terça-feira, 30 de julho de 2024

'Stop Making sense', dos Talking Heads, ganha trailer para os cinemas brasileiros


A versão remasterizada em 4K de "Stop Making Sense" pela produtora A24 ganhou um trailer _nacional inédito. O filme-concertoda banda americana Taling Heads, que estreia em 29 de agosto, retrata uma das fases mais criativas do grupo.

Com direção do cineasta vencedor do Oscar Jonathan Demme ("Silêncio dos Inocentes"), o filme é distribuído pela O2 Play no Brasil e estreia em salas selecionadas e salas IMAX.

Vencedor de Melhor Documentário na National Society of Film Critics (1985), Stop Making Sense_ _foi lançado pela primeira vez em 1984 e é considerado pelos críticos até hoje como o melhor filme-concerto de todos os tempos. Ele acompanha a banda Talking Heads em seu auge, com o lançamento de "Speaking in Tongues", quinto álbum de estúdio, em três apresentações em dezembro de 1983 no Pantages Theater, em Hollywood.  na Califórnia. 

O longa foi recém-restaurado em 4K para celebrar seu 40º aniversário. Talking Heads é uma banda indie de Nova York que fez sucesso nas décadas de 70 e 80. Formada por David Byrne, Tina Weymouth, Chris Frantz e Jerry Harrison, é conhecida por sua inovação e mistura de estilos como new wave,  punk rock, funk e world music.

 Com álbuns aclamados como "Remain in Light" (1980) e responsável por hits como "Psycho Killer" e "Once in a Lifetime", Talking Heads trouxe letras inteligentes e apresentações ao vivo inovadoras, recebendo em 2021 o prêmio Grammy de Contribuição em Vida, um dos mais importantes da premiação, por conta do legado artístico mesmo após a dissolução da banda em 1991. 

Um marco no rcok 

Bandas de circuitos universitários adoram o rótulo de alternativas até fazerem sucesso e ganhar muito dinheiro. Quando isso acontece, "rechaçam "rótulos" e fazer de tudo para serem inseridas na música pop temendo ficar restritas seja lá onde for. 

Duas grandes bandas da história do rock americano surgidas no final dos anos 70 se enquadram neste combo e deixaram claro que a distinção é nebulosa, dependendo do ponto de vista. Uma delas é o ótimo R.E.M,, uma joia rara que uniu guitarras estrondosas e melodias pop de alta qualidade.

A outra é o quarteto Talking Heads, inovador e criativo que aspirava atingir e inventar outras formas de arte unindo experimentalismo e boas doses de minimalismo. Foram dez anos extremamente produtivos que renderam bons álbuns e alguns hits grandes, como "Psycho Killer", "Road to Nowhere" e "And She Was".

Mas há uma característica bem interessante que ressalta a import}ancia do quarteto americano liderado por um escocês: é uma das poucas bandas cujo álbum ao vivo e tão ou mais importante que a maioria dos discos de estúdio.^

"Stop Making Sense", dirigido por Jonatham Demme, é referência história entre os filmes que registram bandas ao vivo, no palco. Está completando 40 anos de seu lançamento e sua trilha sonora, que saiu em LP e CD, é item obrigatório nas discotecas de colecionadores e admiradores das músicas dos anos 80.

Ambicioso e ousado na mesma medida da arrogância e prepotência do guitarrista e vocalista David Byrne, o filme é um bom retrato do que eram os anos 80 e a explosão da cultura pop de alto consumo. É uma explosão de criatividade em consonância com um desempenho elogiável de uma bana então afiada.

Até hoje é lembrado, entre outras cenas, pelo início em que Byrne entra em palco, pousa o rádio-gravador com toca-fitas no chão e começa a tocar os primeiros acordes de "Psycho Killer", o maior dos hits da banda.

Progressivamente, o resto da banda começa a aparecer em palco. Tina Weymouth (baixo) aparece para tocar "Heaven" enquanto o resto do palco começa a ganhar forma. Chris Frantz (baterista e marido de Tina) e Jerry Harrison (guitarra e teclados) entram nas músicas seguintes.

