- A Nuclear Blast anuncia a assinatura de contrato com o projeto Go Ahead and Die, do Arizona. A banda conta com o vocalista e guitarrista Max Cavalera unindo forças com seu filho, cantor, guitarrista e baixista, Igor Amadeus Cavalera, bem como Zach Coleman na bateria para produzir um som que mistura elementos de death e thrash metal com as primeiras influências do Celtic Frost e um atitude punk rock. Max Cavalera comenta: "Uma colaboração única pai / filho trazendo a velha escola com uma nova atitude! Riffs doentios e letras abrasivas de Igor e a bateria brutal de Zach Coleman (Black Curse Khemmis) me inspiraram! Tempos extremos pedem música extrema ! "
- Fábio Figueiredo, ex-vocalista da banda John Wayne, morreu no dia 31 de janeiro, aos 34 anos, vítima de complicações da covid-19. A notícia foi confirmada pela ex-banda do artista, que compartilhou com pesar que o músico, que sofria de diabetes, foi recentemente infectado pelo vírus que causou um quadro de pneumonia e tuberculose.
- Hilton Valentine, guitarrista da banda The Animals, morreu aos 77 anos. A causa da morte não foi divulgada. Ele se tornou membro do The Animals, banda liderada pelo vocalista Eric Burdon, em 1964. Ele saiu do grupo em 1966, mas retornou várias outras vezes. O músico tocou em clássicos como "The House of the Rising Sun" e "We Gotta Get Out of This Place".
No Combate Rock desta semana, continuamos com os melhores lançamentos internacionais de 2020.
“Rough and Rowdy Ways” – Bob Dylan “On Sunset” – Paul Weller “Virus” – Haken “The God-Shaped Void” – Psychotic Waltz “Titans of Creations” – Testament “Royal Tea” – Joe Bonamassa” “Hollow” – Elephant Stone “Fetch the Bolt Cutters” – Fiona Apple
- O Angra lançou mais uma música ao vivo gravada em São Paulo. Desta vez, a escolhida foi “Light Of Transcendence”. A música é uma faixa do álbum “Ømni”, de 2018, e faz parte de uma série de vídeos que a banda vem lançando neste início das comemorações dos 30 anos da banda. Assista “Light Of Transcendence”: https://youtu.be/iNbJ51a6VNI
- O tecladista Eloy Fritsch anuncia o lançamento de seu mais novo álbum, “Cosmic Light”. O tecladista da banda de rock progressivo Apocalypse alcança a marca de quinze álbuns instrumentais e nesse novo trabalho o compositor nos brinda com onze músicas criadas durante o período de isolamento social em função da pandemia. Sem poder realizar apresentações e shows, o músico continua mergulhado na arte musical, sempre buscando inspiração para a composição de novos temas. O novo trabalho é influenciado por grandes lendas do sintetizador como Vangelis, Rick Wakeman e apresenta temas baseados no Cosmos e uma Suite em três movimentos intitulada “Cosmic Light Part I, II, III” de característica melódica e ambiental. Fritsch apresenta o rock progressivo espacial nas músicas “Spacetime” e “The Time Tunnel”.
- A Excalibur confirmou que produzirá um documentário sobre os 20 anos de carreira da banda. O material será lançado em fevereiro de 2021 e vai contar com imagens históricas, trechos de shows, entrevistas com fãs e presenças ilustres de grandes músicos do metal nacional. O documentário também englobará história, fotos ou vídeos dos momentos dos fãs com a banda.
Os ingênuos vão dizer que vivemos tempos muito estranhos, em que o negacionismo domina debates familiares e acadêmicos; os pessimistas vão dizer que tudo estava escrito e que é consequência da burrice política e educacional de um povo de índole desprezível e de extremo egoísmo e falta de empatia; os isentões apenas vão reforçar a máxima de 45 anos atrás cuspida pela cantora americana Patti Smith: "Jesus morreu pelos pecados de todos, mas não pelos meus".
O mau-caratismo coletivo do brasileiro, o falso cordial e alegre diante das dificuldades da vida, nunca esteve tão evidente como nestes tempos de lixo bolsonaro e de pandemia devastadora.
Ninguém se importa com as mais de 220 mil mortes pela covid-19, ninguém dá a mínima para regras de isolamento social, com praias, festas e bares, lotados, assim como hospitais e todas as UTIs.
Nunca a burrice foi tão incensada e tão festejada. Médicos criminosos e youtubers nojentos morrem pela doença depois de sabotarem os esforços de combate á pandemia e de ampliação da vacinação. Tiveram a coragem de espalhar mentiras a respeito da eficácia das vacinas e das medidas de isolamento e distanciamento social. Nestes casos, o vírus fez bem o seu trabalho. Esses dejetos humanos não farão falta.
Só que a coisa não para por aí. Os tempos sombrios e de trevas da era bolsonara resgatou o fascismo adormecido e espalha a "normalização" de certos comportamentos.
Nos tempos de bolsolixos vomitando mentiras, é normal ter orgulho da própria ignorância, de ser preconceituoso, de ser racista.
Nos primeiros 30 dias de 2021, foram inúmeros os ataques racistas a parlamentares municipais negros e de orientação LGBT. Foram dois casos em São Paulo, um em Niterói (RJ), vários em Blumenau (SC) e em Bauru (SP), onde a prefeita é negra, apesar de professar crenças ue esbarram no fascismo.
Ninguém poderia imaginar que 2021 seria marcado por um recrudescimento das batalhas entre civilização e barbárie.
Quando finalmente o mundo parecia se livrar do lixo Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, os lixos humanos no mundo inteiro decidiram definitivamente saír dos esgotos e empestear o mundo com violência, ódio, racismo e discriminação.
Os vereadores brasileiros atacados por suas crenças, opiniões e cor de pele fizeram boletins de ocorrência apenas por uma questão formal, já que as polícias e todo o aparelho repressivo do Estado brasileiro, em todas as suas instâncias, não vão se mexer. São instrumentos do próprio fascismo a que servem e ao qual devem favores - e ao qual amam adorar.
A democracia sempre esteve em risco desde o golpe asqueroso e nojento perpetrado por políticos corruptos e execráveis, liderados por nomes importantes do MDB, como o ex-deputado federal Eduardo Cunha e o ex-presidente Michel Temer, gente da pior espécie possível. Quem diria que dejetos ainda piores viriam, ocupar os principais cargos da República...
A questão era a seguinte, em 2018: até que ponto o mau-caratismo político do povo brasileiro estaria disposto a esticar a corda e apostar no fascismo e no autoritarismo para "combater a corrupção" e afastar qualquer possibilidade de o país assumir de vez a opção pela redução da pobreza e da desigualdade social?
O mau-caratismo do povo brasileiro é inerente ao seu DNA. Vota ara presidente ou para vereador sempre endo em mente o que o tal candidato pode fazer para favorecê-lo em todas as esferas da vida. O brasileiro odeia o convívio social e odeia o pobre - e não a pobreza.
Quem ascende da classe D pra a classe C acha que se tornou "bem de vida" e passa a desprezar aqueles que ainda ficam na classe C. É o pobre de direita, que odeia o pobre mais pobre que ele e que adora gritar que "bandido bom é bandido morto", desde que seja traficante ou ladrão de galinha, todos de pele negra. É o pobre que despreza seus pares negros, mas nem tão negros assim...
É uma ilusão achar que a sociedade está evoluindo por "abrir" espaço para alguns vereadores negros, LGBTs e de outras minorias que foram eleitos nas últimas eleições. O número de representantes dessas minorias é pior do que pífio, em uma vergonha gigantesca para este país infeliz.
A sociedade brasileira está cada vez mais preconceituosa, mais violenta e mais racista, e as ameaças abertas contra vereadores negros e LGBTs explicitam essa barbárie.
