segunda-feira, 15 de maio de 2023

Steve Winwood, 75 anos: a magia e a paixão da voz inglesa da soul music

 O guitarrista tinha se tornado líder de uma banda de rock meio à força. Seu negócio era o jazz e o blues, mas insistiram que ele e seu grupo tinham jeito para concorrer com milhares de banda querendo se tonar os novos Beatles em medos de 1964.

O problema é que ninguém na banda cantava e tinha vocação para astro. E então o exasperado guitarrista Spencer Davis perguntou aos colegas: Alguém conhece algum astro de rock procurando uma banda?"

"Por coincidência tem um na minha casa dormindo o dia todo. Quer que eu o chame?", disse o baixista Muff, de brincadeira. ele se referia ao irmão mais novo, Steve, de 16 anos, tecladista e cantor excepcional, mas um tanto preguiçoso.

E foi assim que Muff Winwood levou Steve Winwood para o Spencer Davis Group. E então Davis imediatamente perdeu o comando da banda, que continuou com seu nome, mas sob a impactante liderança do moleque com voz de um negro curtido no som de Nova Orleans, na Louisiana.

O furacão Steve encantava a todos e se mostrou que era o verdadeiro astro da banda quando compôs e cantou "Gimme Some Lovin'", um dos maiores hits de todos os tempos e arca registrada sua e da banda.

Winwood chega aos 75 anos - e 60 de carreira - representando o que de melhor o rock britânico produziu, sintetizando ritmos e incorporando inovações musicais e um groove improvável para um branquelo londrino e destinado a ser operário no subúrbio.

Os vocais poderosos e maravilhosos até hoje desafiam as explicações buscadas por especialistas. Timbre único, inteligente e excelente compositor, é daqueles músicos que precisam entrar dez vezes para o Rock nd Hall of Fame diante dos inúmeros projetos que participou.

Cantor e multi-instrumentista, saiu do Spencer Davis Group e criou o Traffic, para depois entrar no Blind Faith, voltar ao Traffic e engatar uma carreira solo estrondosa e se tonar um requisitado produtor musical.

O auge artístico veio nos anos 80, com canções pop de alto calibre, como "Back in High Life Again", "While You See a Chance", "Higher Love" e "Valerie", entre outras canções. Se não em quantidade, rivaliza em qualidade na produção de gemas pop com gente como Elton John e Phil Collins.

Na área do rock and roll, seus dois grandes momentos foram ao lado do guitarrista Eric Clapton, amigo desde o início da carreira. E, 1969, quando o Cream de Eric Clapton e o Traffic de Winwood acabavam, os dois se juntaram para criar o que seria o segundo grande supergrupo do rock - o primeiro era o próprio Cream.

A nova banda inglesa criada era o Blind Faith, que tinha na bateria o mestre Ginger Baker, companheiro de Clapton no Cream, e o baixista francês Rich Grech. Misturando blues, rock e jazz, durou apenas alguns meses, mas rendeu um excelente álbum, que tinha o nome da banda e músicas como "Presence o the Lord" e "Can't Find My Way Home".

O segundo grande momento foi em 2009, quando os dois músicos se reuniram para uma turnê mundial, em shows conjuntos com mais de duas horas e meia de duração e uma sequência inestimável de canções ótimas. A turnê foi registrada em CD duplo e DVD.

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