Nova iddeias

Os conceitos estéticos são diferentes e desafiadores, pois colocam a banda a serviço da câmera em um show ao vivo, aparentemente sem cortes por conta de erros. Os enquadramentos são interessantes, assim como os movimentos ágeis de câmera .

Essa agilidade é fundamental para que a banda desenvolva uma apresentação roteirizada, com cara de musical. Foi tão inusitada na época que ninguém conseguiu imitar ou copiar - nem mesmo Demme, que foi o diretor de longas-metragens impactantes, como "O Silêncio dos Inocentes" e "Filadélfia".

Com origem em Rhode Island (costa leste americana" e com ligações com escolas de moda e design, os integrantes abusavam de um visual que ajudou a dar o pontapé inicial no movimento new wave pós-punk. 

O som era pop, a atitude, punk, mas o conceito era quase progressivo-experimental. Se alguém clamava por um som diferente naqueles anos 80, os Talking Heads eram a banda indicada. O sucesso da banda coincidiu com a ascensão da MTV, criada pouco tempo antes. Foram queridinhos da emissora por tempo.

"Stop Making Sense" foi filmado em 1983 ao longo de quatro noites no Pantages Theater, em Hollywood, Los Angeles, e realizado por Jonathan Demme, que teve bastante trabalho nas filmagens e na edição.

"Burning Down the House", single do álbum "Speaking In Tongues", de 1983, é um dos pontos altos, colocando à prova excelência pop de uma banda inteligente e ousada. 

Com uma coreografia esquisita e figurino colorido e diferenciado, os Talking Heads (nome inspirado nos locutores de TV da época que apareciam apenas do peito para cima) deixam claro que estavam se divertindo e curtiram bastante tocar outras canções boas, como "Life During Wartime", "This Must Be the Place", "Once in a Lifetime" e "Girlfriend Is Better". 

O autoritarismo e um certo desrespeito por parte David Byrne elevaram as tensões internas e banda acabou em 1991. Tina e Frantz criaram o Tom Tom Club; Harrison virou produtor e músico ocasional e Byrne engatou um,a carreira solo e criou selos e gravadoras para apoiar artistas considerados de world music, entre eles o baiano Tom Zé.

 Reuniram-se em 2002 na cerimônia de indução da banda ao Rock and Roll Hall of Fame e, no ano passado, se juntaram de novo para comemorar os 40 anos das gravações de "Stop Making Sense". O filme foi restaurado e remasterizado para 4K IMAX após uma sessão de debates moderada pelo cineasta Spike Lee. Não há previsão, por enquanto, de eventos comemorativos dos 40 anos do lançamento do filme neste ano; 



 


segunda-feira, 29 de julho de 2024

Luto no blues: John Mayall, Happy Traum e Jerry Miller

Eugenio Martins Junior - do blog Mannish Blog

Nomes importantes do blues e do folk morreram no final de julho, em uma sucessão que empobreceu demais a música no período;

Happy Traum atuou na ascensão do folk nos anos 60, sendo contemporâneo de Bob Dylan no Café Wha?, onde sua banda, a New World Singers, muitas vezes cedeu espaço para o jovem Dylan. Inclusive a primeira versão de Blowin’ in the Wind foi gravada pelo grupo.

Traum também chegou a gravar com Dylan duas faixas que entraram no álbum duplo Bob Dylan’s Greatest Hits Vol. II (1971), o disco mais vendido do bardo do Village. São I Shall Be Released e You Ain’t Goin’ Nowhere, nas quais Traum encara o contrabaixo pela primeira vez em sua vida.
 
Com seu irmão Artie formou uma dupla que gravou alguns discos antes de cair na carreira solo. Foi estudioso do blues, cuja maior influência veio de Brownie McGhee. Gravou bons discos, o bem puxado para o blues, Relax Your Mind (1975), (American Stranger (1977), entre outros.