A covereadora Carol Iara (PSOL), de São Paulo, que é negra e transgênero, teve sua casa atingida por tiros de arma de fogo recentemente, enquanto que Erika Hilton, do mesmo partido e na mesma Casa, recebeu novamente mais ameaças de morte pelas redes sociais - também é trans e é negra.
Estava mais do que claro que isso aconteceria quando os portões do inferno foram abertos na eleição de 2018, propiciando todo tipo de lixo humano aparelhar o governo federal e empoderar os fascistas que horrorizam a vida brasileira.
Em todos os segmentos e a todo momento, tudo sempre pode piorar. É o que vai acontecer no Brasil com a suprema ignorância e incompetência bolsonara, que não será apeado do poder por um necessário impeachment.
A parte mais canalha do Parlamento, que corre o risco de ser a maioria, vai sustentar o lixo bolsonaro e seu governo corrupto, diante de um Judiciário apalermado e extremamente corporativo e de uma sociedade bovina e desarticulada.
Tudo isso está sendo normalizado, desprezado e ignorado enquanto o governo federal refestela-se em hectolitros e toneladas de leite condensado e bombons adquiridos em compras fraudulentas e superfaturadas. Qual era mesmo o governo corrupto?
Sitiados pelo autoritarismo e pela escalada de inspiração fascista, não temos nem mesmo a opção de apelar para o rock de protesto, tão apalermado quanto omisso neste momento tão crítico da vida brasileira.
Já não soa tão absurda a ideia de uma série de distúrbios sociais e políticos que possam desembocar em uma guerra civil de verdade. Por que não?
- O quarteto paulistano Inluzt, formado por Fabz (vocal), Luke (guitarra), Mexx (baixo) e Lexxi (bateria) lançou o álbum "Echoes of Revolution", que mescla tendências do hard rock dos anos 80 e 90. o que de melhor o estilo proporcionou nas décadas de 80 e 90 inspirado em nomes como Skid Row, Mötley Crüe, Crashdïet, Crazy Lixx e Hardcore Superstar. "Echoes of Revolution" foi gravado por Rafael Rosa no Sensorial Lab pelo experiente Henrique Canalle (Stormsons, Spektra, Supla, Jeff Scott Soto) e masterizado no Toque Final Master & Mix por Alessandro Kbral e Canalle.
- Já está disponível nas plataformas digitais o terceiro álbum da banda de doom metal Ode Insone, de João Pessoa (PB), intitulado “Isolamento: Do Silêncio à Poesia”. Com o lançamento do disco, a banda consolida sua atual formação, que conta com Tiago Monteiro (vocal), Venore (vocal), Mad Ferreira (guitarra), Lucas Souza (guitarra), Diego Nóbrega (baixo) e George Alexandria (bateria). Com produção, mixagem e masterização a cargo do guitarrista Mad Ferreira no Bestial God Studio, o registro eleva a banda como uma das principais forças do estilo no Brasil. Há ainda a participação especial de Cielinszka Wielewski nos cellos da música “Casulo”, enquanto a arte da capa foi criada por Aurélio Lara, da Designaria Artwork.
- A banda Mensk, de alternative metal, está divulgando o seu primeiro EP, "Acorda". Para promover o lançamento do EP, o videoclipe da faixa "A Corda" também foi disponibilizado e pode ser conferido no link https://www.youtube.com/watch?v=T_aDEppTUWs
A cada dia que passa sem vacina e com toneladas de leite condensado apodrecendo na sala de jantar do nefasto presidente, fica mais distante a possibilidade de vibrarmos com um show de rock na pista, na frente do palco ou na arquibancada.
Os músicos bolsonaristas estão desalentados e perdidos. Ainda defendem o ser execrável que empesteia a presidência, mas os argumentos, que nunca convenceram, agora desapareceram. Restou gritar contra a imprensa e aos que torcem contra.
É difícil encontrar paralelo na história da humanidade para tanta incompetência na gestão pública de saúde - na verdade, para qualquer tipo de gestão.
Mais do que criminosa, a administração bolsonada é genocida e corrupta. O R$ 1,8 bilhão gastos com alimentação para a presidência é um acinte ao bom senso em um país onde falta oxigênio para pacientes graves de covid-19.
E tem músico asqueroso que ainda reclama de que não pode trabalhar porque "não deixar o presidente agir e que governadores e STF jogam contra a população".
Sim, tem idiota que, por burrice, mau-caratismo ou os dois, vomita esse tipo de lixo no boteco, na reunião de família ou nas redes sociais. Mais 2,3 mil mortes por dia, superando os 220 milo na pandemia, não parecem suficientes para quem pensa dessa forma.
A matemática é bem simples: enquanto houver mortes aos milhares, esqueça os shows e o chope no boteco. A doença mostrou claramente que podemos viver sem isso, ainda que esse tipo de "arma" possa ser usada por fascistas em outras ocasiões. É um fato inapelável. Tome cerveja em casa, escutando ou vendo na TV um bom show de rock.
Mas é mais fácil para os imbecis xingar a "imprensa terrorista" do que admitir que seu "mito" não só é burro e incompetente, mas que sua gestão beira o banditismo político e a destruição de políticas públicas.
Bolsonada e seus seguidores nos governos estadual e municipal de Manaus (AM) são diretamente responsáveis pelo caos sanitário e de saúde pública. Terão de ser responsabilizados por milhares de mortes por conta da explosão do vírus e da falta de oxigênio nos hospitais.
Por que esses mesmos músicos fascistas que apoiam Bolsonada não questionam o governo federal pela falta de vacinas e pelo atraso generalizado em todo o país no início da vacinação?
Um mínimo de competência administrativa na esfera federal poderia garantir vacinas sem crises diplomáticas e burrices ideológicas e, assim, quem sabe, poderíamos voltar aos shows presenciais no final do ano. Do jeito que estamos, só em 2022, na melhor das hipóteses.
Quase dois anos sem shows em estádios, ginásios, casas de shows e botecos deverão ser colocados na conta de Bolsonada e seu ministério podre, recheado de incapazes e seres desprovidos de inteligência.
E você ainda defeca pela boca contra o PT e os governadores que, tardiamente, restringem, de forma tímida, o funcionamento do comércio e de bares.
Que tudo fique fechado por seis meses, se for o caso, até a epidemia ser controlada, de preferência com outro presidente. Está sem trabalho? Que pena,é a vida...
Que pena que more no Brasil, um país de um povo vagabundo que desrespeita sistematicamente as regras de isolamento social, esticando a vida útil da epidemia e da covid-19.
Está sem trabalho? Mude de profissão, arranje outra coisa para fazer. E parabéns por ter votado em Bolsonada, em negar a pandemia, em acreditar em papai noel e por xingar a imprensa. O vírus lhe manda lembranças e avisa que, dependendo do seu comportamento e do seu voto, estará por aqui em 2022.
Sempre antenado com os temas pertinentes da sociedade, o Weezer lançou o clipe da música “All My Favorite Songs”. No clipe, o grupo norte-americano faz uma crítica ao vício atual da humanidade na tecnologia, representado principalmente pela dependência exagerada do celular.
O clipe bacana contou com direção de Colin Read e produção executiva de Rik Green.
“All My Favorite Songs” é a primeira amostra do novo álbum que o Weezer lançará no fim de janeiro.
“OK Human”, cuja capa acompanha este texto, tem o dia 29 de janeiro como data oficial de lançamento.
Segundo a banda, durante o verão com a pandemia de covid-19 nos Estados Unidos em 2020, os músicos decidiram se reunir no estúdio para gravar um disco diferente.
O Weezer destacou que o álbum novo foi feito só com tecnologia analógica e até contou com a participação de uma orquestra.
