Marcelo Moreira
Solidez como uma rocha, um de baixo aveludado e um groove inimitável. Dusty Hill era o sonho de toda banda de rock'n'roll para manter o ritmo e a música em patamares altíssimos e, ao mesmo tempo, de fácil assimilação.
O motorzinho do ZZ Top morreu nesta quarta-feira (28) aos 72 anos em sua casa, em Houston, no Texas. nem a família nem a banda informaram a causa da morte, pois o músico morreu dormindo durante a noite.
É uma semana dura, que também marcou as mortes de Mike Howe, vocalista do Metal church, e do baterista Joey Jordison, ex-Slipknot.
O ZZ Top não estava morto, mas o guitarrista e vocalista Billy Gibbons relutava e aceitar que o hiato nas atividades estava longo demais. Desde 2015 não se ouvia notícias relevantes sobre o tri texano. Com tempo de sobra, o guitarrista não perdeu tempo e lançou três discos solo.
"Hardware", recém-lançado, é provavelmente o que de mais perto o ZZ Top chegaria em termos de som moderno, um blues ácido, feroz, intenso e cheio de um balanço tão fantástico que certamente estará entre os melhores do ano.
Quanto ao sossegado Hill, manteve até a o último instante a sua reclusão e propensão ao anonimato, por mais que a longa barba o denunciasse. Músico técnico e cheio de recursos, era o típico instrumentista que empurrava a banda, com uma massa sonora produzida que impressionava os ouvintes.
Assim como o desaparecimento de Neil Peart decretou o fim definitivo do Rush, sem Dusty Hill passa a não fazer sentido a continuidade do ZZ Top depois de 51 anos de rock dos melhores. É mais uma perda que empobrece as nossas vidas musicais.
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