quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Nova biografia de Jimi Hendrix chega ao mercado brasileiro
Depois de 53 anos de sua morte, ainda há alguma novidade sobre a carreira do guitarrista norte-americano Jimi Hendrix? Alguns escritores e jornalistas acreditam que sim, tanto que continuam lançando livros sobre o maior de todos os guitarristas. Novidades mesmo, não existem mais.
“Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos” (Editora Seoman), do jornalista Charles R. Cross (mesmo autor da biografia de Kurt Cobain), esta sendo lançado no Brasil e promete (mais uma) ser a biografia definitiva. Cross afirma que preencheu lacunas com seu mais recente livro, especialmente a respeito de sua morte.
Vamos tomar bastante cuidado om os slogans de propaganda sobre este livro. Por enquanto, afirmamos que é mais uma biografia do mestre guitarra - quanto mais, melhor, sem dúvida alguma. Algumas publicações estrangeiras elogiaram a obra, mas sem os excessos e sem citar grandes descobertas.
O que se sabe mesmo é que é um livro recheado de informações e que detalha bastante a vida de Hendrix, que morreu em 18 de setembro de 1970, em Londres, de overdose de drogas. A vida dele antes da fama, até 1965, é bem descrita e detalhada.
A obra traz informações interessantes sobre uma carreira recheada de polêmicas. Charles R. Cross pinta um profundo retrato desse gênio da música e mostra de forma crua a imagem quase sobrenatural de um homem que estava destinado a ser um astro.
O nome do livro é uma referência à música “Room Full of Mirrors”, composta em 1968, o título do livro já é uma provocação ao que será desvendado pelo autor e mostra a múltipla personalidade do artista.
A canção, que nunca foi lançada oficialmente durante a vida de Hendrix, conta a história de um homem aprisionado em um mundo de reflexos de si mesmo, tão poderoso que o persegue até nos sonhos. Ele se solta ao estilhaçar os espelhos e, ferido pelos cacos de vidro, busca um “anjo” que possa libertá-lo.
Em visita ao pai de Jimi Hendrix, Al, nos anos 2000, o biógrafo de Hendrix viu uma peça de arte, criada pelo músico em 1969, que consistia em uma moldura com cinquenta pedaços de um espelho estilhaçado, engastados em argila, na exata posição que teriam ocupado quando o espelho foi partido.
Al Hendrix apontou que “essa era a Sala Cheia de Espelhos de Jimi”. “Tendo em mãos a manifestação física desse conceito, é impossível não pensar na profunda complexidade do homem que criou essa música”, conta Ross na apresentação da biografia.
Um ponto, no entanto, merece destaque: “Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos” traz informações de um ponto de vista até então inédito: uma versão diferente sua saída do serviço militar - ele foi paraquedista do exército.
Serviço:
Livro: Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos
Autora: Charles R. Cross (@charlesrcross)
Editora: Cultrix
Páginas: 464
Preço: R$ 72,90
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