O compositor, cantor e guitarrista Jerry Miller ficou conhecido por ser um dos membros fundadores da banda Moby Grape, banda fundada na efervescência de São Francisco nos anos 60. E, claro, influenciada pelo blues e pelo psicodelismo da época. 

Ladeado por outros dois guitarristas, Peter Lewis (ex. Peter and the Wolfes) e Alexander “Skip” Spence, Miller foi o responsável pelos grandes arranjos apresentados pela Moby Grape. 

Fundou ainda o The Rhythm Dukes, participando de festivais e sendo aclamado como um dos grandes guitarristas da cena, não só por publicações como a Rolling Stone, mas também pelos seus pares, inclusive Eric Clapton, que o chamava de melhor guitarrista do mundo. Chegou a dividir palco com Jimi Hendrix.
 
A outra enorme perda foi a do multi-instrumentista, cantor e compositor britânico John Mayall, morto aos 90 anos. Fundador dos Bluesbreakers, Mayall abriu as portas para inúmeros artistas importantes para o blues e blues rock britânicos, entre eles, Eric Clapton, Peter Green e Mick Taylor.
 
Clapton se tornou um dos grandes nomes da guitarra de todos os tempos; Peter Green participou do Fleetwood Mac até lançar-se em uma carreira solo errática por uso e abuso de drogas, para depois constituir o Splinter Group; e Mick Taylor, nada menos do que o jovem que provocou ciúmes em Keith Richards, quando este sentiu que seu reinado nas seis cordas nos Rolling Stones estava ameaçado com a chegada do garoto. 

Mick Taylor injetou uma boa dose de blues aos álbuns dos Stones da época. É só conferir Sticky Fingers (1971) e o grandioso "Exile on Main Street " (1972), que você vai entender o que estou falando. Mas essas são outras histórias.

Mayall tinha a capacidade de aglutinar grandes artistas engajados em sua causa: fazer música inspirada na tradição do blues. Tanto que em todos os seus discos lemos e ouvimos muitos temas reverenciando bluesmen tradicionais.
 
Certa vez, conversando com Nuno Mindelis eu chamei Mayall de bluesman e o Nuno logo me corrigiu: “Eu não considero o John Mayall um bluesman. O considero mais um bluesófilo”. Ok Nuno. 

O fato que ao longo de seis décadas o “bluesófilo” John Mayall andou por aí tocando em festivais pelo mundo, juntando Walter Trout, Coco Montoya, Buddy Whittington, Joe Yuele, Tom Canning, Hank Van Sickle, nos modernos Bluesbreakers e gravando com Buddy Guy, Mavis Staples, Otis Spann, Champion Jack Dupree, Curtis Jones e espalhando simpatia por onde passava.
 
Inclusive Aqui no Brasil, onde sua última aparição foi no Rio das Ostras Jazz e Blues Festival, em 2010. Após o show John foi para a barraquinha de CDs e ele próprio vendeu seus discos e autografou para o público.

São tantos discos bons gravados por John Mayall que fica difícil indicar algum. Portanto, parto para o gosto pessoal:"Bluesbreakers with Eric Clapton" (1966), esse álbum entra em todas as listas dos melhores do blues; o ao vivo "The Turning Point" (1969), no qual Mayall mostra toda a sua habilidade como gaitista; "Wake Up Call" (1993), com duas parcerias matadoras: Buddy Guy em "I Could Cry" e Mavis Staples na faixa-título,  marcando sua entrada na Silvertone e o lançamento de grandes discos; "Blues for the Lost Days" (1997), com várias homenagens conforme já dito; e "Stories" (2002), cuja resenha encontra-se nesse blog: (https://mannishblog.blogspot.com/search/label/Meus%20Discos).

Leia também a entrevista exclusiva com Coco Montoya: (https://mannishblog.blogspot.com/2009/09/por-duas-vezes-coco-montoya-estava-na.html)

Sua página no Facebook continha a seguinte mensagem: “É com pesar que recebemos a notícia de que John Mayall faleceu pacificamente em sua casa na Califórnia ontem, 22 de julho de 2024, cercado por uma família amorosa. Os problemas de saúde que forçaram John a encerrar sua épica carreira em turnês finalmente levaram à paz para um dos maiores guerreiros da estrada do mundo. John Mayall nos deu noventa anos de esforços incansáveis para educar, inspirar e entreter.

