terça-feira, 30 de abril de 2024

Eric Clapton lança álbum ao vivo em benefício das crianças de Gaza

 Não é exatamente uma busca por redenção, mas não deixa de ser um engajamento louvável para im músico tão criticado por ser um ferrenho ativista contra a obrigatoriedade de aplicação de qualquer tipo de vacina (um absurdo imenso que chega a ser criminoso). 

Eric Clapton, o mago inglês da guitarra blues rock, mergulhou de vez nas campanhas em prol da assistência das vítima da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas que devasta a Faixa de Gaza. O foco do músico é arrecadar fundos para amenizar o sofrimento das crianças palestinas sobreviventes dos bombardeios covardes e impiedosos das forças israelenses.

"Prayer for a Chikd", foi o single inédito lançado em março, uma bela e melancólica canção que ainda não teve muita repercussão. Em abril foi a vez do lançamento de "To Save a Child", um álbum ao vivo com 11 músicas que terá sua renda revertida para instituições de caridade e ONGs (roganizações não governamentais)  que ajudam as crianças em Gaza.

O nome completo do trabalho é "To Save A Child – In Aid of The Children of Gaza – An Intimate Live Concert' e foi gravado ao vivo em 8 de dezembro de 2023 em áudio e vídeo no RD Studios, em Park Royal, Londres. Os programas foram transmitidos nos dias 17 e 18 de janeiro para todo o mundo. As versões em blu-ray e DVD serão lançadas em junho.

O show foi curto, com 11 canções, e teve um formato semiacústico. Misturou clássicos do blues que sempre estiveram seu repertório, baladas desplugadas, como "Tears in Heaven" e "Layla", e uma homenagem bacana a George Harrison (1943-2001), amigo de uma vida, em "Give Me Love", com a participação do filho do amigo, Dhani, que é guitarrista.

É um disco importante por conta da motivação, mas não acrescenta nada na carreira de Clapton por conta do repertório sem novidades. A banda, no entanto, estava afiadíssima, assim como o guitarrista de 79 anos.

Clapton se junta a a personalidades como Roger Waters e David Gilmour, ambos ex-Pink Floyd, e a atriz Vanessa Redgrave no esforço internacional de paz no Oriente Médio e na condenação veemente do massacre de civis promovido por Israel.

É uma tentativa de redenção e d amenizar a imagem negativa que ficou do fuitarrista por conta de seus protestos contra a obrigatoriedade de vacinação contra a covid-19 na pandemia - ele questiona a eficácia de qualquer tipo de vacina - e, pior ainda, contra as necessárias medidas de isolamento social adotadas pelo governo britânico para conter o vírus.

Seu comportamento abjeto e asqueroso incluiu a união com outro negacionista e antivacina, o cantor irlandês Van Morrison. Os dois compuseram e lançaram três músicas com duras - inaceitáveis - críticas às determinações de distanciamento social; 

Ainda hoje Claptom percorre os Estados Unidos manifestando apoio a políticos conservadores e antivacinas do Partido Republicano em todo o tipo de eleição.

Entretanto, é louvável o engajamento dele nas campanhas em prol das crianças vítimas da barbárie perpetrada pelos israelenses. Já são mais de 35 mil mortos entre os palestinos , sendo 15 mil crianças e jovens, em sete meses de guerra. 

Genocídio é pouco para qualificar a reação de Israel. O ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 deixou 1,25 mil mortos entre os habitantes de Israel, além de 240 sequestrados, um evento praticado pela organização terrorista Hamas, que domina Faixa de gaza desde 2006

O ataque hediondo e odioso, obviamente condenável, provocou exatamente o tipo de reação desproporcional que caracteriza Israel contra os palestinos. Exatamente como previa e queria o Hamas, tanto que hoje, sete meses depois, são poucos os que ainda se lembram de condenar a organização terrorista.

Com a reação desmedida e desproporcional, os israelenses, eternos opressores dos palestinos, se tornaram, com razão, os vilões genocidas do conflito, que causa indignação pelo mundo e agora enseja uma onda de protestos nas universidades norte-americanas.

Gaza se tornou um refúgio de palestinos expulsos por judeus sionistas que foram ocupando toda a região que engloba a própria Gaza, Cisjordânia e Israel ao longo do século XX. Tornou-se o lugar de confinamento de 2,5 milhões de palestinos pobres, uma grande favela de de menos de 400 km2, uma área do tamanho da cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. 

Área paupérrima, foi devastada várias vezes pelo exército israelense. No entanto, nunca ocorreu nada parecido com que está desabando sobre as cabeças dos palestinos agora. O nível de devastação tão grande que dificilmente a região poderá ser recuperada;, 

Anthrax desfila clássicos em festival em SP

Flavio Leonel - do site Roque Reverso

O Anthrax retornou ao Brasil após quase 5 anos para realizar um grande show no domingo, 28 de abril, em festival no Memorial da América Latina em São Paulo. Com desfile de clássicos do thrash metal de boa parte de sua carreira, a banda norte-americana empolgou os fãs, que chegaram a abrir rodas enormes de mosh durante a apresentação e até a usar sinalizadores, repetindo um procedimento recente e marcante do público do Chile que costuma encantar o grupo em todas as turnês sul-americanas.

O show em São Paulo teve ainda marcas históricas, já que a banda contou com o grande, em tamanho e técnica musical, Dan Lilker no baixo do Anthrax, substituindo Frank Bello, que, por razões pessoais, não conseguiu acompanhar a banda na turnê pela América Latina.

Lilker, que é membro fundador e baixista original não somente do grande Nuclear Assault, mas também do próprio Anthrax, voltou a tocar com a banda pela primeira vez em 40 anos nesta turnê. Foi a primeira vez que ele veio como integrante do grupo ao Brasil, depois de tantos outros shows com seus outros grupos, como o próprio Nuclear Assault ou o Brutal Truth.

Com uma presença de palco impactante e no maior estilo “old school” do thrash metal, Lilker substituiu à altura o também ótimo Frank Bello, que sempre foi um dos componentes do Anthrax de maior atitude sobre o palco nas várias turnês da banda em terras brasileiras.

Os demais integrantes também mantiveram a tradição de proporcionar bons shows ao público da capital paulista. Enquanto o vocalista Joey Belladonna ainda resiste bravamente e de maneira incrível com seus 63 anos de idade, sem decepcionar, o baterista Charlie Benante mantém sua técnica, acompanhado pelo guitarrista solo Jonathan Donais e pelo sempre ótimo Scott Ian, um dos maiores guitarristas base da história do heavy metal.

O modo inusitado e surpreendente que fez o Roque Reverso acompanhar o show

Na vida, há coisas inexplicáveis que, muitas vezes, atribuímos a ações divinas. No domingo, o Roque Reverso vivenciou um desses exemplos que costumam fazer o ser humano, no mínimo, refletir.

Ignorado completamente pelo segundo ano seguido pela organização do festival (que sequer envia um release informativo para este veículo de comunicação que completa 15 anos de existência em 2024), o Roque Reverso decidiu não fazer a cobertura do evento.

A ideia foi prestigiar como fã as bandas favoritas, como o Death Angel, o Anthrax e o Mercyful Fate. Mas havia um empecilho gigante: o preço salgadíssimo do ingresso, que, no dia dos shows, estava saindo por mais de R$ 700,00 na versão social!!!

Como os jornalistas deste site não nadam em dinheiro, a opção foi tentar ver alguma coisa dos shows do lado de fora do Memorial da América Latina, da avenida mesmo, onde era possível ouvir o som de maneira nítida e avistar parte dos palcos e três telões grandes.

Para não desmentir a dificuldade de acesso ao preço alto dos ingressos, havia um público de cerca de 50 pessoas do lado de fora, por volta das 15h30 do domingo, curtindo o show do Carcass.

Após o fim do show do Carcass, este jornalista tentou migrar para o outro lado do Memorial, para ver se conseguia acompanhar o show do Death Angel. Diferente do que se podia ver no outro palco, era impossível ter qualquer tipo de visão dos representantes da Bay Area. O que restou foi ouvir o show, que já se encaminhava para a metade da apresentação.

Foi quando um sujeito de sotaque espanhol se aproximou e perguntou se este queria entrar.

Imaginando ser um cambista, a resposta sincera deste que vos escreve foi a de que não havia dinheiro e que a intenção era apenas tentar captar algo do show, mesmo que do lado de fora do evento.

Com um sorriso no rosto, o indivíduo repetiu a mesma pergunta: “Quer entrar?”

E acrescentou que tinha 5 ingressos sobrando e daria um deles para este jornalista. Sem acreditar naquilo que estava acontecendo em seus mais de 33 anos de shows e festivais de rock, este que vos escreve respondeu que queria muito entrar, sendo contemplado de imediato.

Estando no Brasil, há sempre algum pé atrás quando, como diz o ditado, “a esmola é demais”. Mas, em nova surpresa, o ingresso, que parecia ser um de cortesia, foi aceito sem problemas pelo equipamento de leitura da atendente.

Meio que tremendo com aquela situação e ainda sem acreditar naquilo que estava vivendo, este jornalista correu para pegar a parte final do show do Death Angel, que já havia proporcionado a este mesmo veículo de comunicação, em 2010, experiências incríveis e inacreditáveis na sua primeira passagem pelo Brasil.

Começava ali a oportunidade de ver o show do Anthrax!

O grande show

Apesar de ter vindo ao Brasil em 2019 para o Rock in Rio daquele ano, o Anthrax não vinha para São Paulo desde 2017, quando, tocando numa mesma noite que teve um ensurdecedor Accept no mesmo evento no Tom Brasil, deu um verdadeiro banho de thrash metal.

Quem tem clássicos tem tudo. E o Anthrax, mesmo sem lançar um álbum novo desde 2016, sabe que tem sucessos suficientes para montar um set list de respeito.

Como toda banda veterana, o Anthrax tem algumas músicas fixas no repertório que dificilmente saem da lista por serem quase que obrigatórias.

Foi com três delas que o grupo abriu o show no Memorial da América Latina. Logo de cara, a banda iniciou a apresentação com nada menos que “Among the Living”, com uma energia gigantesca que fez o público se animar e cantar alto.

A segunda da noite, “Caught in a Mosh”, já contou com uma quantidade maior de rodas e teve sinalizadores acesos, numa cena pouco comum em grandes festivais no Brasil.

Enquanto o peso imperava, chamava a atenção como Dan Lilker batia cabeça como se seu pescoço fosse de borracha. Ao lado, o normalmente tímido Jon Donais girava a cabeça também de um modo que parecia uma hélice.

O show estava do jeito que o público desejava, mas quem tem cartas na manga sempre pode melhorar. E foi o que o Anthrax fez com “Madhouse”, que é daquelas faixas que faz o mais gelado dos fãs se empolgar.

“Metal Thrashing Mad” não era tocada em São Paulo desde 2012, mas, agora, em 2017, ela tinha uma razão mais do que especial para entrar no repertório, já que pertence ao álbum de estreia da banda “Fistful of Metal”, o único gravado com Dan Lilker. Mesmo para quem já viu o Anthrax inúmeras vezes ao vivo, foi uma emoção diferente e única ver aquele momento ao vivo e a cores.

De volta às faixas sempre presentes, “Efilnikufesin (N.F.L.)” manteve a tradição de ampliar o número de rodas no show. Sempre ótima ao vivo, ela ajudou este que vos escreve a chegar mais perto da grade, já que a roda foi usada para atalho para chegar ali.

Uma grata novidade no show foi a inclusão de “Keep It in the Family”, uma faixa que fez muita falta nas vindas recentes e em sequência que o Anthrax fez na última década a São Paulo. Para o leitor ter uma ideia, ela não era tocada na capital paulista desde 1993, quando a banda veio com John Bush nos vocais na turnê do álbum “Sound of White Noise” no saudoso Olympia!

