- A guitarrista e cantora australiana Orianthi amplia o seu leque de possibilidades depois da pandemia de covid-19, Em meio a idas e vindas em seu relacionamento com o guitarrista Richie Sambora (ex-Bon Jovi), decidiu se arriscar em uma direção mais pop em seu mais recente trabalho e agora pisa de novo no blues com a ajuda do mago americano Joe Bonamassa, o maior nome do gênero na atualidade.
Atração do próximo Best of Blues and Rock, em São Paulo, e gostando de se tornar produtor musical - trabalhou com Eric gales e Joanne Shaw Taylor -,, Bonamassa imprimiu um olhar mais tradicional na colaboração com a moça em "First Time Blues", a mais recente música dela.
O som é pesado, gordo, gorduroso e quase hard rock. É um bluseão moderno, com estofo, que lembra bastante os seus trabalhos com o R.S.O., seu trabalho com Sambora.
Bonamassa brilha nas bases e em um solo magistral, enquanto a moça sobressai como boa cantora e uma aspirante a estrela pop de primeira grandeza. Orianthi é uma musicista completa e de alta qualidade.
- Depois de um hiato de 13 anos, a guitarrista e cantora britânica Bex Marshall ressurge com muita força com o álbum "Fortuna". é o trabalho perfeito para concorrer com a série estupenda de discos lançados nos últimos pela conterrânea Joanne Shaw Taylor, apadrinhada por Joe Bonamassa.
"Fortuna" tem o tom mágico da descontração e do acento pop que bem casa com outras concorrentes, desta vez as musas dos Estados Unidos Samantha Fish e Ally Venable, também guitarristas excelentes e ótimas cantoras.
Os solos de guitarra de Bex são incandescentes e lembram os de outra grande musicista americana, Joanna Connor - mais uma produzida por Bonamassa,
O blues dela está encharcado de soul e funk, exalando frescor e jovialidade, é estranho que tenha ficado tanto tempo sem lançar material novo e que "fortuna" seja apenas o seu terceiro trabalho.
"Preaching to the Choir" é a canção de maior destaque, um blues aparentemente ingênuo que é conduzido por uma guitarra bem esperta e com solos dinâmicos. Porém, a melhor é "I Can't Look You in the Eyes", cheia de groove e um riff matador de tão bom e bem executado. É um dos grandes discos do ano.
- A guitarrista finlandesa Erja Lyytinen reina sozinha dentro blues europeu depois que sua concorrente, a sérvia Ana Popovic, se mudou para os Estados Unidos e assumiu uma vertente mais pop. Ágil e habilidosa, consegue extrair sons como s fosse uma conterrânea e Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaughan, duas óbvias inspirações.
"Diamonds on the Road - Live 2023" é mais um disco ao vivo de sua longa carreira - ea faz questão de deixar claro que seu ugar é nos palcos, como costuma fazer onipresente Joe Bonamassa, outro ardoroso adepto dos álbuns ao vivo.
Com um repertório mais eclético e mais pesado, Erja desfila um cabedal de truques e influências que demonstram toda a sua qualidade com o rockão "Bad Seed" e na estupenda balada blues "Waiting for the Daylight".
Além disso, a vocalista tem uma boa voz em todas as músicas, o que claramente beneficia músicas como “Vainamoinen Tuonelassa”, que ocasionalmente tende para um som mais duro
“Last Girl” é uma música que tem certas qualidades de hit, já que o groove e o clima da situação ao vivo são capturados de uma forma adequadamente autêntica.
Outra boa canção é "Wedding Day”, com um grande duelo entre guitarra e teclados, que ela também pode brilhar no slide guitar. Especialmente aqui, a alegria da banda em tocar durante os shows capturados é clara, então a estranha dança do braço da guitarra não é surpreendente.
Com a balada “The End Of Music”, esta gravação encontra uma conclusão adequada e bela, na qual os músicos mais uma vez entram em seu elemento de forma audível.
- Depois da francesa Laura Cox e da croata Vanja Sky, a revelação da guitarra blues feminina da Europa vem da Espanha; Susan Santos é canhota e extrai um som poderoso no álbum "Sonora", seu mais recente trabalho.
No geral, o som é mais roqueiro e mais econômicos, sem grande arroubos de virtuosismo, o que é um grande acerto. "Hot Rod Lady", que abre o álbum, é o maior exemplo, do acerto, uma canção com riff simples e um baixo precioso na base.
"Snakebite" e "So Long" são outros bons exemplos de simplicidade que atende às necessidades de um blues rock bem feito, com algum aceno ao pop e letras condizentes com o conceito que valoriza o simples. "Sonora" é um álbum agradável que serve para apresentar a musicista e cantora ao mercado internacional, revelando um potencial grande.
Nenhum comentário:
Postar um comentário