domingo, 30 de junho de 2024

A era da perversidade

 A crise social pode ser amenizada, mas a mora, nunca. E esta costuma er eterna e "insolúvel". .Em um momento em que o ódio permeia os relacionamentos sociais, o pior do ser humano aflora e define os caminhos que a humanidade tomará. E esses caminhos são os piores possíveis.

Com ódio, propalado e propagado em sua maioria por extremistas de todos os tipos, vem a perversidade, uma característica frequentemente associada, com razão, à extrema-direita, que tem horror à liberdade de expressão, de opinião, de imprensa e a tudo que , cheire a progressismo. 

São tempos difíceis, onde gente ignorante, e todo os tipos, aplaude quando o legislador propõe que a vítima de estupro seja criminalizada e condenada a uma pena maior que a do estuprador caso faça o aborto, ainda que legal; que vibra quando o legislador equipare usuário de drogas a traficante e que torna crime a posse de uma grama de qualquer substância considerada il[icita.

A perversidade conservadora abjeta desceu alguns graus na escala de degradação em Sçao Paulo. Um vereador da pior estirpe propôs um projeto de lei que pretendi inibir a doação de comida para sem-teto na cidade, chegando ao ponto de estabelecer multa de até R$ 17 mil para que fosse "flagrado" alimentando mendigos e desvalidos. 

A ideia imoral e escandalosa foi aprovada em primeira votação, mas foi denunciada. A repercussão foi tão rui que o recuo tornou-se necessário. Até o ´refeito Ricardo nunes (MDB), conservador e candidato à reeleição, torpedeou o projeto, irritando os bolsonaristas que o apoiam.

Nos bastidores, a explicação era de que o projeto visava ordenar e organizar a distribuição de alimentos na cidade para diminuir a sujeita e, supostamente, fiscalizar a qualidade do que era doado os famintos. 

O problema é que extremistas de direita teriam se apropriado do texto para atacar instituições de caridade, quase todas associadas à esquerda. Um dos alvos seria o padre Julio Lancelotti e seu elogiado trabalho assistencial de combate à fome de sem-teto na zona leste. 

A burrice perversa dessa gente é tão grande que conseguiu irritar o prefeito, que trabalha com muitas das instituições assistenciais. Também tem atividades em conjunto com o padre, que é referência na doação dde alimento  aos mendigos, para desespero da elite calhorda paulistana que detesta pobre e "desperdício de dinheiro e tempo com essa gente', como verbalizou certa vez um vereador evangélico

Para essa gente perversa, vale tudo para atacar o padre e seu belo trabalho, as ONgs (organizações não governamentais) e pessoas que se preocupam com uma das maiores mazelas sociais da maior cidade do continente. 

Os tempos sombrios são uma tônica nos último anos, e não surpreende  que um oficial da Polícia Militar, do batalhão de elite que é o mais letal da história da instituição, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias dde Aguiar) tenha sido indicado, e aceito, como candidato a vice-prefeito de Ricardo Nunes. O coronel Ricardo de Mello é o mesmo que disse que as abordagens policiais nos Jardins (área nobre da cidade) precisam ser "diferentes" das realizadas nas periferias...

É difícil medir o tamanho da perversidade quando se quer proibir doação de alimentos a quem tem fome ou a forçar uma criança de de\ anos a parir um bebê fruto de estupro.  

A guinada para as trevas m 2024 só pode ser explicada pela disseminação da ignorância a níveis nunca vistos. E a ignorância está diretamente associada á religião, desde sempre um câncer na humanidade. 

Fundamentalismos de todos tipos, mas principalmente os muçulmano e cristão-evangélico, fazem a apologia do ódio e do preconceito, discriminando o diferente  e enfatizando que a diferença é motivo para banimento e segregação. Essa é a gênese da perversidade dos projetos de criminalização do aborto, do porte de pequenas quantidades de drogas e, agora, de quem doa alimento par sem-teto famintos. 

No curto prazo, a perversidade funciona como arma política e ideológica, poi arrebanha uma quantidade de frustrados e fracassados que culpam o mundo por seus infortúnios. 

No prazo mais longo, serve de ferramenta para o estabelecimento do ódio como política de Estado e erosão da democracia. É uma receita básica e clássica do fascismo que tanto encanta os seres abomináveis que abraçam o bolsonarismo,. Não será fácil nos livrarmos dessa doença perniciosa.

C peso e epolgaão, Ego Kill Talent consolida nova formação nos palcos

Se o ego costuma matar  o talento, então esqueceram de avisar aos integrantes da banda paulistana Ego Kill Talent, que está em leno processo de gravação de um novo trabalho e bastante afiada para mostrar as novas músicas os palcos.

Nos dos shows que a banda fez no Sesc Avenida Paulista no fim de junho o que mais teve no palco foi ego inflado, mas no bom sentido: o agora quinteto transbordou energia e orgulho por estar ali. Era o talento aliado ao ego para fazer bom rock  an roll.

Por mais que caminhe para dois anos à frente da banda, a vocalista Emmily Barreto ainda carrega o estigma de "nova" integrante, o que não é ruim, na atual circunstância não é ruim, a julgar pela tamanha empolgação com que a moça cantou e se divertiu. Ela deu uma outra dinâmica para a banda..

O hard rock da Ego Kill Talent ainda permanece, com um som pesado ao vivo, mas agora tem a aura de "som alternativo', o que expande o universo da band, agregando um público diferente e 
bem antenado. A banda está em franco crescimento..

Descontração e despojamento deram o tom das apresentações com ingressos esgotados, como som das guitarras muito bem d1finido e uma bateria marcante, embora um pouco alta demais em um ambiente pequeno como o13º andar do imponente prédio do Sesc. 

Mesmo com apenas dis álbuns e alguns EPs, a Ego Kill Talent já tem um portfólio de respeito para apresentar a uma base fiel de fãs. 

"Call Us By Her Name' é o hit recente mais óbvio, já com a cara de Emmily, mas tem outras boas canções que funcionam ao vivo, como "Still here" e "We Move as One', enquanto que o lado mais rocker fica mais evidente com "The Reason" e " Last Ride".

Corajosa, a banda ainda brindou o público com "My Uninvited Guest", uma canção inédita tocada ao vivo pela primeira vez -o título é provisório, mas a canção estará no próximo álbum.

Com garra e boas canções, a Ego Kill Talent está com o nome consolidado no mundo alternativo e já trilha caminhos auspiciosos com a presença de Emmily Barreto nos vocais. O talento predomina sobre o ego e isso faz muita diferença para as bandas que pretendem faz rock pesado sem cair na obviedade .

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Best of Blues and Rock celebra as guitarras eo 'blues festivo'

 Um festival para celebrar as guitarras e o blues ock, gênero que alvez mais cresça atualmente entre jovens cansados da pouca inspiração que domina o mundo pop e  rock de de viés mais clássico. E coube aos veteranos dar o tom na 11ª edição do Best and Blues and Rock, que rolou em algumas capitais brasileiras. 

Se em 2024 tivermos Buddy Guy como grande atração e Tom Morello (ex-Rage Against the Machine) como um toque mais "xperimental", neste ano rock meio que predominou, ainda que com imensas pitadas de blues.

En a scalação não oderia ser mais feliz em São Paulo, com Eric Gales, Hoe Bonamassa e Zakk Wylde miaturando técnica, feeçing e extremo bom gosto - no Rio de Janeiro, tiverama  companhioa de Kiko Loureiro, guitarrista de heavt metal que, em trio, mostrou seu trabalho solo instrumental voltado para o jazz, ára o rock e para ritmos brasileiros.

Loureiro é um dos mais renomados instrumentistas da atualidade no mundo e manteve intacto o prestígio ao sair da banda norte-americana Megadeth no ano passado. Exerceu no palco toda a sua liberdade e mostrou diversas influências, indo do jazz ao metal pogressivo sem a menor dificuldade.

Egresso da banda paulistana Angra, contou dois ex-colegas, Bruo Valverde (bateria) e Felipe Andreoli (baixo) para iniciar uma longa turnê brasileira e foi aclamado no palco de sua terra natal - o show que os cariocas viram serpa repetido em várias capitais, sendo que em algumas delas haverá convidados especiais, como o baixista Luís Mariutti (ex-Angra, Shaman e atual Siistra) e o cantor Alírio Netto.

No sábado quente e ensolarado de inverno paulistano, o festival começou de forma nostálgica em uma mistura estranha, com duas atrações punks, ou de inspiração punk, para esquentar o dia. 

O CPM 22 foi bem com seu jardcore melódico, transformando a curiosidade de um público pouco acostumado à quele som em aplausos sinceros  de reconhecimento pelo esforço e pela vontade com que a banda tocou, Para muitos, estavam deslocados, mas cumpriram bem o seu papel.

Di Ferrero, vocalista do NX Zero, realçou a sua veia mais pop e não teve a mesma recepção dos amigos do CPM 22, mas foi uvido com re´speito e algum entusiasmo por fãs que se aventuraram no festibal de blues. 

O grosso do público que começou a lotar o Parqe do Ibirapuera queria mesmo era vibrar com o som pesado e virtuoso do norte-americano Eric Gales, uma atração habitual em festivais brasileiros, tanto que ele não hesitou em tentar frases em português e declarar que o Brasil é a sua segunda casa.

O show foi extraordinário, com o blues funkeado tomando conta do ambiente, com metade do repetrtório baseado no mais reente álbum, "Crown", que foi produzido pelo amigo Joe Bonamassa, que entraria no palco a seguir. Esperava-se uma jam session entre os dois, mas o próprio Bonamassa descartou, na entrevista coletiva das 16h30, por pura falta de tempo.

Canhoto e cheio de referências, Gales abusou das firulas, mas com extremo bom gosto e colocou o público que já lotava a parte extrena do auditório para dabçar. 

A pegada funk deu o tom do show, mas, curiosamente, foi um épico do blues que emocionu a todos: "Too Close to the Fire", com as noutas musicais encjarcadas de um feeling absurdo entrando por todos os poros da pele. Mais do que uma balada blues, é um blues puro, daqueles de que decompror paredes de tão espetacular. 

A versão funkeada do clássico "Smokestack Lightining, de Howlin' Wolf, foi um bvelo aceno ao tradicional, mas ele ganhou mesmo a plateria no final com suas prórias versões em um medley de clássicos do rock: "Kashnir" (Led Zeppelin), ""VoodooChild" (Jimi Hendrix) e Back in Black" (AC/DC).

Joe Bonamassa teve mais do que a hora destinada a Gales e soube usá-la muito bem. Se o americano de NOva York não manifesta a mesa descontração do carismático Gales, entrega um show preciso e estupendo, dosando feeling e técnica esmerada.

Não é à toa que é o maior nome do blues da atualidade, fazendo um equilíbruo perfeito entre rock, blues e gêmeros mais americanos do que todos, como country e soul.

Com domínio completo do palco, Bonamassa tocou um dia depois do lançamento mundial de mais um álbum ao vivo, "Live at Hollywood Bowl", com orquestra, gravado em 2024 em Los Angeles. 

Os shows de sua terceira passagem pelo Brasil fazem parte da turnê de divulgação do álbum "Blues Deluxe Vol. 2". mas o repertório foi um pouco diferente, mas expandido e com algumas surpresas. Privilegiou músicas mais dançantes, mas não abriu mão do já clássico hit recente, "Self Inflicted Woinds", um blues épico de abalar as estruturas.

Teve também a ótima "I Know Where I Belong", que sacudiu o local, e a bela peça de resistência "The heart That Never Waits", oitro hit recente de sua carreira solo. Entre os clássicos do blues, encantou ao executar "Double Trouble", dde Big Bill Broonzy, e "Twenty Four Hur Blies", a principal canção de "Blues Deluxe Vol. 2), uma canção de Bobby Bland.

Muitos imaginavam que i estrondoso show de Joe Bonamassa colocaria Zakk Wulde em dificuldades, mas isso não aconteceu. O guitarrista amricano de metal, que ficou conhecido por tocar com o cantor Ozzu Osbourne (ex-Black Sabbath) e com sua própria banda, o Black Label Society, subiu ao palco com o jogo ganho.

