Houve um
tempo em que banda de rock não precisavam declarar que eram antifascistas e muito
menos explicar o porquê disso. Estava implícito na própria opção pelo gênero.
Rock sempre foi atitude, contestação e rebeldia, sempre orientado por padrões e
conceitos progressistas.
Tempos
curiosos são os atuais em que causa “estranheza” que astros engajados seja criticados
por tomar partido dos palestino ou que Rage Against the Machine seja
hostilizado por ‘falar” de política.
Também são
tempos perigosos em que o trio mineiro Black Pantera desperte a ira de
conservadores ao pedir por colocar “fogo nos racistas” – são acusado e incentivar
a violência, mas os acusadores silenciam sobre os muitos casos de rcacismo.
Como também
são odiosos os casos de ataques de todos os tipos sofrido por bandas engajadas
nas causas antirracistas e de apoio ao povo LGBTIA+, para não fala r d veterana
Laura Finocchiro, baluarte na defesa dos direitos humanos .
A guinada
conservadora que tomou conta da sociedade brasileira e de outras na Europa é
perigosa porque semeia a desinformação e está baseada na destruição de valores
universais, como direito humanos e democracia. ´;e a pavimentação para o
caminho rápido para o fascismo.
E o rock foi
tomado por hordas conservadoras que fazem a elegia do ignorância e pregam
abertamente p retrocesso sociopolítico ao pregar a despolitização da população
e do público. É o tipo de gente que adora criminalizar os “defensores dos
direito humanos”
Falar de
direitos humanos em tempos bolsonaristas sombrios e nojentos tornou-se um “ato político”
ofensivo para quem anseia e deseja a desidratação da conscientização popular –
como bem analisou o escritos e cientista social Jessé e Souza, “ a
extrema-direita e os evangélicos souberam manipular a raiva dos pobres, sendo
que está é, com frequência, mal direcionada”.
Carlos
Lopes, guitarrista e vocalista da banda de metal Dorsal Atlântica, identifica
um certo entorpecimento dos artistas diante e décadas de dificuldades e de sabotagens
do crescimento econômico e das políticas de redução da desigualdade social, “E
até compreensível que haja certo cansaço diante de tamanhos obstáculos que nós,
progressistas, enfrentamos, mas isso é perigoso, porque o caminho fica livre para
as forças do retrocesso,”
Um o
artistas mais engajados do rock, cujos shows são verdadeiras aulas de história,
Lopes encontra até mesmo dificuldades para difundir seus discursos
progressistas entre amigos e público que simpatizam com esse pensamento – sus
álbuns e livros de histórias em quadrilho/graphic novels deveriam ser objeto de
furor nas campanhas de financiamento coletivo, mas não é isso o eu acontece,
infelizmente.
José “mao”
Rodrigue, vocalista dos Garotos Pores e professor universitário de história, é
outro que não esmorece mesmo com mais de 40 anos de música de militância, como Carlos Lopes. “por mais
que seja utópico e até um pouco presunçoso, gosto de pensar que a banda e uma
espécie de voz da conscientização, de certa forma.”
Ele também
lamenta que o rock tinha ficado mais cínico, disperso, evasivo e sujeito a
perniciosa influência de um pensamento conservador que criminaliza a política.
Na defesa
das causas necessárias e que têm tudo a ver com direitos humanos, civis e individuais,
Yasmin Amaral, vocalista e guitarrista da banda Eskröta, reconhece as
dificuldades de ser uma ativista antifascista nos tempos atuais, em que o conservadorismo
parece estar n moda mesmo entre jovens supostamente esclarecidos bem informados,
“Há um
discurso rejeição e desmoraliaçãodo engajamento político e social justamente
quando a sociedade está e tornando cada vez mais desigual”, diz Yasmin. “A vulnerabilidade
de vários grupos aumentou, ao mesmo tempo em que cresce o ódio, principalmente
em relação aos diferentes e aos independentes. Não consigo me calar.”
Com a
visibilidade que a banda ganhou ao tocar no Rock in Rio 2024 com a The Mönic, a
Eskröta atraiu o ódio de protofascistas irritados com o discurso feminista e de
apoio às causas LGBTQIA+. “Não importa que achem nossos discursos e nossas
músicas panfletárias. Temos consciência política e lutamos por ela. Isso nos
orgulha.”
Com posicionamento
político e social bem definido, a Eskröta ganhou destaque e um público ovo e
grande, mas também fez muitos inimigos. Não foram pouco os ataques que sofreu
dos radicais e fundamentalistas de direita, culminando com o cancelamento de
shows em cidades conservadoras.
Quem também
granjeou um séquito respeitável de inimigos foi o Black Pantera, trio mineiro
de metal e hardcore formado por músicos negros, Se ainda não sofreram boicote
com cancelamento de shows, viraram alvo de ataques e de ódio por sua postura
antirracista e em prol dos direitos humanos. A ira maior é por conta do discurso
agressivo e pela música “Fogo no Racistas”.
“Dizem que a
gente incentiva a violência”, ironiza o baixista e vocalista Chaene da Gama. “O
qu dizer então das práticas racistas e da tolerância ao racismo e às injúrias
raciais? Poe ter certeza que sso é muito mais violento.”
Existem
muitos outros exemplos no rock nacional e internacional de engajamento na luta
antifascista e antirracista, mas a impressão é de que toas essas vozes não
estão sendo suficientes par rebater e combater o discurso violento de ódio e preconceito que domina o nosso ambiente
E o gato de
haver uma hegemonia artística colossal da música sertaneja, trilha sonora preferida
conservadorismo, só torna o ambiente no Brasil mais hostil ao progressismo e á
democracia.
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