O blues com jeito sulista volta a dar as caras o final de 2023. O trio gaúcho Hard Blues Trio e o com multifacetado combo paranaense Milk'n Blues colocaram no ar seus novos singles, sendo que os curitibanos se meteram em uma seara inusitada - e mandaram muito bem.
O hard Blues Trio tem uma série de singles espalhados pelo YouTube e um álbum muito bom, "Pé na Estrada", em que misturam canções em inglês e português. O charme é que é uma mulher que canta, a baixista Dani Ela (também assina como Dani B. Ela), algo raro em bandas de blues rock brasileiras.
"É Para Lá Que Eu Vou" segue fielmente a cartilha que o trio, um blues engordurado e encharcado de groove, ao melhor estilo texano, com letra exaltando a vida na estrada, carros, motos e o próprio blues, com um uso bacana do slide na guitarra muito bem timbrada.
A faixa foi gravada e mixada no estúdio da Blues Crawfish Records em São Carlos (SP) por Netto Rockfeller, referência em gravações no estilo “old school” no Brasil, com produção musical do casal Dani Ela e Juliano Rosa (guitarrista e vocalista),
Apesar de veterana, a banda ainda está muito restrita ao Sul do país, por mais :que frequente estúdios e palcos do interior paulista. Precisa urgentemente engatar uma sequência nos Sescs paulistas,
Os paranaense também são veteranos e especializados em versões blues e soul de clássicos da música americana, mas decidiram variar um pouquinho: uma homenagem à banda Triumph, do Canadá, que está à beira de completar 50 anos de sua fundação, embora não esteja mais na ativa.
"When the Lights Go Down" foi gravada m estilo "collab", pela internet, com as lendas Matt (baixo) e Gregg Bissonette (bateria), irmãos americanos que já tocaram com gente como Dave Lee Roth, Steve Vai, Elton John, Ringo Starr e muitos outros.
Hoje um sexteto, Milk'n Blues deu um show ao enveredar pelo hard rock de ares setentistas, por mai que tenha respeitado bastante a versão original. Com três vocalistas - Zia Leme, Aline Mota e Indiara Sfair, que ainda toca gaita -, a canção ficou bastante atrativa, com um molho bluesy irresistível, especialmente pela guitarra de Tiago Juk e pela gaita de Indiara, com solos perfeitos.
A banda brasileira saiu da zona de conforto e mostrou uma versatilidade impressionante. Com tamanha bagagem e talento, já passou da hora de lançar mais músicas próprias e m um novo álbum.
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