“Tudo o que podíamos fazer é olhar para trás nos tempos antigos quando os humanos realmente importavam e quando a fantasia sombria de aquisição de tecnologia não existia. Usamos nossos instrumentos para nos conectarmos aos anos 1960 e 1970 e, com a orquestra, nos séculos 18 e 19. Não tínhamos que clicar em faixas, loops ou sons de alta tecnologia. Nem mesmo uma guitarra elétrica”, salientaram os músicos.
Serão 12 faixas no álbum, que já está em período de pré-venda e em diversos formatos. A produção é de Jake Sinclair.
O anúncio do novo disco traz uma curiosidade, já que, em 2020, num dos períodos mais críticos da pandemia, o Weezer anunciou o adiamento do lançamento do que seria um novo álbum, previsto inicialmente para o dia 15 de maio.
Como a banda já havia informado em setembro de 2019, o novo disco esperado para 2020 era o “Van Weezer” e deveria trazer um som mais pesado do que o álbum anterior, “Weezer”, conhecido como “Black Album”, que chegou aos fãs em 2019.
Acontece que o disco “OK Human” virá antes de “Van Weezer” e será o sucessor do “Black Album”, já que não há informação exata sobre quando será lançado o “Van Weezer”.
A primeira amostra de “Van Weezer” havia sido “The End of the Game”, que deu realmente a impressão de um som mais pesado do que o do disco anterior.
De setembro de 2019 para cá, o Weezer até passou pelo Brasil. Naquele mesmo mês, a banda norte-americana fez o primeiro show de sua história em São Paulo, quando tocou no Ginásio do Ibirapuera, no festival festival Itaipava de Som ao Sol, com cobertura especial do Roque Reverso.
Depois disso, ainda tocou também pela primeira vez no Rio de Janeiro como uma das atrações do Palco Mundo do Rock in Rio, na mesma noite que teve o Foo Fighters como headliner.
Na pandemia, apesar de anunciar o adiamento do lançamento de “Van Weezer”, o grupo liberou uma canção bacana, “Hero”, que faz uma homenagem aos profissionais essenciais na pandemia de covid-19.
Ela, no entanto, não está na lista de faixas do álbum “OK Human”.
- O ano de 2021 já começou com muitas novidades para a cantora Vanessa Rafaelly. A principal delas é o projeto de metal sinfônico Ignis Perpetua. Duas músicas, “Future” e “Lines Unseen”, foram lançadas e podem ser conferidas nas principais plataformas de streaming. Veja em
- A cantora Aline Happ, conhecida por seu trabalho como vocalista, líder e principal letrista do Lyria, participará da 2ª edição do Bode Metal Fest, que será realizado no dia 16 de janeiro (sábado). Esta será a primeira vez que o projeto solo da vocalista será apresentado em um festival. Criado em junho de 2020, o canal no YouTube de Aline Happ foi o primeiro passo do que hoje é o projeto solo da cantora, que já fez versões de Rihanna, Black Label Society, e até mesmo das canções-tema do filme Anastasia e da série The Mandalorian. Neste ano ela lançará o álbum de estreia, que foi possível graças ao financiamento coletivo realizado no fim de 2020 e que superou em 200% a meta inicial. Assista “Stillborn”: https://youtu.be/zyUrLAcrMEw
- A banda carioca Ave Máquina lançou no fim de dezembro o clipe “Cigarra”. Em formato de animação, o vídeo contou com sorteio idealizado pelo grupo e financiado pelos fãs para realizar o clipe. A música reflete o espírito de rock tropicalista do quarteto, que conta com influências que misturam rock psicodélico, hard rock, tropicalismo e música nordestina. Assista “Cigarra”: https://youtu.be/h4xK3aGdku8
Uma das boas novidades da cena pesada lança o álbum de estreia em abril deste no. A banda em questão é a Firewing que, com "Ressurection", pelo selo Massacre Records, promete dar novos rumos ao symphonic metal, gênero que une o peso do heavy metal a elementos e orquestrações da música erudita.
O quinteto tem a peculiaridade de ser formado por músicos brasileiros e americanos, quatro deles ex-alunos da Berklee College of Music, uma das mais conceituadas instituições de ensino musical dos Estados Unidos.
A Firewing é integrada por Airton Araujo (vocal), Chris Dovas (bateria), Peter de Reyna (baixo), Bruno Oliveira (guitarra e orquestrações) e Caio Kehyayan (compositor e guitarrista).
As primeiras canções foram escritas em 2015 quando Caio e Airton deram o start no que seria a Firewing. No ano seguinte, Caio partiu para os EUA pra estudar na Berklee. Lá conheceu os demais integrantes que completaram o grupo.
Os músicos já são experientes na cena pesada. Airton Araújo é vocalista da Age Of Artemis, um dos maiores representantes do metal brazuca, enquanto Chris Dovas e Peter de Reyna fazem parte da Seven Spires, banda americana cujos álbuns foram produzidos pelo renomado Sascha Paeth.
O grande mentor de "Ressurection" é Caio Kehyayan. São dele todas as letras, arranjos, conceito do álbum, além de assinar a produção.
O disco estará disponível também em todas as plataformas digitais e trará convidados especiais, entre eles o guitarrista brasileiro-americano Bill Hudson. Junki Sakuraba concebeu a capa deste que deve ser um dos grandes lançamentos do ano e dar uma renovada no symphonic metal.
Os organizadores do Rock in Rio informaram que continuam “confiantes” na realização do festival na capital fluminense em setembro de 2021. Em comunicado divulgado nas redes sociais, a organização do evento disse que segue “trabalhando diariamente” para viabilizar o festival.
O posicionamento veio depois da publicação de notícias de que o Rock in Rio de 2021 seria adiado ou até mesmo cancelado por causa da segunda onda de covid-19 que assola o planeta e que atinge o Brasil fortemente.
No caso do Brasil, além de o país nem mesmo ter saído direito da primeira onda, ter retornado ao nível de 1.000 mortes por dia e chegar ao número acumulado de 220 mil óbitos por covid-19, as trapalhadas fenomenais e histórias do governo federal em relação a um plano de vacinação nacional deixou os brasileiros muito atrás dos demais países, até mesmo da América do Sul, em relação à imunização.
Como já existe uma expectativa de que a população brasileira como um todo seja imunizada somente em 2022, alguns jornalistas começaram a falar em adiamento ou cancelamento do Rock in Rio.
O respeitado jornalista José Norberto Flesch, que costuma adiantar datas e cancelamento de eventos musicais, chegou a destacar, por exemplo, que o festival da capital fluminense seria adiado para o período “novembro/dezembro” de 2021, ainda sem datas confirmadas.
De acordo com os organizadores do Rock in Rio, a situação sanitária do Brasil e do mundo está sendo acompanhada com muita atenção.
“Sabemos o quanto é importante seguir os protocolos de segurança e nos solidarizamos com todos que perderam pessoas queridas, vítimas da Covid-19”, escreveu a organização do festival. “É também, com muita esperança, que estamos vendo o progresso das vacinas e confiantes na possibilidade de realizar o festival em 24 de setembro, caso as condições sanitárias e de saúde se confirmem seguras para todos: público, artistas e equipe.
E acrescentaram: “Para que isso aconteça, estamos fazendo nossa parte. Continuamos trabalhando diariamente para viabilizar o evento, gerando empregos e trazendo esperança não só para as pessoas, mas para o setor de eventos, tão impactado pela pandemia.”
Os organizadores destacaram ainda que seguem “fortes, planejando o festival e anunciando bandas, que também acreditam que os eventos voltarão de forma segura em um futuro próximo”. “É o que todos nós do Rock in Rio acreditamos. Será o momento da grande celebração e da retomada do mundo como nosso outra vez”, escreveram.