Outra sempre presente, “Antisocial”, também repetiu o sucesso de sempre entre os fãs e foi cantada a plenos pulmões.

Foi seguida por “I Am the Law”, que pode não aparecer com a mesma regularidade no repertório, mas que já foi tocada em várias vindas do Anthrax ao Brasil. Para melhorar o momento, Scott Ian chamou ninguém menos que Andreas Kisser, do Sepultura, para uma participação especial no show.

A mais lenta “In the End”, sempre dedicada a Ronnie James Dio, foi a mais jovem do set list e, assim como a veterana “Medusa”, representou aquele momento do show no qual os fãs já estão em período de descanso, depois do agito das músicas anteriores.

Ela foi seguida da sempre presente “Got the Time”, que também tem o poder de sempre incendiar público. Curta, rápida e direta, ela, desta vez, representou um ponto baixo na performance da banda porque ficou com o som meio que embolado em alguns momentos da execução da faixa.

Também sem ser tocada em solo paulistano desde 1993, “A.I.R.” foi outra grata surpresa do show, caindo no gosto de muitos fãs que desejavam músicas antigas pouco tocadas por aqui.

Para fechar com chave de ouro a apresentação no Memorial da América Latina, o Anthrax trouxe a mais do que obrigatória “Indians”, que também contou com sinalizadores, além de rodas em vários lugares da pista.

No clássico momento da “War Dance”, Charlie Benante manteve a tradição aqui em São Paulo de parar a música, para Scott Ian pedir o envolvimento máximo da plateia. Diferente das apresentações recentes em casas de shows menores, a roda de mosh criada foi a maior já vista em shows do Anthrax em terras paulistanas. E foi impossível não entrar nela.

O saldo final do show foi o melhor possível. Quem já havia visto o Anthrax várias vezes, teve a oportunidade de ouvir músicas ao vivo que a banda não tocava há tempos. Quem foi pela primeira vez a uma apresentação do grupo, teve um desfile de clássicos adequado e de alta qualidade para reforçar sua admiração pela banda.

Living Colour e Manowar anunciam shows no Brasil

Duas importantes banda americanas anunciaram shows para este ano no Brasil na esteira das turnês que não podem ser marcadas sem passar pela América Latina: o queteto de metal tradicional manowar e a banda de hard rock Living Colour.

Um dos mais importantes nomes do rock norte-americano, o Living Colour está de passagem marcada pela América Latina em outubro. No Brasil, a banda se apresenta em Belo Horizonte (Mister Rock, 11 de outubro), São Paulo (Tokio Marine Hall, 12 de outubro) e Brasília (Toinha, 13 de outubro). A turnê também passa por Chile e Argentina.

Esta será a primeira vinda da banda após a participação no Rock in Rio 2022, no qual se apresentaram ao lado do consagrado guitarrista Steve Vai, em um dos melhores shows de todo o festival. Curiosamente, a primeira vinda do Living Colour ao país também foi em um grande festival: Hollywood Rock, em 1992, com shows em São Paulo e Rio de Janeiro. No total, estiveram dez vezes no Brasil.

Formada em Nova Iorque no ano de 1984, tem na formação o guitarrista Vernon Reid, o vocalista Corey Glover, o baterista Will Calhoun e o baixista Doug Wimbish. 

A música do conjunto é uma fusão criativa influenciada pelo free jazz, funk, hard rock e heavy metal. Por sua vez, as letras variam de aspectos pessoais aos políticos, em alguns dos últimos casos, atacando o eurocentrismo e o racismo na América.

O grupo tem seis álbuns de estúdio lançados. Alcançaram a fama com o disco de estreia, Vivid, em 1988. Entre grandes sucessos, está o imenso hit “Cult of Personality”, que ganhou um Grammy de Melhor Performance de Hard Rock em 1990. 

Foram nomeados Melhor Artista Revelação no MTV Video Music Awards de 1989 e ganharam outro Grammy com o álbum Time's Up (1990). Após um hiato, se reuniram no final de 2000 e lançaram mais três trabalhos: Collideøscope (2003), The Chair in the Doorway (2009) e Shade (2017).

O cultuado Manowar tocou no ao passado em São paulo e retorna ao país para ao menos três apresentações em outras cidades. A formação atual tem Eric Adams (vocal), Joey DeMaio (baixo), Dave Chedrick (bateria) e Michael Angelo Batio (guitarra),

As datas por enquanto agendadas são:

 * 20/11 (Live Curitiba, Curitiba/PR 
Abertura das Portas: 22h 

24/11 - Geraldão, Recife, PE 
Abertura das Portas: 18h
Início do Evento: 20h
Adquira seu ingresso em https://www.bilheto.com.br/comprar/2377/manowar

26/11 - Vivo Rio, Rio de Janeiro, RJ 
Abertura das Portas: 19h
Início do Evento: 21h
Adquira seu ingresso em https://showpass.com.br/comprar/1316/manowar

"Os Manowarriors brasileiros sabem o que é o verdadeiro Metal - e eles merecem nada menos do que o compromisso eterno do Mamowar de entregá-lo um espetáculo de energia, força e volume!", disse o baixista da banda Joey De Maio.




Com menos rock e mais plural, Rock in Rio enfurece os puristas

 Sai AC/DC, entram Zeca Pagodinho e Chitãozinho e Xororó Se a ideia era irritar os apreciadores de rock, então os organizadores do Rock in Rio capricharam. O festival que se arvora no direito de dizer que é o maior do mundo do entretenimento atualmente reforça a tese de que a música ficou secundária e que é apenas um ingrediente, e importante, de um evento bilionário.

Tem sido assim em todas as edições desde 2011, quando o rock progressivamente espaço para artistas do pop, do rap, da música eletrônica e outros gêneros. Portanto, qual a surpresa com a escalação de sambistas e sertanejos no Rock in Rio 2024? Até que demorou...

A fritaria geral é porque o rock está reduzido a um dia, 15 de setembro, e com atrações que não despertam paixões.

Oos ingleses do Deep Purple, por exemplo, com 57 anos de carreira e integrantes quase octogenários, costumam visitar o  Brasil a cada dois anos, Não são novidade. A desfigurada banda Journey, à beira de seu cinquentenário, é desconhecida da atual geração de roqueiros. 

Evanescence? Esteve aqui no ano passado, com a vocalista Amy Lee viralizando por conta da simpatia e pelos passeios de ônibus urbano e trem de subúrbio em São Paulo.

Avvenged Sevenfold? Já foi grande e hoje perde em relevância para qualquer banda média que tocou no ótimo Smmer Breeze Brasil, em abril.

Para completar, os brasileiros Planet Hem,p,, Pitty, Barão Vermelho e Paralamas do Sucesso, todos "clássicos" e com no mínimo três participações em Rock in Rio.

A irritação se justifica, em parte, pelo fracasso em contratar o AC/DC, que também está desfigurado, mas é o AC/DC, que veio ao Brasil pela última vez há 15 anos. A banda australiana declinou do convite porque acertou outras data em sua turnê mundial para a mesa época.

O que ninguém esperava era que o dia do heavy metal, com isso, fosse substituído por algo do tipo "festa brasileira" em 21 de setembro, com o anúncio de uma profusão de sertanejos, pagodeiros e sambistas em um evento que deveria ser de rock

Abusando dos mesmos nomes de sempre - Guns N' Roses, Iron Maiden -, a curadoria foi perdendo a credibilidade até que ousou em 2017, quando conseguiu convencer The Who a tocar no hemisfério Sul, e em 2019, quando inovou ao escalar o King Crimson no palco Sunset. A mesmice voltaria a dar as caras em 2022.

É desagradável, mas o festival já dava indicações de que esse era o futuro: cada vez menos rock, cada vez mais artistas populares de qualquer gênero; Tem gente que não engole até hoje as presenças de Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Anita e uma coleção de cantoras americanas artificiais e platsficadas nos últimos dez anos. geralmente a gritaria vem de gente que nunca foi ou jamais irá ao Rock in Rio.

Uma parte dos críticos nem reclama tanto da escalação de sertanejos e sambistas - afinal, desde 1985, com Alceu Valença e outras presenças da MPB, que o festival abre espaço para outros gêneros. A questão é que a música fica cada vez menos importante,

A descaracterização do festival, progressiva desde 2011, é só mais um sintoma da perda de relevância cultural em festival do entretenimento. 

O Rock in Rio virou um imenso parque de diversões onde é necessário chamar um sertanejo como Luan Santana para garantir algum público para a música além dos brinquedos diversos; O entretenimento solapou a cultura e a música.

outra constatação é que esse tipo de festival, cada vez mais monumental e grandioso e cheio de outras coisa além da música, está se tornando um evento para quem nem gosta tanto assim de música. É uma marca que começa a ser associada outro tipo de entretenimento, mais global e plural, só que cada vez mais distante da relevância cultural que já teve.

É triste, mas jamais nos esqueçamos: a importância histórica e cultural do Rock in Rio na vida brasileira é gigantesca. É um marco tão grande quando a Proclamação da República, as Revoluções de 1939 e 1932, a derrubada de Getúlio vargas, em 1945, a Revolução/Ditadura Militar de 1964 e a Redemocratização de 1965, só para citar alguns fatos importantes. 

Foi o Rock in Rio que mostrou ao país que existia uma cultura popular e jovem, e que esse jovem era um importante sujeito dentro do mercado consumidor.  Nada é para sempre, e o Rock in rio não está morrendo - ao contrário -, mas jamais será novamente o que nos acostumamos a curtir - um festival de música e de rock.


domingo, 28 de abril de 2024

Summer Breeze, terceiro dia: as trevas dominam com Mercyful ffate brilho de Anthrax e Overkill

 Haroldo Nestor - especial para o Combate Rock

A grande atração do Summer Breeze Brasil transformou o Memorial da América Latina, em São Paulo, em um imenso tempo de adoradores do oculto e da escuridão. Esqueça essa história de satanismo: o Mercyful fate faz o legítimo heavy metal tradicional clamando pelo obscuro, mas sempre querendo dominar a sua alma.

O grupo dinamarquês celebrou 40 anos de carreira em grande estilo, com uma apresentação teatral e mostrando um peso absurdo. King Diamond abriu os portões do inferno e libertou todas as criaturas bestiais. Foi libertador.

Com uma discografia enxuta, quase tudo o que banda toca é clássico. O vocalista King Diamond nem parece ter saído de complicadas situações de saúde, com direito m ataque cardíaco anos atrás. Recuperado, foi o sacerdote da missa negra tão esperada por todos. 

Foi mágico curtir as trevas de "The Oath", "Black Funeral", a apavorante "Melissa" e o hino "Come o the Sabbath". Foi um show curto, mas recompensador. Nunca as trevas soaram tão imponentes nestas terras. 

Mercyful fate brilhou, como era desejado e esperado, ms as bandas brasileiras também. Ratos e Porão, cada vez mais metal, destilou a sua pancadaria sem dó, em um show político e engajado - ainda bem¹ Os temas do último álbum, "Necropolítica", caíram bem em um festival. 

Torture Squad foi demolidor, com a vocalista Mayara Puertas mostrando porque é a referência vocal extrema no Brasil. Foi um show com uma tonelada de peso, assim como Troops of Doom, ainda mais extremo e furioso destilando um death metal técnico e contundente.. Axty também foi bem. Johnwayne e Hellish War mostraram boas perspectivas, mas mais do mesmo

Entre as atrações internacionais, quem agitou bem foi o Killswich Engage, com seu show moderno e movido a marretadas sonoras. na verdade, é moderno demais, mas bem de acordo com uma geração de apreciadores de som pesado que surgiu no fim dos anos 2009 e 2010. 