O nome mais estranho do Best od Blues and Rock mostrou-se uma esclaação acertada, já que a amioria do público foi para vè-lo tocar. Deixou sua banda oficial de lado para tarzer ao Brasil o Zakk Sabbath, em que faz releituras de clássicos da primeira fase da banda inglesa, à qual venera.

Houve quem chiasse pelo fato de que a principal atração fosse uma banda que fizesse "versões do Black Sababth, aidna que de uma forma diferente. Sem muitas cocnessões, Sakk Wykde desfilou canções que foram cantadas por seu antigo patrão com um peso adicional,e muita distorção, adapatando as músicas para o estilo "BlackLabel".

O repertório foi baseado no álbum do projeto, que foi lançado no começo deste ano, e a apresentação não tinha como dar erado. "Supernaut" e "Snowblind" anriram, o show e a plateia foi ao delírio. A partir de então todos cantaram a pelnos pulmões quase todas as canções.

"Children of the Grave", presadíssima, arrancou lágrimas, assim como "N.I.B" e seu tenebroso riff, e a gloriosa "War Pigs", uma da canções mais conhecias de todos os tempos. E ainda teve "tomorrow's Dream", "Into the Void", "under the Sun", "Fairies Wear Boots"...

O que parecia estar deslocado em um festival de blues acabou agradando e ostrando que o evento, com nova roupagem e um conceito diferente, agradou, e muito, mesclando o blues rock tradicional de dois gigantes com uma pitada de classic heavy metal com cara de "banda cover". Foi um dos eventos mais interessantes em São Paulo nos últimos anos .

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Cavalera lança a regravação de 'Schizophrenia'

A banda Cavalera tornou-se sinônimo de metal extremo, um nome que até hoje é reverenciado, um legado familiar construído sobre décadas de agressividade musical. 

Em 2023, Max e Iggor Cavalera realizaram o que alguns diriam ser impossível: revisitaram seus primeiros lançamentos, "Morbid Visions" e "Bestial Devastation", e os regravaram com uma intensidade de quebrar ossos. Um risco que poucos ousariam tentar, mas eles alcançaram com arte e proficiência seu som cru característico por meios que só poderiam ser descritos como mágicos ou uma viagem no tempo.

Hoje, a banda lança o capítulo final de sua trilogia dos primórdios, "Schizophrenia". O álbum icônico em termos de thrash e death metal, é um nome familiar para aqueles de nós que se dedicam ao metal extremo. Foi o ponto em que os Cavaleras refinaram suas músicas sombrias, sujas e influenciadas pela velocidade, em algo um pouco mais maduro, desenvolvido e técnico.

Para celebrar o lançamento, a banda oferece aos fãs um novo single, “Nightmares Of Delirium”. A música é um bônus para o álbum histórico de 1987 e apresenta letras do filho de Max, Igor Amadeus Cavalera.

Max Cavalera declara: “‘Schizophrenia’ esteve trancado em um hospício por quase 37 anos. Estou muito orgulhoso de trazê-lo para o futuro com um som moderno sem perder sua mentalidade da velha guarda. Completo com uma nova faixa bônus, ‘Nightmares of Delirium’, criada especialmente para este álbum. Thrash até a morte!”

Iggor Cavalera comenta: “Olá, headbangers… Mal posso esperar para que todos vocês ouçam nossa versão regravada de ‘Schizophrenia’. É um trabalho de suor e amor… Vejo vocês no pit.”

Os irmãos Cavalera, conhecidos por suas colaborações, convidaram Travis Stone (Pig Destroyer) para assumir as guitarras no novo álbum, uma escolha evidente desde os primeiros acordes. Completando a formação, outro ex-membro retorna à família: Igor Amadeus Cavalera (Go Ahead and Die, Healing Magic) no baixo, consolidando uma cozinha rítmica poderosa e vibrante ao lado do irmão Iggor.

Crentes de que as músicas mereciam uma sonoridade moderna, os Cavalera regravaram o álbum Schizophrenia entre 15 de abril e 5 de junho de 2023 no Focusrite Room, em Mesa, Arizona. A mixagem e masterização ficaram a cargo de Arthur Rizk (Soulfly, Go Ahead and Die, Turnstile).

A icônica capa, que há décadas fascina fãs, também foi revisitada. Nenhum detalhe foi deixado de lado: a arte original foi cuidadosamente restaurada em aquarelas pintadas à mão por Eliran Kantor.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

David Gilmour traz filha Romany aos vocais da música ‘Between Two Points’

 Do site Roque Reverso

David Gilmour convidou a filha Romany Gilmour para os vocais da música “Between Two Points”, mais uma amostra do novo disco que o eterno vocalista e guitarista do Pink Floyd lançará no segundo semestre de 2024. É uma versão repaginada da canção da dupla britânica The Montgolfier Brothers.

A música chegou aos fãs no dia 17 de junho por meio de clipe em preto e branco que contou com direção de Gavin Elder e que traz a bela Romany como a atração principal.
 
Na música, além dos vocais, ela participa tocando harpa. O disco “Luck and Strange” chegará oficialmente aos fãs no dia 6 de setembro via Sony Music.

Gravado durante cinco meses em Brighton e Londres, é o primeiro álbum com material novo de Gilmour em nove anos.

O disco, que sucederá “Rattle That Lock”, de 2015″, foi produzido por David e Charlie Andrew, mais conhecido pelo trabalho com ALT-J e Marika Hackman.

A maioria das letras do disco foi composta pela esposa de Gilmour, Polly Samson, coautora e colaboradora nos últimos trinta anos.

“Luck and Strange” traz oito faixas inéditas, junto com uma reformulação de “Between Two Points” e conta com arte e fotografia do renomado artista Anton Corbijn.

Os músicos que contribuíram para o disco incluem Guy Pratt e Tom Herbert no baixo, Adam Betts, Steve Gadd e Steve DiStanislao na bateria, Rob Gentry e Roger Eno nos teclados com arranjos de cordas e corais de Will Gardner.

A faixa-título também traz a participação do falecido tecladista do Pink Floyd, Richard Wright, gravada em uma jam em 2007, em um celeiro na casa de David.

A primeira música do álbum apresentada foi “The Piper’s Call”, que chegou com clipe no fim de abril.

https://youtu.be/A9qdvkx9E3o

Sandra Coutinho, das Mercenárias, ressalta a importância do pensamento libertáqrio

 A arte é combate, e precisa sempre se reinventar e cutucar. parece óbbvio, mas essa obviedade precisa sair da boca de uma artista atuante e lúcida como Sandra Coutinho, baixista integrante da banda As Mercenárias e que celebra 43 anos de carreira.

Inquieta, insatisfeita e muito antenada, a musicista participou do programa de YouTube Alt Cast, apresentado por mauticio Gaia, integrante deste Combate rock, e José Antonio Algodoal, guitarrista da banda paulstana Pin Ups. 

Sua trajetória como integrante das Mercenárias e musicista é um exemplo de luta e resistência da arte em tempos difíceis mas, mais do que isso, e um libelo a gavor da arte como ferramenta crucial paradifundir ideais e apoiar a democracia.

Na convesa descontraída com os dois comunicadores, Sandra discorreu sobre a sua atuação como musicista underground, com passagens pelas bandas Smack e Act, além das Mercenárias, e sobre a vida na Alemanha por 14 anos, fato que ajudou a dar um caráter mais amlo ao seu trabalho musical.

Um aspecto que chamou bastante a atenção durante o programa foi oorgulho de que a artista demonstrou por sua música e sua trajetóriam seja nosanos 80, quando interous os movimentos punk e pós-punk, seja na atuaidade, onde mantém viva a chama com as Mercenárias em atividade.

"É um privilégio poder fazer música dentro de uma estética que ainda considero inovadora, contestadora e original. E pensar que a minha banda sód e garotas fez isso ká nos anos 80", relembra Sandra.

Ela comentou também sobre as grandes parerias que fez com Edgard Scandurra, guitarrista do Ira que chegou a tocar bateria com as Mercenária, com o amigo Clemente Nascimento, guitarrista e vocalista das bandas Inocentes e Plebe Rude, com os irmãos Thomas e Rainer Pappon e ainda com o mítico Pamps, com quem tocou no Smack.

Sandra Couti8nho encanta não só por sua trajetória importante no rock nacional, mas or sua lucidez e intgridade artística e cultural, em que o passado de ativista política - foi integrante do gripo Libelu no final dos anos 70, um grupo de esquerda relevante dentro do espectro nderground político-estudantil - teve impacto direto e fundamental em sua vida e em seu trabalho.

https://www.youtube.com/watch?v=c2TLa1DtYyw

A luta de Paulo Miklos na melhor fase de sua vida

O palco é muito pequeno para uma mente inquieta que costuma se transformar em bandido em um filme, e em Adoniran Barbosa em outro. E issoé base da vida de um músico que recusa rótulos como Paulo Miklos, ex-Titã que vive a fase mais espendorosa de sua carreira solo.

Aos 65 anos de idade, o cantor, guitarrista e saxofonista está com umdisco ao vivo na praça e engata uma série de projetos cinematográficos , além de saborear o estrondoso sucesso do projeto "Titãs Encontros", que reuniu os sete titãs remanescentes em turnê emmorável.

"É uma época mágica, em que muita coisa acontece e que me dá enorme prazer", disse o músico durante entreista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "É extraordinário que as pessoas ainda tenham a mete aberta para curtir músicas e projetos diferentes em tempos de radicalização."

A sua empolgação para falar de "Titãs Encontro" é explícita, mas garante que o ciclo se encerrou, "Parecia que tínhamso voltado aos anos 80, o clima estava ótimo, efervescente. Nos sentimos vivos e criativos novamente. Claro que precisávamos disso, mas era um projeto limitado e temporário, com data para acabar."

De bem com a vida e eloquente, mesmo nos temas mais espinhosos ele manteve umtom positivo. Não se furtou a aabordar a questão política na música brasileira depois de tempos tão tenebrosos quando os quatro anos de desgovermo e etrocessos da era Jair Bolsonaro.

De forma polida e elegante, Miklos se mostrou espantado com a guinada generalizada á direira specialmente nomeio da música popular, qyeue antes era combativa e com atitude de contestação. 

“Ccomecei a ouvir as músicas dos caras e pensar: ‘Mas espera aí, já era assim antes? Então eu entendi errado’. Isso aconteceu demais, aconteceu entre as famílias, aconteceu entre os amigos. Acho que foi uma crise ética, política, que exigiu das pessoas. Também [aconteceu] essa coisa da onda das fake news na rede social. Houve essa cisão extrema e maluca”, analisou o cantor.

E ele pode falar de cátedra, já que fez parte de uma geração musical de alto calibre em termos de qualidade e expressão politica. E Titãs, com o álbum "Cabeça Disnossauro", de 1986, esteve na vanguarda do movimento artístico.

“Eu não briguei especificamente com ninguém nestes tempos duros e difíceis, porque eu achei uma perda de tempo. Na minha própria rede social, eu faço uma higienização, sabe? Eu dou um ‘block’ geral, o cara falou alguma coisa", diz Miklos. "E tem alguns [perfis] que eu vou visitar. Penso: ‘espera aí, esse cara está meio estranho, deixa eu ver, esse comentário não é muito legal’. Eu vou lá no perfil pra ter certeza antes de bloquear.”

Asissta abaixo a íntegra de Paulo Miklos no programa Roda Viva: 

https://www.youtube.com/watch?v=k2THcTsx9sg&pp=ygUMcGF1bG8gbWlrbG9z

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Chico Buarque, 80 anos: o rock reverencia o criador das 'óperas-sambas'

 Ele é autor de óperas pop de grande repercussão, akem de escrever livros e passear por outras mídias, tormando-se referência cultural de seu temo em seu país. as trajetórias de Chico Buarque e Pete Townshend (guitarrista da banda iglesa The Who) são repleta de semelhanças e representam o que de melhor a cultura nos porporciona na atualidade.

Chico Buarque completou 80 anos e continua relevante, assim como Townshend, que tem 79. São dis artistas parecidos pela forma como produzem e como encaram a vida e de como se sentem inadequados em apenas uma atiidade.