Em uma entrevista de 2014 ao The Guardian, John refletiu: “[blues] é sobre – e sempre foi sobre – aquela honestidade crua com a qual [expressa] nossas experiências de vida, algo que tudo se junta nesta música, nas palavras também. Algo que está conectado a nós, comum às nossas experiências.” Essa honestidade, conexão, comunidade e forma de tocar crua dele continuarão a afetar a música e a cultura que vivenciamos hoje e nas gerações vindouras.

Nomeado OBE (Oficial do Império Britânico), artista duas vezes indicado ao Grammy e recentemente nomeado para o Hall da Fama do Rock & Roll, John deixa seus 6 filhos, Gaz, Jason, Red, Ben, Zak e Samson, 7 netos e 4 bisnetos. 

Ele também está cercado de amor por suas esposas anteriores, Pamela e Maggie, por sua dedicada secretária, Jane, e por seus amigos íntimos. Nós, a família Mayall, não podemos agradecer o suficiente a seus fãs e à longa lista de membros da banda pelo apoio e amor que fomos abençoados por experimentar de segunda mão nas últimas seis décadas.

John encerrou a mesma entrevista do Guardian refletindo mais sobre o blues: “Para ser honesto, não acho que alguém saiba exatamente o que é. Eu simplesmente não consigo parar de tocar.” Continue tocando blues em algum lugar, John. Nós te amamos.

Leia o que amigos e admiradores escreveram sobre John Mayall nas redes sociais:

“É muito triste saber do falecimento de John Mayall. Ele foi um grande pioneiro do blues britânico e tinha um olhar maravilhoso para jovens músicos talentosos, incluindo Mick Taylor – que ele me recomendou depois da morte de Brian Jones – inaugurando uma nova era para os Stones”. Mick Jagger

"Muito triste ouvir a notícia hoje sobre o falecimento de John Mayall. Sua música, suas bandas, seus guitarristas e seu legado foram extremamente influentes no mundo do blues. Ele inspirou inúmeros jovens músicos, incluindo um certo guitarrista adolescente de Chicago que ouvia seus primeiros álbuns por horas intermináveis. Vi John pela primeira vez durante uma turnê de reencontro do Bluesbreakers com Mick Taylor e John McVie no início dos anos 80 no Park West Chicago. Toquei em um projeto conjunto com ele no The Channel em Boston no final dos anos 80 (como membro da banda de Son Seals) e o vi pela última vez no Evanston SPACE há apenas alguns anos, onde ele gentilmente concordou em ser entrevistado no meu podcast. Obrigado John e que o Padrinho do Blues Britânico fique tranquilo." -  Dave Specter

"Lembrando John Mayall. Fizemos turnês juntos muitas vezes e por mais que ele fosse um músico lendário, ele também era um homem gentil e gracioso e sua falta será sentida" -. Shemekia Copeland

"Cara, acabei de descobrir que meu amigo e mentor John Mayall faleceu... o fim de uma era. Todo o cenário do rock and roll e da música hoje seria completamente diferente sem John. Obrigado John por tudo que você nos deu! Grande amor e boa viagem!" -  Debbie Davis

Armahda volta investindo em lenda da cidade perdida na Amazônia

Um avenureiro inglês em busca de uma cidade rica e pedridoa em plena selva amazônica brasileira, lutando contra todos para ter o dieito de desbravar o interior do Brasil A insuitada jornada que terminou em tragédia pe o tema do retorno da banda pauolista Armahada ao cenário musical.

Especializada em temas históricos brasileiros, a banda acaba de lançar um caprichado videoclipe para uma canção nova, "The Lost City". A música é poderosa, embora quase toda calcada em influências vindas do Iron Maiden, e apresenta elemtnos diferenciados mo heavy tradicional que anda em alta no momento.