A velha guarda se contentou com o Amorphis, da Finlândia, que não é mis tão pesado quanto era no começo de carreira, e com a lenda Overkill, que faz um thrash etal de verdade, sem firulas e típico o anos 80. Que delicia ver a banda de Bobby "Blitz" Ellsworth resgatar os anos dourados...

E teve o maravilhoso Anthrax, mais uma lenda quarentona que decidiu mostrar quem era que mandava ali. A sequência de clássicos foi matadora e Dan Lilker, o baixista que substituiu temporariamente Frank Bello, esteve à altura da tarefa. Não tem como um show do Anthra ser ruim com "Among the Living", 'Caught in a Mosh", "Indians", "massacre", "I Am the Law", "in the End"...

Os suecos do Eclipse se esforçaram para chamar a atenção com seu som progressivo e hard,  . grandes resultados, da mesma forma que o pouco conhecido do brasileiros 

O show teatral dos finlandeses do Battle Beast agradou mais, principalmente pela excelente vocalista Noora Louhimo, que nada deve às divas que cantaram no dia anterior.

Entre as bandas extremas, o Carcass foi visceral e explosivo, mas parte do público pareceu não ter compreendido. Mas eles não ligaram  fizeram um grande show. 

Foi um grande festival, onde quase tudo deu certo e os principais shows foram maravilhosos. Qual foi o melhor dia? Ouso dizer que foi o terceiro.

Documentário primoroso narra 40 anos da banda Bon Jovi

 Do Luxo aos excessos, passando pelo topo, pelos anos difíceis e culminando com a maturidade que envolve cuidados com a saúde. A trajetória de Jon Bon Kovi e sua banda de hard rock, que leva o seu sobrenome, é daquelas que podem muito bem exemplificar o que é a vida no show business e de alta performance.

Em tratamento para se recuperar de problemas nas cordas vocais, que quase encerraram prematuramente a sua carreira, o cantor americano é tema de um interessante documentário dividido em cinco partes, "Thank You, Good Night", exibido pela Star+.

Trabalho de fôlego, a fita, dirigida por , conseguiu um feito raro neste tipo de  obra: falar com todos os músicos vivos que estão ou que já passaram pela banda. Isso inclui, óbvio, o guitarrista Richie Sambora, que foi o principal parceiro de composição de Jon desde a criação do grupo até a sua saída intempestiva, em 2013.

É legal ver a troca de farpas, ainda ue educadas. Sambora diz que não se arrepende de ter saído ("eu tinha de sair, não dava mais"), mas mas sim da forma como o fez: durante uma turnê, não apareceu para tocar, e nunca mais voltou sem sequer dar um aviso aos ex-companheiros. Acabou substituído por Phil X, canadense que tocou no Triumph. No filme, ele pede desculpas por isso. Bon Jovi ironizou: "foi a primeira vez em dez anos que escutei ele pedir deculpas".

Por mais que seja extenso, o filme é completo, aborda temas delicados, e fala com precisão sobre a vida de uma banda gigante de hard rock. É um belo presente paea os fãs para celebrar os 40 anos de existência do grupo que simbolizou como ninguém a fase áuea e o apogeu de um segmento expressivo da música poplar.

Summer Breeze, segundo dia: Angra, Nervosa e as divas são os destaques

Péricles Rutherford -especial para o Combate Rock

O segundo dia do Summer Breeze Brasil, o sábado, oi o mais variado em termos de som pesado, para  um público imenso e eclético desde as primeiras horas do evento. Se ninguém deu bola para os meninos da School of Rock que sofriam com o calor intenso, as bandas brasileiras foram bem recebidas, como o Rage in My Eyes, do Rio Grande do Sul, e a Eminence, de Minas gerais, duas bandas veteranas da nossa cena.

O Angra foi um dos destaques, privilegiando os sons mais novos do excelente álbum "Cycle of Pain". A formação intacta há oito anos mostrou que é uma usina poderosa de som progressivo e pesado e foi ovacionada.

A Nervosa, agora um quarteto, era a banda mais esperada e cumpriu o seu objetivo de estremecer  tudo.  Os problemas técnicos da guitarra da vocalista Prika Amaral não atrapalharam muito e elas impressionaram bastante, especialmente a novata Gabriela Abud, baterista de 22 anos que estreou na banda neste show.

Os suecos da banda Night Flight Orchestra, liderada pelo cantor Bjorn Strid, do Soilwork, faz um som pop pesadinho e divertido, e agitou bastante o público, assim como o americano Jeff Scott Soto, que tocou com os amigos da banda brasileira Spektra. Dino Jelusick (Whitesnake, Whom Gods Destroy), em show solo, passou meio em branco, embora o show fosse ótimo.

No capítulo "divas", o festival pegou fogo. Lacuna Coil, com Cistina Scabbia, mostrou que os italianos são uma das melhores coisas do metal moderno. Fazendo os vocais limpos, ela arrebentou. 

As holandesas form ainda além, em shows moráveis. Simone Simons, com o Epica, abusou da piromania, mas deu conta do recado e foi a grande voz do dia. Sharon Den Adel, com seu Within Tempation, também foi bem com o metal engajado e politizado, mas não precisava da demagogia de vestir roupinha com a bandeira do Brasil. Foi o melhor show da noite.

Entre as atrações mais pesada, o Gamma Ray, com Kai Hansen, foi o destaque, tocando vários cl´ssicos dos anos 90 e fazendo menções a músicas do Helloweem, onde também toca, O soturno Dl.ark Tranquility agradou aos seus fiéis, enquanto que o Hammerfall pareceu desconfortável em sue metal datado. Era uma das grandes atrações do festiva

sábado, 27 de abril de 2024

Summer Breeze, primeiro dia: Gene Simmons não surpreende, Biohazard e Mr. Big brilham

 Henrique Neal - especial para o Combate Rock

Para surpresa de ninguém, o Kiss tocou em grande estilo no primeiro dia do Summer Breeze Brasil, no Memorial da Américal Latina, em São Paulo. O baixista e vocalista da banda, Gene Simmons, fechou a noite quebrando as expectativas de privilegiar a sua anêmica carreira solo e desandou a mostrar que o Kiss vive, mesmo que  oficialmente tenha encerrado as atividades. Ou não.

Ok, Paul Stanley, o outro chefe do Kiss, não estava nos vocais  na outra guitarra, mas isso não importou para a sviúvas da banda americana. SSó houve músicas do Kiss, e foi um bom show, mas meio anticlimático. Ouvir clássicos de Stanley na voz do guitarrista Jason Walkers é muito estranho.

O hino o Love I Loud", que marcou a primeira passagem do Kiss pelo Brasil, em 1983, fez a plateia explodir e cantar, e lembrou a força gigante da band, assim como a maravilhosa "Deuce". "Detroit Rock City", na voz de Walkers, também agitou muito, mas "Love Guns" e "100.000 Years" não causara muita comoção.

 A escalação de Gene Simmons e sua banda  foi um acerto, encheu o local de nostalgia, mas sempre fica aquela sensação de banda cover, no final das contas.

O Biohazard reunido demoliu a noite e fez o melhor show do primeiro dia. Ao vivo é muito pesado e faz questão de ser violento, por mais que ande transmitindo mensagens pacifistas. 

Foi lindo ouvir "State of World Address e "Urban Discipline", assim como a pancada "Wrong Side  of the Tracks". Faltou "Cycle of Abuse", que é um clássico, mas ainda assim foi enriquecedor e lavou a alma. Também teve "Shades of Gray", mas o jogo já estava ganho.

O Mr. Big também foi muito bem em sua última participação no Brasil. A turnê de despedida do grupo transpira leveza e descontração e a banda tem uma fileira de hits que é simplesmente maravilhosa.

Os músicos exalam jovialidade mesmo se aproximando dos 70 anos, como é o caso de Billy Sheehan, o baixista. Eric Martin, o o vocalista, tem 65 e se diverte como um garoto. 

O show de hard rock do grupo é irrepreensível. "Addicted to that Rush", "Take Cover", "Daddy, Brother, Lover, Little Boy", ""To Be With You", "Just Take My Hert", "Wild World" e algumas outras pérolas foram suficientes para transportar o Memorial para os anos 80. Paul Gilbert, o guitarrista, é simplesmente espetacular. Com segu

Os ecos dos anos 80 também falaram alto com a chegada ao palco de Sebastian Bach, ex-vocalista do Skid Row. Ele adora o Brasil, veio vezes, apesar de ter sido aqui, em 1996, a decretação da saída de sua ex-banda, após uma apresentação ruim no estádio do Pacaembu.

Com segurança e esbanjando simpatia, Bach fez um  show pesado, com canções que beiravam o metal. Skid Row deu o tom inicial. "Sweet Little Sister" e "Here I Am" se intercalaram com músucas solo, como "What Do I  Got  to Do". E claro que teve "18 and Life", e teve ainda "I Remember You".. Deu uito certo.

O Massacration é interessante, mas continua sendo a mesma piada de sempre. Chega a cansar um pouco, mas é necessário dizer que Bruno Sutter, que encarna o vocalista Detonator, canta muito. Foi a grande presença da anda no show.istral, as muito curto por conta 

Rápidas impressões sobre outros shows: Exodus mostrou uma urgência impressionante, uma qualidade absurda e peso descomunal, cheio de clássicos; Edu Falaschi foi muito bem, mas seu show foi muito muito por conta das obras conceituais lançadas desde 2021. Mais um que brilhou. Black Stone Cherry não mexeu com muita gente em seu hard rock meio insípido, enquanto que Tygers of Pan Tang e Floysam and Jetsam tocaram muito pesado e com boas ideias, mas sem grande apelo do público, infelizmente.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Keith Emerson, 80: o mago dos teclados que queria ser uma estrela de rock

Keith Emerson sempre se esforçou para parecer selvagem. Era uma necessidade, já que vocalistas e guitarristas sempre eram os protagonistas do rock no final dos anos 60. Um de seus ídolos, Jerry Lee Lewis, "The Killer", arrebentava nos teclados como showman, superando o concorrente Fats Domino. Como superar Jimi Hendrix, por exemplo? 

O ego sempre falou mais alto e ficou feliz quando o guitarrista David O'List deixou o quarteto de rock psicodélico que logo se transformou em progressivo – The Nice, numa referência clara ao Cream, de Eric Clapton, que estava terminando. Queria porque queria ser uma estrela. E conseguiu, de certa forma, principalmente com Emerson, Lake and Palmer.

Se estivesse vivo, Keith Emerson completaria 80 anos. Ele morreu aos  71, em 2016,  em sua casa em Santa Monica, Los Angeles, segundo nota publicada no Facebook do tecladista. A causa da morte foi suicídio após um longo período de depressão or conta de problemas de saúde que o impediam de tocar plenamente.

Um dos ícones do rock progressivo, Keith Emerson usou e abusou dos teclados, mais especificamente dos sintetizadores. 

Antes da formação do ELP, Emerson já tinha alcançado reconhecimento no mundo musical graças ao seu trabalho com a banda The Nice, no final dos anos 60. Seu principal sucesso comercial foi uma versão instrumental para "America", de Leonard Bernstein.

Ego lá em cima

Sem o guitarrista O'List, o Nice voou e, como trio de rock progressivo, foi criticado pelos excessos de Emerson e a falta de uma guitarra. Isso não era o problema – a questão era como domar a irritação de Lee Jackson (baixo e vocal) e o baterista Brian Davison. 

De formação erudita e inquieto por conta de uma ansiedade que incomodava, Keith emerson se especializou em compor e criar um rock sinfônico, expansivo e com muitas experiências sonoras..

Aos 25 anos em 1969, sentia que estava ficando para trás em relação ao sucesso de outros grupos pop e de rock, e sentia que perdia espaço em relação ao teclado para o "maestro" Jon Lord e seu Deep Purple. 

As brigas com os parceiros de The Nice só exacerbaram o que ele jpa sabia: os companheiros eram bons, mas limitados para o que queria: um som grandioso e bombástico, repleto de virtuosismo e qualidade, de preferência com músicos com formação erudita.