Seja no samba ou na MPB, Buarque causou estranheza quando deidiu apresentar suas "ópers", ou operetas, contando historinha do cotidianho de forma épica e bem construída. seria uma noba forma de arte aquela "Ópera do malandro", que guardava semelhança com trabalhos dos alemãaes Bertolt Brecht e Kurt Weill?  E o que dizer de "roda Viva"?

A mesma estranheza surgou quando Pete Townshend apareceu com "Tommy" em 1969, contando em música a saga do menino ceso, surdo e mudo que se tornou campeão de flieprama e líder mundial de uma seita religiosa. Estaria ele ficando louco?

Townshensd já brincava com o conceito um pouco antes, com a suite "Rael" e e a peça "A Quick While, He's Away", uma colcha de retalhos/músicas que compunham mosaicos onstigantes de ideias.

Chicodesde cedo se tornou um cronista da vida urbana que entalhava canções com rara beleza poética, imprimindo no samba temas até entãio pouco visos. Suas "óperas-sambas"lhe conferiram uma aura de compositor quase erudito e a fama de artista diferenciado, da mesma forma que ococrreu com Townhend em Londres naquee final de anos 60.

Chico Buarque, artista pop por excelência, chega aos 80 anos gigante e ostentando uma trajetória que poucos na história da arte ocidental podem apresentar. 

Apesar de algumas semelhanças, é difícil traçar grandes paralelos entre "Tommy", de The who, e "òpera do Malandro" ou "Roda Viva".  Mas é incróvel a sintonia com que as carreira dos dois artistas mostrou 

Ficar escrevendo o tamanho do impacto que a obra de Chico Buarque teve e tem é desnecessário. Aos 80 anos, percorre ainda hoje os passos imensos que o transformaram em ícone pop. 

"Ópera do Malandro" tem o mesmo impacto que "Tommy" para o rock - cultura, inteligência e excelência acima de tudo. Que privilégio o nosso oder desfrutar de tamanha obra de qualidade. 

terça-feira, 18 de junho de 2024

Malta Rock Bar: tragédia rompe a blindagem da violência no rock

 A revitalização do rock na cidade de São Paulo depois da pandemia de covid-10 passa necessariamente por dois nomes, de dois estabelecimentos que se tornaram icônicos da cidade: The Metal Bar, em Pinheiros, na zona oeste, e Malta Rock Bar, no lime da Praça da Árvore e Sáiude, na zona sul. 

Depois de muito tempo, locais para o rock autoral ser executado em palquinhos davam as caras e se tornaravam pontos obrigatórios para quem gostra de ock com mais profundidade, relembrando os grandes bares como Blackjack, Blackmore, Brittania, Carbono 14 e muitos outros.

É difícil medir importância do Malta ERock Bar depois da pandemia, ainda mais depois do crime que vitimou o seu roprietáriom Carlos Monteiro dos Santos, o "Nenê", morto a golpes de canvete desferidos por um frequentador  no sábado, dia 15 de junho.

Lugar pequeno, intimista, com um cardápio simples, mas com boas opções de cervejas artesanais, o Malta gnhou fama muito rápido como um lugar agradável e ideal para ouvir boa música, respirarmercado musical e fechar negócios dentro do meio - exatamente como o seu bar irmão, o Metal bar.

O clima ficou tão bacana que o Malta começou a ser muito requisitado para eventos, seja para lançamentos de Cds ou DVDs, clipes e workshops, inclusive internaionais . 

O cantor americano Jeff Scott Soto, que vive tocando no Brasil, fez palestras e eventos sobre voz e técnicas vocais no bar. Ficou amicíssimo de Nenê, e mostrou-se chjocando e emocionado nas redes sociais quando soube do assassinato. 

Só isso é suficiente para mostrar a dimensão da importância que o Malta Rock Bar adquiriu na capital paulista. O clichê é pertinente: preencheu várias lacunas.

Como pode então um lugar tão especial estar correndo o risco de, subiutamente, deixar de existir por causa de um dejeto humano que decidir perpetar uma tragédia?

O tmanho da tragédia do assassinato para o mundo do rock ainda não é possível de ser medido. nenÇe tentava defender uma de suas funcionárias de um assédio sexual quando o criminoso sacou um canivete e o ataciy, com rudas estocadas no percoço. 

O bandido foi dominado em seguida, agredido e detido por policiais miliraes. Está preso de forma preventiva. aos 34 anos, respondeu a vários processos na Justiça, pasosu um tempo detido e, aparentemente, mostrou algum distúrbio menal. Estava claro que foi ao bar para arrumar confusão.

Chama a atenção o fato de o bar não ter seguraqnças específicos, o que mostra como Nenê encarava o trabalho - uma casa aberta e onde a amizade e a paz repdominavam. Os frequentadores mais assíduos dizem que nunca havia ocorrido coisa parecida no local.

São tempos difíceis, em que a violência e a intolerância são as tônicas de um cotidiano deturpado. Não estamos mais seguros nem emsmo no confinamento dos bares do rock, ambientes considerados quase que blindados diante da isnanidade que domina grandes eventos e locais mais amplos.

Alem disso, cai por terra aquela noção de que a violêiacia sempre foi característica de bares e casas noturnas associadas a outros gêneos musicais, como pagode, rap e sertanejo - coisa que corre devido aos casos noticiados com frequência na imprensa.

Com a violência generealizada e a intolerância diária, torna-se nevessário redobrar os esforçoes e as atenções para os ambientes outrira civiliados para extirpar as chances de repetição da trag´dia do Malta. 

Se houver possibilidades e a família tiver forças, é preciso que o malta Rock Bar continue existindo, não só como homenagem a Nenê, mas como um tributo ao rock e um símbolo maior de resistência. 

Em um mundo com guerras e gnocídios diversos, o rock precisa sobreviver e esperamso que o Malta contiue como forma de mostrar que somos maiores do que a violência.

https://revistaforum.com.br/brasil/2024/6/17/amigo-de-nen-dono-do-malta-rock-bar-morto-em-sp-perda-para-metal-paulistano-160666.html

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Siegrid Ingrid valoriza a resistência e o valor do 'rock que salva'

 Quando o ex-jogador de futebol Casagrande lutava contra os seus demônios na guerra contra a dependência química, costumava dizer que o rock o ajudava a seguir em frente e a acordar todos os dias. Constatou na prática que o rock salva.

Emergindo do inferno das drogas, um músico paulistano de heavy metal é mais uma testeminha do fato, por mais que muitos julguem um clichê roqueiro dos mais batidos? rock é rebeldia, é atitude, mas também é salvação e redenção. 

O vocalista M. Punl ainda não tem a visibilidade de Casagrande, mas sua se´rie de vitórias é tão grande e importante quanto a do ex-jogador e hoje comentarista esportivo. Ele celebra a sua vitória diária contra a dependêmcia química e faz disso a sua razão de viver e a da existência de sua vanda de jeavy metal, a Siegrid Ingrid, uma das piorneiras do metal extremo em São Paulo. 

Para quem esteve no inferno e conseguiu sair, pode-se dizer que "Back From Hell", o mais recente álbum da banda paulistana ´é a coroação de êxisto depois de muita dificuldade e muitos reveses. Do ponto de vista do cantor, é só mais uma etapa de um longo caminho para ir além da sobrevivência.

"É um momento ótimo e o novo trabalho mostra isso", diz M. Punk. "Gravar e lançar músicoas depois de mais de 30 anos na batalha e com tantos percalçõs me deixa orgulhoso, é um reconhecimento a tanto esforço, e uma espécuie de recompensa."

Como tantos artitas do ubderground roqueiro brasileiro, M. Punk e o Siegrid Ingrid não esmoreceram diante da falta de apoio, de reconhecimento e dos inimigos internos. 

Hoube momentos em que a hibernação parecia eterna, mas a fagulha sempre esteve lá. E foi essa fagulha que manteve o sonho dde ver a Siegrid Ingrid na ativa novamente e que ajudou o cantor a enfrentar os seus demônios e a escapar do onferno do vício em drogas.  

Muito dessa experiência está em "Back From Hell", uma obra que tenta reunir não só a parte mais dura do processo de "figa" do inferno, mas também a parte positiva da luta necessária de alguém que consegue driblar as trevas todos os dias.

O impacto da trajetória é tão gigantesco que M. Punl se tornou referência no queito de "vitória diária" contra a dependência química e trabalha com isso, em uma isntitui8ção que ajuda pessoas doentes e que oferece infromações diversificadas na prevenção à queda para o abismo.

"A banda sofreu muito por causa do mergulho dos integrantes dos excessos e vícios. Se foi afetada negativamente por conta disso, agora quero que ela colha os benefícios da minha olta por cima e que a música consiga ter um imacto positivo nso ouvintes", diz M. Punk.

O caaminho continua sendo difícil, por ais que haja felicidade pelo primeiro disco lançado depois de 24 anos de silêncio. Uma nova mudqnça na frormação foi necessária, e o bateria Romulo "Minduim" substituiu Herbert Loureiro neste ano.

O experiente Minduim, que também é da banda Victorizer,  foi instrutor do instrumento no Bateras Beat em São Paulo e também atuou recentemente como substituto temporário de Amílcar Cristófaro em alguns shows do Torture Squad pela América do Sul. Completam a formação Borô (guitarra), André Gubber (guitarra) e Luiz Berenguer (baixo)

Escutar "Back From Hell" não é uma tarefa fácil. É um som extremo e incômodo, como tem de ser a trilha de quem vive os piors dias de uma vida complicada. Tudo e tenso, angustiantee desafiador.

Musicamente, é eath metal com os dois pés nos anos 90, quando a estética era feroz e chocante até as últmas consequências. A música pergura o cérebro sem concessões, sme polimento. pE um resgate perfeito da devastação sonora que leva o ouvinte ao completo desespero. E era essa a intenção.

Não existe passeio no inferno, e "Nojo" deixa isso claro. É sofrimento do começo ao fim, assim cooa  sequência, a clautrofóbica "In Search of Light", que não alivia no desespero. 

"Dead Inside" e "The Vomtory" avançam ainda mais o sinal da desruição, deixando claro que o fudo fo poço não tem fundo quando nso entregamos ao "demônio", que fecha todas as portas e suga toda a esperança. 

"Templo dos Vermers" é um olhar para outro aspecto, jogando luz no terreno minado das falas amizades e péssimas companhias que servem de ãncora para o abismo.

Com uma produção "suja" e realçando a violência - no sentido da agressividade sonora -, "Back From Hell" nos mostra como o Siegrid Ingrid fez falta nos 24 anos sem trabalho novo. 

"A mísic e a arte são partes fundamentais da recuperação de quem busca ajuda e quer sair do abismo", afirma M. Punl. "Sou privilegiado de poder desfrutar desse momento de minha vida e de puder cantar com a Siegrid \Ingrid; Estou vivo e em franca recuperação diária. Sou testemunha de que o chavão 'o melhor estar por vir' é a mais pura verdade."

Black Country Communion ensaia um grande álbum, mas patina em ideias repetidas

Um álbum apressado e que desperdiçou boas ideias. "V", do grupo anglo-americano Back Country Communion, era um dos amis esperados este ano e decepcionou não por fralta de qualidade, mas porque as expectativas eram muito altas; Pqarece que o quartto não conseguiu a inspiração necessária para repeir os bons desemenhos de quase duas décadas atrás. 

O grupo surgiu em 2010 da união do guitarrista e vocalista de blues Joe Boanamassa e do baixista e vocalista inglês Glenn Hughes (ex-Deep Purple e Black sabbath). Por meio do proitor Kevin Shirley, chegaram ao tecladista Derek Sherinian (ex-Dream Theater e Sons of Apollo) e o vaterista Jason Bonham. Estava formado o supergrupo mais interessante deste século no rock.

Foram dois anos intensos em de trabalho incessante, com três álbuns de estúdio e um ao vivo de ´ptima qualidade entre 2010 e 2012, fazendo um hard rock moderno, bluesy e com grande inspisração no Led Zeppelin e no Deep Purple.

O que ninguém contava era que Bonamassa, workaholic, pretendia retomar sua carreira soo e os vários projetos dos quais lidera e participa, enfiurecendo os companheiros em 2013. O grupo chegou a acabar, mas todos fizeram as pazes em 2017.