Até o momento, foram confirmadas oficialmente atrações para a clássica Noite do Metal, que abrirá o festival. Inicialmente, foram anunciados os nomes do Palco Mundo: o Iron Maiden como headliner, depois das apresentações de Dream Theater, Megadeth e do Sepultura, que tocará junto com a Orquestra Sinfônica Brasileira.
Depois, os organizadores confirmaram os headliners do Palco Sunset para o mesmo dia. Uma apresentação inédita do Living Colour com o renomado guitarrista Steve Vai fechará os shows do palco secundário do evento.
Por enquanto, são apenas estes nomes, mas a organização do evento deve manter a tradição de divulgar aos poucos as demais atrações.
O Rock in Rio acontecerá na Cidade do Rock nos dias 24, 25, 26 e 30 de setembro e nos dias 1º, 2 e 3 de outubro.
Desde que anunciou as atrações da Noite do Metal, a organização do festival também definiu o dia 9 de março de 2021 como a data de início de venda dos tradicionais ingressos antecipados, os Rock in Rio Cards. A venda será feita pela internet.
- Após dois singles e vídeos de faixas que integram o EP "Unholy Ceremony Heretic", o Lockdown, grupo criado em plena pandemia pelo vocalista João Gordo (Ratos de Porão), o guitarrista Antonio Araújo (Korzus e Matanza Ritual), o baixista Rafael Yamada (Claustrofobia e ex-Project 46) e o baterista Bruno Santin (Endrah), apresenta o novo single e clipe, "Desprezo". "A única música em português do disco, tem uma levada cadenciada e uma letra, fazendo crítica à cegueira do fanatismo religioso", comentou o guitarrista Antonio Araújo. "O trabalho do EP foi feito todo pelo Antonio. A letra é dele e confronta todas as religiões, mas existem algumas mais estúpidas e ela é voltada para esses casos. No Brasil, quando se quer passar uma mensagem direta, tem que ter a letra em português. No caso do instrumental da 'Desprezo', eu acho massacrante, muito pesado e diria até mais moderno", acrescentou o vocalista João Gordo. Veja o clipe de "Desprezo", filmado e editado por Rafael Agostino, em https://youtu.be/j4dEmNlfCzU
- Os holandeses do metal sinfônico Epica anunciaram recentemente o lançamento de seu novo álbum "Omega", programado para ser lançado neste janeiro de 2021 pela Nuclear Blast. "Omega" é o mais novo álbum de estúdio da banda em cinco anos. Hoje, a banda lança um videoclipe para seu terceiro single hipnotizante, a balada 'Rivers'. Assista ao vídeo aqui: https://youtu.be/3rW7Vpep3II
- O 17º álbum de estúdio do Therion, "Leviathan!", foi lançado neste mês de janeiro. O álbum foi recebido com muitos elogios e aclamado pela crítica e os precursores do Metal Sinfônico Sueco estão orgulhosos de celebrar o dia do lançamento com mais um magnífico videoclipe para a canção "Tuonela". Veja aqui: https://youtu.be/dFC62uL9R1I
- A Nuclear Blast orgulhosamente anuncia a assinatura de contrato com o projeto solo do guitarrista do Amorphis Esa Holopainen, Silver Lake. Esa Holopainen aproveitou seu tempo em 2020 e realizou um sonho antigo gravando seu primeiro álbum solo nos estúdios Sonic Pump.
Uma data que não existiu, a não ser nas reminiscências de saudosistas nas redes sociais. Um feriado morto, com restrição mais do que necessária nas atividades econômicas por causa da pandemia e sem atrações culturais.
Não era esse o 25 de janeiro que São Paulo merecia, uma data sempre festiva e que comemoraria os 467 anos da megalópole, mas o vírus não deixou.
A única trilha sonora foi a da choradeira de empresários do ramo de gastronomia, irresponsáveis ao extremo ao protestar contra as medidas restritivas em um momento gravíssimo de subida de todos os índices sanitários - mais mortes, mais infecções, menos leitos de hospitais...
Enquanto os mercadores da morte pensam apenas nos próprios bolsos - e estão saindo no lucro, pois o governador irresponsável de São Paulo tinha de ter decretado o lockdown dos mais duros -, ficamos na saudade dos shows gratuitos na rua em datas como essa.
Em breve a pandemia completará um ano no Brasil. De forma muito tímida, mas muito irresponsável, alguns shows estão voltando, para horror dos cientistas e médicos infectologistas.
Não são poucos os artistas que reclamam cada vez mais alto da "falta de trabalho", opor mais que reconheçam que a pandemia está piorando de novo. No entanto, de forma contraditória, pedem flexibilização para que possam trabalhar - e ajudar na disseminação da doença.
As bravatas e lixos vomitados por gente como Eric Clapton, que não se diz negacionista, mas é um crítico estúpido das medidas de restrição e de isolamento social, estão reverberando em várias partes do mundo e aqui no Brasil começam a crescer os ataques às regras de combate à covid-19.
Sim, a pandemia vai fornecer munição aos fascistas que dizem que o mundo não precisa de arte e de música neste momento. E não precisa mesmo quando mil brasileiros morrem por dia sem que o nefasto governo bolsonada mova algo para debelar a crise sanitária.
Shows? Cinema, Teatro? Boteco? Isso tudo fica para depois, ainda que a crise econômica causada pelo vírus devaste o setor gastronômico. Infelizmente não há o que fazer quanto a essa tragédia natural, a não ser fazer fila no Palácio do Planalto para pedir ajuda emergencial que não saiu para a imensa maioria dos artistas e trabalhadores do setor. Faça arminha agora com as mãos e vote de novo em crápulas como nefasto presidente.
É claro que sempre precisaremos de cultura e de música, mas não agora, e nem sabemos quando. Mas não será tão cedo, e que assim seja, se for necessário para controlar a doença e diminuir as mortes. Será um preço alto a pagar, mas terá de ser pago.
A São Paulo silenciosa e melancólica é a amostra do que teremos ainda de suportar. Resignação é necessária para que encaremos a luta de frente e de forma resoluta.
A música voltará em todo o seu esplendor, e que o setor cultural e de entretenimento seja a locomotiva que vai puxar a economia mundial de volta para os trilhos, como preveem alguns economistas mais ousados.
O silêncio deste 25 de janeiro incomodou demais m 2021, assim como o carnaval interrompido e abolido para que tenhamos forças e muita lucidez para comemorar muitos outros carnavais e saborear muitos e muitos shows de rock nacional e estrangeiros. Mas quando?
Isso é o que menos importa. Os números obscenos de mortes diárias por covid-19 explicitam que vivemos uma das tragédias mais devastadoras da humanidade. São quase 220 mil mortos no Brasil. Só isso já justifica que abandonemos qualquer sonho de shows e espetáculos presenciais no médio prazo.
O silêncio paulistano nos lembra que as prioridades são outras. É um silêncio eloquente, ensurdecedor, que machuca, mas que nos ensina e nos aponta o caminho.
O Accept liberou no fim da primeira quinzena de janeiro a audição da faixa “Zombie Apocalypse”. É uma das amostras que o veterano grupo alemão trouxe aos fãs do novo álbum, que será lançado no fim deste mês.
“Too Mean to Die” é o nome do disco, cuja bela capa acompanha este texto. O álbum tem o dia 29 de janeiro como data oficial de lançamento pela gravadora Nuclear Blast. A produção do disco é de Andy Sneap.
“Too Mean to Die” sucederá o álbum “The Rise of Chaos”, que o Accept lançou em 2017 e foi bem recebido pela crítica e público.
Será o 16º disco de estúdio da banda alemã e virá com 11 faixas.
O novo álbum também será o primeiro do Accept desde a saída do baixista Peter Baltes, figura marcante do grupo e presente desde a fundação.