Não pensou duas vezes: o Nice acaba no começo de 1970 e deixa Emerson livre para gestar a sua pérola ao lado do então amigo Greg Lake, que não aguentava mais o cabecismo e as manias do guitarrista Robert Fripp, líder do King Crimson. 

Roubando o menino prodígio da bateria do Atomic Rooster – Carl Palmer, de apenas 19 anos -, o tecladista espalhafatoso conseguiu o seu intento: manteve a estrutura iniciada no Nice, ou seja, trio sem guitarra, para que ele pudesse brilhar como a estrela do espetáculo.

Help?

Jimi Hendrix soube do projeto até se interessou em fazer jams para saber se poderia integrar o grupo – o nome estava escolhido, Help, com as iniciais dos sobrenomes. Hendrix morreu antes, mas Emerson nem se importou. 

Emerson, Lake & Palmer surgia para levar ao extremo os excessos de todos os tipos do rock de arena e no rock progressivo. Chutes, pancadas, barulhos esquisitos, microfonias, nada parecia saciar Emerson, que adorava derrubar a montanha de teclados e amplificadores ao final dos shows.

No começo a postura destrutiva à la Pete Townshend (que quebrava guitarras no The Who) ofuscava o seu próprio talento e os bons trabalhos com o trio. 

O ego continuou lá em cima, mas domou sua fúria e impulsionou o ELP para se tornar um dos gigantes da música dos anos 70 -e alvo dos punks que odiavam os excessos do rock progressivo – mas que também invejavam o trio pela excelência musical..

A versatilidade de Keith Emerson e dos companheiros só foi ressaltada na segunda metade dos anos 70, quando começaram a abordar vários estilos musicais além do rock progressivo sinfônico, como nos dois volumes (em LPs duplos) "Works" e "Works II".

Carreira cult e músico respeitadíssimo

O fim do Emerson, Lake & Palmer, em 1979, liberou o trio para tentativa de se aproximar do sucesso. Palmer teve mais êxito quando formou o Asia com o tecladista Geoff Downes, o guitarrista Steve Howe – ambos ex-Yes – e o baixista e vocalista John Wetton (ex-King Crimson e Uriah Heep). Greg Lake decidiu por virar um artista pop, gravou dois álbuns e fez turnês com o ás do rock pesado Gary Moore. 

Restou a Emerson engatar uma carreira solo errática e cult anos anos 80, antes de se unir a Lake no Emerson, Lake and Powell (Cozy Powell, ex-Jeff Beck Group e Rainbow), com Palmer no 3 (com o guitarrista Robert Berry) e, nos anos 90, um rápido retorno do Emerson, Lake & Palmer em 1991. 

Ao lado de Jon Lord e de outros gênios, Rick Wakeman, do Yes, e Tony Banls, do Genesis, Keith Emerson está no time dos melhores tecladistas de rock de todos os tempos.

Sua contribuição é incomparável, seja como protagonista ao colocar seu instrumento como fundamental dentro de seu estilo, seja na busca incansável por novos timbres e novas possibilidades instrumentais com os novos equipamentos que sempre incluía em seu set musical.

Mesmo apaixonado por cultura norte-americana – gravou alguns CDs de jazz, ragtime e blues -, era considerado um embaixador da música britânica com uma profunda pesquisa musical dentro das origens sonoras do folk nacional.

Quando existir se torna muito mais do que um ato político

 Em um mundo devastado pela desinformação e pelo ódio cada vez maior, o simples ato de existir ou mesmo de se levantar da cama já é um ato político importante e, em muitos casos, fundamental. Esse é o recado importante que ao menos duas mulheres engajadas e combativas do mundo da música estão passado na atualidade - e que precisam ser cada vez mais ouvidas.

O fato de existir se tornar um ato político poderoso é um conceito disseminado desde sempre na música pop e entre ativistas, sobretudo aqueles que se dedicam aos direitos humanos. 

O cantor e compositor da MPB Chico César usou esse argumento quando rebateu recentemente, de forma educada, mas indignada, um internauta que pediu para que fosse "menos político" em seus shows.

 Na mesma linha escreveu e esbravejou Perry Farrell, cantor americano do Jane's Addiction e criador do Lollapalooza, ao combater gente preconceituosa de todos os tipos nos anos 90. 

Tom Morello,guitarrista do Rage Against the machine, banda engajada por natureza, é outro que faz de sua arte um forte instrumento político de disseminação de ideias progressistas e de apoio aos direitos humanos e das minorias.

Alvo de críticas e ataques de pessoas mal intencionadas e de analfabetos políticos de todos os tipos, a cantora holandesa Sharon den Adel segue firme na lota em apoio à população da Ucrânia, que vítima de uma guerra expansionista perpetrada pelo governo da vizinha Rússia.

Ela e sua banda, a Within Temptation (que é uma das atrações deste final de semana do Summer Breeze Brasil, festival que ocorre em São Paulo), lançaram recentemente o clipe da música "A Fool's Parade", gravado nas ruas de Kiev, a capital ucraniana frequentemente bombardeada, com a participação do cantor local Alex Yamak.

"Sempre fomos politicamente engajados", diz a cantora em boa entrevista ao portal UOL. "Quando nós fizemos  a canção 'Deceiver of Fools', do disco 'Mother Earth' (2000), ela falava sobre os partidos de ultradireita que aqui na Holanda estavam crescendo cada vez mais. Na verdade, já era uma canção política." 

Ela nem pisca quando fala sobre a necessidade de engajamento político dos artistas no mundo atual. "Acho que o mundo está pegando fogo neste momento, é como se estivéssemos dançando na beira do vulcão. Se não falarmos sobre isso agora, vai ser tarde demais."

No Brasil, quem encarna desde sempre esse espírito libertário e combativo é a cantora e guitarrista gaúcha Laura Finocchiaro, dona de uma respeitável obra que compreende 25 álbuns lançados em 42 anos de carreira. 

Uma rápida passada de olho na trajetória da artista é o suficiente para constatar que a sua existência é muito mais do que um ato político - é a própria resistência diante do avassalador acúmulo de reveses que a vida costuma empurrar contra minorias e grupos mais vulneráveis.

Artista independente e com histórico de engajamento político e social, retorna ao cenário artístico com o evento "Quinze Minutos com Laura Finocchiaro", um festival musical que visa apoiar e revelar novos talentos da cena LGBTQIA+ das periferias sem chances de mostrar seus trabalhos.

"Sou uma artista veterana que sempre foi underground e que sofre de certa invisibilidade artística mesmo com uma obra relevante", afirma a musicista. "Se eu, que já tive alguma proeminência e tenho um nome com certa evidência no mercado estou nesta situação, imagine esse pessoal da periferia que não tem apoio nenhum?

O evento pretende premiar o melhor entre oito concorrentes classificados para as fases finais, que começam em 26 de maio no Centro Cultural Penha, na zona leste de São Paulo.

Pioneira das apresentações musicais autorais na Parada Gay de São Paulo e militante pelos direitos de um grupo vilipendiado por toda uma vida, Laura enxergou na criação do festival uma forma de emergir artisticamente em 2024 ao mesmo tempo em que acentua o ativismo político e social. 

É uma questão de resistência, evidentemente, mas sobretudo de sobrevivência, tanto pessoal quanto artística. "Artistas engajados e ativistas como eu enfrentam dificuldades para conseguir agendar shows, ainda mais os veteranos. Portanto, quando eu laço um single, um álbum ou promovo artistas que estão fora da mídia e são das periferias, é uma maneira de dizer que continuo existindo. Se acham que eu muitos outros incomodam, então contem com isso> quero continuar incomodando."

O som de laura é engajado, está encharcado e ativismo, mas é plural e tem elementos de rock, MPB, música eletrônica e outros gêneros. Celebra a diversidade e a inteligência fazendo pensar e combate a intolerância. 

Ela está na mesma prateleira, em boa companhia, de artistas fundamentais como Black Pantera, Autoramas, Cazuza, Dorsal Atlântica, Inocentes,, Plebe Rude, Inocentes, Ratos de Portão, Garotos Podres, Dead Fish, Subalternos The Mönic, Crypta, The Damnnation e algumas outras que se orgulham de seu engajamento e que fazem de suas existências em verdadeiros atos políticos. 


Obituary libera clipe da música ‘Barely Alive’

Do site Roqye Reverso

O Obituary liberou n o clipe oficial da música “Barely Alive”. A faixa faz parte do álbum “Dying of Everything”, que foi lançado em janeiro de 2023.

O clipe traz imagens da banda norte-americana de death metal durante a turnê realizada no Reino Unido em 2023. A filmagem é de Natalie Wood e a edição é de Frank Huang.

“Dying of Everything” é o 11º álbum de estúdio da banda e sucedeu o disco “Obituary”, de 2017. 
Com o trabalho, o grupo rompeu um hiato de quase seis anos sem um álbum novo.

O disco tem dez faixas e aproximadamente 45 minutos de duração e pode ser conferido na íntegra no próprio canal da banda no YouTube.

Aqui no Roque Reverso, os leitores puderam conferir, lá em 2022, o clipe da música “The Wrong Time”.

No momento, o Obituary está aproveitando a Primavera no Hemisfério Norte para realizar uma turnê pela América do Norte, com shows no Canadá e nos Estados Unidos.

https://youtu.be/qaR39LPn7FY

Lenny Kravitz traz clipe para single ‘Human’,

 Do site Roque Reverso

O cantor Lenny Kravitz está com clipe novo de mais um single pertencente ao seu novo álbum, que chegará ao público ainda neste primeiro semestre de 2024. A faixa agora escolhida para ganhar o vídeoclipe é “Human”, cujo áudio já havia sido liberado na segunda quinzena de março.

O clipe, cuja direção é de Joseph Kahn e a produção é de Dave Kemp, chegou aos fãs no dia 5 de abril.

É a segunda música do disco novo a ganhar clipe. A primeira havia sido “TK421”, em outubro do ano passado, quando Kravitz causou grande repercussão ao aparecer pelado em vários momentos na filmagem.

Na ocasião, a previsão divulgada para o lançamento do álbum era para o primeiro trimestre de 2024, no dia 15 de março.

Agora, a data oficial divulgada para o lançamento do disco é o dia 24 de maio, pela BMG.

O álbum será o 12º de estúdio de Kravitz e sucederá o disco de 2018 “Raise Vibration” .

https://youtu.be/gXO5x_h0Z8o

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Sesc Belenzinho terá Egberto Gismonti, Bixiga 70 e Mestre Ambrosio em maio

Mestre Ambrósio

Dia 3/5. Sexta, 20h30.
Local: Comedoria (500 lugares)
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia entrada); R$ 15
(Credencial Sesc)
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos

O Mestre Ambrósio ressoa como uma das mais importantes bandas do movimento Manguebeat, mas, há quase 20 anos, o grupo não se reunia nos palcos para dividir a imagética que marca a relação que mantém com o público. Neste retorno, a banda pernambucana revisita o repertório dos três álbuns da carreira (Mestre Ambrósio, Fuá na Casa de Cabral e Terceiro Samba) com a formação original.

Egberto Gismonti

De 3/5 a 5/5. Sexta e sábado, 21h. Domingo, 18h.
Local: Teatro (374 lugares)
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia entrada); R$ 15
(Credencial Sesc)
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos

Compositor, multi-instrumentista e arranjador carioca, com mais de 45 anos de carreira e mais de 60 discos gravados, apresenta show que é uma prévia de seu novo disco, com lançamento previsto para 2024. No repertório, além das inéditas, clássicos da carreira do artista.