"IV", o quarto álbum, surgiu naquele ano, mas sem a energia dos anteriores, e o Black Country Communion patinou em um disco em que emulava a si mesmo e músicas comuns e sem grandes novidades. "V" parece trilhar o mesmo camoinho da falta de inspiração.

Sete anos depois, foi difícil conciliar as agendas lotadas dos quatro músicos . Eles se reuniram no ao passado para menos de 45 dias de ensaios e composições, e fizeram turnês pequenas e rápidas por Estados Unidos e Europa. 

Mal tiveram tempo de curtir o novo trabalho ou mesmo de brigar. Bonamassa retoou a carreira solo e a produção de álbuns de artistas de blues, Hughtes voltou a afzer a turnê mundialç tocando úsicas do Deep Purple, Sheriniriou novo grupo de metal, o Whom Gods DEstroy. e Bonham prepara novo giro europeu com sua banda triuto ao Led Zeppelin - ele é gilho de John Bonham, o baterista da icônica banda dos anos 70, morto em 1980.

O álbum "V" tem algumas oas ideias, mas dá a impresão de ter sido feito de forma apressada. Os três primeiros singles lançados animaaram. "Stay Free" mostrava Bonamassa em excelente forma, com riffs na melhor tradição soul-funk americana, deixando espaço para Hughes brilhar no baixo e na voz.

"Red sun" é uma canão simples  pesada, com um acento de blues que remete diretamente a Led Zepellin e Humble Pie, enquanto que "Enlighten" esbarrava no rock progressivo com seus riffs pesados e arranjos densos e climáticos.

 O sopro de criatividade paece ter ficado nas três canções. Não que o resyaye seja ruim - não é, até  porque o grupo parece incapaz de fazer coisa ruim -, mas faltaram mais temas que justificassem ouvir todas as dez faixas e querer repetir a dose logo em seguida, 

"Restless" indicava que poderíamso ter algo diferente, mas não passa de uma balada blues que poderia estar escondida em um disco solo de Joe Bonamassa, or mais que Hughes tenha se esforçado em inserir dramaticidade ao tema. Guarda semelhanças enormes com "Things Ain't Lie the Used to Be", bluesaço que Hughes cantou no álbum "deep", do trio e jazz rock Niacin,

"Letting Go tem um clima de Rolling stones, rápida e positiva, mas que assemelha a muito do que o baixista e vocalista fez em sua carreira solo. É agradável, mas longe de ser memorável.

A coisa melhora com "skyway", rockão cheio de referências , que vão de Deep Purple a Uriah Heep. O riff de guitarra é sensacional. "You'e Not Alone" parte em direção a um groove que jga o som para o Deep Purple da fase "Burn", mas o refrão principal é derivado de "The Last Song For My Resting Place", do disco "IV", e cantada por Bonamassa. Tem gosto de música requentada.

"Love and Faith" é outra que reonta a Led Zeppelin em seus momentos mais épicos, com um dueto sensacional entre Hughes e Bonamassa nos vocais. É uma candidata a mehor do disco, mas ainda assi lhe falta a grandiosidade de uma pela genial como "Song For Yesterday", do primeiro disco, ou "Battle of Hadrian's Wall", do segundo. 

Kevin Shirley, o produtorr desde o prineiro trabalho e que também trabalha com Iron Maiden e Dream Theater, não tem dúvidas de que é um legíyimo álbum de hard rock moderno e que mostra um som único praticado pelo grupo. Em reente entrevista para a revista Classic Rock, ele comentou que a banda consegue um "perfito equilíbrio entre o som pesado mopderno e o clássico, oferecendo algo diferente nos dias de hoje".

Ele tem razão, mas isso não torna "V" o grande disco que todos esperavam.. E as expectivativas eram altas, já que os dois mais recentes discos solo de Bonamassa são extraordinários, esbanjando riffs de extremo bom gosto. 

Embora não admitam, esse pode ser o último álbim do quarteto, por mais que Hughes tenha afirmado no cmeço do ano que se divertiu muito gavando em Los Angeles e que sente que mais um trabalho autoral da banda "é necessário". 

O baixista e vocalista, em plena forma e celebrando 35 anos de sobriedade, completa 73 anos em agosto e, embora não dê sinais de que pretenda diminuir o ritmo, sabe que está atuando contra o relógio; Como as expectativas, de certa forma, foram frustradas, que e ele e a banda cumprarm seus desejos e que mais "necessário" álbum do Black Country Communion seja produzido - com mais tempo e inspiração.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Ego Kill Talent Celebra a nova fase com shows no Sesc Avenida Paulista

 A simplicidade é encantadora. Nem parece que a potiguar Emmily Barreto está a um passo de engatar uma carreira internacional com a banda Ego Kill Talent e que é "parça" de uma estrela de primeia grandeza do rock. 

"Até tenho o telefone da Amy Lee, que me intimou a ligar quano fôssemos tocar em nashville, a cidade dela", conta a cantora, como se fosse a coisa mais normal do mundo ficar íntima da voalista da banda americana Evanescence.

Mrsmo com a vida dando uma acelerada, a cantora que virou musa do mundo indie brasileiro com a abnda Far From Alaska celebra a ascensão da carreira om uma empolgação pouco comum para artistas que t~em boa experiência nacional e internacional.

A abnda Ego Kill Talent pretende mostrar que a nova fase está consolidada com duas apresentações no Sesc Abenida Paulista nos dias 28 e 29 de junho. Será a chance de comprovar como a escolha de Emmily Barreto foi acertada para substituir Jonathan Doll, o vocalista de ótimos recursos que gravou os dois álbuns da banda até agora.

"Estou totalmente adaptada, e credito isso ao fato de eu ser muito fã da banda desde sempre", diz a cantora. "Além de fã, fiquei amiga deles, e sempre houve admiração mútua entre as bandas Ego Kill Talent e Far From Alaska, a ponto de hoje as formações se misturarem. O baterista Rafael Miranda toca nas duas e a Cris {Botarelli, tecladista e vocalista do Frar From Alaska^tá sempre com a Ego no palco."

A proximidade entre todos tornou até natural que Emmily Barreto ajudasse os amigos para cumprir as datas necessárias quando o cantor da Ego Kill Talent saiu. Era só uma ajudinha para os amigos, mas ninguém contava que a coisa seria tão legal, tão bacana... A ponto de Ego e Emmily não se largaraem mais. 

Claro que a troca de vocalistas muda tudo, e ainda muda muito mais quandop uma mulger entra nonlugar de um homem. "Não foii planejado (ou será que foi????). As características mudaram e, pelo que os caras da banda me disseram, as possibilidades e perscpetivas se ampliaram com a minha entrada."

A percepção de que o acerto foi grande já tinha partido do baixista Theo Van der Loo quando da mudança, em conversa com o Combate Rock. Os ensaios já sinalizavam qual deveria ser a decisão, mas ele e so companheiros tiveram certeza de que Emmily tinha de ficar nos primeiros acordes e notas do primeiro show dela com a banda. 

Ego KillTalento é uma banda de hard rock que incorporou eleementos mais modernos em seu som, que ficou mais grandioso e amplo tendo uma garota como vocalista. Emmily emprestou uma aura indie, inoculando uma urgência qu antes ficava mascarada por uma parede de sons de guitarra.

mais enxutas, mas não menos exuberantes, as guitarras agora estão mais limpas e mais claras, bem à frente, conduzindo a banda de forma mais orgãnica. Casou bem com a voz à loa PJ Harvey (cantora americana e rock alternativo).

Embora estivesse em ascensão desde o começo, é nítido que a injeção de ânimo trazida por Emmily deu o impulso que muitos cobravam. E a empolgação da cantora deixa isso claro. "É como venerar uma banda a vida toda e, de repente, estar lá, cantando com eles. Não dá para conter a empolgação."

Quem percebeu isso de imediato foi Amy Lee, do Evanescence. Em longa turnê pelo Brasil em 2023, a banda teve a Ego |Kill Talent como abertura de shows, e as duas cantoras ficaram muito amigas. Trocaram elogios públicos e condiências nos bastidores. Elas se falam com frequência por telefne e mensagens de texto.

"Os shiws com Evanescence foram mais do que uam experiência marcante de rock. Foi um atestado da competência da Ego Kill Talent", diz Emmily. "provamos que éramos bons e que nosso som é diferente e de qualidade."

Uma parte do show de abertura para o Evanescence no Rio de Janeiro, em 23 de outubro do ano passado, no Qualistage, está disponível no YouTube e poderá ser visto ao fnal deste texto. Tocando com gana e energia, Ego Kill Talent aproveitou cada segundo que teve no palco e encantou a banda americana. 

Emmily Barreto garante que essa energia apresentaa no palco estará nas canções do próximo fisco da banda Ego Kill talent, o primeiro com ela nos vocais principais. O quarteto - eka, Theo, Rafael Miranda e o guitarrista Niper Boaventura, sendo que os três rapazes costuam se revezar no baixo -, então em pleno processo e gravação e a cantora não cansa de dizer o quão está encantada com a colaboração com Van der Loo nas composições.

"É um entrosamento dificil de explicar. A gente faa muito sobre tudo e um diálogo solto pode ser vir de inspiração para uma letra, ele é ótimo nisso", elogia Emmily. "Fico arrepiada com a facilidade com que ele faz grandes letras e estou nas nuvens. Aprendo demais com ele."

A formação atual, junta desde 2022, passou pelos principais festivais do país como Lollapalooza e Rock in Rio. Shows internacionais e participações com nomes grandes do rock somam a experiência do conjunto.

Serviço:

Show: Ego Kill Talent
Dias: 28 e 29 de junho de 2024. Sexta e sábado.
Horário: 20h
Local: Arte II – 13º andar, Sesc Avenida Paulista
Duração: 80 minutos
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (Meia) e R$ 12 (Credencial plena:).
Venda de ingressos online a partir de 18/6, às 17h, e nas bilheterias das unidades a partir de 19/6, às 17h.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Metallica libera vídeo tocando ‘Inamorata’ ao vivo pela primeira vez

CDPUNK ROCKSINGLETHE OFFSPRINQuem imaginou que os shows do Metallica em Munique na retomada da “M72 World Tour” haviam atingido o ápice de atenção com o histórico vídeo da banda tocando encharcada o clássico “Master of Puppets” embaixo de chuva e raios, acabou se esquecendo que outro fato marcante aconteceu na segunda das duas apresentações na cidade alemã, que recebeu os shows nos dias 24 e 26 de maio. Na quinta-feira, 6 de junho, o grupo norte-americano liberou no YouTube a filmagem oficial da execução da música “Inamorata”.

Do site Roque Reverso

Foi a primeira vez que o Metallica tocou ao vivo aquela que é considerada por uma parcela nada desprezível da crítica e do público a “obra-prima” do álbum “72 Seasons”.

Desde que o disco foi lançado, em abril de 2023, fãs do mundo inteiro tinham a curiosidade de ver a banda executando ao vivo aquela que é a música mais longa de sua história, com mais de 11 minutos de duração.

Pouco mais de 1 ano após a chegada do álbum, os felizardos foram os alemães de Munique.

Nas redes sociais e em praticamente todos os canais do Metallica, a reação dos fãs foi de emoção ao ver aquela que o próprio vocalista e guitarrista, James Hetfield, já declarou ser sua faixa preferida do “72 Seasons”.

Como já destacou o Roque Reverso no texto sobre o lançamento do álbum, “Inamorata” é riquíssima em melodia e na parte instrumental.

Traz elementos semelhantes aos da boa “The Outlaw Torn”, do disco “Load”, de 1996, e da ótima “Fixxxer”, do álbum “Reload”, de 1997, além de uma performance vocal de James Hetfield emocionante.

No segundo dos dois shows de Munique, a banda tocou a faixa com maestria, desta vez sem a chuva forte que marcou o final da primeira apresentação.

Na “M72 World Tour”, o Metallica executa numa mesma cidade dois set lists distintos em datas diferentes.