O público brasileiro teve a oportunidade de ver a última passagem do Accept com Peter Baltes em 2017, justamente pela turnê do disco “The Rise of Chaos”.
O Roque Reverso cobriu o show ensurdecedor e de alta qualidade que o a banda realizou em São Paulo naquele ano, quando o Accept tocou no Tom Brasil na mesma noite que o Anthrax se apresentou na mesma casa de shows.
Martin Motnik foi quem assumiu a vaga de Baltes.
Outra mudança na banda foi a entrada do guitarrista Philip Shouse, o que fez com que o grupo passasse a ter três guitarristas – os outros são Wolf Hoffmann e Uwe Lulis.
Antes da faixa “Zombie Apocalypse”, que veio em forma de vídeo com efeitos, o Accept já havia liberado para audição a música “Too Mean to Die”, que dá nome ao disco novo, e o clipe da faixa “The Undertaker”.
- Recentemente o Drowned disponibilizou nas plataformas de streaming o EP “Confinement by Sickness - The Quarantine Sessions”, gravado durante o período de isolamento social devido à pandemia da Covid-19. Pois agora a banda dá a seus fãs mais uma opção para realizar a audição do trabalho, já que ele agora se encontra disponível na íntegra no canal oficial de YouTube da banda. Confira no link https://www.youtube.com/watch?v=_lAzeO2Ph5o&feature=youtu.be
- Um dos mercados mais afetados pela pandemia, a indústria da música começa 2021 disposta a fazer barulho para voltar a crescer. Entre os dias 1º e 7 de fevereiro, 60 marcas vão promover o Conecta+ Música & Mercado, um espaço virtual de negócios e eventos gratuitos, dedicados à criação musical. A meta é atrair 50 mil visitantes do Brasil e da América Latina e alcançar R$ 700 milhões em vendas de instrumentos e áudio para os próximos seis meses. A proposta do Conecta+ Música & Mercado é vista com bons olhos pelas empresas do setor, duramente atingido pelos efeitos da Covid-19. Segundo pesquisa da UBC/ESPM, mais de 86% dos profissionais do mercado musical afirmam ter sofrido perda de renda durante a paralisia provocada pelo novo coronavírus. "A ideia é inaugurar uma feira virtual inteligente e intuitiva, direcionada para quem trabalha com música e capaz de criar e ampliar laços profissionais e comerciais. O setor precisa de ânimo e de uma demonstração de força. O foco é manter a indústria aquecida e a criação musical efervescente", explica Daniel Neves, presidente da Anafima, Associação Nacional da Indústria da Música.
- O grupo School of Rock conta com novo diretor-geral e sócio da franquia: o produtor, músico e empresário Fernando Quesada. A escola, referência no ensino musical, oferece cursos para crianças, jovens e adultos por meio de uma série de programas, aplicando um método que revolucionou o ensino da música no Brasil e no mundo, baseado na prática do instrumento, ensaios, shows e na presença em cima do palco. A entrada de Quesada na rede mostra uma preocupação de trazer um profissional com vasta experiência tanto em turnês como em direção e produção musical. Quesada é um dos músicos que se aventurou no empreendedorismo musical. Na área do ensino musical, foi professor e palestrante em universidades no estado São Paulo e fez a sua carreira como professor e coordenador da lendária escola EM&T e EM&T Online, além de workshops em diversos países. Como produtor musical, trabalhou com grandes artistas da música nacional e internacional, além de produzir trilhas e jingles; como músico, lançou diversos álbuns, dvds e participou de turnês e grandes festivais pelo mundo todo ao lado das bandas Shaman e Noturnall, e hoje faz parte do projeto Anie e da banda Armored Dawn.
No Combate Rock desta semana, continuamos a falar sobre os melhores álbuns lançados em 2020. Dentre os álbuns nacionais, destacamos “IRA”, do Ira!, “Manchaca Vol.1”, dos Boogarins, “In Nomine Éireann”, do Thuata de Danann e “Barren”, do Warshipper.
Entre os álbuns internacionais, destacamos “Letter to You”, de Bruce Springsteen, “Whoosh!”, dos veteraníssimos Deep Purple, além de “Lianne La Havas”, da cantora de mesmo nome e “It Is What It Is”, de Thundercat. Na próxima edição, traremos a segunda parte dos melhores álbuns internacionais do ano passado.
Este Combate Rock também destaca as mortes de Rubens Gioia Jr, guitarrista da genial banda A Chave do Sol, do baixista Tim Bogert e do produtor Phil Spector.
Um livro, uma guitarra, vários sonhos e o blues conduzindo a vida. Nuno Mindelis é um personagem fascinante e um profissional que tem muito para contar. Um ou vários CDs não deram conta de tanta história e tanta experiência.
Um artista do mundo, mas com raízes brasileiras mais do que sólidas, Mindelis se reinventa na pandemia como um escritor de texto saboroso e elaborado - ok, o livro já estava pronto há algum tempo, mas só viu a luz do dia no final de 2020.
"Porque Eu Não Sou um Bluesman" é provocativo, mas é instigante. De teor autobiográfico, mas com estrutura de romance, a obra traça um panorama delicado e aventureiro de um cidadão exilado que precisou superar a distância da terra natal para redescobrir vocações e futuros em pleno Rio de Janeiro.
Mindelis recorreu a quatro personagens diferentes para narrar uma trajetória que começa em Angola, sua terra natal, passa pela Europa e Canadá antes de aportar no Rio de Janeiro.
A receptividade da nova empreitada foi tão boa que ele admite enveredar pela literatura novamente. "Gostei dessa brincadeira. Acho que tenho tantas boas histórias que podem render um novo livro."
Com um álbum fervendo para ser divulgado nos palcos - o guitarrista lançou "Angola Blues" no ano passado, um CD cantado em idiomas africanos de sua terra -, Mindelis não conseguiu desenvolver um show com essas músicas por conta da pandemia de covid-19.
Inquieto e ansioso pela arte, já pensa nos próximos discos e necessidade de escrever para aplacar a sanha de criar. Ele mesmo diz que está devendo um álbum de blues tradicional e que pode expandir as ideias de explorar ainda mais as ideias de gravar temas africanos.
"O CD mais recente e o livro, de certa forma, me reconectaram com boas lembranças e temas que me acompanharam de que saí de Angola", diz o músico.
Músico precoce, aos 14 anos já enveredava por vários estilos musicais na cidade onde morava. A trajetória continuou na capital de Angola, Luanda, onde o caldo cultural ajudou a forjar parte da identidade do guitarrista, fascinado pelo blues rock dos anos 60 e 70, mas atento ouvinte da música brasileira e das tradições africanas.
Nuno Mindelis (FOTO: DIVULGAÇÃO)
O fim da ditadura de Antonio Salazar em Portugal, em 1974 , abriu as portas para os movimentos separatistas das colônias africanas, entre elas Angola.
No ano seguinte veio a independência, mas seguida de longas disputas pelo poder, culminando em guerras civis. Mindelis e a família, assim como muitos portugueses e seus descendentes, tiveram de deixar o país.
Foram dois anos entre Europa e Canadá até que o jovem Nuno reencontrasse o pai no Rio de Janeiro. O que era um reencontro familiar se transformou em nova vida, que tomou contornos definitivos com a mudança para São Paulo anos depois e a retomada da carreira musical, transformando-o em um dos pioneiros do blues por aqui.
Em um cenário que envolvia Celso Blues Boy, Blues Etílicos, forjou uma identidade musical que reuniu uma imensa quantidade de influências, sempre tendo o blues como base e carro-chefe, mas nem sempre trilhando o caminho mais fácil e óbvio, tornando-o um artista internacional reconhecido e admirado.