Mahmundi


Dia 4/5. Sábado, 20h30.
Local: Comedoria (500 lugares)
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia entrada); R$ 15
(Credencial Sesc)
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos

Mahmundi apresenta as músicas de seu mais recente álbum, "Amor Fati". O título faz referência à expressão usada por Friedrich Nietzsche e significa "amor ao destino", no sentido de uma aceitação integral da vida. Com faixas como "Amanhã", "Fugitivos", "Noites Tropicais" e "Pera Aí", o álbum também marca um novo momento artístico da cantora e compositora carioca.

Rubel

Dias 10 e 11/5. Sexta e sábado, 20h30.
Local: Comedoria (500 lugares)
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia entrada); R$ 15
(Credencial Sesc)
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos

Rubel apresenta neste show as músicas de seu mais recente álbum "As Palavras Vol. 1 & 2", disco duplo que conta com 20 faixas e a participação de Milton Nascimento, Tim Bernardes, Luedji Luna, entre
outros artistas. O novo trabalho partiu de uma extensa pesquisa, que durou quatro anos, de imersão na literatura brasileira e da história do cancioneiro brasileiro.

Almôndegas

Dias 11 e 12/5. Sábado, 21h. Domingo, 18h
Local: Teatro (374 lugares)
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia entrada); R$ 15
(Credencial Sesc)
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos

Para celebrar os 50 anos de lançamento do primeiro LP do Almôndegas (1975), a banda formada por Kleiton, Kledir, Quico, Gilnei e João Baptista, se reúne novamente, em um show inédito, para celebrar o
grupo. Até os dias de hoje, o Almôndegas é uma referência na história da cultura gaúcha e inseriu o Rio Grande do Sul no cenário da Música Popular Brasileira.

Vespas Mandarinas e Zander

Dia 24/5. Sexta, 20h30.
Local: Comedoria (600 lugares)
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia entrada); R$ 15
(Credencial Sesc)
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos

A banda de rock paulista Vespas Mandarinas abre a noite com um show de encerramento da sua turnê de 10 anos do saudoso trabalho "Animal Nacional", que levou a banda para os rádios de todo o país. Já a banda carioca Zander apresenta sua nova formação com um show recheado de clássicos de carreira, misturando rock com música popular brasileira.

Bixiga 70

Dia 25/5. Sábado, 20h30.
Local: Comedoria (600 lugares)
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia entrada); R$ 15
(Credencial Sesc)
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos

Neste show, a big band paulistana Bixiga 70 apresenta as canções de seu quinto e mais recente álbum de estúdio, "Vapor", no qual o grupo encadeia sete temas formatados com o groove afro-brasileiro, mas com
mudanças sonoras geradas pela nova formação da banda, que agora conta com a participação do tecladista Pedro Regada, e das percussionistas Valentina Facury e Amanda Teles.

SESC BELENZINHO

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.

Belenzinho -- São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700

Estacionamento

De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às
18h.

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$
2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a
primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional.

Entre a nostalgia e o reconhecimento, Ritchie celebra a volta ao topo

Um improvável encontro com músicos brasileiros em Londres mudou totalmente a vida de um garoto inglês que enveredava para a vida artística aos 20 anos de idade, para certo desgosto da família. Adorou o astral da paulistana Rita Lee e dos Mutantes e não pensou duas vezes em vir ao Brasl em 1972. Mal sabia que ficaria por aqui pelos 50 anos seguintes. 

Astro de primeira grandeza do tock dos nos 80, Richard Court ficaria conhecido coo Ritchie e celebra meio século de Brasil e 40 anos do lançamento do álbum “Voo de Coração”, que contém co megahit “Menina Veneno”.  

"Ele é inglês? Mas ele fala como se você um carioca", constata, abismada, a garota quase adolescente que curtiu demais a canção cantada no programa de auditório da TV Globo "Altas Horas". 

Redescoberto por toda uma geração de jovens que está aprendendo a valorizar o passado, o cantor inglês saboreia o período de "celebridade" até mesmo na sua Inglaterra natal, onde estampou uma reportagem de página inteira no importante jornal "The Guardian". Um rock estar britânico que é cultuado no Brasil cantando em português, e  que conversou novamente com o Combate Rock.

Show com casas lotadas e público jovem cantando suas músicas. Até que ponto isso é surpreendente? 

É ótimo perceber a boa acolhida hoje de músicas lançadas há 40 anos. É um atestado de qualidade das canções e da importância da mensagem. O interesse renovado por artistas daquela época e pelas músicas que se tornaram emblemáticas não é só nostalgia, é o resgate de algo marcante na cultura brasileira.

Por que essas músicas ainda têm apelo depois de quatro décadas?

Creio que foi o surgimento de algo diferente em uma época em que as pessoas ansiavam por mudanças. Era o fim da ditadura militar e estava nascendo uma cultura que olhava o jovem coo uma pessoa que tinha necessidades e que queria ser ouvido, queria consumir. Os anos 80 no Brasil foram os nos 60 na Inglaterra, e as músicas do período retratavam essas mudanças; Era uma coisa diferente, as músicas eram mais diretas e falavam, para o jovem. Eram crônicas, como “Menina Veneno”, algo que fugia das metáforas que eram o padrão da MPB. Era uma linguagem mais nova, além dos temas serem atemporais e universais. Esse ambiente ainda provoca curiosidade e atração por conta de ter sido de grande efervescência cultural.

E como você relaciona esse período cultural com o que busca o púbico da atualidade?

A realidade em que o rock nacional dos anos 80 surgiu era fascinante porque era tudo novo. Saí da Inglaterra ara fazer música porque lá estava tudo saturado, não havia perspectiva de crescimento. Aqui havia um cenário cultura a se definir, mesmo com a força da MPB. Percebi que havia espaço para crescimento e para criar coisas novas. Eu acertei e a geração dos anos 80 criou coisas novas, foi um março cultural e social. Tudo conspirava para o surgimento de coisas importantes depois de anos de censura. Isso ainda é fascinante e atrai um interesse grande. As canções dos anos 80, em sua maioria, são atemporais e não envelhecem. Foi um momento único na cultua brasileira, que mudava rapidamente com os novos ares políticos e social. Tudo conspirou favoravelmente, a juventude começou a ser valorizada como público a ser observado e ouvido e muitos artistas talentosos surgiram; E a prova de que as músicas tinham qualidade é o interesse atual por essas canções

Você está lançando uma versão de “Ando Meio Desligado”, dos Mutantes. Ela sintetiza, de alguma forma, a sua trajetória no Brasil?

É uma homenagem a Rita Lee, Se não fosse por ela, não teria vindo ao Brasil e minha vida seria completamente diferente. Ela me hospedou em São Paulo, em sua casa na Serra da Cantareira, me ajudou a formar uma banda. Foi a minha “fada madrinha”. Também serve para mostrar como os Mutamtes era ótimos e como essa canção é um exemplo de como as coisas boas são duradouras. Rita foi a primeira brasileira que eu conheci em Londres, em 1972, quando ela apareceu no estúdio onde eu estava gravando flauta no disco de uma banda londrina. Ficamos amigos logo de cara, ajudei ela a escolher sua primeira flauta transversal e ela, por sua vez, me mostrou pela primeira vez, 'Ando Meio Desligado', um hit dos Mutantes Arrisco acrescentar que, não fosse pelo encontro fortuito com Rita, eu talvez jamais teria pisado em solo brasileiro. Os Mutantes me hospedaram na casa deles na Serra da Cantareira, em São Paulo. Rita, Arnaldo e Sérgio me ajudaram a formar minha primeira banda brasileira, Scaladácida, naquele mesmo ano.

O seu processo de composição e criação mudou com os anos?

Às vezes é uma gestação de anos. Às vezes é porque elas possuem linhas melódicas ou palavras ainda a serem desvendadas. 'Saudade Sem Paisagem'(Ela Jamais Virá)' é uma dessas. A harmonia e melodia principal surgiram pela primeira vez na minha cabeça em 2009. A letra foi logo encomendada ao querido parceiro e poeta Fausto Nilo, mas o arranjo musical não ficou pronto a tempo para a gravação do meu DVD daquele mesmo


Nova música indica que a Malvada ficará mais 'perigosa'

Depois das "dores" do crescimento, vem a bonança e a consolidação de uma trajetória que parecia incerta, mesmo com os bons presságios. os elogios fortalecem, mas a prova de fogo vem agora, com o segundo álbum e um contrato internacional de distribuição.

A banda Malvada superou as desconfianças por conta de mudanças de formação e procura por uma identidade sonora e se prepara para explorar novos ares e novas perspectivas. O hard rock básico movido a blues e um acento pop está em transição para uma sonoridade mais densa, pesada e moderna, talvez fruto da parceria com a gravadora italiana Frontiers Records.

Se a parceria innica voos internacionais no futuro, o presente ainda está fincado no mais puro rock nacional. A vocalista Indira Castillo, que substituiu no ano passado Angel Sberse, uma das fundadoras, estreou em estúdio com uma versão envenenada de "Velha Roupa Colorida", de Belchior, que estourou na voz De Elis Regina (1945-1982).

No dueto com a cantora Cyz Mendes (da banda Plutão Já Foi Planeta), Indira expõe toda a sua sensualidade e a verve da ousadia em uma interpretação lisérgica e urgente, demonstrando que a transição do hard bleusy para um som diferente, com um pouco mais de peso, já começou..

"Veneno", o primeiro single autoral da nova fase da Malvada, e que precede o segundo álbum da banda, tem como novidade um baixo mais presente e insinuante, marcando o ritmo de forma contundente, algo que ainda estava discreto em "Velha Roupa Colorida".

"Aletra descreve muito sobre o que é ser mulher, sobre as nossas dualidades, sobre o que é ser veneno e ao mesmo tempo nosso próprio antídoto. Eu espero que as pessoas se comuniquem e se identifiquem com essa dualidade que existe no ser humano.", comentou Indira.

Rafaela Reoli, que também estreia nas duas músicas - substituiu Marina Langer no comecinho deste ano - é uma instrumentista versátil, com anos de atuação com a banda Black velvet, e causou ótima impressão nas vinhetas gravadas pelos produtores bandas para sucessos internacionais, entre elas "Mamma Mia", da banda italiana Manieskin. O baixo sinuoso e claro de Marina deu lugar a um baixo mais gorduroso e com timbre mais denso e pesado.

Exultante, a baixista ressalta a força do tema, que é reflexivo, mas ressalta o emporamento. "A música é a luz e sombra que existe no ser humano, que está muito presente na psicologia feminina, é justamente sobre a importância dessa dualidade."

Com um tema mais direto e empoderado, "Veneno" é a cara da nova fase, um pouco mais debochada e rebelde, que quase parte para a afronta. 

O que não muda é a guitarra esperta e com toques setentistas de Bruna Tsuruda, embora la tenha de se virar para dar conta de acompanhar a bateria de Juliana Salgado, agora mais vigorosa e rápida e, aparentemente, sem muitas firulas. 

O novo single causou muito boa impressão, assim como "mais Um Gole" antes do lançamento do álbum de estreia, a "A Noite Vai Ferver". nesta fase de consolidação, malvada justifica os elogios feitos pela cantora alemã Doro Pesch, que diz ter gostado do que ouviu da banda - ainda com Angel Sberse nos vocais - e a inclusão na lista da revista Rolling Stone Brasil entre os destaques da música brasileira nos próximos meses.

 Para Brna Tsuruda, tinha de ser esse o novo lançamento da banda. "Ela foi a primeira música que nós fizemos juntas com a nova formação, por isso é tão especial: foi o primeiro indício da nova era. A gente fluiu muito fácil, ‘Veneno’ foi a prova que a nova formação ia funcionar bem demais”.

