sábado, 19 de outubro de 2024

Tempos perigosos: as armadilhas na cruzada antifascista do rock

 

Houve um tempo em que banda de rock não precisavam declarar que eram antifascistas e muito menos explicar o porquê disso. Estava implícito na própria opção pelo gênero. Rock sempre foi atitude, contestação e rebeldia, sempre orientado por padrões e conceitos progressistas.

 

Tempos curiosos são os atuais em que causa “estranheza” que astros engajados seja criticados por tomar partido dos palestino ou que Rage Against the Machine seja hostilizado por ‘falar” de política.

 

Também são tempos perigosos em que o trio mineiro Black Pantera desperte a ira de conservadores ao pedir por colocar “fogo nos racistas” – são acusado e incentivar a violência, mas os acusadores silenciam sobre os muitos casos de rcacismo.

 

Como também são odiosos os casos de ataques de todos os tipos sofrido por bandas engajadas nas causas antirracistas e de apoio ao povo LGBTIA+, para não fala r d veterana Laura Finocchiro, baluarte na defesa dos direitos humanos .

 

A guinada conservadora que tomou conta da sociedade brasileira e de outras na Europa é perigosa porque semeia a desinformação e está baseada na destruição de valores universais, como direito humanos e democracia. ´;e a pavimentação para o caminho rápido para o fascismo.

 

E o rock foi tomado por hordas conservadoras que fazem a elegia do ignorância e pregam abertamente p retrocesso sociopolítico ao pregar a despolitização da população e do público. É o tipo de gente que adora criminalizar os “defensores dos direito humanos”

 

Falar de direitos humanos em tempos bolsonaristas sombrios e nojentos tornou-se um “ato político” ofensivo para quem anseia e deseja a desidratação da conscientização popular – como bem analisou o escritos e cientista social Jessé e Souza, “ a extrema-direita e os evangélicos souberam manipular a raiva dos pobres, sendo que está é, com frequência, mal direcionada”.

 

Carlos Lopes, guitarrista e vocalista da banda de metal Dorsal Atlântica, identifica um certo entorpecimento dos artistas diante e décadas de dificuldades e de sabotagens do crescimento econômico e das políticas de redução da desigualdade social, “E até compreensível que haja certo cansaço diante de tamanhos obstáculos que nós, progressistas, enfrentamos, mas isso é perigoso, porque o caminho fica livre para as forças do retrocesso,”

 

Um o artistas mais engajados do rock, cujos shows são verdadeiras aulas de história, Lopes encontra até mesmo dificuldades para difundir seus discursos progressistas entre amigos e público que simpatizam com esse pensamento – sus álbuns e livros de histórias em quadrilho/graphic novels deveriam ser objeto de furor nas campanhas de financiamento coletivo, mas não é isso o eu acontece, infelizmente.

 

José “mao” Rodrigue, vocalista dos Garotos Pores e professor universitário de história, é outro que não esmorece mesmo com mais de 40 anos de música  de militância, como Carlos Lopes. “por mais que seja utópico e até um pouco presunçoso, gosto de pensar que a banda e uma espécie de voz da conscientização, de certa forma.”

 

Ele também lamenta que o rock tinha ficado mais cínico, disperso, evasivo e sujeito a perniciosa influência de um pensamento conservador que criminaliza a política.

 

Na defesa das causas necessárias e que têm tudo a ver com direitos humanos, civis e individuais, Yasmin Amaral, vocalista e guitarrista da banda Eskröta, reconhece as dificuldades de ser uma ativista antifascista nos tempos atuais, em que o conservadorismo parece estar n moda mesmo entre jovens supostamente esclarecidos  bem informados,

 

“Há um discurso rejeição e desmoraliaçãodo engajamento político e social justamente quando a sociedade está e tornando cada vez mais desigual”, diz Yasmin. “A vulnerabilidade de vários grupos aumentou, ao mesmo tempo em que cresce o ódio, principalmente em relação aos diferentes e aos independentes. Não consigo me calar.”

 

Com a visibilidade que a banda ganhou ao tocar no Rock in Rio 2024 com a The Mönic, a Eskröta atraiu o ódio de protofascistas irritados com o discurso feminista e de apoio às causas LGBTQIA+. “Não importa que achem nossos discursos e nossas músicas panfletárias. Temos consciência política e lutamos por ela. Isso nos orgulha.”

 

Com posicionamento político e social bem definido, a Eskröta ganhou destaque e um público ovo e grande, mas também fez muitos inimigos. Não foram pouco os ataques que sofreu dos radicais e fundamentalistas de direita, culminando com o cancelamento de shows em cidades conservadoras.

 

Quem também granjeou um séquito respeitável de inimigos foi o Black Pantera, trio mineiro de metal e hardcore formado por músicos negros, Se ainda não sofreram boicote com cancelamento de shows, viraram alvo de ataques e de ódio por sua postura antirracista e em prol dos direitos humanos. A ira maior é por conta do discurso agressivo e pela música “Fogo no Racistas”.

 

“Dizem que a gente incentiva a violência”, ironiza o baixista e vocalista Chaene da Gama. “O qu dizer então das práticas racistas e da tolerância ao racismo e às injúrias raciais? Poe ter certeza que sso é muito mais violento.”

 

Existem muitos outros exemplos no rock nacional e internacional de engajamento na luta antifascista e antirracista, mas a impressão é de que toas essas vozes não estão sendo suficientes par rebater e combater o discurso violento  de ódio e preconceito que domina o nosso ambiente

 

E o gato de haver uma hegemonia artística colossal da música sertaneja, trilha sonora preferida conservadorismo, só torna o ambiente no Brasil mais hostil ao progressismo e á democracia.

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