O álbum é um clássico do rock, ainda que o resultado final tenha desagradado a todos os envolvidos, que não compreendem como ainda é cultuado em lugares como Brasil e Argentina.
"Born Again", do Black Sabbath, datado de 1983, é o único da banda com Ian Gillan, do Deep Purple, e acentuou a crise criativa e administrativa que dominaria o Sabbath até 1996, quando a formação clássica se reuniu para uma turnê americana.
A tão criticada produção, com seus sons abafados e esquisitos, segundo o guitarrista Tony Iommi, corre o risco de ser "corrigida", já o músico anunciou a intenção de remixar o trabalho, o que causou protestos de quem prefere a obra do jeito que ela foi produzida.
Iommi não garantiu que o fará, mas comentou que as coisas agora estão mais fáceis, já que as fitas originais, pedidas por anos, foram encontradas no porão de uma pequena gravadora londrina. O conteúdo está sendo convertido para formatos digitais e o guitarrista afirmou que qualquer coisa ser feita depende de coo ele e os engenheiros de som encontrarão as músicas.
Tony Iommi, Ian Gillan, Geezer Butler e Bill Ward gravaram "Born Again", 11° álbum de estúdio do Black Sabbath, no Manor Studio, em Oxfordshire, Inglaterra. O disco foi produzido pela própria banda em parceria de Robin Black.
Tony Iommi, Ian Gillan, Geezer Butler e Bill Ward gravaram "Born Again", 11° álbum de estúdio do Black Sabbath, no Manor Studio, em Oxfordshire, Inglaterra. O disco foi produzido pela própria banda em parceria de Robin Black.
O guitarrista não sabe dizer o que aconteceu para que o resultado final desagradasse a todos. A principal reclamação é que a mixagem deixou quase todos os instrumentos em volume abaixo do que queriam, além de o som estar abafado.
Nem ele nem Gillaan compreendem o fato de o fisco ser adorado na América do Sul, já que o desempeho em vendas no resto do mundo foi apenas mediano.
Uma das explicações é de que, em vinil, as canções soam muito pesadas, mais do que os apreciadores de metal estavam acostumados em 1963. A união de duas lendas da música mundial depois da saída de Ronnie James Dio da banda, no ano anterior, também contribuiu para a veneração ao álbum.
As músicas de "Born Again" eram diferentes do que vandas como Judas Priest, Iron Maiden e Saxon estavam fazendo. Estas estavam em bisca de sons mais elaborados e e, de certa forma, masi limpos, com produções esmeradas.
O Black Sabbath na época era um combo em crise. Em todos os sentidos. E fazia menos sentido ainda ter Ian Gillan como vocalista - fruto e uma decisão desastrada depois de uma noite de bebedeira em um pub de Birmigham, a terra do Sabbath, O empresário do vocalista só soube da "notícia" por amigos, e nem teve tempo de demover o cliebte da empreitada.
Do jeito que chegou ao mercado, "Born Again" se mostrou muito pesado e sombrio, com músicas potentes e interlúdios assustadores. Era uma verdadeira trilha sonora de filme de terror.
Escutar coisas como "Trashed", "Disturbing the Priest", " Zero the Hero", "Digital Bitch" e a faixa-título era uma experiência brutal para quem ansiava por um som agressivo e violento; E o álbum oferecia tudo isso; Ouvidos desacostumados a sons pesados consideraram "Born Again" aterrador em todos os sentidos.
Muita gente considera o trabalho com a essência do heavy metal clássico. Para as pessoas que sempre reivindicavam um exemplo prático e sonoro de como era s "música heavy metal", nunca pestanejei em mostrar a canção "Disturbing the Priest". Para mim, é o melhor exemplo do que é o subgênero. Quem não conhece o metal entende na hora do que se trata.
Por tudo isso, não é uma boa notícia a intenção de Iommi de mexer no sagrado som pesado de "Born Again". Certamente vai "limpar" a sonoridade e torná-la mais "audível e palatável", acabando com a aura cult e "suja" de um disco que simbolizou, de todas as formas, o que fopi e é o heavy metal clássico.
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