"Veneno" foi produzida pelo experiente Giu Dagga, que já trabalhou Charlie Brown Jr, Roupa Nova , NX Zero, Fresno etc... e vencedor de três Grammys latinos. O videoclipe foi gravado em São Paulo com produção de Caike Scheffer e roteiro de Caike e Lívia Mendes. É o primeiro lançamento é pela gravadora italiana Frontiers Records

Sobre a questão musical, que definiu bem o que significa "Veneno" foi Juliana. "É puro suco do pop rock nacional. A gente pegou um pouco de tudo que a gente gosta de ouvir na música brasileira, no rock brasileiro, juntamos e ficou bem malvado."

https://www.youtube.com/watch?v=bZ8_BxIu_6g

 


The Hives volta ao Brasil em outubro para show em São Paulo

 Do site Roqye Reverso

A banda sueca The Hives voltará ao Brasil no segundo semestre de 2024. O grupo retornará ao País para show único em São Paulo no dia 15 de outubro.

A apresentação será realizada no Tokio Marine Hall e faz parte da série brasileira de shows Popload Gig.

O retorno da banda acontecerá menos de 1 ano após o grupo se apresentar, em dezembro de 2023, no festival Primavera Sound, que foi realizado no Autódromo de Interlagos.

“Algum outro país tão frequentemente e tão entusiasticamente pediu para que fossemos até lá? Eu acho que não”, destacou o The Hives nas redes sociais. “Desde a nossa última vez, nós ficamos muito ansiosos para voltar e fazer um show maior pois a única coisa melhor que um monte de brasileiros é um monte de brasileiros ainda maior!!! Estamos esperando ansiosamente para passear pelas suas florestas e selvas de concreto e pedra, e ver todos vocês na grade do show.”

A venda geral online de ingressos está programada para o site da Tickets For Fun, a partir do dia 24 de abril, a partir do meio-dia. Antes, nesta terça-feira, 23 de abril, foi iniciada uma pré-venda para o fã clube da banda cujo término estava previsto para o horário de início da venda geral.

Sem taxa de conveniência, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Renault (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista), que funciona de terça a domingo, das 12 horas às 20 horas e fica fechada às segundas-feiras e em dias de feriado.

O valor dos ingressos inteiros por setor é o seguinte: Pista (R$ 360,00), Pista Premium (R$ 420,00), Frisa (R$ 400,00), Camarote (R$ 550,00) e Cadeira Alta (320,00).

Para todos os setores há a opção de meia-entrada e possibilidade de parcelamento no cartão em até 5 vezes.

Dickey Betts, um dos maiores nomes da slide guitar de todos os tempos

 Eugenio Martins Júnior - do blog Mannish Blog

It is with profound sadness and heavy hearts that the Betts family announce the peaceful passing of Forrest Richard 'Dickey' Betts (December 12, 1943 - April 18, 2024) at the age of 80 years old.
The legendary performer, songwriter, bandleader and family patriarch passed away earlier today at his home in Osprey, FL., surrounded by his family. Dickey was larger than life, and his loss will be felt world-wide. At this difficult time, the family asks for prayers and respect for their privacy in the coming days. More information will be forthcoming at the appropriate time”.

Tradução: "É" com profunda tristeza e pesar que a família Betts anuncia o falecimento pacífico de Forrest Richard 'Dickey' Betts (12 de dezembro de 1943 - 18 de abril de 2024) aos 80 anos de idade. O lendário intérprete, compositor, líder de banda e patriarca da família faleceu hoje cedo em sua casa em Osprey, Flórida, cercado por sua família. Dickey era maior que a vida e sua perda será sentida em todo o mundo. Neste momento difícil, a família pede orações e respeito pela sua privacidade nos próximos dias. Mais informações serão divulgadas no momento apropriado”

Foi com essa mensagem divulgada no seu perfil no Instagram que o mundo ficou sabendo da morte do guitarrista Dickey Betts, um dos maiores sliders do planeta, grande compositor e fundador da banda que fundiu o blues com o rock como nenhuma outra, The Allman Brothers Band.

Allman Brothers foram definitiva em influência para dezenas de outros grupos musicais ao redor do mundo e inovadora em muitos aspectos.

Simplesmente uma cozinha cheia de suingue com Barry Oakley (baixo), Butch Trucks (bateria) e Jai Johanny Johanson (bateria e percussão). Um tecladista cantor com uma voz de maravilhosa e compositor de mão cheia, Gregg Allman, e uma linha de frente com dois guitarristas duelando até a morte: o não menos cultuado Duane Allman e Dickey Betts.
 
Todos na banda compunham e Betts foi responsável por inúmeras canções cujos riffs nos pegamos, do nada, assobiando até hoje, quando andamos pela rua de noite... geralmente bêbados: "Revival", "In Memory of Elizabeth Reed", "Southbond", "Jessica", "Crazy Love", "Les Brers In A Minor" e ainda as clássicas "Blues Sky" e "Ramblin’ Man" – essa última, um hino à vagabundagem e uma linda homenagem a todos nós que vivemos na estrada.
 
Ao mesmo tempo em que mudava a história da música, a própria história da Allman Brothers Band foi acumulando tragédias: Duane Allman morreu em um acidente de motocicleta quando a banda estava no auge, em 1971 na Georgia. Em novembro de 1972 foi a vez de Berry Oakley morrer em um acidente de moto a apenas três quadras onde havia sido a colisão de Duane. 

Em janeiro de 2017 foi a vez de Butch Trucks tirar a sua própria vida com um tiro de espingarda na cabeça. Ele tinha 69 anos. Após toda uma vida com envolvimento com drogas e álcool Gregg Allman também morreu em 2077 aos 69 anos.
 
Com a morte de Betts aos 80 anos, Jay Johhany Johanson é o único remanescente da formação original da mítica The Allman Brothers Band.

Lei Taylor Swift, contra os cambistas, é aprovada na Câmara dos Deputaos

A importância da cantora pop americana Taylor Swift, que fez uma estrondosa turnê pelo Brasil no ano passado, está ultrapassando o limite dos palcos. Seu nome agora é "lei" em terras brasileiras graças á Câmara dos Deputados.

 Descontando-se certo oportunismo por conta de a cantora der "ibope" a qualquer coisa, a iniciativa é elogiável. Os deputados federais aprovaram o texto que criminalizara a prática do cambismo" digital.

O projeto será enviado ao Senado agora. Se aprovado em definitivo, quem vender ou expor à venda ingressos por preço superior ao anunciado pelo próprio evento estará sujeito a detenção de um a dois anos, além de multa correspondente a 50 vezes o valor original da entrada. 

Apelidado de "Lei Taylor Swift", por conta das várias denúncias de abusos na venda paralela de ingressos nos shows da cantora no Brasil no ano passado, o texto é de autoria do deputado federal Aihara (Patriota-MG).

Houve casos em São Paulo onde o ingresso para uma das apresentações de Swift foi oferecido por R$ 12 mil. Com a legalização do combate, esse tipo de ação passará a ser considerado crime contra a economia popular.

O texto também prevê outras punições. Quem fornecer, desviar ou facilitar a distribuição para o cambista com valor superior ao oferecido pelo evento poderá pegar de um a três anos de prisão, além de multa de 100 vezes o valor do ingresso. 

Nos casos de falsificação de ingressos, a pena prevista é de um a dois anos de detenção e a mesma multa financeira mencionada no caso acima.

A notícia é boa e auspiciosa, mas tem a questão básica: será que vai pegar? Haverá meios de o poder público fiscalizar com eficiência e combater essa prática nojenta?  

Não há previsão, infelizmente, de prazo para que o projeto seja analisado e votado no Senado.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Eric Gales retorna ao Brasil como atração do Best of Blues and Rock

Meio enigmático, meio pedante, bastante autossuficiente, o guitarrista norte-americano Eric Gales estará de volta ao Brasil para ser uma das atrações principais do Best of Blues and Rockm qye passará por quatro cidades em junho.

Considerado um dos maiores guitarristas do mundo, Eric Gales começou a tocar guitarra aos 4 anos ao lado de seu irmão mais velho, e aos 11 anos já participava de festivais regionais de Blues nos Estados Unidos. Esse talento precoce fez com que fosse comparado ao seu grande ídolo, o mestre Jimi Hendrix. Nascido em Memphis (EUA), É um incendiário do blues e considerado um artista completo por tocar, cantar e compor, sempre entregando um trabalho de alta qualidade.

A paixão pela música teve grande influência da família, já que seu pai e irmãos são músicos talentosos. Gales teve grande inspiração em artistas de peso como Jimi Hendrix, Cream, Stevie Ray Vaughan, Albert
King, Led Zeppelin e ZZ Top.

O primeiro trabalho foi apresentado em 1991, com o lançamento do álbum “Eric Gales Band”, emplacando dois sucessos - “Sign of the Storm” e “Paralyzed”. 

Seu último trabalho, "Crown", lançado em 2022, teve participação de Joe Bonamassa na produção e nas composições. Antes disso, em 2019, Bonamassa o convidou para tocar em uma apresentação em ym cruzeiro, 

Foi a primeira vez que ambos tocaram juntos, ao vivo, em 25 anos, e desde então foi considerado um dos duelos de guitarra mais explosivos de todos os tempos, acumulando mais de 3 milhões de reproduções no YouTube. Ao longo de 30 anos de carreira, Eric Gales lançou 18 álbuns.

Uma peculiaridade que não passa despercebida é o fato de Gales ser destro e inverter a guitarra como se fosse canhoto, mas sem mexer na posição das cordas. Para ele é algo natural, já que aprendeu tal
feito com seu avô e irmãos, também músicos. O artista conseguiu criar seu próprio estilo, tornando-o um guitarrista espetacular.

Eric Gales já se apresentou no Brasil algumas vezes e em junho deste ano participará do Best of Blues and Rock, realizado pela Dançar Marketing, nas cidades do Rio de Janeiro, dia 20/06 (quinta), no Vivo
Rio; em São Paulo, dia 22/06 (sábado), no Parque Ibirapuera; e em Curitiba, dia 24/06 (segunda), no Live Curitiba.

SERVIÇO:

Best of Blues and Rock 2024

Rio de Janeiro

Local: Vivo Rio (Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio
de Janeiro/RJ)

Data: Quinta-feira, 20 de junho de 2024

Horário: 20h30 (portas abrem às 18h30)

Line-up: Eric Gales e Joe Bonamassa

Ingressos: a partir de R$ 195,00 (meia-entrada)

São Paulo

Local: Plateia externa do Auditório Ibirapuera (Av. Pedro Álvares
Cabral, s/nº - Ibirapuera - São Paulo/SP)

Data: Sábado, 22 de junho de 2024

Horário: 14h00 (portões abrem às 12h00)

Line-up: Di Ferrero, CPM 22, Eric Gales, Joe Bonamassa e Zakk Sabbath

Ingressos: a partir de R$ 250,00 (meia-entrada)

Curitiba

Local: Live Curitiba (Rua Itajubá, 143 - Novo Mundo - Curitiba/PR)

Data: Segunda-feira, 24 de junho de 2024

Horário: 20h00 (portas abrem às 18h00)

Line-up: Eric Gales e Joe Bonamassa

Ingressos: a partir de R$ 195,00 (meia-entrada)

Classificação: 16 anos (menores podem comparecer acompanhados de
responsável legal).

Vendas: no site da Eventin [2] ou na bilheteria na entrada dos locais,
nos dias dos shows.

Santo Graal é o grande nome do metal sinfônico nacional no Summer Breeze

Uma banda em constante mutação é a grande surpresa do Summer Breeze Festival, que ocorre neste final de semana no Memorial da América Latina com atrações do quilate de Gene Simmons (ex-Kiss), Angra, Mercyful Fate, Hammerfall, Overkill, Wihin Temptation e muitas outras.

Santo Graal, de São Paulo, venceu o concurso "New Blood", promovido pela organização do evento, ára escolher uma banda promissora - não necessariamente nova ou novata - por meio de uma votação online, entre outras condições para a escolha.