Não é por acidente que ganhou o apelido de "The Beast" (A Fera) nos Estados Unidos, a ponto de ser admirado e tietado por gente como Duke Robillard, extraordinário guitarrista norte-americano que é simplesmente um dos diretores de turnê de Bob Dylan.
Ovacionado há dois anos no Suwalki Blues Festival, na Polônia, uma apresentação que virou CD ao vivo, Nuno Mindelis um músico raro em busca de oportunidades, mas também de uma perfeição estilística que o transforma em referência.
"Angola Blues", a pandemia e a carreira literária abrem uma nova fase para o músico. O livro e o blues encharcado de world music são o diferencial de uma trajetória que extrapola os limites doa acordes de guitarra.
"É um privilégio ter condições de atuar em áreas diferentes da arte e da cultura e creio que as possibilidades são instigantes, mas é óbvio que sinto falta dos palcos. Estou muito otimista com a chegada da vacina e da retomada, ainda neste ano, dos shows e de uma certa normalidade em nossas vidas", torce Mindelis.
A pandemia precisa ser abreviada, pois é um pecado sermos privados de uma apresentação com as canções de "Angola Blues". "Muitas das canções que ouvi quando criança no rádio eram de artistas angolanos que cantavam no dialeto kimbundu, um dos vários do país. Procurei valorizar a cultura africana e angolana resgatando algumas dessas canções e compondo dentro desse espírito."
"Angola Blues" surpreende pela extrema musicalidade e pela total compatibilidade com o blues, que é um descendente direto de ritmos negros da África Ocidental que foram introduzidos nos campos agrícolas movidos a escravidão dos Estados Unidos a partir dos séculos XVIII e XIX.
O som é rico, denso e marcante, onde Mindelis, totalmente à vontade e em casa passeando pelos ritmos e melodias angolanas, desenvolve riffs e melodias inusitadas e levando o ouvinte a um mundo muito pouco conhecido no Brasil.
Se "Blues for Africa", de Adriano Grineberg, embute um certo espiritualismo por conta das experiências pessoais do artista, "Angola Blues" também traz um conceito filosófico, digamos assim.
"Eu sou da Terra. Todos nós somos terráqueos e deveríamos circular livremente pelo planeta sem restrições de conceitos políticos de fronteiras ou preconceitos ideológicos. Tem a ver com liberdade e com ideias de celebração, de felicidade", afirmou o músico.
São mais de 30 anos de carreira musical marcada por milhões de referências e uma diversidade estonteante para quem está acostumado à amarras dos gêneros musicais.
Sua guitarra limpa, delicada e elegante vai do blues tradicional ao blues rock texano, passado pelos ritmos eletrônicos, pelo jazz e pela música brasileira com autoridade. Seu respeito pela cultura nacional e sua música é tanta que chega a irritar tamanho é o seu conhecimento.
"Tive de abandonar uma coleção de mais de 2 mil LPs em Luanda, capital de Angola, por causa da guerra. Tinha muita, mas muita coisa de música brasileira que adquiri lá pelos anos 60. Gostava demais dos trabalhos de Jorge Ben (hoje Benjor), por exemplo", diz o músico.
Evidentemente, referências existem aos montes em "Angola Blues". Guitarras e teclados convivem em grande harmonia, omo em "Cabinda", que tem um ritmo africano-latino contagiante e solos de guitarra de extremo bom gosto.
O dueto com a cantora angolana Jéssica Areias é o ponto alto de refinamento da canção. Essa também é uma característica da ótima "Muxima", que traz a presença de Flora Purim, brasileira radicada há décadas nos Estados Unidos, onde é reconhecida como um ícone do jazz e da world music.
A canção é um autêntico blues em sua concepção, mas cresce, e muito, com a adição de um molho africano e o idioma kimbundu, ganhando uma dramaticidade a grandes clássicos soul e rhythm and blues de Nova Orleans.
A sofisticação da voz de Flora e dos solos de guitarra transformam completamente o ambiente de uma canção que poderia ser somente mais um blues.
E a festa sobe o tom com o quase blues rock "Brinca N'Areia", que flerta com vários ritmos africanos e caribenhos, com seu refrão único em português que celebra uma paixão do músico, a pria, dos tempos em que morou na capital angolana, Luanda.
"Monami Zeca" tem um balanço irresistível, com uma mistura gostosa de samba rock, blues e soul music, com algum tempero usado à exaustão pelos brasileiros do Bixiga 70. É mais uma faixa contagiante e que vai cair nas graças do público nos shows.
"País Tropical" é o seu tributo ao então Jorge Ben. A versão blueseira é cheia de suingue, reverenciando a original na percussão cariocamente malandra e precisa nos solos de guitarra maneiros, como se diz em alguns botecos do Rio. É um respiro da africanidade que caiu bem como encerramento do trabalho.
"É um passo importante e uma realização musical poder abordar esses temas, algo que sempre quis fazer", comentou o guitarrista.
Mais do que uma reparação histórica de uma lacuna abissal , ouvir blues africano tornou-se uma necessidade cultural diante de um mercado musical e fonográfico que tenta se reerguer e reinventar. Pouco difundida no Brasil, a música africana ganha um impulso gigante com o ótimo álbum "Angola Blues".
O grupo Nervosa liberou nesta terça-feira, 19 de janeiro, o clipe da música “Under Ruins”. Este verdadeiro petardo sonoro é mais uma amostra do álbum que a banda lançará oficialmente no dia 22 de janeiro, via Napalm Records.
O clipe foi filmado em Milão e contou com edição de Maurizio Del Piccolo.
“Perpetual Chaos” é o nome do disco, que mostra uma nova fase do grupo criado no Brasil.
O novo álbum é o primeiro do Nervosa após a implosão que chocou o mundo do heavy metal no primeiro semestre de 2020.
Agora como um quarteto (antes era um trio), a banda brasileira conta, além da guitarrista remanescente Prika Amaral, que é a líder do grupo, com uma vocalista, uma baixista e uma baterista.
Para o posto de vocalista Diva Satanica foi a escolhida. No baixo, o Nervosa tem Mia Wallace, que já tocou com Abbath, Hellhammer, Triumph of Death, entre outros. Na bateria, a escolhida foi Eleni Nota.
“Perpetual Chaos” foi gravado em Málaga, na Espanha, no Artesonao Casa de Grabación Studio por Martin Furia, que também mixou e produziu, com co-produção de Prika Amaral. A masterização foi feita por YarneHeylen.
O álbum é o quarto do Nervosa e estará disponível em diversos formatos.
No Brasil, o disco será lançado pelo selo Dynamo.
Antes do clipe de “Under Ruins”, o Nervosa já havia liberado o vídeo da música “Guided By Evil”. cuja divulgação também trouxe os detalhes do disco novo.
Se no primeiro clipe a impressão já havia sido boa, no vídeo de “Under Ruins” ela é ainda melhor, já que traz a banda afiadíssima e com um peso matador.
