” e as mais experimentais “Pleasure Dome” e “In n’ Out”. “Judgement Day”, “Man on a Mission” e “The Dream is Over”, outras três ótimas músicas do álbum, são verdadeiras aulas de guitarra, com riffs e solos inspiradíssimos.

Homenagem ao filho

E a décima música do álbum, “316”, é a única 100% instrumental e traz Eddie ao violão em uma composição feita em homenagem ao seu então filho recém-nascido Wolfgang, que veio ao mundo em 16 de março de 1991. 

Parte desta canção já era usada em solos de guitarra nas turnês dos álbuns anteriores, mas ganhou finalização acústica nesta gravação, conforme bem lembrou o ex-aspirante a guitarrista Marinho durante as conversas para a construção desta resenha. Muitos anos mais tarde, Wolfgang veio a tocar como baixista junto com a banda do pai em sua última formação.

As vendas globais do álbum totalizam aproximadamente 5 milhões de cópias, sendo que cerca de 80% deste volume foi adquirido na América do Norte.

Assim, o “For Unlawful Carnal Knowledge” ficou distante de alcançar o sucesso comercial de outros grandes discos do Van Halen, como por exemplo o “1984” e o álbum de estreia, cujo título é o nome da própria banda. Ambos ultrapassaram a casa das 15 milhões de unidades vendidas cada um.







sábado, 26 de junho de 2021

Notas roqueiras: Fabiano Negri, W-Yo, Levianos, Isso...





- O cantor e multi-instrumentista Fabiano Negri lançou novo videoclipe - é mais uma música do CD "Reborn", que foi dividido em dois EPs. "Moth", mariposa em inglês, refere-se a uma lenda que acompanha a família dele há gerações. "Toda mulher que morre se torna uma mariposa que vem visitar aqueles que ela deixou para ver se está tudo bem com todos." A canção acabou se tornando uma homenagem a sua mãe, que morreu durante a gravação do disco. O vídeo foi gravado, dirigido e editado pelo filho de Fabiano, Ian Pinheiro. "Reborn" é o álbum que marca o retorno de Fabiano à criação musical após ser contratado pela produtora americana Big Can Productions. O primeiro EP saiu em janeiro último e a próxima virá no dia 23 de julho. 

- Responsável por fundar grupos como Crime Perfeito, RPW e Verbo Pessado, lendários grupos musicais dos anos 90, W-Yo assume uma responsabilidade de criar sua carreira solo e prepara seus fãs para grandes projetos onde o Rock, Hardcore, Metal, Rap e Skate, serão protagonistas em suas composições. Um dos mais recentes lançamentos do artista, o single “Pichadores da Antiga”, vem obtendo grande sucesso nas plataformas digitais e com seu épico estilo musical, a faixa é uma excelente apresentação de tudo que está sendo preparado por “W-Yo”. Confira: https://open.spotify.com/track/68oShJnQEnY6XgAJJ2YcsS?si=0d567c38cb054565

- Fazendo a divulgação de seu mais recente trabalho, o álbum “Reflexos”, a banda manauara Levianos vem lançando uma série de vídeos em seu canal oficial de YouTube. Dentre eles, destaque para o lyric vídeo da música “Quem Será?”, terceira faixa do CD, e que pode ser assistido no link  https://youtu.be/w0gEP5IHjPI

- 'A Estrada' é a nova música de estúdio da Isso, lançada pela produtora e selo Abraxas, faixa que marca pontos novos na história da banda belorizontina de stoner rock/grunge, além de ser a primeira inédita após o elogiado EP Atalaia, que repercutiu até mesmo em mídias especializadas do exterior. 
Ouça 'A Estrada' aqui: https://bit.ly/3hBF0iw. O single traz uma introdução de piano, elemento inédito na sonoridade da Isso, até então fiéis à tríade baixo, guitarra e bateria, respectivamente tocados por Vinicius Fiumari, Pedro Maia (também vocalista) e Tone. As teclas são executadas pelo convidado especial Luciano Porto, conhecido músico da música alternativa de Belo Horizonte (Ancestral Diva, Low Mantra).

