A noite fria convidava para um concerto de rock. É sempre assim no dia 13 de julho nas comemorações do Dia Mundial do Rock. É sempre inverno, e e é sempre com rock pesado que o Centro Cultural Penha, na zona leste de São Paulo, brinda o público com shows gratuitos.
Cm a certeira curadoria do incansável Nelson de Souza Lima e com o apoio da Prefeitura de São Paulo, a edição de 2024 reuniu uma banda veterana outra novata, em ascensão, para diversificar o repertório.. A banda Wizards está de volta aos palcos e está gravando o seu oitavo CD; a Malvada está prestes a lançar o seu segundo trabalho.
O Wizards comemora 30 anos do seu primeiro lançamento e está de volta aos palcos para aproveitar a boa repercussão do álbum "Seven", lançado em 2022. "É um privilégio voltar aos palcos e tocar músicas que ainda são lembradas e cantadas pelo público. É um reconhecimento que nos empurra para um futuro bacana", celebra o vocalista Christian Passos.
Em rápida conversa com o Combate Rock antes do show, ele mostrou empolgação com o atual momento da banda, por enquanto um quarteto, com a presença do guitarrista Ló Mancini, que toca também no Spektra e, eventualmente, no Noturnall. 'Já finalizamos três músicas novas e estão sensacionais. Estão entre as melhores coisas que já fizemos."
No palco, a banda mostrou porque é uma das mais injustiçadas do metal nacional. Mesmo sentindo falta de teclados, o quarteto fez um intenso e descontraído set com o que de melhor já lançou. Passos é um excelente cantor e tem domínio total a técnica do power metal
Léo Mancini parecia esta em um ensaio de tão à vontade e encantou o público com sua técnica estupenda. No repertório, hinos de 20 anos atrás, como "Fallen Angels" e "Freedom", além da ótima ""pain", do mis recente trabalho. A magia dos mágicos permanece.
As meninas a Malvada estão completando um ano com a atual formação e ainda estão empolgadas com o contrato assinado com a gravadora italiana Frontiers e com o próximo single, em inglês, a ser lançado em breve.
A apresentação começou com algum nervosismo por conta de problemas técnicos e , mas elas logo encontraram o caminho certo e o entrosamento deu as caras. A tensão virou combustível para um show poderoso formatado para um público que ainda não as tinha visto ao vivo.
Com apenas um álbum lançado e três outros singles, a banda ainda se vale das versões de clássicos do rock para preencher o repertório e agradar a alguns públicos que, eventualmente, não é tão receptivo a trabalhos autorais.
Entre a execução competente de músicas dde Iron Maiden, Black Sabbath, Deep Purple e Cranberries, acertaram a mão em versões pesadas e bluesy com versões pesadas e bluesy de suas melhores canções, "Mais Um Gole" e "A Noite Vai Ferver" (título do único álbum), além de recuperar a esquecida "Perfeito Imperfeito" e turbinar o último single, Veneno", que ganhou uma versão malandra e explosiva.
Osom está mais denso e encorpado com a chegada da baixista Rafaela Reoli, que assumiu também a função de fazer uma espécie de base para os ótimos solos da guitarrista Bruna Tsuruda. Ao vivo a baterista Juliana Salgado se solta mais, tocando mais pesado, enquanto a vocalista Indira Castillo aos poucos toma conta do palco com performances hipnotizantes.
Com uma grande ajuda de Bruna, Indira marcou seu território ao insistir em incluir no repertório "Feelin' Good", que tem sua versão mais icônica na voz de Nina Simone, diva do blues. Foi a grande surpresa do repertório, em uma atuação memorável.
Em dia com dezenas de atrações gratuitas que comemoravam o o Dia do Rock, o Centro Cultural Penha sepre dá um jeito e fazer diferente e oferecer atraçoes pouco óbvias. Wizards e malvada honraram essa tradição.
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