Pelo menos é uma discussão mais aceitável do que aquela que decreta a morte do gênero musical. A banda muito citada anos atrás era a inglesa Muse, um trio que utiliza muita tecnologia para fazer uma música mais acessível e com acento pop.
Podemos acreditar que as bandas incensadas da atualidade vão "salvar" ou "resgatar" o rock? Será que os nomes mais comentados do rock atual conseguirão furar os nichos de mercado ou bolhas como heavy metal ou rock alternativo?
As bolas da vez são a italiana Maneskin, que foi atração no Rock in Rio 2022 e volta ao país nste semestre, e a americana Greta Van Fleet, eternamente acusada - não sem razão - como uma cópia descarada do Led Zeppelin.
Os mais afobados dirão que são bandas derivativas e que nada têm de original, por ais apelo que tenham a uma parcela da juventude que ainda olha com amor como rock.
Os mais comodistas e preguiçosos vão se agarrar a argumentos do tipo "é melhor d que nada". Melhor do que nada equivale a dizer que qualquer coisa serve, de que o rock já não tem mais qualidade e que carece de inovação, o que não é verdade.
A grande discussão atual passa ao largo, infelizmente. Maneskin e Greta Van Fleet não conseguem atrair em parcela satisfatória a juventude.
No microcosmo brasileiro, observamos um paradoxo: o rock está cada vez mais underground no Brasil, ao passo que proliferam rapidamente escolas de música com o nome rock por conta da alta procura - School of Rock e Academia do Rock, entre outras. Ou seja, a amolecada atual dos grandes centros do Brasil está procurando o rock.
É uma boa notícia que embute um problema: a molecada adora e quer aprender a tocar Deep Purple,Black Sabbath, Iron Maiden, Beatles e todo o arcabouço do classic rock. São poucas as meninas e os meninos que sabem da existência do Maneskin e do Greta Van Fleet. Isso é muito preocupante.
Abusando de elementos dançantes e eletrônicos com uma base de música pesada, a banda Maneskin faz sucesso cantando em inglês e em italiano. Tem o grande mérito de expandir seu público além do rock e da música pop. Entre o roqueiros, tem penetração em um público mais antenado, não tão jovem e um pouco mis sofisticado
Não chega a ser uma grande novidade para quem já ouviu muitas coisas na vida, mas a suposta transgressão e o visual carregado de maquiagem andrógina está encantando uma legião de fãs mais jovens – e não necessariamente de rock.
A procura por Maneskin faz uma parte da molecada redescobrir gente como David Bowie e até Kiss, que sempre representaram uma transgressão maior e mais profunda dentro da música pop.
Assim como nos intermináveis debates a respeito da banda americana Greta Van Fleet, o ponto positivo no surgimento do quarteto italiano é que ele reacendeu o interesse pelo rock e o recolocou nas manchetes novamente.
Os radicais reclamaram do som muito pop e comercial – que abanda assume sem preconceitos. Também questionam os “adereços” extramusicais, como o visual estranho utilizado para chamar a atenção.
E aí recorremos ao mesmo David Bowie e seus inúmeros personagens. Reciclagem? Cópia?
A banda foi formada em 2016 por Victoria De Angelis (baixo) e Thomas Raggi (guitarra), ambos estudavam na “Scuola Media Gianicolo”, no bairro romano de Monteverde, tempo depois juntaram-se Damiano David (vocais) e Ethan Torchio (bateria).
O nome da banda “Måneskin” significa “clarão da lua” ou “luar” em dinamarquês, e surgiu em conversas onde Victoria, que é filha de mãe dinamarquesa e pai italiano, teve de dizer palavras aleatórias naquela língua.
Embora aquela palavra tenha sido a escolhida como nome, não tem muita relação com o tipo de música que fazem. Os maiores sucessos da banda são “Zitti e Buini” e “I Wanna Be Your Slave”
Para um público que se acostumou a consumir música de forma diferente e não dar mais valor ao que ouve ou a artista que executa as canções, o interesse despertado pelo Maneskin é saudável e propõe uma renovação de público, que consegue ter acesso a sons novos que vão além do rap, do funk carioca e do sertanejo. A banda italiana é uma boa notícia para o undo do rock.