'Born Again', clássico renegado pel Black Sabbath, pode ganhar nova mixagem

 Marcelo Moreira



Vai estragar aquilo que é ruim, mas que é muito bom e cult. E então poderemos ter uma versão bem diferente daquele disco do Black Sabbath que é amado e odiado: "Born Again", aquele que tem a capa mais horrenda de todos os tempos, mas que também é icônica.

Em recentes entrevistas para veículos de comunicação britânicos, o guitarrista Tony Iommi, ex-Black Sabbath, afirmou que trabalha em uma caixa com os álbuns da época de Tony Martin como vocalista, que pode ter muitos bônus e, surpreendentemente, aventou a possibilidade de de remixar o disco "Born Again", o único com Ian Gillan (Deep Purple) nos vocais, lançado em 1983.

Em depoimento ao site "New.In 24", Iommi comentou que achou em seus arquivos as fitas originais do disco com Gillan com a mixagem até então definitiva e que chegou às lojas - e que desagradou a todos, mas que é amada em países como Brasil, França e Austrália.

Um disco pirata dos anos 80 chamado "Born Again Demos", todas as músicas mais a descartada "The Fallen" aparecem sem as camadas de guitarras e efeitos da gravação que chegou às lojas. Há menos peso e o baixo quase some. Essa seria uma das versões que o grupo pretenda ver no produto final.

Segundo Gillan, a mixagem final foi acompanhada em Londres pelo baixista Geezer Butler após a produção realizada pela banda e pelo engenheiro de som Robin Black. 

"Tudo ficou muito estranho, abafado demais, e com sons esquisitos, que nunca soubemos de onde saíram. Bem diferente do que fizemos no estúdio e do que gostaríamos de que soasse. Não sei o que aconteceu e não gostei do álbum", disse o cantor em conversas informais com jornalistas brasileiros em 1997. Até hoje ele não se conforma de "Born Again" ser considerado um clássico e ser venerado no Brasil.

Clique aqui para ler mais sobre a história de "Born Again" dos motivos de ser venerado no Brasil.

Notas roqueiras: Insulter, Desert Druid, Somos rock Festival...

 


- Insulter, uma das pioneiras de metal extremo da mundialmente conhecida cena mineira, apresenta seu novo single e lyric video, "Insane", que também será a faixa-título do álbum, primeiro de uma trilogia contando a história do personagem Insane. "A letra fala dos conflitos que atormentam o personagem, que é considerado um louco pela sociedade. Porém, na verdade, é um ser atormentado e angustiado pelas injustiças do mundo. Uma particularidade da letra é que menciona todas as outras oito faixas do novo álbum", revelou o vocalista e guitarrista Reinaldo Resan, hoje acompanhado por Claudio Freitas (ex-R.I.V.) no baixo e backing vocals. Outro aspecto interessante do lyric video é que as imagens mostram pontos principais da cena metálica de Belo Horizonte (MG). "O ponto de partida é o Mineirão, onde o Kiss tocou em 1983. Depois, passa pelo Mineirinho, onde Sepultura, Exciter e Venom se apresentaram em 1986, pela antiga loja da Cogumelo Records, além do DCE da Federal, um local de shows históricos. Também mostra o ICBEU, point de vídeos nos sábados à tarde; o Pizza Light; o DCE da Católica 'Crepúsculo dos Deuses' e o Ginástico, outros dois locais de shows memoráveis. Por fim, temos a Serra do Curral, local de peregrinações noturnas dos headbangers e, infelizmente, lugar onde o Denis Fernandes, ex-baixista do Insulter, partiu desse mundo", detalhou Resan. Confira o lyric video "Insane" em https://youtu.be/zuNpxjpP0mg