O sexteto surpreende por se dar bem em um terreno minado, que é o metal sinfônico, um subgênero que andou saturado no mundo há cerca de dez anos com várias vandas "clones" de Nightwish (Finlândia) e Epica (Holanda), com suas vocalistas belas co,o sílfides inatingíveis com vozes angelicais, mas potentes.

E foi com um empurrão da voz pioneira do estilo, a finlandesa Tarja Turunen, que a santo Graal ganhou impulso para correr por fora e vencer o "New Blood", ganhando a preferência do público. 

Abriu três apresentações de Tarja no Brasil em 2023 e as avaliações foram bastante positivas, o que impulsionou as buscas pelo nome da banda nas redes sociais.

Com quase 25 anos de existência, a banda sofre com uma instabilidade na formação p recentemente, passou por duas vezes pio mudanças drásticas, e quatro integrantes de uma vez. 

A ótima vocalista Natália Fay permanece, mas Rebeca Montanha, que tocava cello e que era o ponto de apoio da cantora, foi para os bastidores e agora é uma das responsáveis pelo preparo técnico do som - fora da Santo Graal, essa é a sua profissão.

Entre os integrantes mais recentes, a tecladista Carol Claro não se contém ao falar do grande show que a banda fará no domingo, dia 28, ao meio-dia. "Ficamos estupefatos quando soubemos que tínhamos sido a banda escolhida. Não tínhamos muita expectativa quando nos inscrevemos , mas a empolgação aumentou quando ficamos entre as dez escolhidas", contou  a musicista em conversa exclusiva com o Combate Rock.

Em processo de composição e gravação do próximo álbum, a banda não tinha programado tocar nos próximos meses, mas o Summer Breeze mudou os planos. "É uma grande oportunidade para impulsionar  o nome do grupo. Não são tantas as bandas de metal sinfônico que atuam no Brasil e as expectativas são as melhores possíveis."

A moça tem boas referências musicais e demonstra isso nos palcos. Fã de Epica e nem tanto do Nightwish, a base do subgênero, Carol tem apreço muito grande pelo tecladista Jordan Rudess, do Dream Theater, outra banda que admira, mas surpreende ao declarar sua paixão pelo Deep Purple e pela sonoridade única de Jon Lord (1941-2012)

Gravado no Estúdio K em São Paulo com mixagem, masterização e direção de voz a cargo de Fabrício Krasovski, “Dark Roses” é o segundo e mais importante trabalho da Santo Graal.. Reúne sete faixas: “Whisper of Soul”,”Troubled Heart”, “Sunshine II”, “Open Your Eyes”, “Mistake Shadows”, “Rebirth” e “Dark Roses”. Ninguém menos que o grande guitar hero brasileiro, Edu Ardanuy, ex-Dr Sin, participou do álbum gravando todos os solos de guitarra em todas as composições.

Durante a divulgação do single “Sunshine II”, a banda recebeu o convite para o show de abertura da cantora Tarja Turunen na sua turnê “Raw” em São Paulo, o qual ocorreu no dia 16 de abril de 2022 no Tokio Marine Hall. Como novidade, a banda lançou na ocasião deste show, o CD físico “Dark Roses Deluxe” contendo as músicas do álbum “Dark Roses” e mais cinco faixas bônus; Desde então é presença constante na abertura dos shows da cantora finlandesa pelo Brasil.


https://youtu.be/h7fmBqfCt28

Laura Finocchiaro inaugura evento para descobrir novos talentos em São Paulo

Inclusão e combate veemente ao preconceito. A trajetória da musicista, produtora e ativista cultural gaúcha  Laura Finocchiaro é referência internacional nos movimentos de direitos humanos e de valorização da cultura dentro do espectro LGBTQIA+ e ela encabeça agora mais uma iniciativa importante dentro dessa área,

No dia 26 de maio ocorre a primeira eliminatória do festival “Quinze minutos de fama com Laura Finocchiaro“, que acontecerá no Centro Cultural da Penha., na zona leste de São Paulo. O evento foi criado por Laura para fortalecer a representatividade LGBTQIA+ na cena cultural da cidade de São Paulo. 

Abrangendo todas as manifestações culturais, o evento é plural e vai levar ao palco is artistas Ben Sipahi, Math, Rigonatto e Roger Silper na Penha. Os trêse disputam a primeira vaga para a final. A segunda fase será definida em 9 de junho, com Anuby Messias, Hinácio Kuing, Paulo Azeviche e VRA, na Casa de Cultura do Butantã.

Na divulgação do evento, Laura Finocchiaro destaca a importância de dar visibilidade cultural a artistas que buscam espaço em um meio altamente competitivo. 

"É um privilégio poder escutar, conhecer e apreciar novas obras de artistas novos", diz a musicista. "Para cada inscrito, audição cuidadosa e muita pesquisa, como eu fazia na TV, quando pesquisava artistas e canções para inserir nos programas diários e VTs especiais de cada participante do reality show."

O evento será conduzido por Laura e pelo ator, performer e músico Cristiano Meirelles, através de sua personagem drag, Kiki Domaleão, em intervenções sonoras e entrevistas com os participantes. A final acontece na praça Roosevelt, zona central de São Paulo, em um palco montado especialmente para o evento, quando os dois finalistas apresentarão as canções inscritas e o público se tornará o terceiro jurado, através de votação online. 

O projeto também contempla o lançamento do novo show de Laura, acompanhada por Ricardo Severo e Cristiano Meirelles, intitulado “Inclusive”. 

Além de cantora e guitarrista, Laura Finocchiaro trabalha com produção de material audiovisual, com passagens em emissoras de Tvs, além de dar aulas de música e fazer trabalhos voluntários. 

Gaúcha de Porto Alegre, viveu em São Paulo durante três décadas. A partir de 2014 transferiu-se para o Rio de Janeiro com sua produtora de áudio, criando e produzindo trilhas sonoras originais para teatro, vídeos publicitários e institucionais. 

Criou trilhas sonoras originais para o programa infantil “TV Colosso” (Rede Globo) e os reality shows “Casa dos Artistas” (SBT) e “A Fazenda” (TV Record), trabalhos pelos quais ganhou destaque pela seleção, criação e edição musical.

Estreou em Porto Alegre, no início dos movimentos musicais que surgiram nos anos 1980. Em São Paulo transitou por diversos palcos que projetaram novos talentos na época, como o Lira Paulistana, o Madame Satã e a Fábrica do Som, da TV Cultura.

Foi revelada nacionalmente no festival “Rock in Rio II”, em 1991, quando abriu os shows de Prince e Carlos Santana. Fez parcerias musicais com várias artistas conhecidos da MPB, como Cazuza, Caio Fernando Abreu, Tom Zé, Vitor Martins, Glauco Matoso, Cassandra Rios, Lory F., Vange Leonel e Leca Machado.

Em 1992 lançou o primeiro disco pela gravadora BMG/Ariola, intitulado “Laura Finnociaro”. O disco contou com nove faixas, entre elas a parceria com Cazuza “Tudo é amor”, regravações de “Carinhoso” (Pixinguinha e João de Barro) e “Dançar para não dançar” (Rita Lee), além de músicas tradicionais da Martinica (Mêci bon dié) e da África do Sul (Vida dura).

Em 1998 lançou, pela gravadora Dabliú Discos, seu segundo trabalho “Ecoglitter”. Com 16 faixas o disco contou com uma seleção muito mais ampla, autoral e inédita de músicas.

Em 2001 lançou, pela gravadora Sorte Produções, o trabalho “Tashi Delê Mantras de Roda”, que trouxe oito mantras da tradição Budista, compostos por Buda Shakyamuni, e transcritos por Lama Gangchen Tulko Rimpoche, além de duas composições da artista, “Homem cristal” (c/ Leca Machado) e “O tao do cavalo” (c/ Téo Ponciano). A produção musical e os arranjos foram da própria Laura Finocchiaro.

Em 2003 lançou, pela gravadora Trama, o disco “Oi”. Contando com 12 faixas, o trabalho teve participação de Tom Zé em “Duelo” (c/ Tom Zé), regravação de “Menina linda (I should have known better)” (John Lennon, Paul McCartney em versão de Renato Barros), além de parcerias com Caio Fernando Abreu em “Necessidade” e “Amor nojento”.

Em 2008 lançou, pela gravadora Velas, o disco “Lauras”, com faixas autorais e uma regravação de “Frases”, de Jorge Benjor.

Serviço: 

Quinze minutos de Fama com Laura Finocchiaro 

Dia 26 de maio 

Horário: 18 às 20 horas

 Grátis 

Retirar ingressos uma hora antes na bilheteria Centro Cultural Penha 
Largo do Rosário, 20 A dez minutos a pé da Estação Penha – Linha três (3) Vermelha do Metrô 

Contatos: 2095-4068 @ccpenha facebook.com/centroculturalpenha

* Com informações do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira



 

Banda Dialeto lança álbum no Sesc Belenzinho

O Sesc Belenzinho apresenta, no dia 27 de abril, sábado, às 21h, a banda paulistana Dialeto em show de lançamento do álbum "Pandelirium". A apresentação ocorre no Teatro com ingressos a R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) ou R$15 (Credencial Sesc), disponíveis no portal sescsp܂org܂br e bilheterias físicas das unidades do Sesc.

Com mais de 40 anos de estrada, atualmente a banda é formada por Nelson Coelho na guitarra, Gabriel Costa no baixo e Fred Barley na bateria. Para o show no Sesc Belenzinho, a Dialeto conta com participação especial de Fernando Cardoso nos teclados e Fernando Alge na guitarra.

O disco _Pandelirium_ faz parte de um projeto multimídia que inclui também um livro, cujo tema principal é a pandemia da covid-19. A autoria é de Nelson Coelho, guitarrista e um dos fundadores da banda, que traz na publicação uma série de pinturas inspiradas pelo período de sua internação como paciente grave da doença.

A banda de rock progressivo/fusion foi criada em 1987 e, após um longo hiato, retomou às atividades em 2006. O retorno propiciou a gravação de dois álbuns, "Will Exist Forever" e "Chromatic Freedom",, lançados em 2008 e 2010, respectivamente.

Com boa recepção da mídia especializada, o Dialeto passa a se dedicar inteiramente à música instrumental, e lança dois novos álbuns: "The Last Tribe", em 2013, e "Bartók in Rock", no ano seguinte, no qual interpreta releituras das músicas do compositor erudito húngaro Béla Bartók. Em 2018, foi a vez de "Live With David Cross".. Atualmente, trabalha o lançamento de "Pandelirium";
Serviço

Show: Dialeto

Dia 27 de abril de 2024. Sábado, às 21h.

Valores: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada), R$ 15 (Credencial
Sesc).

Ingressos à venda no portal sescsp܂org܂br e nas bilheterias das
unidades Sesc.

_Limite de 2 ingressos por pessoa._

Local: Teatro (374 lugares). Classificação: 12 anos. Duração: 90
min.

SESC BELENZINHO

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.

Belenzinho – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700 

Estacionamento 

De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às
18h.

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$
3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 17,00 a
primeira hora e R$ 4,00 por hora adicional.

Summer Brreze Brasil acerta com Gene Simmns e Mercyful Fate como principis atrações

A contratação de Gene Simmons como artista solo para o Summer Breeze Brasil foi uma ótima sacada dos produtores do evento, ainda que tenha trazido alguns percalços logísticos e de organização. Se alguém sentia falta de um nome grande mais para um evento ambicioso, o ex-integrante do Kiss preenche os requisitos.

Simmons dá a dimensão exata do tamanho e da importância do evento, que já se tornou, em sua segunda edição, tão importante e fundamental para o calendário cultural de São Paulo. Seu impacto é imenso e recoloca o rock no foco das atrações musicais. Ultimamente, festivais como The Town e Lollapalooza têm privilegiado outros gêneros musicais. Querem rock pesado? Então o Summer vreeze Brasil vai ter de sobra e para todos os gostos. 

