quinta-feira, 20 de junho de 2024

A luta de Paulo Miklos na melhor fase de sua vida

O palco é muito pequeno para uma mente inquieta que costuma se transformar em bandido em um filme, e em Adoniran Barbosa em outro. E issoé base da vida de um músico que recusa rótulos como Paulo Miklos, ex-Titã que vive a fase mais espendorosa de sua carreira solo.

Aos 65 anos de idade, o cantor, guitarrista e saxofonista está com umdisco ao vivo na praça e engata uma série de projetos cinematográficos , além de saborear o estrondoso sucesso do projeto "Titãs Encontros", que reuniu os sete titãs remanescentes em turnê emmorável.

"É uma época mágica, em que muita coisa acontece e que me dá enorme prazer", disse o músico durante entreista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "É extraordinário que as pessoas ainda tenham a mete aberta para curtir músicas e projetos diferentes em tempos de radicalização."

A sua empolgação para falar de "Titãs Encontro" é explícita, mas garante que o ciclo se encerrou, "Parecia que tínhamso voltado aos anos 80, o clima estava ótimo, efervescente. Nos sentimos vivos e criativos novamente. Claro que precisávamos disso, mas era um projeto limitado e temporário, com data para acabar."

De bem com a vida e eloquente, mesmo nos temas mais espinhosos ele manteve umtom positivo. Não se furtou a aabordar a questão política na música brasileira depois de tempos tão tenebrosos quando os quatro anos de desgovermo e etrocessos da era Jair Bolsonaro.

De forma polida e elegante, Miklos se mostrou espantado com a guinada generalizada á direira specialmente nomeio da música popular, qyeue antes era combativa e com atitude de contestação. 

“Ccomecei a ouvir as músicas dos caras e pensar: ‘Mas espera aí, já era assim antes? Então eu entendi errado’. Isso aconteceu demais, aconteceu entre as famílias, aconteceu entre os amigos. Acho que foi uma crise ética, política, que exigiu das pessoas. Também [aconteceu] essa coisa da onda das fake news na rede social. Houve essa cisão extrema e maluca”, analisou o cantor.

E ele pode falar de cátedra, já que fez parte de uma geração musical de alto calibre em termos de qualidade e expressão politica. E Titãs, com o álbum "Cabeça Disnossauro", de 1986, esteve na vanguarda do movimento artístico.

“Eu não briguei especificamente com ninguém nestes tempos duros e difíceis, porque eu achei uma perda de tempo. Na minha própria rede social, eu faço uma higienização, sabe? Eu dou um ‘block’ geral, o cara falou alguma coisa", diz Miklos. "E tem alguns [perfis] que eu vou visitar. Penso: ‘espera aí, esse cara está meio estranho, deixa eu ver, esse comentário não é muito legal’. Eu vou lá no perfil pra ter certeza antes de bloquear.”

Asissta abaixo a íntegra de Paulo Miklos no programa Roda Viva: 

https://www.youtube.com/watch?v=k2THcTsx9sg&pp=ygUMcGF1bG8gbWlrbG9z

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