Marcelo Moreira
Algumas mudanças, uma novidade aqui e ali, um cenário novo, mas a essência não sofre alteração. Muda-se para entregar sempre a mesma coisa, ainda que pareça diferente. E toda vez é sempre maravilhoso.
Dá para aplicar essa fórmula nas análises de shows de algumas das grandes estrelas do rock, do Kiss a Paul McCartney, de Roger Waters ao U2,do Metallica a Madonna. Por que seria diferente com o Iron Maiden? Aliás, o sexteto inglês é um entusiasta da tal “máxima”.
Em mais uma passagem pelo Brasil no final deste ano, a banda não esconde um certo senso de urgência às vésperas dos 50 anos de sua fundação. Não que haja indícios de que o Iron Maiden esteja para se aposentar, mas é que seus integrantes são quase septuagenários – e nem todo mundo é Mick Jagger ou Keith Richards, “highlanders” do rock imortais que estão nos palcos, aos 81 anos, mais vigorosos do que nós.
Entretanto, é inevitável que a banda comece a desacelerar a partir de agora, como insinuou o vocalista Bruce Dickinson ao passar pelo país no começo do ano. O tempo é implacável, como ele mesmo cantou em mais de uma letra de música do Iron Maiden.
Use o adjetivo que quiser. O fato é que a nova turnê da banda que passará pelo Brasil é imperdível – ou indispensável. Nunca se sabe, afinal, pode ser a última, ainda que seja improvável e seus integrantes neguem.
Ainda entregando um espetáculo monstruoso e de alta qualidade, ver o Iron Maiden mais uma vez, e desta vez no Allianz Parque, em São Paulo, uma arena mais adequada para shows, é obrigatório.
E valem todos os clichês possíveis e baratos, como aquele que faça que ver mais um show do sexteto e presenciar a história sendo feita na sua frente.
Haverá uma ou outra música do mais recente disco, além de uma ou outra novidade antiga ou raridade, mas o básico estará sempre lá, com os velhos grandiosos hits que fizeram do Iron Maiden a maior de todas as bandas de metal – maior do que o Metallica, que só estourou para ver dez anos depois de o Maiden fazer sucesso.
Se Black Sabbath, Deep Purple, Led Zeppelin e Judas Priest criaram o monstro, coube ao Iron Maiden formatá-lo e leva-lo adiante, indo além do que o punk se propôs.
Agressivo, afrontador, contestador e incômodo, o som do Iron Maiden devolveu a voz aos jovens que se sentiam excluídos, mais uma vez, de uma sociedade conservadora e que ignorava os anseios de consumo e de pensamento da molecada.
Os portões já tinham sido abertos, mas foram derrubados pelo Iron Maiden, que soava quase punk nos dois primeiros discos, mas que encontrou o seu som a parti de “The Number of the Beast”, de 1982, terceiro álbum, mas o primeiro com Bruce Dickinson cantando.
São 50 anos de agressividade e violência, com o grande mérito de ter arrombado de vez as portas do inferno. Só por isso já é obrigatório assistir à banda mais uma vez, ainda que pela primeira ou última vez. É a história passado de novo na nossa frente – felizes aqueles que podem e querem testemunhá-la.
Future Past World Tour 24 – IRON MAIDEN
Cidade: São Paulo
Data: Sexta-feira, 06 de dezembro de 2024
Local: Allianz Parque
Abertura dos portões: 16h00
Início dos shows: 18h10
VOLBEAT: 19h10
IRON MAIDEN: 20h50
Classificação Etária: 16 anos desacompanhado. Menores de 16 anos apenas acompanhados pais/responsável legal.
Sujeito a alteração, conforme decisão judicial.
Pré-venda:
Pré-venda para clientes com cartão Santander começa: Segunda-feira, 18 de dezembro de 2023, às 10h
Pré-venda para clientes com cartão Santander termina: Quarta-feira, 20 de dezembro de 2023, às 09h59
Venda Geral:
Quarta-feira, 20 de dezembro de 2023, às 10h
Preços:
Pista Premium – R$900,00
Pista Premium meia-entrada – R$450,00
Pista – R$530,00
Pista meia-entrada – R$265,00
Cadeira N1 – R$580,00
Cadeira N1 meia entrada – R$290,00
Cadeira Superior – R$320,00
Cadeira Superior meia-entrada – R$160,00
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