Não faz muito tempo que o Kiss tocou no Brasil, mas o anúncio de que os dois fundadores, o baixista Simmons e o guitarrista e vocalista Paul Stanley, não iriam main se apresentar ou gravar sob o nome Kiss, fez muitos lamentaram não poder cer mais a banda uma última vez.  A vontade, em parte, fica saciada.

Claro que a expectativa de uma penca de sucessos do Kiss cantada por ele é grande, mas é bom os mais afoitos tomarem bastante cuidado. Com ao menos dois álbuns solo e com o histórico de surpresas em apresentações, ele pode desagradar quem mal pode esperar para ouvir de novo "Rock and Roll All Nite".

GSB (Gene Simmons Band) é o nome que ele está adotando, com uma formação, ao menos para momento, contando com Simmons (baixo e vocal), os guitarristas e vocalistas Brent Woods (Wildside, Sebastian Bach e Vince Neil) e Jason Walker e o baterista Brian Tichy (Lynch Mob, The Dead Daisies, Whitesnake, Billy Idol, Foreigner, Pride & Glory, Slash's Snakepit e outros). A apresentação da GSB está agendada para a sexta-feira, 26 de abril e será headliner show do primeiro dia de festival.

A inclusão do nome de Gene Simmons no evento causou algumas reclamações de consumidores insatisfeitos. Eles compraram o ingresso antecipado para ver Meecyful Fate na sexta-feira, mas esta atração foi remanejada para o domingo. Pelo Código de Defesa do Consumidor, quem quiser pode pedir o reembolso do valor pago em razão da alteração. Ainda assim, a alteração melhorou bastante um elenco que já era ótimo.

"Com a entrada da Gene Simmons Band, o ajuste se faz necessário para uma melhor adequação da grade completa do festival. Com isso, o Mercyful Fate se apresentará no domingo (28). Sendo assim, quem adquiriu ingressos para sexta-feira por causa do Mercyful Fate poderá efetuar a troca através da Clube do Ingresso, quem comprou o pass ou os ingressos sem data marcada não precisa se preocupar”, comenta Claudio Vicentin, CEO do Summer Breeze Brasil.

Os amantes do Kiss esperam que Gene Simmons cante canções da banda nas quais faz o vocais principais como "Rock and Roll All Nite", "God of Thunder", "I Love It Loud", "Deuce", "Calling Dr. Love", "Unholy", "Cold Gin", "Naked City", "A World Without Heroes", "War Machine", "Killer", "Not for the Innocent", "Young and Wasted", "Thief in the Night", "Domino" e outras. O

Outro nome novo no festival a banda americana de thrash/heavy metal Flotsam and Jetsam, que virá pela primeira vez ao Brasil. A banda foi formada em 1981 e a formação que gravou o cultuado debut, "Doomsday for the Deceiver" (1986), incluía Eric "A.K." Knutson (vocal), Michael Gilbert e Edward Carlson (guitarras), Jason Newsted (baixo) e Kelly David-Smith (bateria). 

Pouco antes do lançamento, Newsted se juntou ao Metallica, onde ocupou o posto do saudoso Cliff Burton e ficou mundialmente famoso. 

Apesar de não ter alcançado o mesmo nível de sucesso comercial que algumas de suas contemporâneas, o Flotsam and Jetsam continuou a lançar álbuns regularmente. 

O grupo obteve destaque com "No Place for Disgrace" (1988), "Cuatro" (1992) e, mais recentemente, por álbuns como "Ugly Noise" (2012) ou os que buscaram resgatar mais as raízes heavy/thrash, como "Flotsam and Jetsam" (2016), "The End of Chaos" (2019) e "Blood in the Water" (2021). 

Há uma profusão de bandas nacionais de porte escaladas, como Angra, Dr. Sin, Edu Falaschi e banda, Torture Squad, Cjash Bulldog's, Sioux 66, Spektra, Ratos de Porão, Nervosa e muitas outras. Nunca um fesival internacional no Brasil valorizou tanto as bandas nacionais.

Em relação ás demais atrações, temos o último show do Mr. Big no Brasil, já que a banda est[a em turnê de despedida depois de mais de 35 anos de atividades. Tem a volta de Mercyful Fate deois de muito tempo, outro grande acerto da organização, pois sempre foi uma das atrações mais aguardadas por aqui.

Sebastian back (ex-Skid Row) e Hammerfall também são boas opções para os saudosistas dos anos 80 e 90. Tem ainda Gamma Ray, Lacuna Coil, Black Stone Cherry,, Overkill, Death angel e Battle Beast. Será uma grande efsta do rock pesado.

26 DE ABRIL


Gene Simmons Band

Mr. Big

Sebastian Bach

Biohazard

Exodus

Black Stone Cherry

Edu Falaschi

Flotsam & Jetsam

The 69 Eyes

Tygers of Pan Tang

Nestor

Dr .Sin

Massacration

Cultura Tres

Sioux 66

Electric Mob

Minipony

Zumbis do Espaço

Alchemia

Clash Bulldog's




27 DE ABRIL

Within Temptation

Epica

Hammerfall

Lacuna Coil

Angra

Gamma Ray

Forbidden

In Extremo

Dark Tranquiillity

Nervosa

The Night Flight Orchestra

Jeff Scott Soto

Jelusick

Krzus

Eminence

Sinistra

Nite Stinger

Spektra

About2Crash

Rage In My Eyes




28 DE ABRIL

Mercyful Fate

Anthrax

Killswitch Engage

Carcass

Avatar

Overkill

Death Angel

While She Sleeps

Battle Beast

Eclipse

Ratos de Porão

Torture Squad

The Troops Of Doom

Kryour

AXTY

John Wayne

Hellish War

New Blood Winner

domingo, 21 de abril de 2024

Programa Combate Rock debate o 'Parque Ibirapeura Rita Lee, filhos dos Beatles Juntos e 30 anos de 'Da Lama ao Caos'

No programa desta semana, debatemos sobre a homenagem qu a Câmara Municipal de São Paulo quer fazer a Rita Lee, colocando seu nome no Parque do Ibirapuera.

Outro assunto que abordamos é a parceria Lennon&McCartney rediviva: James McCartney e Sean Lennon compuseram a música "Primrose Hill". Dá pra sonhar com uma segunda geração dos beatles tocando junta?

Também destacamos os 30 anos de lançamento do clássico "Da Lama ao Caos", de Chico Science & Nação Zumbi, uma das pedras fundamentais do manguebeat, o último grande movimento musical surgido no Brasil.

Para terminar, falamos sobre Beat, superbanda formada por Adrian Belew, Steve Vai, Tony Levin e Danny Carey, que irá se apresentar no semestre que vem nos EUA, interpretando as músicas da trilogia formada por Discipline, Beat e Three of a Perfect Pair, do King Crimson.

sábado, 20 de abril de 2024

A impactante estreia em LP dos Stones completa 60 anos

 Uma banda de blues suja de boteco. Paul McCarntey não errou quando provocou recentemente os Rolling Stone em uma entrevista numa emissora de TV. O cantor dos Stones, Mick Jagger, levou na brincadeira porque é a ,ais absoluta verdade. É só escutar o primeiro álbum da banda, lançado há 60 anos.

Surgida pela junção de três moleques de 18 anos em 1961, os Rolling Stones suaram muito em espeluncas de toda a Grã-Bretanha por três anos até que pudessem entra em um estúdio levados pela Decca - aquela que recusou os Beatles - e registrassem, de forma crua e pegajosa o seu primeiro trabalho completo.

Ouvir "The Rolling Stones", mais tarde conhecido como "The Rolling Stones Nº 1", é uma delícia pela constatação de que era uma época de certa ingenuidade e pireza, mesmo que a beatlemania você predominante e estabelecesse novos padrões de gravação e produção.

Recheado de versões de muitos clássicos do blues e rhythm and blues dos Estados Unidos. o disco transpira urgência e descontração. É mais interessante do que os primeiros singles/compactos - "Com On", de Chuck Berry, e "I Wanna Be Your Man", de John Lennon e Paul McCartney, também registrada pelos Beatles.

Das 12 faixas, apenas "uma" era uma composição autoral da banda, "Tell Me" (bem, não foi necessariamente assim), justamente a mais fraquinha, a primeira coisa escrita por Micdk Jagger e o guitarrista kKith Richards.

A vantagem que bandas como Stones, Beatles, The Who, The Kinks e outras que suavam os pubs ingleses é que entravam no estúdio superafiadas - até porque gravar era caro e o tempo de estúdio, muito curto,.

O disco não fez sucesso, mas estabeleceu alguns padrões que foram seguidos por Who e Kinks, por exemplo. Tocando praticamente ao vivo e com muita vontade, as versões clássicas soas frescas e poderosas, mas um tanto sem lapidação. 

Tirando a canção autoral, nada ali era novidade, ou grande novidade. Eram grandes canções dos anos 50 e comecinho dos anos 60 e base do repertório de quase todas as bandas de blues e blues rock da Inglaterra. No entanto, foram os Stones, e depois os Kinks, primeiros a resgatar essas canções quase esquecidas nos Estados Unidos.

Muita gente, então, travou conhecimento  pela primeira vez com o blues raiz dos americanos em LP. Era o caso dde "Route 66", que abre o disco, em uma versão deliciosa, assim como a pesada "I Just Wanna Make Love to You", de Willie Dixon, e a urgente "Honest I Do", de Jimmy Reed;

Tem também uma pungente versão de "Mona (I Need You Baby)", de Bo Diddley, e os rocks viscerais d" I'm a King Bee", de Slim Harpo, e "Carol", de Chuck Berry, que frequentou o repertório dos shows até 1970. E i que dizer da maliciosa versão de "Walking the Dog", de Rufus Thomas?

Por algum tempo, duas boas canções creditada a Nanker Phelge ficaram envoltas em um grande enigma: quem era esse bluesman americano que ninguém conhecia? 

Muito tempo depois, quando o álbum "The Rollong Stones N} 2" estava nas lojas, é que o segredo surgiu: era o pseudônimo de Jagger, Richards e o produtor/empresário Andrew Loog-Oldham. Ou seja, o álbum que "oficialmente" tem apenas uma canção autoral da banda, na verdade tem três.

Essas duas canções de Namker Phelge são a singela "Now I've Got a Witness" e "little by Little", em parceria com produtor americano Phil Spector. O pseudônimo foi adotado para que se pudesse atestar a qualidade do material sem correr o risco de "queimar" os autores originais - uma ideia estapafúrdia que saiu da cabeça lunática de Oldham.  Spector e o produtor Gene Pitney contribuíram muito para as sessões de gravação e são referidos como "Uncle Phil and Uncle Gene" no subtítulo da instrumental de Nanker Phelge "Now I've Got a Witness".

Gravado no "Regent Sound Studios", em Londres, em cinco dias em janeiro e fevereiro de 1964, o álbum, como afirmou Richards em 2003: em uma entrevista:  "O repertório refletia o que costumávamos tocar no Crawdaddy Club- uma dieta regular de Jimmy Reed, Muddy Waters, Bo Diddley, com alguma coisa de Slim Harpo. O disco era o melhor do set! Nós o gravamos em um quarto cheio de caixas de ovos, usando um Revox de dois canais. O único profissionalismo que tinha era que o gravador ficava pendurado na parede;."

O álbum foi produzido por Oldham e Eric Easton, que ajudava o primeiro na administração da banda,  e tendo Bill Farley como engenheiro de som; É considerado um marco no rock britânico, por mais que tenha sido ofuscado pela avassaladora beatlemania. 

Também serviu de cartão de visitas da banda e foi uma estreia vigorosa que ajudou a sedimentar o nome Rolling Stones no mar de artistas que surgiram com a explosão dos beatles.