Não chega a ser uma grande novidade para quem já ouviu muitas coisas na vida, mas a suposta transgressão e o visual carregado de maquiagem andrógina está encantando uma legião de fãs mais jovens – e não necessariamente de rock.
A procura por Maneskin faz uma parte da molecada redescobrir gente como David Bowie e até Kiss, que sempre representaram uma transgressão maior e mais profunda dentro da música pop.
Assim como nos intermináveis debates a respeito da banda americana Greta Van Fleet, o ponto positivo no surgimento do quarteto italiano é que ele reacendeu o interesse pelo rock e o recolocou nas manchetes novamente.
Os radicais reclamaram do som muito pop e comercial – que abanda assume sem preconceitos. Também questionam os “adereços” extramusicais, como o visual estranho utilizado para chamar a atenção.
E aí recorremos ao mesmo David Bowie e seus inúmeros personagens. Reciclagem? Cópia?
A banda foi formada em 2016 por Victoria De Angelis (baixo) e Thomas Raggi (guitarra), ambos estudavam na “Scuola Media Gianicolo”, no bairro romano de Monteverde, tempo depois juntaram-se Damiano David (vocais) e Ethan Torchio (bateria).
O nome da banda “Måneskin” significa “clarão da lua” ou “luar” em dinamarquês, e surgiu em conversas onde Victoria, que é filha de mãe dinamarquesa e pai italiano, teve de dizer palavras aleatórias naquela língua.
Embora aquela palavra tenha sido a escolhida como nome, não tem muita relação com o tipo de música que fazem. Os maiores sucessos da banda são “Zitti e Buini” e “I Wanna Be Your Slave”
Para um público que se acostumou a consumir música de forma diferente e não dar mais valor ao que ouve ou a artista que executa as canções, o interesse despertado pelo Maneskin é saudável e propõe uma renovação de público, que consegue ter acesso a sons novos que vão além do rap, do funk carioca e do sertanejo. A banda italiana é uma boa notícia para o undo do rock.
No caso do Greta Van Fleet, infelizmente, as enormes referências ao Led Zeppelin e ao hard rock setentista estimula preconceitos variados. Sim, o som ainda é muito calcado no Led Zeppelin, e nos mínimos detalhes. Atrapalha até que ponto?
Incensada pelos amantes do rock clássico, imaginava-se que Greta Van Fleet pudesse realmente penetrar nas camadas de ouvintes mais jovens.
Seis anos de sucesso relativo ainda não permitem dizer que o jovem roqueiro abraçou Greta Van Fleet. No máximo, olha, no geral, a banda com curiosidade.
É o que se depreende em conversas com professores de escolas de rock. As referências para crianças e adolescentes ainda é o crock clássico e o rock nacional dos anos 80.
O público mais jovem ainda vê com desconfiança artistas que fazem qualquer tipo de som derivativo. Além disso, têm pouca ou nenhuma disposição para se interessar por rock alternativo, pesado ou não.
Seja como for, temos de reconhecer que Greta Van Fleet é um sopro de jovialidade e esperança no rock, ainda que consumido, em sua maioria, por u m público ainda associado ao rock clássico - e ainda que tenha dificuldade de atrair ouvintes mais jovens.
Em um tempo em que a maioria dos artistas de todos os gêneros musicais tem de lutar contra a audiência ansiosa (quando o ouvinte ouve apenas um minuto de cada música) - agora a canção tem no máximo três minutos e o refrão aparece nos primeiros 20 segundos -, o Greta Van Fleet não se ajuda muito.
Em seu mais novo disco, "Starcatcher", há ao menos quatro músicas com amis de cinco minuto, sendo uam delas com mais de sete minutos. É rock clássico até a medula óssea no caso deste quarteto. americano.
Nenhuma das bandas vai salvar o rock, que não precisa ser salvo. Por outro lado, não é o caso de abraçar o "melhor do que nada". Claro que é melhor tê-las do que não tê-las.
É bom que estejam em alta, em diversas mídias e com relativo destaque. Só precisam descobrir a mágica de aumentar a entrada em um público mais jovem e não muito disposto a buscar novidades.
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