quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

De forma abrupta, Shamangra cncela show e encerra as atividades

Marcelo Moreira


 



Era uma brincadeira de fãs que se tornou coisa séria, ainda que houvesse alguma contestação: e se um dia ex-integrantes de Angra e Shaman se reunissem um show especial? Como seroa o Shamangra?

A ideia aparentemente estapafúrdia foi abraçada pelo baixista Luís Mariutti, quer tocou nas duas bandas, e então o Shamangra tomou forma para celebrar o legado de ambas com a adição de convidados especiais, Era uma antiga demanda de fãs que ganhou vida. A ideia estapafúrdia, qu chegou a ser considerada como “oportunista pelo baterista Ricardo Confessori (que não foi convidado para participar) acabou virando uma boa ideia.

Por tudo isso é que causou espanto e tristeza o abrupto anúncio do cancelamento do show do 18 de janeiro, em São Paulo, e, pior, o encerramento das atividades do projeto. Em comunicado nas redes sociais, Fernanda Mariutti, esposa de Luís, informa que, por baixa venda de ingressos antecipados, a 4º Festa da Firma foi cancelada.

“Estamos cancelando o evento por baixa venda de ingressos. Parece que os fãs não aceitaram a ideia de existir o Shamangra”,escreve Fernanda, de forma ressentida e lamuriosa. Até o momento, ninguém parece ter uma explicação para a baixa procura, já que eventos anteriores tiveram boa aceitação e bom público.

Além disso, a forma radical de acabar com o projeto como um todo, parece sugerir que já algo mais na decisão do que somente a frustração da expectativa de ingressos vendidos. O cancelamento também coloca em dúvida a máxima de que tudo que diz respeito ao Angra dá certo e é sucesso garantido de público.

Seja como for, a ótima ideia que tinha sido criticada por um suposto caráter oportunista sucumbe diante de uma realidade de mercado que evidencia uma triste constatação: nem mesmo o nome Angra está sendo suficiente para atrair um público bom para atrações nacionais de qualidade.

Em contrapartida, é um desalento para o rock nacional constatar que Iron Maiden, System of a Down e Oasis, por exemplo, tiveram ingressos para shows esgotados n Brasil com muita antecedência, com a abertura de datas extras.

Não há como não dar razão para os músicos brasileiros que reclamam muito do comportamento errático do público. De novo, a preferência é pagar R$ 500, no mínimo, para ver mal e porcamente um astro estrangeiro no estádio, em detrimento de gastar R$ 50 para assistir em melhores condições artistas nacionais de rock.

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