- A banda Drowned lançou um lyric vídeo para a música "The Red Needle". A animação e edição foi feita por Fernando Lima, as fotos por Jorge Pereira e a gravação mixagem e masterização por Marcos Amorim. O single faz parte do "Confinement by Sickness (The Quarantine Sessions)", EP com quatro faixas no melhor estilo das sessões musicais com ares mais caseiros, que foram criadas durante a quarentena. O registro foi feito durante os meses de isolamento e pode ser conferido em várias plataformas de streaming. Confira "The Red Needle" no YouTube: https://youtu.be/TdlGxrVcrVo
- O Brutallian lançou ontem pela série "Lockdown Sessions" o vídeo da música "Love Is Around the World (But the World)". Originalmente a faixa está presente no álbum "Reason for Violence" e conta com a participação de Vitor Rodrigues (Victorizer, ex-Torture Squad). Confira o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YoW_2Zror80
- Além das estreias próximas em duas séries de ficção, Jimmy London (ex-Matanza) está apresentando o programa Rock Estúdio (Canal BIS) e segue com as atividades com as bandas Rats e Matanza Ritual. Como se não bastasse, ele orgulhosamente apresenta o "Fabuloso Clube dos Músicos do Jimmy London", que começa no dia 26 de janeiro. A ideia é levar informação, de forma gratuita, aos artistas e produtores do mercado musical, que segue a passos (muito) lentos. O projeto conta com 22 workshops online, transmitidos ao vivo através do canal de YouTube de Jimmy London. Ali, Jimmy recebe seus convidados, profissionais da indústria musical reconhecidos por suas especialidades. Felipe Andreoli (Angra) fala sobre a internacionalização da carreira musical. Thiago DJ (89 FM) dá ideias de como se comunicar com rádios. Guilherme Guedes (Multishow / BIS) aborda a melhor comunicação para o músico. Damaris Hoffman (Honor Sounds) fala sobre produção de turnês internacionais. Daniel Ferro irá ajudar a entender o universo do videoclipe. Bruno Milk (Agência Milk) expõe sua experiência à frente de uma nova gravadora. A ideia de Jimmy é ajudar jovens artistas e produtores com dicas preciosas, afim de profissionalizar cada vez mais o mercado.
- O grito das ruas e periferias brasileiras ecoa forte ao som do rapper brasiliense Gog e a mistura pesada da banda paulista Asfixia Social, e o ano começa quente pra esses caras que levam à sério o rock e o hip hop em sua essência. Ao completar 30 anos de carreira, Genival Oliveira Gonçalves mostra porque é considerado o poeta do rap nacional, e o Asfixia Social traz as raízes da cultura de rua e do punk de forma visceral nessa nova parceria. A poderosa e atual canção "Assassinos Sociais" mostra essa fusão e a luta que corre quente nas veias dos artistas, escrita por Gog em 1994, ganha novos ares junto ao Asfixia Social e as participações de DJ Tano (Z'África Brasil) e o Selectah Carlos Peixoto (efeitos e teclados - Tequilla Bomb e Vibrações). A ideia surgiu após uma série de lives realizadas em 2020, onde Asfixia Social e Gog interpretaram "A Cara do Inimigo", sonzeira que deu início à parceria e que conectou os artistas ainda mais com este clássico do repertório de Gog. Kaneda Mukhtar, vocalista e trompetista do Asfixia Social, comenta que tanto a versão original de Assassinos Sociais (1994), quanto a versão do DVD Cartão Postal Bomba (2009) com o rapper Isaías, foram sempre de grande influência para a banda.
- O tecladista Eloy Fritsch anuncia a inclusão da música “Spacetime” – presente em “Cosmic Light” - na coletânea “Schwingungen - Radio Auf CD Nr. 308 / 01-2021”, lançada em CD físico pela gravadora alemã Cue Records, ao lado de outros nomes do Progressive/Ambient Music como Axess, Monnbooter, Divine Matrix, Pyramind Fread, dentre outras. Além disso, o tecladista está lançando um vídeo promocional para a música “Gravitacional Force”, presente em seu novo álbum, “Cosmic Light”, já disponível através da gravadora holandesa Groove Unlimited. Veja em https://www.youtube.com/watch?v=KiIUGLe4444
- Acaba de ser lançado o terceiro álbum da banda Ruins of Elysium, intitulado “Amphitrite: Ancient Sanctuary in the Sea”, onde a vocalista Föxx Salema participa da faixa “Okami: Mother of the Sun”. Composto de doze faixas, o álbum transita entre o Epic/Power Metal e o Symphonic Metal, e coube à vocalista a tarefa de retribuir a colaboração do vocalista Drake na música que dá título ao CD. Ouça “Okami: Mother of the Sun”: https://www.youtube.com/watch?v=wACTv4w4oUQ
- Madre Sun - Banda surpreende que surge dos escombros do trio Cavina. A banda é de Londres, mas é formada por três brasileiros e um guitarrista que é filho de Michael Schenker (UFO, Scorpions). "Speed of Light" é um EP com cinco músicas que vão do classic rock ao stoner, com um peso que remete aos melhores momentos de bandas como Mountain, Bad Company e mesmo Faces e Queen do comecinho delas. Matt (guitarra) e Eduardo Cavina (vocal e baixo) são de São José do Rio Preto (SP) e estão há algum tempo na Inglaterra. Formaram o trio Cavina com um baterista de origem latina, mas mudaram os rumos quando encontraram Tyson Schenker e o baterista Flipi Stipp, também brasileiro. É uma das boas surpresas do rock brasileiro em 2020. As melhores canções são "Trip Up the Sleeve" e "Black River".
- Drowned - Seguindo alguns padrões internacionais, a banda mineira Drowned compila as versões de clássicos do rock em um álbum depois do bem-sucedido disco ao vivo lançado em 2019. "Background Soundtracks Vol. 1" reúne 16 músicas, 12 delas lançadas, mês a mês, em 2020, em uma iniciativa bacana e interessante. Tem "Until It Sleeps", do Metallica, "Shout at the Devil", do Motley Crue, "Poison Heart", dos Ramones, e muito mais. Nenhuma versão é reverente a ponto de ser mais do mesmo. É um álbum bem pesado e mostra a ótima qualidade da banda.
- Dinnamarque - Uma banda de rock pesado que estreia como se estivesse passeando por palcos internacionais? De onde vem tanta qualidade? A banda é veterana, mas só agora labça seu primeiro disco, "One Spirit of a Thousand Faces". Da primeira à última nota, o grupo esbanja confiança e bom gosto em um som que mistura heavy tradicional, thrash, rock progressivo e mais algumas coisas, com arranjos interessantes e boas ideias melódicas. "Evil Celebrities", "Fight" e "Changes" são os destaques.
- Stone Age A.D. - Rock encorpado e classudo, de muita qualidade, lembrando bastante as bandas brasileiras King Bird, Silver Mammoth e Shadow Legacy, embora não tão pesada. Tem stoner rock, tem hard e rock and roll puro, tudo temperado com um molho bluesy que chama bastante a atenção. Dá até para ouvir alguns ecos de Black Crowes e Blackberry Smoke no ótimo CD "The Awakening of Magicians", com belas harmonias nas guitarras faiscantes e energéticas. "Acient Tradition" é o destaque.
- Justabeli - Metal extremo feito com bastante competência em "Intense Heavy Clash". O trabalho de guitarra é o destaque na faixa-título e os arranjos intrincados permeiam toda a obra. Tem potencial para se tornar um clássico do subgênero neste começo de terceira década do século.
- O Zethae acaba de disponibilizar em seu canal de YouTube, o novo videoclipe para a música “Lonely Gypsy”, gravada e lançada oficialmente no disco “Z3”. Composta pelos músicos Danilo Cardoso (guitarra/piano e vocal) e Júlio Goss (Bateria), contou com a participação de Gustavo Slomp (Corram Para as Colinas) nas gravações de baixo e também na apresentação ao vivo que teve as imagens captadas para o clipe lançado.O vídeo pode ser conferido em https://youtu.be/ZqZNRsSvEx0
- A banda de reggae Mato Seco se prepara para lançar no início de 2021, o EP “Carta da Humanidade para a Humanidade”. O disco trará uma coletânea de músicas, que estão de acordo com o atual momento que vive o mundo, a mensagem principal é clara, e traz esperança, paz e consciência humana sobre as pessoas e o nosso planeta. Em 2020 o Mato Seco completou 18 anos de carreira, e mesmo diante das dificuldades do ano conseguiu levar entretenimento e música de qualidade aos seus fãs de forma segura.
