terça-feira, 22 de setembro de 2020

In-Edit TV chega ao Brasil para ressaltar a importância do documentário musical

Marcelo Moreira




Documentário musical? Existe isso?

A pergunta foi feita uma dúzia de vezes quando o Combate Rock decidiu fazer o primeiro programa de rádio especial sobre o In-Edit, o Festiva Internacional de Documentários Musicais, inicia pioneira surgida no começo o século em Barcelona, na Espanha.

A terceira edição, em 2011, finalmente, ganhava o espaço que merecia na imprensa e entre os meios de divulgação de arte e cultura no Brasil. Cresce e se tornou tão importante que virou atração obrigatória do calendário cultural brasileiro, realizado em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

A 12ª edição, de 2020, teve de se adaptar às condições sanitárias do mundo e foi realizada de forma virtual. Com as salas de cinema fechadas, restaram as telas de computador e de smart TV para que pudéssemos apreciar o que de melhor foi produzido sobre música pelos documentaristas.
 
Mas eis que o confinamento e o isolamento social com a pandemia de covid-19 ensejaram a antecipação de um projeto muito legal: nasceu a versão brasileira da In-Edit TV - https://br.in-edit.tv.

A plataforma de streaming criada para que todos pudessem assistir aos filmes da 12ª edição se tornou permanente a partir do dia 21 de setembro.O público poderá desfrutar de um catálogo com alguns dos melhores documentários musicais nacionais e internacionais.

Em seu mês de estreia, a plataforma oferecerá cerca de 30 títulos brasileiros. Ao longo dos próximos meses o cardápio incluirá clássicos, lançamentos e, especialmente, filmes exibidos em outras edições do festival.

O público poderá acessar os filmes gratuitamente ou adquiri-los por R$ 3 ou R$ 5, a depender do título escolhido.

O documentário musical é um registro histórico da cultura e da arte em diversos países. Reúne todas as habilidades necessárias para a realização de um filme comum do gênero, mas requer também uma sensibilidade diferente dos realizadores para aliar a música com o roteiro, já que a música e a informação musical são as protagonistas da fita.

É legal ver a saga de artistas consagrados e também a de obscuros, que nunca saíram do ostracismo; ou assistir a histórias de redenção, como a do cantor Rodriguez, ou a de Charles Barkley, artistas que foram redescobertos quando já estava na terceira idade.

Em 2020, tivemos coisas bem legais, como os filmes sobre as bandas underground Autoramas e Flicts, ou a importante história de Bill Wyman, ex-baixista dos Rolling Stones, que forneceu seu imenso acervo de áudio e vídeo para a realização de "The Quiet One".

Em meio a um ano muito, mas muito difícil em todos os sentidos, a chegada da In-Edit TV é uma das melhores notícias que recebemos desde há muito tempo.

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