sexta-feira, 30 de julho de 2021

Carlos Lopes comenta a 'realidade distópica' de 'Pandemia'

Marcelo Moreira

Carlos Lopes (FOTO: ARQUIVO PESSOAL/ DIVULGAÇÃO)

Carlos Lopes é um artista que sempre teve o que dizer, e que as pessoas precisam escutar, principalmente quem gota de rock. Culto, bem informado e um ativista pelos direitos humanos e civis, é nome obrigatório no Rio de Janeiro para discutir qualquer aspecto que envolva cultura, educação e política urbana.

Além de guitarrista e vocalista da banda Dorsal Atlântica por quase 40 anos, Lopes também é jornalista e artista gráfico, reconhecido como um dos talentos das histórias em quadrinhos e graphic novels do Brasil. Sua revista Tupinambá é referência no Brasil e no exterior.

Assim como o disco anterior da banda, "Canudos", "Pandemia" é um manifesto político e artístico. Mais do que uma carta de intenções, é um trabalho que resumiu como nenhum outro os dilemas sociais que vivemos na atualidade, em que flertamos com o autoritarismo, com o pior dos moralismos e a proeminência macabra do fundamentalismo evangélico - tudo temperado com acusações de corrupção em Brazilândia, fictícia nação esquecida por Deus baseada na realidade brasileira.

Especialmente para o Combate Rock, Carlos Lopes concedeu uma entrevista e gravou depoimentos sobre o novo trabalho e o momento atual do Brasil que o inspirou. 

Como artista multimídia, mostra uma lucidez impressionante e um discurso coerente e inteligente sobre as mazelas e a gravidade institucional e social do Brasil de 2021, em um momento que os mortos por covid-9 ultrapassaram 550 mil.

Saiba mais sobre "Pandemia", da Dorsal Atlântica, e sobre como um artista importante do underground observa a nossa tal realidade. No terceiro vídeo, o episódio do programa Resenhando, no YouTube, com Daniel Dutra (revista Roadie Crew) e o professor Marcio Carreiro debatendo o álbum 'Pandemia".

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