- Capital Inicial, Nando Reis, Os Paralamas do Sucesso, Jota Quest, Paula Toller, Biquini Cavadão, Ira! e Charlie Brown Jr. - Tour 30 anos e Engrennagem estarão juntos no #SomosRockFestival, que anuncia a nova data. No dia 28 de maio de 2022, mais de 12 mil pessoas são esperadas para celebrar o retorno do bom e velho rock'n roll aos palcos. Pela primeira vez o #SomosRockFestival será realizado no Anhembi, em São Paulo. O público de todo o país poderá assistir a mais de 12 horas de música, com shows ininterruptos, em 2 palcos diferentes. A pré-venda é pela pela Eventim. Serão disponibilizados três opções de espaços: front stage, pista e open bar. https://www.eventim.com.br/

- O trio brasileiro Desert Druid and the Acid Caravan, oriundo de Sorocaba/SP, anunciou o lançamento oficial de seu EP de estreia "The VVitch" para 2 de Julho no streaming (via Dopesmoke Heavy Music Productions) e Bandcamp . A pré-venda no Bandcamp já pode ser feita no link  
https://desertdruidandtheacidcaravan.bandcamp.com/album/the-vvitch-3. Formado por F.Klinger (baixo e voz), Nass (guitarra) e E.Lisboa (bateria), o trio Desert Druid apresentará com seu EP de estreia uma honrosa ode ao Doom Metal, ao Hard Rock e ao Horror, com temática envolva pelo oculto e pela buxaria, em uma densa sonoridade que passeia entre os caminhos trilhados por bandas como Uncle Acid, Pentagram e Saint Vitus. Com quatro faixas, o material se mostra como uma ótima estreia de uma promissora banda e já tem parceira fechada para lançamentos físicos vindouros, em k7 com o selo argentino Ruidoteka Records e vinil com o selo holandês D.H.U Records. O primeiro single "The VVitch", lançado no mês passado, já vem conquistando sólida recepção dos veículos e públicos da vertente, e faz parte de um material que promete agradar em cheio aos fãs do gênero.
 

Shane MacGowan, dos Pogues, aquele que redimiu a música irlandesa

Marcelo Moreira

 



O guitarrista Rory Gallagher e o baixista Phil Lynnot ganharam estátuas em suas cidades como ícones máximos da música local, mas ninguém fez mais pela Irlanda do que Shane MacGowan. Essa sensação fica nítida quando terminamos de ver o longo documentário "Crock of Gold", um panorama rico da vida do ex-líder da extraordinária banda The Pogues, que inventou o celtic punk. 

O filme é uma das atrações do IN-Edit Brasil 2021 - Festival Internacional de Documentários Musicais, que vai até 27 de junho em sua edição online.

Produzido pelo amigo Johnny Depp e dirigido por outro camarada, Julian Temple, a fita de mais de duas horas é muito mais do que uma autobiografia do cantor beberrão e desdentado - e é uma verdadeira aula de história da Irlanda do século XX e dos dramas sociais do povo da ilha, passando pela fome que matou milhões e expulsou outros milhões no século XIX e a luta pela independência da Inglaterra entre 1916 e 1922.

Na voz de um MacGowan debilitado - aos 63 anos, está preso a uma cadeira de rodas há anos por conta de uma queda numa escada dentro do estúdio, e mal consegue falar -, a história do povo irlandês e suas tradicionais quase milenares são contadas com um senso de urgência e de orgulho, o ue ajuda a explicar a intensa e tortuosa carreira do cantor punk e de sua banda.

Um malandro bêbado e oportunista que se aproveitou das carências de um povo expatriado e saudoso de casa ou um bardo que ressuscitou a música tradicional irlandesa com suas composições encharcadas e álcool, melancolia e tragédia?

As duas coisas, segundo os amigos e os próprio MacGowan. Depois de uma infância feliz na zona rural da Irlanda, rodeado por uma família grande e com histórico de participações nas revoluções contra os ingleses, mudou-se om os pais e a irmã mais velha para Londres quando tinha cerca de 12 anos.

