Sem conseguir ficar parado, o
guitarrista norte-americano Jor Bonamassa decidiu revirar o baú e colocar no
mercado uma verão diferente de um do seus melhores álbuns meses após lançar o
disco ao vivo com orquestra “Live at the Hollywood Bowl”.
“Differemt Shades of Blue
(Overdrive)” traz três músicas a mais do qu a versão original de 2013 e
consegue melhorar o que já tinha sido bom. Curiosamente, Bonamassa tinha deixado
de fora músicas de boa qualidade que poderiam perfeitamente estar em qualquer
outro de seus álbuns de estúdio.
Neste trabalho revisitado,
Bonamassa reorientou sua trajetória para canções menos blueseiras e mais orientadas
para o country e para uma vertente mais americana do cancioneiro pop. Juntou-se
uma um grupo seleto de músicos e compositores de Nashville para uma rodada de
trabalho – gente como Jeffrey Steele,
Gary Nicholson, James House, Jerry Flowers e Jonathan Cain.
Viajou a Las Vegas e gravou no
Studio at the Palms com o produtor Kevin Shirley e uma sólida banda de músicos
de estúdio, incluindo Reese Wynans (órgão, piano), Carmine Rojas (baixo),
Michael Rhodes (baixo), Anton Fig (bateria, percussão), Lenny Castro
(percussão), Lee Thornburg (trompete, trombone), Ron Dziubla (saxofone), a
Bovaland Orchestra (cordas) e os backing vocals Doug Henthorn e Melanie
Williams.
“Different Shades of Blue” seguiu
a receita do bem-sucedido Driving Towards the Day Light”, com uma mistura bem equilibrada
de blues e country music moderna, "Love Ain't a Love Song" é o grande
detaque co sua pegada forte de rhythm and blues, mas tem oytras coisas saborosas,
como o blues honky tonk pesado "Never Give All Your Heart" e
"Trouble Town", uma fatia de blues de garagem movido a metais, são
Bonamassa vintage, misturando todas as;
O guitarrista resgata suas influências de Stevie
Ray Vaughan, Eric Clapton e Rory Gallagher, Jimi Hendrix e Hank Garland, em sua própria
voz para o blues, como na imponente “"Oh Beautiful!", que alterna
entre vocais abafados e cortes, quebras de guitarra elétrica, uma espécie de
versão do século XXI de Blind Willie Johnson.
A faixa-título é a mais dramática e, provavelmente,
a melhor, com seu riff musculoso e seu refrão bem construído, aqui mais uma vez
com eco de Clapton e Vaughan. Das faixas adicionais, “Scarlet Town” é a mais
comum, sem tantos atrativos em um blues mais reto. “Better the Devil You Know”
é um blues rock acelerado e bem arranjado, com ótimo solo de guitarra, enquanto
que “Black irish Eyes” flerta co o folk de forma magistral.
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