"The Lost City" é uma amostra do segundo álbym do Armahda, que ainda não tem data para ser lançado, O tema é a empreitada do coronel inglês Percy Fawcett, que em 1925 se embrenhou na Amazônia em busca de uma cidade perdida ancestral.

No fim do século XIX e começo do século XX, ficaram populares as lendas que davam conta de cidades escondidas repletas de ouro na selva, tanto na América do Sul como na Flórida, nos Estados Unidos, em diversas versões da lenda chamada Eldorado.

Na busca por autorizações para desbravar o Mato Grosso e partes do que seriam hoje os estados de Tocantins e Amazonas, Fawcett e sua equipe travaram contato com personagens importantes da história nacional, como o marechal Cândido Rondon, o militar que domiava as ações no Cemtro-Oeste brasileiro. 

Provocando desconfianças do governo brasileiro e de políticos e militares do Mato Grosso, Fawcett angariou vários inimigos e muita oposição às suas expedições, mas ainda assim seguiu em frente em várias delas. A última foi em 1925, no Mato Grosso, mas nunca mais deu notícias. 

Por anos expedições nacionais seguiram seus rastros para descobrir o que aconteceu, mas jamais foi encontrado, assim como qualquer membro de sua comitiva final.

"A história desse inglês é fascinante e pouco conhecida pelos brasileiros, Ninguém aprende sobre ele na escola e decidimos tratar do assunto porque está envolto em mistérios", diz o empolgado vocalista Maurício Guimarães no lançamento do clipe, no Metal Bar, em São Paulo. ". A história de Fawcett em busca da Codade Z é repleta de mistérios e aventuras." 

O guitarrista Renato Domingos explica o conceito:  “O Armahda sempre manteve o foco na história do Brasil para escrever todas as músicas, mas também sempre buscamos curiosidades e temas inusitados que fugissem, de certo modo, do ‘padrão’ histórico brasileiro. Quando lemos sobre a aventura de Fawcett na Amazônia e tudo que ele acreditava, tivemos certeza que seria o tema perfeito para isso."

Ele cintinua: "A busca pelo desconhecido, símbolos misteriosos e um final até hoje sem explicação foram itens fundamentais para escrever uma música que pode despertar a curiosidade de todo tipo de público, além de marcar essa volta de uma maneira excêntrica sem deixar de lado o conceito que sempre guiou a banda."

Cim um CD lançado há mais de dez anos repleto de temas históricos, o Armahda aproveita para entrar na onda dos álbuns de heavy metal concentuais que as bandas brasileiras estão compondo e lançado desde o ano passado,

O Attractha, por exemplo, aborda em seu mais recente trabalho uma história sobrenatural ed e terror que virou uma graphic novel, uma espécie de livreto com a história do álbum em quadrinhos - é o álbum "Lex Taliois". 

The Heathen Scyte, por sua vez, aborda o paganismo em todas as suas músicas, incluindo uma performance teatral em seus shows recriando rituais pagãos da Europa antiga.

"É um momento legal que estamos vivendo, com esse syrto de criatividade", diz Domingos. "Essas bandas têm bastante coisa para dizer, assim como o Armahda, mostra que o nosso metal é rico e diferenciado."

Com turnês nacioonais e internacioais no currículo e um elogiado single lançado há alguns anos - "The Last Farewell" -, o Armahda entrou em um hiato para lapidar o novo trabalho e investir em temas mais obscuros e, ao mesmo tempo, surpreendentes. Com o novo clipe nas mãos, a ideia agora é buscar um selo ou até mesmo uma gravadora para ajudar a viabilizar o novo álbum.

A banda lançou seu primeiro álbum autointitulado em 2013, trazendo uma proposta inovadora ao cenário do Heavy Metal. Explorando temas raramente abordados dentro do gênero, a banda rapidamente capturou a atenção tanto do público quanto da mídia especializada.

O álbum trata de temas históricos relevantes, como a Guerra de Canudos, Duque de Caxias, e a Revolução Armada, proporcionando uma verdadeira aula de história através das letras de suas músicas. A banda disponibilizou todas as faixas para audição gratuita no YouTube, onde os ouvintes também podem conhecer a história por trás de cada letra.

