Não é exatamente uma busca por redenção, mas não deixa de ser um engajamento louvável para im músico tão criticado por ser um ferrenho ativista contra a obrigatoriedade de aplicação de qualquer tipo de vacina (um absurdo imenso que chega a ser criminoso).
Eric Clapton, o mago inglês da guitarra blues rock, mergulhou de vez nas campanhas em prol da assistência das vítima da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas que devasta a Faixa de Gaza. O foco do músico é arrecadar fundos para amenizar o sofrimento das crianças palestinas sobreviventes dos bombardeios covardes e impiedosos das forças israelenses.
"Prayer for a Chikd", foi o single inédito lançado em março, uma bela e melancólica canção que ainda não teve muita repercussão. Em abril foi a vez do lançamento de "To Save a Child", um álbum ao vivo com 11 músicas que terá sua renda revertida para instituições de caridade e ONGs (roganizações não governamentais) que ajudam as crianças em Gaza.
O nome completo do trabalho é "To Save A Child – In Aid of The Children of Gaza – An Intimate Live Concert' e foi gravado ao vivo em 8 de dezembro de 2023 em áudio e vídeo no RD Studios, em Park Royal, Londres. Os programas foram transmitidos nos dias 17 e 18 de janeiro para todo o mundo. As versões em blu-ray e DVD serão lançadas em junho.
O show foi curto, com 11 canções, e teve um formato semiacústico. Misturou clássicos do blues que sempre estiveram seu repertório, baladas desplugadas, como "Tears in Heaven" e "Layla", e uma homenagem bacana a George Harrison (1943-2001), amigo de uma vida, em "Give Me Love", com a participação do filho do amigo, Dhani, que é guitarrista.
É um disco importante por conta da motivação, mas não acrescenta nada na carreira de Clapton por conta do repertório sem novidades. A banda, no entanto, estava afiadíssima, assim como o guitarrista de 79 anos.
Clapton se junta a a personalidades como Roger Waters e David Gilmour, ambos ex-Pink Floyd, e a atriz Vanessa Redgrave no esforço internacional de paz no Oriente Médio e na condenação veemente do massacre de civis promovido por Israel.
É uma tentativa de redenção e d amenizar a imagem negativa que ficou do fuitarrista por conta de seus protestos contra a obrigatoriedade de vacinação contra a covid-19 na pandemia - ele questiona a eficácia de qualquer tipo de vacina - e, pior ainda, contra as necessárias medidas de isolamento social adotadas pelo governo britânico para conter o vírus.
Seu comportamento abjeto e asqueroso incluiu a união com outro negacionista e antivacina, o cantor irlandês Van Morrison. Os dois compuseram e lançaram três músicas com duras - inaceitáveis - críticas às determinações de distanciamento social;
Ainda hoje Claptom percorre os Estados Unidos manifestando apoio a políticos conservadores e antivacinas do Partido Republicano em todo o tipo de eleição.
Entretanto, é louvável o engajamento dele nas campanhas em prol das crianças vítimas da barbárie perpetrada pelos israelenses. Já são mais de 35 mil mortos entre os palestinos , sendo 15 mil crianças e jovens, em sete meses de guerra.
Genocídio é pouco para qualificar a reação de Israel. O ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 deixou 1,25 mil mortos entre os habitantes de Israel, além de 240 sequestrados, um evento praticado pela organização terrorista Hamas, que domina Faixa de gaza desde 2006
O ataque hediondo e odioso, obviamente condenável, provocou exatamente o tipo de reação desproporcional que caracteriza Israel contra os palestinos. Exatamente como previa e queria o Hamas, tanto que hoje, sete meses depois, são poucos os que ainda se lembram de condenar a organização terrorista.
Com a reação desmedida e desproporcional, os israelenses, eternos opressores dos palestinos, se tornaram, com razão, os vilões genocidas do conflito, que causa indignação pelo mundo e agora enseja uma onda de protestos nas universidades norte-americanas.
Gaza se tornou um refúgio de palestinos expulsos por judeus sionistas que foram ocupando toda a região que engloba a própria Gaza, Cisjordânia e Israel ao longo do século XX. Tornou-se o lugar de confinamento de 2,5 milhões de palestinos pobres, uma grande favela de de menos de 400 km2, uma área do tamanho da cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Área paupérrima, foi devastada várias vezes pelo exército israelense. No entanto, nunca ocorreu nada parecido com que está desabando sobre as cabeças dos palestinos agora. O nível de devastação tão grande que dificilmente a região poderá ser recuperada;,