Detestando a cidade e sendo alvo de agressões e bullying por ser irlandês, tornou-se um rebelde punk antes de o punk estourar. 

Fora da escola e desempregado, vivia do auxílio do governo até que decidiu mergulhar no entretenimento quando assistiu a um shows dos Sex Pistols. 

Tornou-se uma figura icônica do punk aos 20 anos como a personificação do movimento, aparecendo m diversas reportagens de revistas e de TV como a "cara do movimento". Criou um dos primeiros fanzines punks e em seguida, como se esperava, criou a banda punk Nipple Erectors.

Morando em prédios invadidos e desempegado - e cada vez mais bêbado e drogado -, parecia sem muito futuro quando o punk acabou. 

Shane MacGowan (FOTO: REPRODUÇÃO)

E aí teve a iluminação mística: junto com amigos irlandeses desgarrados que tocavam mal seus instrumentos típicos, decidiu recriar o seu mundo idílico irlandês com uma sonoridade punk. Nascia o cletic punk pelas mãos da banda The Pogues, que o tornaria um astro do rock, mas também um ás na busca por encrencas diversas movidas a todo tipo de bebida.

O roteiro é detalhado e bastante perfeccionista, tanto que o documentário ultrapassa duas horas de duração. Exagera bastante no didatismo, mas é um filme árduo para quem não está familiarizado com as questões irlandesas e com o parte menos conhecida do mundo punk de Londres. Julien Temple não quis facilitar na contextualização.

Entretanto, quando se analisa tecnicamente a utilização de recursos dramáticos e computação gráfica, o filme dá um show de competência. Imagens históricas da Irlanda e a edição das entrevistas antigas de MacGowan são um bônus à parte.

Tanto Depp, que conduz algumas entrevistas com o já debilitado cantor, quanto Temple conseguiram dar a verdadeira dimensão da importância história e musical de Shane MacGowan e da banda The Pogues. É m verdadeiro mergulho na história política e social da música irlandesa

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Notas roqueiras: Krisiun, Behavior, Space Rave...

Krisiun (FOTO: DIVULGAÇÃO)


- “Live Armageddon” é o primeiro – e infelizmente único até agora – DVD ao vivo dos brasileiros do Krisiun e foi lançado originalmente em 2006 em simultâneo com o já clássico sexto álbum de estúdio “AssassiNation”. O DVD, com quase duas horas de duração, traz como prato principal o show da banda na edição de 2004 do festival polonês Metalmania, mas também temos 45 minutos de um show gravado em São Paulo nesse mesmo ano e que contou ainda com as participações especiais das bandas brasileiras Ratos de Porão e Korzus. Além disso, tem também três faixas gravadas de forma amadora no reconhecido festival alemão Wacken Open Air 2001, imagens das sessões de gravação do quarto álbum de estúdio e clássico “Works of Carnage” e o clipe oficial da faixa “Murderer” que faz parte deste último.

- A Eternal Hatred Records, gravadora da Behavior, confirmou que lançará o próximo álbum do grupo em parceria com o selo da Mutilation Records. "The Eternal Hunger", título do futuro trabalho, será lançado no segundo semestre de 2021 em formato digipack. 

- "O Apartamento é Clínica" é o primeiro single do novo álbum da banda gaúcha Space Rave com suas guitarras, melodia e barulho. "O Apartamento É Clínica", lançado pelo selo Maxilar e pela Ditto Music, foi gravado com produção no Dubstudio, em Porto Alegre, e conta com a parceria da banda Circences (Kim Kircher nos vocais, Miguel Carlos piano e vocais), além do violoncelo de Guto Herscovitz e da meia-lua do baterista e mestre das percussões Boca.A Space Rave é formada por Edu Normann (guitarra e voz), Murilo Biff (guitarra), Marcos Rubenich (bateria) e Eddi Maicon (baixo). 