O grupo é formado por Maurício Guimarães (vocal), Renato Domingos (guitarra), Alexandre Dantas (guitarra), João Pires (bateria) e Paulo Chopps (baixo)


Ave Sangria celebra 50 anos co show wem São Paulo

 Nelson de Souza Lima 0 especial para o Combate Rocm]

No dia 17 de agosto a Casa Natura Musical, em São Paulo, recebe para apresentação única a banda Ave Sangria. Considerado um dos grandes nomes do rock psicodélico/progressivo da década de 70 o grupo pernambucano leva para o palco da zona oeste paulistana o show "50 Anos".

Apesar das origens serem lá no final dos anos 60 quando o vocalista Marco Polo e o violonista Almir de Oliveira se juntaram, o Ave Sangria efetivamente iniciou carreira discográfica em 1974 ao lançarem o álbum homônimo.

Em plena ditadura militar o disco ficou  apenas dois meses nas lojas quando foi censurado e recolhido por incomodar os irascíveis militares e atentar à "moral e bons costumes".

Após esse episódio lamentável a banda encerrou atividades voltando apenas em 2014 mostrando a boa mistura do progressivo com baião e ritmos regionais. Em 2019 lançaram o disco "Vendavais" e, desde então. tem feito apresentações bastante concorridas.

Completam a banda ladeando Marco Polo e Almir de Oliveira os excelentes Ivson Wanderley (guitarra, violão), Rafles Oliveira (compositor, voz), João Luis Martins (baixo elétrico), Agrício Noya (percussão), Israel Semente (bateria) e Bira Total (bateria).

No setlist deste show comemorativo de cinco décadas na Casa Natura Musical não devem faltar "Seu Waldir", "Hei! Man", "Corpo em Chamas", "Lá Fora", "Cidade Grande", "Vendavais" e "Dois Navegantes".

SERVIÇO

Ave Sangria

Show: 50 anos

Dia 17 de agosto - 21 horas

Casa Natura Musical

Rua Arthur de Azevedo, 2134 - Pinheiros - São Paulo

Classificação: 16 anos

Ingressos a partir de R$ 40,00

Inf: https://bileto.sympla.com.br/event/95531/d/263708

sábado, 27 de julho de 2024

Fabio Golfetti, um estilista da guitarra inteligente no Brasil

 O som é diferente, contagiante, exasperante. É colorido e viajante. Tem texturas surpreendentes. “Era assim que se fazia música lá nos anos 80?”, perguntou uma jovem curiosa ao tomar contato com o som característico do Violeta de Outono, que tocou de graça na zona leste de São Paulo em julho de 2022.

O som surpreendeu até mesmo roqueiros mais velhos que pouco ou nada conheciam do trio, que voltou com a formação original há algum tempo – foi difícil conciliar a agenda do guitarrista e vocalista Fabio Golfetti, que também toca na banda anglo-francesa Gong – é o praticamente o líder desde q morte do cantor fundador Daevid Allen, em 2015.

Golfetti é um dos músicos mais fascinantes do rock brasileiro. Dizer que é um estilista da guitarra é muito óbvio. 

Ele é muito mais do que isso, ao ponto de ser reverenciado no Brasil e no exterior. Tímido e modesto, é sempre um prazer ouvi-lo narrar como constrói os sons etéreos em sua guitarra e como faz para equilibrar a vida na ponte aérea São Paulo-Londres em meio às extensas turnês internacionais do Gong.

Ainda não conseguimos a palavra de Fabio Golfetti no programa de web rádio Combate Rock, mas todos podem se deliciar com os 75 minutos de entrevista que eleconcedeu ao Alt Cast, videocast exibido no Youtube e comandado pelo jornalista Mauricio Gaia, integrante do Combate Rock, e pelo músico José Antonio Algodoal, da banda Pin Ups.