No primeiro show do dia 24, o grupo tocou as seguintes músicas, pela ordem: “Whiplash”, “For Whom the Bell Tolls”, “Of Wolf and Man” (estreante na turnê), “The Memory Remains”, “Lux Æterna”, “Too Far Gone?”, “Fade to Black”, “Shadows Follow”, “Orion”, “Nothing Else Matters”, “Sad but True”, “The Day That Never Comes”, “Hardwired”, “Fuel”, “Seek & Destroy” e “Master of Puppets”

Após a apresentação do dia 24, o grupo voltou ao mesmo local no dia 26 de maio para trazer um set list ainda mais impactante com as seguinte músicas, pela ordem: “Creeping Death”, “Harvester of Sorrow”, “Hit the Lights” (estreante na turnê), “Ride the Lightning”, “72 Seasons”, “If Darkness Had a Son”, “Welcome Home (Sanitarium)”, “Inamorata” (estreante em toda a história da banda), “The Call of Ktulu”, “No Leaf Clover”, “Wherever I May Roam”, “Moth Into Flame”, “Fight Fire With Fire”, “Breadfan” (estreante na turnê), “One” e “Enter Sandman”.

Álbum marcante, mas nada confirmado da turnê no Brasil

O álbum “72 Seasons” foi lançado oficialmente no dia 14 de abril de 2023. Com o lançamento do disco, o Metallica rompeu nada menos que 7 anos sem um trabalho novo de inéditas de estúdio.

Tal qual o ótimo “Hardwired…To Self-Destruct”, de 2016, o novo disco do Metallica contou com produção de Greg Fidelman, junto com o vocalista e guitarrista, James Hetfield, e o baterista Lars Ulrich.

São 12 faixas, totalizando 77 minutos de gravação, com “Inamorata” fechando o álbum.

Até o momento, apesar de inúmeros rumores, não foi confirmada data alguma no Brasil ligada a esta tão badalada turnê, que vem esgotando ingressos por onde passa.

Banda tocou ‘Inamorata’ novamente em Helsinque

Para a alegria dos fãs, a execução de “Inamorata” em Munique não foi um caso isolado. Dias depois, em Helsinque, na Finlândia, em 7 de junho, o Metallica voltou a tocá-la ao vivo.

O set list deste dia ainda teve logo na sequência nada menos que “Orion”, instrumental clássica da banda que não é colocada com tanta frequência no repertório dos shows do grupo e que, no Brasil, por exemplo, só foi vista ao vivo na histórica apresentação do Rock in Rio de 2011.

https://youtu.be/Z0tFpHi1JRA

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Eric Clapton fará apresentação extra em São Paulo

Do site Roque Reverso

Eric Clapton fará uma apresentação extra em São Paulo em setembro, na passagem que fará pelo Brasil para trazer sua turnê mundial comemorativa de 60 anos de carreira. O show extra foi anunciado após a confirmação de esgotamento dos ingressos para a apresentação na capital paulista marcada para o dia 29 de setembro no Allianz Parque.

O novo show confirmado será realizado num local menor do que a Arena do Palmeiras, mas tradicional na capital paulista: o Vibra São Paulo, antigo Credicard Hall.

A apresentação será realizada no dia 28 de setembro e, conforme os organizadores, será “super exclusiva e intimista”.

De maneira idêntica ao que vai acontecer nos demais shows que vão acontecer no Brasil (o músico tocará também no dia 24 em Curitiba e no dia 26 no Rio de Janeiro), a apresentação no Vibra São Paulo contará com abertura do cantor e guitarrista vencedor do Grammy Gary Clark Jr.

As vendas de ingressos para o público em geral começam no dia 6 de junho, a partir das 10 horas (de Brasília) no site da Livepass. Antes, porém, no dia 4 de junho, será realizada uma pré-venda para clientes do cartão Santander.

Os valores da entrada inteira por setor são os seguintes: Pista Única (R$ 1.700,00), Camarote 1 (R$ 2.200,00), Camarote 2 (R$ 1.700,00), Plateia Superior 1 (R$ 530,00), Plateia Superior 2 (R$ 460,00), Plateia Superior 3 (R$ 400,00), Plateia Superior Visão Parcial (R$ 280,00).

Todos os ingressos têm a possibilidade de meia-entrada e podem ser parcelados em até seis vezes sem juros para clientes Santander e em até três vezes sem juros para os demais cartões.

Essas serão as primeiras apresentações de Eric Clapton no Brasil em mais de uma década: a última passagem do artista por aqui aconteceu em 2011, quando ele fez dois shows no Rio de Janeiro, uma apresentação em São Paulo e outra em Porto Alegre.

Anteriormente, o artista já havia estado no Brasil em 1990 e em 2001.

Coception e Maestrick brilham em noite de metal progressivo em São Paulo

Uma banda internacional genersoa, que deu espaço para asmoutras atrações brilharem, mesmo com o pouco tempo disonível. Oa noryegueses do Conception estrearam no Brasil com um show intenso e repleto de energia no Carioca Club, en Sçao Paulo, e mesmo a sensação de som datado não estragou a festa.

O expreientalismo ficou prara trá e agora o prog metal da band se torna um competente power metal com ares de Blind Gurardian, mas sem os exgaeros sinfônicos. O público que encheu o recito emocionou o vocalista Roy Kahn, que não cansou de dizer que a banda demorou para vosotar o Brasil.

O som é muito técnicoe as guitarras ficaram perfeits em seus timbrs bem distintos e commmuito peso. É um som qualificado, mas não itrincado, o que talvez explique a presença de tanta gtente para um show de uma atração quebeira os 30 anos de existência.

Khan, que abandonou cedo o Conception para cantar com so americanos do Kamelot, retorou ao grupo e  conirmou que é um estupendo cantor . Com voz versátil, atigne notas altas co facilidade e é dono de uma interpretação fenomena. [E o grande destaque de um conjunto que merecia mais srote ao lomgo das últimas três décadas.

A abanda paulista Maestrick celebrou a grande fase que vive com um show nomínimo tão bom quanto ao da atração principal. A surpresa foi a excuçao de alguma mísicas inéditas, que devem estar no próximo álbum, "Expresso Della Vita: Lunare". "Ethereal", o prineiro single, agradou em cheio.

O metal progressivo da banda, repleto de pianos e teclados, com orquestrrações magistrais, deu ao som do grupo uma certa aura de novidade, aida que a banda de São José do Rio Preto tenha 18 anos de existyência. 

O trabalho do vocalista Fabio Caldeira com o cantor Edu Falaschi recentemente só aumentou a res´ponsabilidade, mas ao mesmo tempo credenciou o músico e sua banda a postularem voos mais altos dentro do rock nacional.

O power metal dos também paulistas Armiferum também agradou à plateira que esperava algo mais extremo. Divulfando o prineiro álbum, o setxeto abusou dos clichês, mas a empolgação no palco suplantou essa questão. É uma das grandes promessas da nova geração de bandas de metal do Brasil.

A banda Ego Absense, que abriu a noite, pegou uma casa ainda com o público chegando e fez o que pôde para chamar a atenção. Foi um bom show, e

mbora um tanto previsível, já que o som, baseado no único álbum do grupo, não privilegia a inovação. O vocalisra Rafael Dantas canta muito bem e tem ótima presença de palco, garantindo u entyretenmento de qualidade para quem esperava as trações mais ousadas. No entanto, é uma banda com ótimo potencial para gahar mais destaque.

Celso Salim resgata a essência do blues tradicional com Darreul Carriere

O decano dos guitarristas de blues basileiros nos Estados Unidos faz história com o seu primeiro álbum lançado por lá em muito anos. O brasileiense Celso Salim uniu forças com o cantor e gaitista Darrey Carriere e está divulgando "About Time", que reúne temas que remontam ao blues eletrificado mis tradicional.

Estilista do isnstrumno, Salim tem longa carreira e é reconhecido como um nomes mais importantes do gênero no Brasil, em uma longa lista que vai de veteranos como André Christóvam , Edu7 Gomes e Nuno Mindelus a músicos mais jovens coo Igor Prado, Arthur Menezes, Eriic Assmar, Duca Belontani e Rodrigo Mantovani (exte, baixista da Nick Moss Band, de Chicago).

CElso Salim já tinha passagens pelos Estados Unidos noomeço do século e costuma afirmar que tal iniciativa foi fundamental para aprmorar seu estilo mais limpo e elegante

A decisão de se radica na Califórnia em 2014 acabou por abrir as portas aos brasileiros para um circuito traicional de bues nos Estados Ujidos em que o gênero convive muito bem com o rock, com a country musice o folk. Entre suas quaidades, sua técnica no dobro, o violão com corpo de aço, é elogiada pelos americanos. 

"About Time", conta com 10 faixas autorais e foi produzido pelo contrabaixista Mike Hightower e pelo próprio Salim. Experiente e versátil, o guitarrista brasileiro fugiu as armadilhas e apostou em tma universais e que cativam o pýblco americano, com a "bem-humorada "Make You Mine".

O tom das cançõs é altamente positivo, destacando a vida com boas coisas, como efstas e os relacionamentos românticos mais simples, mas tudo embalado com arranjos de bom gosto e soos inspirados, como em "Sweet Thimg" e "Here With You". 

A gaira de Carriere é um show à parte. Sem exageros, faz um ontraponto ideal à guitarra de Celso Salim aostando em fraseados curtos e solos econômicos. Os dois sabem bem abrir espaço umpara ouro, como em "In Your Arms" e na frenética "get Along" 

A elegância do riffs de Salim continua encantando e remete aos tempos em que gravou iscos ótimos no Brasil ao lado do baixista Rodrigo Mantovani.

Salim e Carriere se conheceram em 1998, durante a primeira passagem de Celso pelos Estados Unidos, onde juntos formaram a banda Green Lizards, que se apresentava frequentemente na cena de Los Angeles. Foi o inicio de uma produtiva parceria musical.

O gaitista participou em vários discos de Salim, como "Lucky Boy", de 2001 ,e os dois excursionaram pelo Brasil em 2004 e, mais recentemente, em 2022. 

Também conhecido por seus trabalhos com Ari Borger Quartet, Sérgio Duarte e o duo acústico Salim & Mantovani, Celso Salim tem uma longa carreira solo com swis discos lançados. Ele excurcionou com Larry McCray, se apresentou com Magic Slim e abriu os shows de B.B. King, Canned Heat, Deep Purple, John Hammond e Joe Bonamassa. 

Também é um instrumentista premiado. Ganhou os prêmios Independent Music Awards (5x), Prêmio Profissionais da Música 2018 e terceiro lugar no International Blues Challenge 2019, oferecido pela renomada Blues Foundation.

Nascido em Santa Monica, Califórnia, o cantor e gaitista Darryl Carriere recebeu o premio Lee Oskar como melhor gaitista do International Blues Challenge 2019 em Memphis e, recentemente, participou do 2nd Harp Fest ao lado dos gaitistas Mitch Kashmar e RJ Micho. 

Darryl comecou a tocar gaita aos 12 anos seguindo os passos de seu amigo de escola Lester Butler, o reverenciado gaitista da banda Red Devils. 

Na adolescência, ele já se apresentava profissionalmente na cena Californiana e tocou com diversos artistas incluindo Corey Stevens, Preston Smith e Robbie Krieger (The Doors). Darryl é também conhecido por seu trabalho com o renomado baterista e produtor Gary Mallaber (Van Morrison, Steve Miller Band).


Lançamenos selecionados: Bon Jovi, Slash, Evergrey...

 - "Forever" está sendo considerado o diso mais importante da carreira do Bon Jovi por muita gente. Nada tem a ver com qualdade das músias, que são apenas razoáveis, mas pelo contexto em que foi gravado e lançado. o cantor Jon Bon Joviteve problemas na voz e não foram pouos os especialistas que coocavam em dúvida a continuidade da carreira do músico.

Como peça de resistência e resiliência, o ovo álbum funciona e agrada aos menosexigentes, que apreciam boas melodias e órmulas repetidas desde sempre. Na longa discografia de 40 anos da banda, no entanto, é apenas mais um trabalho que passa lone dos momentos mais inspirados fo grupo.

A constatação não é nova, mas sempre é vpalida para fazermos as deidas comparações com os álbuns mais icônicos do Bon Jovi. São canções cada vez mais pop e menos rock, com os temas de sempre, sem ousadia, ma tudo muito bem feito e mostrando que, no estúdio, o cantor seue fazendo bem seu trabalho. 