Go Ahead and Die traz Max Cavalera com o filho Igor em projeto diversificado

Marcelo Moreira

Go Ahead and Die (FOTO: DIVULGAÇÃO)


Já que a reunião com o Sepultura não vai rolar, que tal criar mais uma banda? Parece ter sido essa a motivação de Max Cavalera para juntar-se a um dos filhos e lançar o CD do Go Ahead and Die, novo projeto do ex-guitarrista e vocalista do Sepultura. 

Sua banda principal, desde 1997, é o Soulfly, mas ele ainda toca com o Cavalera Conspiracy, com o irmão Iggor, e no Kill or Be Killed, um projeto que reúne nomes importantes do metal extremo norte-americano.

"Go Ahead and Die, o disco, tem 11 faixas e estará disponível também no formato físico através da Shinigami Records no Brasil. No exterior, o disco sai pela Nuclear Blast.


Go Ahead And Die é um projeto que nasceu para ser um grande momento entre pai e filho. Max e Igor Amadeus Cavalera disponibilizaram hoje 11 de junho em todas as plataformas digitais o álbum autointitulado do Go Ahead And Die através da gravadora Nuclear Blast Records. Ouça aqui.

A ideia do projeto é de Igor Amadeus Cavalera, que já toca há bastante tempo com o pai. A banda ainda conta com o baterista do Zach Coleman, da banda Khemmis, uma das grandes promessas do metal europeu. 

Os três compartilham também o mesmo pensamento com os problemas sociais de hoje em dia – retratados como riffs monstruosos e cativantes. 

São cheios de ódio contra um sistema que apenas beneficia os mais poderosos. Não foram poucas as "pancadas" dadas por Max nas entrevistas recentes, em que sobrou também para o presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A banda lançou o primeiro single ‘Truckload Full Of Bodies’ dirigido por Jim Louvau e Tony Aguilera com uma forte crítica ao vírus da covid-19. 

 

 

"'Truckload Full of Bodies' é um raio-x escuro da pandemia de covid-19", diz Max. "Ficou claro como certos políticos em 2020 não se importavam com seus cidadãos. Os hipócritas cuidavam de si mesmos e não se importavam sobre o resto de nós morrendo."

Com "Toxic Freedom", segundo single da banda, Max comentou: "Toxic Freedom" é sobre corrupção policial, brutalidade policial e racismo policial. Isso pode ser visto e sentido em todo o mundo. É sobre autoridade matando minorias".

Igor Amadeus complementa: "Nossos líderes abusam de seu poder enquanto milhares estão presos e mais são assassinados a cada dia. 'Toxic Freedom' é um protesto por aqueles que sofreram nas mãos da brutalidade policial injusta."

A banda também lançou um terceiro single chamado "Roadkill" em que falam sobre o ponto de vista de pessoas que vivem em situação de rua.

As músicas são brutais, como não poderiam deixar de ser, mas têm características diferentes dos outros projetos de Max Cavalera, O músico buscou uma sonoridade mais orgânica e vintage, sem apelar tanto pr os recursos modernos e tecnológicos.

Com isso, a pegada do thrash metal old school está muito presente, assim como alguns duelos de guitarras, algo incomum no Soulfly. Coleman não tocou com algum software de acompanhamento de ritmo, o que casou bem com o trabalho de guitarras mais "na cara".

Na parte técnica, o engenheiro Charles Elliot capturou as sessões de gravação com a ajuda do proprietário do Platinum Underground Studio, John Aquilino. O álbum foi mixado por Arthur Rizk, que já trabalhou com Power Trip, Cro-Mags e Cavalera Conspiracy.


Notas roqueiras: Samuel Rosa, Rodrigo Casagrande, Invisible Control...