- A banda Kallimah confirmou que o novo single, "Regret", será lançado no canal oficial do YouTube da banda em janeiro. O material foi produzido em São Paulo no estúdio Loud Factory, responsável por trabalhos com Warrel Dane, Torture Squad, Semblant, entre outros.
- Eskröta - Mais uma banda feminina que manda muito bem no rock pesado, engrossando o caldo de um segmento que já conta com Malvada, Nervosa, Sinaya, Melyra, The Damnnation, Crypta, The Mönic e muitas outras. "Cenas Brutais" é brutal, com 11 porradas em 30 minutos de thrash metal, hardcore e muita cutucada na orelha e socos no estômago por conta dos temas sociopolíticos que teimam em turvar nossas vidas neste país infeliz. Cárcere", "Satanás", "Tribunal Popular", "Massacre"... é impossível escolher apenas um dois destaques.
- Goaten - Banda gaúcha que pratica um metal moderno que transita entre o heavy, o hard e o grunge, com altos e baixos no EP "The Following". Os acertos estão por conta das guitarras bem timbradas e pesadas; entre as coisas que podem melhorar está a produção, que precisa equilibrar mais o instrumental e os vocais, que estão um pouco abafados. "Nature of the Century" é o destaque do EP.
- Gueppardo - Nome forte da cena hard'n'heavy brasileira, só agora chega ao seu segundo álbum, "Execução Sumária", mesmo tendo prestígio no Brasil e em países do Mercosul. O som é pesado, mas as canções têm um apelo mais acessível, como a bela "Instinto Animal" ou a interessante "Código de Barras". Há também uma música cantada em espanhol, "Nada a Perder", e outra em inglês, "Living on the Road". Atirando para todos os lados? Pode ser, mas isso não invalida a qualidade deste interessante CD.
- Sepulchral Voice - Outra banda extrema que aposta na variação entre heavy tradicional, thrash e death metal, sendo que as guitarras são versáteis, muito pesadas e bem trabalhadas. "Evil Never Sleeps" abusa de muitos dos clichês do estilo, mas isso não depõe contra. "Blood Sacrifice" é melhor exemplo, deixando claro que a banda tem cacife para retrabalhar os sons característicos do estilo.
- Vikram - Nome importante do prog metal atual, é mais uma banda que incorpora elementos orientais em sua música, e o faz com muita competência, especialmente em relação aos sons do Oriente Médio. "Behind the Mask I" é contagiante por conta das melodias bacanas criadas em uma base instrumental sólida. É a primeira parte de uma trilogia que narra a vida de Nathaniel Frost, cientista e pesquisador importante na história da humanidade. É um trabalho com estofo e densidade, altamente recomendável.
- Com a boa aceitação ao EP de estreia, "The Rise of Heresy", em todo o mundo, a banda The Troops of Doom resolveu presentear seus seguidores com uma versão para "Morbid Visions", faixa-título do primeiro álbum do Sepultura. Após apresentar, além das faixas autorais, versões de "Bestial Devastation" e "Troops of Doom", o guitarrista Jairo "Tormentor" Guedz explica que a escolha de mais uma regravação de uma música de sua autoria junto com o Sepultura não é mera coincidência. "Entre várias outras músicas, essa obra tem um sentido maior para mim, pois representa um ciclo novo na minha vida ainda naquela época. Vínhamos de um EP com menos qualidade de produção ('Bestial Devastation'), e de um ano de experiências boas e ruins que nos trouxe (Sepultura) a um full-length de maior qualidade sonora. 'Morbid Visions', representado aqui pela faixa-título, é um divisor de águas na minha carreira musical. O disco teve maior aceitação, ainda carregando a assinatura e personalidade da banda naqueles tempos", explicou o guitarrista. "A partir de 'Morbid Visions' que começamos à frequentar as pick-ups de fãs e produtores, managers e fanzines, músicos e críticos ao redor do mundo. Tenho orgulho de poder trazer de volta uma obra de tamanha importância para os dias de hoje nas mãos do The Troops of Doom. Agora é daqui para frente... Aguardem o álbum full em breve", acrescentou Guedz. Ouça a versão de "Morbid Visions" em https://youtu.be/ztqxzA-qhRk
- O baterista Caio Gaona, que integra as bandas Triscore, In Vida e Vallöry, e é conhecido como "Geek Batera" por apresentar temas musicais de filmes, séries, animes e games, lançou "Rise Above Pain", sua nova música autoral. A faixa, produzida e arranjada por Luis Bianco (Stereo Scream) e cantada por Bridy (ex-Esteban Tavares e Evered), é inspirada no personagem O Corvo, imortalizado na pele do saudoso ator Brandon Lee na adaptação dos quadrinhos de James O'Barr para o cinema. Confira o lyric video de "Rise Above Pain" em https://youtu.be/S0dx20xLcpw. "Rise Above Pain" faz parte de um novo projeto de Gaona, o 'Comics Songs', em que o baterista pretende lançar composições autorais inspiradas em personagens da cultura pop.
- Silent Skies, O projeto colaborativo entre Tom S.Englund, da banda sueca Evergrey, e o pianista clássico Vikram Shankar já rendeu frutos com o lançamento do primeiro álbum "Satellites". O duo, no entanto, continua trabalhando para entregar experiências musicais diferentes. Os dois publicaram recentemente um novo videoclipe para a música "Here Comes the Rain Again" - um dos sucessos mais icônicos da dupla Eurythmics, uma das maiores e mais bem sucedidos duos pop da história da música. A versão do Silent Skies para a canção torna o clássico dos anos 80 mais emotivo, conduzido pela terna execução do piano de Vikram Shankar e a voz carismática de Tom S. Englund. Veja e escute em https://www.youtube.com/watch?v=rrpUny8yKcM.
- Institution - Pancadaria no mais puro nível insano, com o hardcore em português comendo solto em letras de cunho social e político. Lembra um pouco a verve pesada e veloz do Surra, mas aqui a banda coloca um pouco de melodia nas nove músicas de "Ruptura do Visível". Uma porrada que em breve colocará o nome da banda entre as principais do hardcore nacional.
- Basttardos - Hard rock honesto e confiável, misturando bem o sarcasmo com doses de papo sério. Banda bacana, e "Nós Somos o Bando" soa descompromissado, de certa forma, mas é apenas aparência. Há boas doses de humor, mas também há climas sombrios, como em "O Coveiro" e "Livrai-os do Mal". Há até rock rural, com a curiosa "Homem do Campo", que lembra o Matuto Moderno. Variado, esse disco chama a atenção pela simplicidade e pela qualidade.
- Distort - Thrash e death de boa qualidade nesta banda que traz Cristiano Fusco, ex-guitarrista do Torture Squad. "New Terror Against Greed" é praticamente uma regravação de um trabalho da banda lançado há muito tempo e é uma senhora porrada. As guitarras comandam tudo e moem o cérebro em fixas como "Mad As a Hatter" e "Shotgun". Um retorno e tanto.
- Navighator - Este ambicioso projeto do tecladista Marcos Medina é uma das boas novidades do metal nacional. O álbum "Navighator" traz uma série de canções progressivas e pesadas, onde a versatilidade é uma das características. Há muitos convidados, mas o destaque mesmo são os teclados bem balanceados e composições muito bem feitas, como "Waves".
- Vulcane - Grupo do interior de São Paulo (São João da Boa Vista) que mostra qualidades em seu thrash metal violento e progressivo, onde o EP "Hunger for the End" surpreende por trazer uma história conceitual curta, mas interessante. As guitarras berram alto o suficiente para não deixar nada no lugar e a parede sonora da seção rítmica demonstra qualidade e força para empurrar a banda à frente. A melhor música é "Stay Strong".