"Living Ptoof" é um exemplo de ideias recicladas para obetr o mesmo tipo de resultado, com guitarras domesticadas e previsíveis. O mesmo oe se dizer de "Walls of Jericho", uma tentaitva de voltar a uma boa fase dos anos 90 com o rock de arena e pretensaente bombástico.

"Kiss the Bride" e "Waves" abusam dos clichês pop, onde as guitarras são soterradas por uma produção sem muito pudor em elevar os sns mais comerciais. "Waves" segue na mesma toada e não consegue empolgar. 

"Forever" acaba sendo um trabalho importante por mostrar que a banda está ativa e recuperada, mas sem a fagulha necessária arrebatar de novo os fãs de rock. Phil X, o guitarrista, é excelente e tem méritos, mas Richie Sambor faz muita falta com sua pegada bluesy.

- Quando os Rolling Stones decidiram que não faiam um álbum de inéditas em 2016, optaram por caminho fácil e sem riscos:por que não nos divertimos fazendo um álbum de blues? "Blue and Lonesome" se tornou uma grande cartada e um excelent disco.

Slash, guitarrista do Guns N' Roses, decidiu fazer o mesmo e foi muito bem, com uma pequena ajudinha de amigos da pesada. 

Não tinha como "Orgy of the Damned" dar errado, como ficou claro no primeiro single divulgado, o clássico "killing Floor", com a participação de ninguén menos do que Bian Johnson (vocalista do AC/DC) e Steven Tyler (vocalista do Aerosmith, aqui tocando gaita). 

Claro que a guitarra de Sçash predomna, mas ee deu espaço para todo mundo brilhar, como na efuziante versão do clássico do soul/funk "Papa Was a Rolling Stone", com a cantora Demi Lovato, mesmo mais contida, brilhandoem cima de arranjos bel elaborados.

Outra cantora, Beth Hart, que engradeceu músicas de Jeff Beck e Joe Bobanassa, imprimiu sua personalidade forte na versão magistral de "Stormy Monday", realçando toda a sua dramaticidade. DEmi e Beth ofuscaram, a boa cantora de hard rock Dorothy, que fez apenas um trabalho correto em "key to the Highway", em que Sçash foi mais contido.

Um ponto alto é "The Pusher", hit da banda Steepenwolf, que ficou ótima na voz de Chris Robinson, o vocalista do Black Crowes. A versão se tornou um blues encharcado e malandragem e malícia. 

Gary Clark Jr.  transformou Crossorads", de Robert Johnson, em um libelo moerno da música negro, enquanto Iggy Pop deixou "Awful Dream" mais áspera e urgente. Entre os vveteranos, o inglês Paul Rodgers, voclisra das bandas Free, ba Company, The Firm e Queen, fez o básico em "Born Under a Bad Sign", e foi muito bem, já que a canção sempre fez parte de seu repertório.

Entre a reverência e a exuberância técnica, Slash se divertiu com os seus amigos e fez um grande disco.

- Os suecos da banda de metal progressivo Evergrey fazem parte do seleto panteão de aristas incapazes de de lançar trabalhos ruins. O novo álbum, "A Theory of  Emptiness", exibe uma coesão e homogeneidade difíceis de obter hoje em dia, em especial quando se trata de uma série de canções complicadas e intrincadas. 

Com produção certeira, a banda desfila elegância e quaidade em temas imponentes, como a épica faixa-título e seu sobrebo trabalho de huitarras. 

Há um equilíbrio bem aplicado quando ouvimos a forte "To Become Someone" e a delicada "stay", ainda que essa mostre fiffs podrosos e um refrão cativante. 

"We Are the North" aposta um tema épico, mas sem exageros, com guitarras diretas e bons solos, enquanto "Ghost of My Hero" e "The Night Within"  são mais metal do que progressivo, mas sem repetir os velhos cichês de sempre do gênero. Este é um dos grandes lançamenos do ano até agora;

domingo, 9 de junho de 2024

'Mandinga', 35 anos: a estreia de André Christóvam que definiu o blues brasileiro

 Desbravar territórios inóspitos, como se fosse um polonês desembarcado no Brasil para fazer samba com sotaque de Varsóvia... É mais ou menos assim que nos 70 e 80 ingleses e americanos viam brasileiros, alemães e argentinos entre outros, que se aventuravam a tocar rock.

Com o blues é a mesma coisa, sendo que o preconceito dos americanos é maior, em alguns momentos. Como seria possível fazer blues com brasilidade sem que o "sotaque" brasileiro descaracterizasse o gênero?

"Mandinga" é a resposta. O álbum mais emblemático do guitarrista paulistano André Christóvam, está completando 35 anos de seu lançamento e ainda hoje é considerado o mais relevante e importante lançamento do blues nacional cantado em português.

"É um trabalho importante porque eu deixei de ser um músico que acompanhava outros artistas para se tornar um compositor e músico autoral", diz Christóvam no documentário "Mandiga", dirigido por Egler Cordeiro. "Eu tentei fazer blues e rock como se fosse um americano ou um inglês, e percebi que podia fazer blues como se fosse um brasileiro e exaltando uma brasilidade."

A celebração do 35 anos do icônico álbum começa com a exibição do documentários na 16ª edição do In-Edit -Festival Internacional de Documentários Musicais, que ocorre de 12 a 23 de junho em São Paulo

Repleto de boas ideias e explorando a tão propalada "brasilidade", "Manfinga" reafirmou Christóvam como o pilar do blues nacional ao lado do grupo carioca Blues Etílicos - não à toa, as duas instituições tiveram amplo relacionamento até os anos 90 que ia além das colaborações em álbuns de ambos. 

Não há como não pensar em blues nacional sem que venha a imagem de André Christóvam. Com experiência no rock om o trio Fickle Picle e tocando com Rita Lee e Heróis do Brasil, o guitarrista tinha experiências ricas de vivência quando esteve nos Estados Unidos, que lhe valeram trabalhos nas equipes de produção de artistas americanos em passagens pelo Brasil.

De cara os principais colaboradores de Christóvam perceberam que o material composto pelo guitarrista era diferente muito bom. Era uma época mágica, em que o músico ascendia rapidamente e encantava as plateias. Era 1988 e um empresário da música assistiu a um dos shows em um pequeno boteco e imediatamente decidiu oferecer um contrato de gravação.

"Achei que era um músico extraordinário e no dia seguinte consegui  telefone ele e o chamei para conversar," conta o executivo João Lara Mesquita, da gravadora Eldorado. "Tinha chegado tarde em casa e dormi até o meio da tarde. Quando acordei minha mãe disse que um tal de João Lara tinha me ligado várias  vezes. Era um sonho", lembra o guitarrista.

Às vésperas de completar 30 anos, Christóvam não tinha a exata ideia da importância do que estava gravando, mas sabia que havia amadurecido o suficiente para registrar um trabalho sólido e consistente - e também saia que seu material autoral era consistente. 

Se o Blues Etílicos ainda buscava o equilíbrio nas canções autorais em português e inglês atirando para vário lados, André Christóvam sabia bem o que almejava.

 O blues com suingue e groove brasileiros, com toques importantes de musicalidade brasileira, casava perfeitamente com as letras bem sacadas e com o humor peculiar  e mordaz que o guitarrista sempre destilou. Definitivamente, era um blues diferente e original.

"Foi uma das grandes lições que aprendi: blues é sentimento sim, mas também é vivência e captura de emoções do dia a dia", afirma ele no documentário. "Percebi que a brasilidade estava no meu dia a dia. era só abrir os jornais e ver televisão que os temas estavam lá, todas as histórias prontinhas par serem musicadas."

E então Christóvma se tornou um grande cronista do cotidiano brasileiro, satirizando todo mundo - e sacaneando também. "Confortável" ri da busca pela eterna beleza ao or com surfistas e personagens diversos. "Genuíno Pedaço do Cristo" brinca com a criminalidade e a corrupção., em uma das canções mais bacanas já feitas o blues rock nacional.

Tem um baita improviso de blues que remete a "Kansas City", que de interlúdio para um clássico, "Dados Chumbados", uma balda blues melancólica que comprova a genialidade instrumental de Christóvam.. "So Long, Boemia" e " Sebo nas Canelas" são outras boas ideias recheadas de referências de música brasileira em um mar de blues tropical 

"Mandinga" é uma estreia impressionante para uma carreira solo, mesmo que o artista em questão fosse um músico experiente. Exigente, rigoroso e criterioso, André Christóvam exibiu um vasto repertório de "truques" dentro de um perfeccionismo que definiria, mais adiante, a sua carreira.

Na busca pelo timbre exato d guitarra, ele mostrou que era possível fazer blues brasileiro com brasilidade mergulhando na realidade dos trópicos transmitindo o mesmo sentimento que é natural para os nativos de Chicago, Nova Orleans e Mississippi, 

André Christóvam introjetou o blue e, de certa forma, se tornou o próprio blues no Brasil. "Mandinga" provou que existia blues de fato e bom no Brasil, assim como "Água Mineral", do Blues Etílico, que é da mesma época. O álbum é um marco na música brasileira.

ProgramaCombate Rock destaca os filmes nacionais do In-Edit e Noelle dos Anjos, da banda Cobra Spell



No programa desta semana, falamos sobre os destaques nacionais que estarão no In-Edit Brasil - Festival Internacional do Documentário Musical, que acontecerá de 12 a 23 de junho, em São Paulo. 

Além  disto, trazemos entrevista com a guitarrista brasileira Noelle dos Anjos, que integra a banda Cobra spell.
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quinta-feira, 6 de junho de 2024

No mundo cinza das escolas militares, liberdade é miragem

 Eram garotos e garotas coo nós que gostavam de Metallica e Guns N' Roses *bem, nem tanto), mas que não podiam namorar, fazer tatuagens, usar piercings e falar palavrões. Tinham de bater continência, seguir uma cartilha de "bons costumes",. que incluía uniformes impecáveis, cabelos curtíssimos e nada de maquiagem. 

O mundo autoritário-fascista das escolas cívico-militares é o paraíso para os conservadores e ultraconservadores que acham que podem controlar a vida e as pessoas pelo prisma da oral e dos bons costumes. 

Esses lugares são microcosmos/laboratórios para a criar sociedades domesticadas e que existam dentro de parâmetros estritos de comportamento e e pensamento, exatamente como nas piores distopias surgidas no cinema e na literatura.

É esse tipo de lixo que autoridades do governo do estado de São Paulo, com o apoio da ampla maioria dos deputados estaduais, quer i,or a parte dos estudantes da rede pública, da mesma forma como ocorre no Distrito Federal e no Paraná.

É desnecessário dizer que nestes estabelecimento fascistas o rock ´algo a ser recriminado, e até mesmo banido, segundo relatos de quem passou por lá ou teve contato com quem lá esteve. Nestes ambientes "controlados", música só as marchinhas cívicas e miliares tocadas na flauta e no bumbo.

No mundo cinzento e triste imaginado por essa gente da pior espécie, obediência é a palavra de ordem. Nenhum questionamento é admitido e contestações são severamente punidas.  

O controle sobre o que se lê e o que se ouve é outra característica, assim como a doutrinação que prepara os alunos para odiar, discriminar e a desenvolver preconceitos contra os diferentes e todo tipo de diversidade e diferença. 

E é claro que não poderia faltar a "bênção de Deus", de preferência dentro do catolicismo, mas com a tolerância da seitas evangélicas. 

Ninguém na Assembleia Legislativa de São Paulo pareceu muito preocupado com a perspectiva de que os alunos das escolas cívico-militares, tutelados por coronéis, sargentos e majores, serão ensinados a abrir mão de suas liberdades, tanto de pensamento quanto de comportamento. 

Serão ensinados a perseguir o "diferente" e que passarão a odiar com naturalidade. Serão estimulados a naturalizar a hipocrisia de uma sociedade doente e que pende cada vez mais para o autoritarismo e para religiosidade perniciosa e nociva. 

Serão levados a acreditar que o racismo não existe e nunca existiu e que a ditadura militar nojenta livrou o mundo do comunismo e de muitos "demônios";

Entre as entidades satanizadas nestas escolas asquerosas, em especial as que estão proliferando no Paraná, está o rock e todo tipo de música/arte considerada decadente (ainda usam esse termo em 2024!) e "ofensiva", que não seja "edificante" e não estimule "sentimentos e pensamentos positivos" (???).