No próximo dia 27 de junho, às 17 horas, a Orquestra Sinfônica Heliópolis sobe ao palco do Auditório Ibirapuera ao lado do cantor e compositor Samuel Rosa, líder da banda Skank, com participação de Roberta Campos e Simoninha. Ainda sem venda de ingressos, o concerto será transmitido ao vivo pelo YouTube. O evento faz parte da série de concertos populares "Heliópolis & Simoninha Convidam" e integra a Temporada de Concertos 2021 do Instituto Baccarelli. Com curadoria do cantor, compositor e produtor musical Wilson Simoninha, a série funde o melhor da música popular com a linguagem orquestral. No repertório, sucessos do Skank, como Dois Rios e Vou Deixar, e também da cantora Roberta Campos, como De Janeiro a Janeiro e Simplesmente, esta última gravada com o próprio Skank. Samuel Rosa já se apresentou ao lado da OSH em outras oportunidades, como no final de 2019, no palco do Theatro Municipal de São Paulo, acompanhado de centenas de outros alunos de Heliópolis. Por conta desse vínculo, Samuel tem apoiado pessoalmente as campanhas de doações destinadas aos moradores da maior favela de São Paulo, chegando a dedicar metade da arrecadação de fundos da live realizada pelo Skank no Mineirão, em maio de 2020, para o Instituto Baccarelli. Durante a live do dia 27, ele também vai incentivar a ajuda para a frente.

SERVIÇO

Evento online: Heliópolis & Simoninha convidam: Samuel Rosa e Roberta Campos - Temporada 2021 - Orquestra Sinfônica Heliópolis


Local de gravação: Auditório Ibirapuera - Transmissão ao vivo


Inscrições para acesso à transmissão: https://www.institutobaccarelli.org.br/inscricao-eventos


Data: 27 de junho de 2021 - domingo


Horário: às 17h

Doações: https://www.institutobaccarelli.org.br

- Após uma longa temporada navegando pelos mares das artes visuais, com o sucesso da exposição 'Alegria', Rodrigo Casagrande agora se lança como músico, após um período recluso, dedicado ao estudo da voz, música e composições. Seu primeiro single, "Vacas Anãs", é um verdadeiro soco na boca do estômago, que te puxa para a realidade e faz questionar sobre o sistema político/econômico do mundo globalizado atual. Uma crítica com endereço certo à sociedade do consumo, que é imposta pelos donos do poder, e que ao longo dos anos dissipa culturas e identidades regionais. Guitarras, sintetizadores e voz se unem como um verdadeiro desabafo, intenso, de dentro para fora. "Vacas Anãs" está disponível em todas as plataformas de streaming. A música é uma composição de Rodrigo Casagrande, com arranjos de Murilo Cambuzano e produção musical de André Sings. O artista está trabalhando em seu primeiro EP, que será lançado em breve. Ouça em Spotify: https://spoti.fi/3zIFMRx

- Formado durante a quarentena da pandemia da COVID-19, Invisible Control é um supergrupo de death metal que une grandes artistas da cena nordestina de música pesada. A banda teve sua estreia durante a 6° edição do "Roadie Crew Online Festival", onde apresentou o single "Killing Other of Us". Após cativar o público no show de estreia, veio o convite para se apresentar no grande festival Abril Pro Rock 2021- edição online. Mostrando todo o talento e energia em um repertório de três músicas, a banda disponibiliza no Youtube o vídeo "Killing Others of Us (Live At Abril pro Rock)". Apresentando uma junção de técnica, agressividade, melodia, e intensidade sem se prender a rótulos, Invisible Control se tornou um projeto sólido, que dará continuidade com a carreira além da época de pandemia. É uma das revelações do death metal nacional, que apresenta uma mulher a frente dos vocais, Daniela Serafim, que tem um alcance vocal insano com guturais e grunhidos. Com letras que abordam questões político-religiosas, fobias e tormentos que afligem o ser humano, Invisible Control é uma das grandes apostas do metal extremo. Atualmente a banda está em estúdio para a produção do álbum de estreia.