Não são poucos os especialistas que creem que esses "laboratórios" estão forjando verdadeiros "criadouros de autômatos" preparados apenas para seguir ordens e com pouca ou nenhuma capacidade crítica. Pior: serão submetidos a tamanha lavagem cerebral que serão induzidos a a relativizar valores democráticos, para não dizer desprezá-los. 

É mundo triste e perigoso, que flerta caprichosamente com o autoritarismo de inspiração fascista - para não dizer com o próprio fascismo. Reportagem do portal G1 dá mais detalhes de como é o cotidiano de algumas dessas escolas lamentáveis. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/06/04/continencia-uniforme-completo-sem-namoro-e-piercing-saiba-como-e-a-rotina-de-escolas-civico-militares.ghtml

O governo conservador de direita de São Paulo tenta rebater a saraivada de críticas pelo projeto aprovado na Assembleia Legislativa. Segundo a justificativa utilizada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), "o objetivo é elevar a qualidade de ensino, conforme medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), além de inserir atividades cívicas e de cidadania no currículo" 

Quando se manifestou sobre o assunto, Tarcísio de Freitas negou qualquer traço de autoritarismo da medida e "perda de liberdade ou negação da liberdade". Lera mais sobre o projeto aqui. - https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-05/entenda-o-projeto-que-cria-as-escolas-civico-militares-em-sao-paulo.

De forma estranha, o PT e o governo do presidente Luiz Inacio Lula da Silva mantêm silêncio sobre o tema. Coube ao PSOL reagir contra essa barbaridade. 

O partido entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF), iniciativa liderada pelo deputado estadual Carlos Giannazi.

Na Adin, o PSOL argumenta que o projeto visa substituir o sistema público de educação, substituindo gradualmente profissionais da educação por militares escolhidos de forma discricionária pela Secretaria da Segurança Pública. 

A União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) também criticou a proposta, afirmando que ela não busca melhorar a gestão das escolas, mas sim implementar um processo disciplinar baseado no pensamento militar.

Especialistas em educação, entidades estudantis e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) têm criticado a medida, afirmando que ela desvaloriza a categoria de educadores e promove um modelo de gestão escolar baseado no militarismo.

Diante desse filme de terror que assola a educação paulista, é inevitável que nos lembremos de canções icônicas dos Titãs que questionam o status quo, como "Igreja" e "Polícia", ou mesmo qualquer porrada dos Ratos de Porão e Garotos Podres detonando sistema e denunciando as práticas fascistas que pairam sobre nossas cabeças.

Blues Pills retrata em sngile os exageros mortais da internet

Uma diva escarlate invade o palco ao som de guitarras lancinantes e o rock retrô toma conta do recinto. O Carioca Club, em São Paulo, ferve  com a surpresa que Elin Larsson e a banda sueca Blues Pills prepararam para sua estreia no Brasil: o rock setentista estava de volta depois de flertes com a soul music e o funk no álbum "Holy Molly", de 2020.

Elin, a diva de vermelho, já tinha adiantado, dias antes do show de 2022 em São Paulo, a jornalistas brasileiros, que haveria "coisas novas" a partir daquele show, que seria o principal a turnê latino-americana da banda.

As "coisas novas" estão se materializando no álbum "Birthday", que chega em 2 de agosto. E as coisas novas, na verdade, nem são tão novas assim, já que a a banda indica que está voltando ás raízes do hard rock com ares psicodélicos de seus primórdios, quando ainda tinha o guitarrista francês Doran Sorriaux; 

Os três singles já divulgados vão nessa direção, principalmente "Birthday", com sua inspiração Led Zeppelin. Já Top of the Sky" é ainda mais retrô, recuperando traços sessentistas presentes em cações mais calmas dos Beatles.

À primeira vista, essa canção pode parecer uma balada de amor simples, mas o guitarrista Zack explica que “Top Of The Sky” na verdade trata de ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa para buscar atenção na internet. 

Ele continua: “Eu me inspirei em um documentário sobre um influenciador na China que escalava prédios. Ele escalou um arranha-céu e caiu, morrendo enquanto transmitia ao vivo. Isso me fez refletir sobre a era em que vivemos, onde as pessoas estão perseguindo atenção e curtidas nas redes sociais, dispostas a subir tão alto para tentar encontrar conexão e aprovação online.”

Wu Yongning, que se autodenominava “O Primeiro Rooftopper da China”, perdeu o controle e caiu de 62 andares para a morte em 2017. Sua morte é apenas uma em uma longa lista de mortes relacionadas às redes sociais, destacando a crescente tendência de “vídeos por dinheiro”.

“Estamos todos presos nessa prisão moderna das redes sociais, a maioria das pessoas é afetada por isso, essa busca por atenção, querendo curtidas, quando alguém morre fazendo isso, coloca tudo em perspectiva”, afirma Zack. “Sou um defensor do detox digital, mas me torno hipócrita porque temos que usar as redes sociais para divulgar a banda. Mas acho que está se criando uma epidemia relacionada à saúde mental. Se eu olhar para a minha própria vida, me sinto mais estressado quanto mais uso meu telefone. Quase parece para mim como quando os cigarros eram novos e diziam que não tinham efeitos colaterais. Ainda não sabemos quais são os efeitos a longo prazo do uso intenso das redes sociais na saúde mental. Ao mesmo tempo, não acho que seja totalmente negativo, mas esse uso extremo, as pessoas estão morrendo por curtidas.”

“Eu sei que dizem para não olhar para baixo porque só há uma saída/Eu vou apenas segurar até meus braços cederem”, canta a vocalista Elin Larsson no novo single “Top Of The Sky”. “Não é uma balada para odiar a tecnologia, mas foi essa história que inspirou as letras, foi um daqueles momentos que me fizeram parar e pensar sobre o que estamos fazendo.”

O novo álbum do Blues Pills, "Birthday", exala uma energia irreprimível e uma sensação ao vivo, que fala de uma confiança em sua capacidade de criar novos sons cativantes sem mexer na fórmula explosiva que lhes deu início – um som que é tão eclético quanto pesado e divertido. Sua continuidade é um testemunho de sua determinação em progredir, amadurecer e evoluir seu som dentro de uma indústria volátil.

A banda sueca de rock’n’roll lançará seu quarto álbum de estúdio em 2 de agosto, antes de embarcar em turnê pela Europa em outubro. Escrito e gravado no idílico campo rural da Suécia, bem como no Recordia Studios, Birthday levou apenas 10 dias para ser gravado e foi produzido pelo renomado compositor e guru de estúdio Freddy Alexander.

Exodus exibe a fúria thrash em álbum ao vivo gravado em 1999

Um dos pioneiros do thrash metal da Bay Area, em San Francisco (Caliifórnia, nos Estados Unidos), o Exodus lançou em 30 de maio de 1989 o seu terceiro álbum de estúdio intitulado "Fabulous Disaster" e, para promove-lo, a banda fez uma turnê de cinco meses que também os levou para a Europa para um mês de shows ao vivo ao lado das bandas Nuclear Assault e Acid Reign.

O grupo americano encerrou essa turnê do álbum com um show no The Fillmore,, em San Francisco, em 14 de julho de 1989, que foi gravado para o primeiro álbum ao vivo da banda, "Good Friendly Violent Fun", lançado dois anos depois.

No entanto, as coisas poderiam ter sido diferentes porque na noite de 8 de março de 1989 um outro show foi gravado, um show em que eles simplesmente destruíram o palco do The Astoria em Londres! Uma noite que entrou para a história e se tornou lendária entre os fãs do Exodus, e do thrash metal em geral, ao redor do mundo!

Essa gravação permaneceu inédita e guardada na gaveta do Exodusaté agora! Trinta e cinco anos depois, esse show cheio de fúria finalmente será lançado pela primeira vez sob o título "British Disaster: The Battle Of '89 (Live At The Astoria)", que no Brasil é um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records.  

"British Disaster: The Battle Of '89 (Live At The Astoria)" mostra mais uma vez por que o EXODUS é uma das maiores bandas de Thrash Metal de todos os tempos: riffs para bater cabeça, solos rápidos e uma incrível atmosfera é tudo o que você pode esperar e vai conseguir deste álbum ao vivo.

Sobre este lançamento, o guitarrista Gary Holt comentou: "Às vezes, algo realmente incrível cai bem no seu colo. No caso do Exodus, eram bobinas de fita multitrack completas do nosso show principal em Londres, durante a turnê de 'Fabulous Disaster'! Então pensamos: 'Vamos ouvir e ver o que temos aqui', e BAM! Estávamos em chamas! Um puro e extravagante Thrash, cem por cento ao vivo e perigoso como sempre! Estamos muito felizes em poder lançar isso para nossos fãs. O caos total!"

Prepare-se para um som muito mais agressivo e cru do que nos álbuns de estúdio. "British Disaster: The Battle Of '89 (Live At The Astoria)", mixado e masterizado por Chris "Zeuss" Harris, é com certeza o maior álbum ao vivo da história do estilo, apresentando a energia pura que tornou o Exodus famoso e notório durante os anos 1980 e que fez deles uma das bandas lendárias do thrash metal. O melhor dos três primeiros álbuns clássicos da banda compilado em um setlist de arrasar.

'Anno Domini' resgata a era Tony Martin no Black Sabbath

 Era para ser um relançamento importante do Black Sabbath em 2023, mas a burocracia adiou por um ano uma aguardada caixa com álbuns de uma fase obscura da banda, ainda que sejam hoje cultuados e reconhecidos como bons discos.

O guitarrista Tony Iommi, fundador e único músico a tocar em todos os álbuns da banda, prometeu e cumpriu: "Anno Domini" está no mercado, uma caixa com quatro dos cinco álbuns gravados com o cantor Tony Martin, aquele que mais tempo cantou com a banda depois de Ozzy Osbourne.  São os discos gravados e lançados entre 1989 e 1995 pela gravadora IRS, a chamada era "Tony Martin", devidamente remixados e remasterizados.

Martin já havia antecipado em 2022 que Iommi tinha planos neste sentido; Em várias entrevistas, o cantor comentou que tinha reatado a amizade com o guitarrista e que havia planos para os relançamentos. 

Estão na caixa "Headless Cross" (1989), "TYR" (1990), "Cross Purposes" (1994) e "Forbidden" (1995). "The Eternal Idol" (1987), a estreia de Martin nos vocais do Black Sabbath, está fora por ter sido lançado pela gravadora Vertigo. "Dehumanizer" (1992), que teve as voltas de Ronnie James Dio (vocais) e Vinny Appice (bateria), também não faz pate do pacote.

Sobrevivência

Foi a era mais difícil dos 50 anos de Black Sabbath, em que os músicos entravam e saíam sem nem mesmo gravar uma música. Alguns apenas tocaram em turnês, preenchendo buracos. Outros, como o baixista Laurence Cottle, participaram de sessões de estúdio e em alguns shows. 

Alguns historiadores contestam a presença de vários nomes normalmente citados, e Tony Iommi, o único que participou de todas as formações desde 1968, mantém silêncio sobre isso e, em sua autobiografia "Iron Man", praticamente nem toca no assunto.

Vilipendiado, espancado, desprezado, menosprezado e até mesmo odiado, Tony Martin é o segundo vocalista que mais tempo cantou no Black Sabbath (perde em longevidade para Ozzy Osbourne), segurando a barra na mais desprestigiada fase da banda. Poder ser muita coisa, menos um músico ruim.

Ele paga o preço pelos inúmeros erros cometidos pelo guitarrista Tony Iommi, o pai dos riffs e o pai do metal, a partir dos anos 80. Com um feeling bluesy e voz rouca e potente, foi o fiel escudeiro de Iommi para evitar o desaparecimento de uma marca poderosa, mas desprezada pelo mercado naqueles tempos difíceis. 

Ninguém queria saber do Sabbath, mas Martin persistiu mesmo injustiçado com a "demissão" em 1991 para que Ronnie James Dio voltasse e o Black Sabbath reeditasse a formação de 1980-1982. Essa formação implodiria em menos de um ano, e logo o "operário" Martin estaria de volta...

Esforço recompensado

 Os relançamentos fazem justiça a um músico que nunca foi brilhante, mas que se esforçou demais em uma banda na qual ninguém apostava mais nada e ninguém queria tocar – por incrível que pareça.

Se alguém tem dúvidas a respeito de sua capacidade, é só ouvir a coletânea “The Sabbath Stones”, que traz uma quantidade necessária de músicas boas dessa fase não tão espetacular, mas digna, do Black Sabbath.

A decisão de Iommi tem a ver, certamente, com o reatamento da amizade entre os dois, justamente quando o Black Sabbath acabou de fato.

Martin reclamou em uma entrevista, por volta de 2012, que não entendia o motivo de Iommi nunca mais o ter procurado nem ao menos para bater um papo desde 1996, quando a turnê “Forbidden” acabou, com o guitarrista embarcando em seguida no projeto de volta da formação original, com direito a Ozzy Osbourne cantando.

Mais recentemente, Tony Martin tinha dito que ficou honrado e surpreso com uma ligação de Iommi, do nada, para saber como ele estava e o que estava fazendo da vida.

Laços reatados, ficaram de discutir a possibilidade de trabalharem juntos novamente em um projeto novo. A caixa com os CDs da época 1989-1995 pode ser o início dessa parceria, já que são pequenas as chances de o Black Sabbath ressuscitar.

Na hora certa, a força de vontade necessária

Perdido, sem forças para encarar um mundo novo e apegado a uma marca que desvalorizava rapidamente, Tony Iommi tinha sido abandonado pelos velhos companheiros Geezer Butler e Bill Ward (este muito doente à época) no final de 1984. O guitarrista se afundava a cada tentativa de ressuscitar o Black Sabbath.

Um pouco antes, Ian Gillan, o eterno cantor do Deep Purple, foi uma aposta alta quando Ronnie James Dio saiu brigado em 1982. Depois de uma bebedeira, eis que Gillan aceita cantar na banda e gravar um disco mal compreendido e mal produzido, “Born Again”. Não completou nem um ano com o grupo e logo aceitou participar da volta do Deep Purple.

Outro amigo, conterrâneo de Birmingham, Glenn Hughes - excelente cantor e outro ex-Deep Purple -, foi uma aposta ainda mais alta e arriscada para a fase “Seventh Star”, de 1986. O naufrágio veio com alguns meses de parceria por conta dos graves vícios em drogas e bebida de Hughes.

O então desconhecido americano Ray Gillen surgiu para terminar aquela turnê no lugar do incapacitado e irado Glenn Hughes. Foi bem e até aceitou permanecer para gravar “Eternal Idol”, mas brigou com o patrão e caiu fora para começar a gestar a ótima banda Badlands.

Dentro de uma tempestade duradoura, quem salvaria a lavoura?

Inexperiente e com passagens por bandas inexpressivas, Tony Martin foi uma indicação de amigos e impressionou pela boa performance em estúdio e pela vontade inabalável de trabalhar e fazer as coisas darem certo.

Regravou todos os vocais de Ray Gillen feitos para “Eternal Idol” e ajudou a banda a reviver os bons tempos com hits improváveis como “The Shining”, “Glory Ride” e “Eternal Idol”. 

O Black Sabbath voltava ao heavy metal e abandonava o hard rock meloso e sem inspiração de “Seventh Star”. Os bons resultados se devem muito a Martin.

O cantor sabia que as forças do mercado eram as que mandavam e que tudo poderia mudar de uma hora para outra, mas fechou os olhos, respirou fundo e apostou em um acavalo azarado que começava a enxergar a sorte de perto novamente.

Fora do páreo

Com mudanças constantes de formação, o Black Sabbath estava longe até mesmo dos dias mais ou menos, mas a força de vontade e a perseverança de Martin empurravam Iommi e a banda. Poderia, ao menos, dizer para filhos e netos que cantou na banda que teve Ozzy e Dio.

E assim, lentamente o Sabbath foi recuperando o nome com o bom CD “Headless Cross” e o razoável “Tyr”, garantindo rendas melhores e resgatando parte do público perdido nos anos anteriores.

Aí entra o mercado. Uma reunião com Dio, Geezer e Cozy Powell - rapidamente substituído por Vinny Appice depois de um acidente - é oferecida a Iommi e ele aceita. Era bom demais para ser verdade. Resignado, Martin foi para o banco de reservas, mas parecia saber que era temporário.

Acertou em cheio: a volta com Dio rendeu o excelente disco “Dehumanizer” em 1992, mas meses depois nova briga encerrava aquela formação – Ronnie Dio não aceitou participar do show de “despedida” de Ozzy.

Iommi não pensou duas vezes e quis manter a banda na ativa recrutando novamente Martin, que engoliu o orgulho e gravou mais dois discos.

O cantor nunca foi perdoado por parte do fãs da banda por ser apenas um tapa-buraco enquanto Iommi buscava formas mais viáveis de ganhar dinheiro. 

Martin sempre soube disso e nunca se incomodou. Virou o segundo cantor que mais vezes interpretou as músicas da banda. Não é pouca coisa. Merecia há muito uma homenagem como a que Iommi vai empreender com o relançamento dos álbns.

Trabalho bem feito

Tony Martin é uma pessoa bastante educada e discreta. Corpulento, intimida no começo, mas está longe de assustar assim que que começa a conversar. Em setembro de 2009, ele esteve em São Paulo para uma apresentação no Blackmore Bar, que não existe mais.

Polido, atencioso antes e depois do show, só falou o necessário a respeito de sua passagem de quase dez anos pelo Black Sabbath,entre 1986 a 1996 – inclusive passando pelo Brasil em 1994, quando a banda se apresentou no Monsters of Rock com o guitarrista Tony Iommi, o baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward.

Quando perguntado sobre ele ter sido o vocalista que mais tempo cantou na banda depois de Ozzy Osbourne, Martin fez um silêncio pensou um pouco e respondeu de forma sucinta: “É sinal de que fiz bem o meu trabalho.”

E encerrou o assunto. Se Glenn Hughes, o magistral vocalista e baixista que integrou o Deep Purple, evitou que o Black Sabbath acabasse em 1985, foi Martin quem segurou a onda e empurrou a carruagem por longos e tenebrosos anos.

Ele foi o responsável, junto com Iommi, por resgatar do zero uma banda que estava desacreditada e quase extinta. Seu trabalho cantando no Black Sabbath é consistente, mas de forma alguma brilhante. Foram alguns bons momentos, mas o saldo final da qualidade daqueles álbuns é apenas razoável, mas longe de ser ruim.

É reflexo da fase conturbada que Iommi vivia na época, sem as glórias do passado, quase falido e pouco inspirado como compositor – sem falar que perdeu totalmente controle da banda no que se refere às intensas trocas de integrantes.

Tony Martin era o vocalista da vez e não foi tão marcante. Só que menosprezar e depreciar seu trabalho com a banda é um grande erro.

Não era o grande Black Sabbath que todos aprenderam a amar e a apreciar, mas era o Black Sabbath, e com Tony Iommi. Isso muda tudo. Trinta e oito anos depois de assumir a banda em uma grande fogueira, o legado de Tony Martin merece respeito.

O auge do Soft Machne aparece em brilhante gravação ao vivo de 1971

Uma obscura banda inglesa que inventou o jazz rock nos porões de Londres. A controversa definição da banda Soft machine divertia os integrantes, mas os enchia de orgulho por muita gente considerar que eles anteciparam o que gente como miles Davis e John McLaughlin e sua Mahavishnu Orchestra faria anos depois;

Invetiva, inovadora e transgressora, a Soft machine transitou entre o rock psicodélico, o rock progressivo e o jazz, escrevendo alguns dos capítulos mais instigantes do rock dos anos 60 e 70. Abriu o maluco beleza australiano Daevid Allen, um dos fundadores, que depois criaria o Gong. e o excelente guitarrista Allan Hodsworth

Referência na música instrumental de todos os tempos, a banda Soft Machine é homenageada com i lançamento de uma raridade, uma caixa com gravações aop vivo realizadas na Noruega em 1971. São shows da época áurea da banda.

Não se trata de material inédito, mas agota as gravações receberam um tratamento magnífico com base em trabalho realizado em 2009 pela Reel Recordings. Essa empresa lançou o show ao vivo At Henie Onstad Art Center 1971, retirado da mesa de mixagem de um local norueguês no final de fevereiro, no domingo; 

Foi a segunda noite consecutiva que Soft Machine se apresentou lá. A formação era a clássica clássica do grupo - Elton Dean (teclados), Mike Ratledge, (teclados), Hugh Hopper (baixo) e  Robert Wyatt (bateria e vocais). -, que se desfez poucos meses depois. 

Graças ao Cuneiform, ambas as noites, sábado e domingo, estão oficialmente disponíveis pela primeira vez caixa "H​ø​vikodden 1971", que tem quatro CDs. 

. As gravações são embaladas em caixas de luxo (LP e CD) com som remasterizado de forma impecável, acompanhados por um livreto e e fotos raras.

O material é extraordinário, com um equilíbrio invejável de prog rock, jazz fusion e excelência técnica. A maior parte do material foi retirado dos álbuns "Htird" e "Fourth" , além de uma preciosidade,“Neo-Caliban Grides” (do álbum solo homônimo de Dean de 1971. “Pigling Bland” e “All White” eram então tema inéditos, que apareceriam somente no disco "Fifht", do ano seguinte. 

Ao vivo o som do Soft Machine guardava alguma semelhanças com dos conterrâneos do King Crimson e um pouco da superbanda de Miles Davis da época de "Bitches Brew'm o grande disco fusion do trompetista americano. 

"H​ø​vikodden 1971" é uma joia rara de nosso tempo e se torna uma viagem de mais de três horas por um mundo pouco explorado  do "jazz rock progressivo" e suas maravilhosas surpresas.. Não há dúvidas de que é a melhor gravação ao vivo da banda já lançada.

Lista de músicas

1. [February 27, 1971 – first set] Facelift (11:58)
2. Virtually (11:48)
3. Slightly All The Time (09:26)
4. Fletcher’s Blemish (06:43)
5. [February 27, 1971 – second set] intro (00:37)
6. Neo-Caliban Grides (09:06)
7. Out-Bloody-Rageous (09:57)
8. Vocal Improvisation (04:18)
9. Eamonn Andrews (01:12)
10. All White (02:41)
11. Kings and Queens (06:18)
12. Teeth (09:00)
13. Pigling Bland (04:31)
14. [February 28, 1971 – first set] Facelift (10:07)
15. Virtually (10:11)
16. Slightly All The Time (09:44)
17. Fletcher’s Blemish (08:00)
18. [February 28, 1971 – second set] Neo-Caliban Grides (08:03)
19. Out-Bloody-Rageous (08:44)
20. Vocal Improvisation (04:56)
21. Eamonn Andrews (01:09)
22. All White (02:38)
23. Kings and Queens (06:08)
24. Teeth (11:09)
25. Pigling Bland (04:38)
26. Slightly All The Time [encore] (06:54)

terça-feira, 4 de junho de 2024

Manowar inclui Brasília na turnê que passará pelo País em novembro

Do site Roqye Reverso

O Manowar incluiu a cidade de Brasília na turnê da banda norte-americana que passará pelo Brasil no segundo semestre. O grupo de heavy metal vai se apresentar no Opera Hall no dia 22 de novembro na capital federal.

Com a inclusão da nova data, Brasília já é a quarta cidade que fará parte da passagem do Manowar pelo País, que receberá bons nomes do rock na segunda metade de 2024, apesar dos temores de um suposto estouro na bolha do mercado de shows no Brasil.

Além de Brasília, conforme já anunciado anteriormente, a banda vai se apresentar Curitiba, em Recife e no Rio de Janeiro.

A apresentação na capital paranaense será realizada no dia 20 de novembro no Live Curitiba. O show na capital pernambucana será realizado no dia 24 de novembro no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães. Já o show no Rio será realizado no dia 26 de novembro no Vivo Rio.

A venda das entradas para o show em Brasília está sendo realizada pelo site Bilheto, o mesmo que também está vendendo ingressos para a apresentação em Recife. Para os shows de Curitiba e do Rio, o local de vendas é o site da Show Pass.

Os valores para a capital federal saem a partir dos R$ 300,00, sem contar as taxas de serviço do site.