O guitarrista do Violeta de Outono deu uma aula de sobrevivência no mundo artístico underground valorizando a integridade musical e a ousadia aliada à criatividade. É a prova de que o rock está bem vivo em outras camadas da sociedade.

Clique abaixo e assista ao episódio de "Ait Cast" com Fabio Golffetti:

https://www.youtube.com/watch?v=aT8z_X6lphA


Ao pedir voto para Maduro, Roger Waters mergulho no lixo mais porfundo

 Roger Waters, o roqueiro inglês que tem coragem e que não foge à luta, mas que tem errado mais do que acertado nos últimos tempos basicamente por causa de um antiamericanismo infantil - ao ponto de levá-lo a bajular ditadores e relativizar a democracia.

O ex-baixista e cantor do Pink Floyd é referência internacional no ativismo político dentro da arte e do entretenimento. Corajosamente se coloca a favor dos palestinos contra a opressão israelense desde os anos 70 e é um critico contumaz do massacre de civis na guerra da Faixa e Gzza, manifestando humanismo e pacifismo elogiáveis.

No entanto, coloca a perder o apoio a boas causas quando mostra simpatia a ditadores canalhas e sanguinários, jogando por terra a pose de democrata que ansou de exibir no Brasil no ano passado. Para espezinhar os Estados Undos, ousou elogiar o desprezível Vladimir Putn, presidente da Rússia que mandou invadir a vizinha Ucrânia há dois anos.

Demonstrou ainda certa simpatia pela teocracia iraniana assassina e agora vomita ao pedir voto para o asqueroso Nicolás Maduro, o protoditado venezuelano que há anos destrói seu país aparelhando o Estado e intimidando a oposição. 

Maduro ameaça não deixar o poder caso pera a eleição deste final de semana - afirma que haverá "um banho de sangue caso perca".

Ao pedir voto para esse lixo pollítico Waters mergulha na lama comum do que há de pior na política mundial. Se tinha voltado atrás nos apoios a Putin  aos aiatolás iranianos criminosos, deta vez passa vergonha imensa ao ensossar um govero corrputo e autoritário que persegu adversáros e aparelha Congresso e Justiça dentro de um viés ieológico supostamente de esquerda. 

 Maduro e seus apadrinhados chavistas aprfundaram a miséria ecoômica em um país imensamente desigual, mas que ainda tinha alguma esperança de evilução. Com Maduro e o chavismo (implantado pelo ditador Hugo Chavez e seu seguidor, Nicolás Maduro. 

Fica difícil degender Waters diante de tanta bola fora e de tanto embarque em canoas erradas, suscitando desconfianças de que talvez não seja o democrata que afirma ser.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Pete Townshend, de The Who, lamça caixa com 14 CDs solo ao vivo

O guitarrista inglês Pete Townshend sempre foi um crítico das gravações ao vivo de sua banda, The Who, e de outros artistas porque nunca ficava satisfeito com as condições técnicas de captação de som  - para ele, era quase impossível registrar a energia e a intensidade reais de uma apresentação de rock. Nem mesmo o seu primeiro álbum solo ao vivo, “Deep End Live”, o agradou por completo.

Começou a mudar de ideia nos anos 90 após várias conversas com o amigo e fã Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, que pregava que os artistas tinham de investir mais em discos ao vivo crus, gravados no calor da apresentação.. Não foi à toa que The Who e Pearl Jam foram os pioneiros lançar gravações de quase todos os shows de uma turnê inteira quase sempre ao final delas, quando não, em algumas ocasiões, a disponibilizar o áudio do show inteiro em CD logo após o final delas.

Mexendo em seus arquivos no começo deste século, Townshend achou gravações excelentes de seus shows e resolveu lançá-las, com destaque para duas apresentações: “^Live at Sadler’s Wells 2000” e “Live at Brixton Academy 1985”. Mais tarde surgiu  um CD/dVD com o nome “Lifehouse Chronicles” com uma apresentação magistral no formato banda e orquestra.

 

Neste mês o guitarrista surpreende a todos com um megapacote de CDs com praticamente todos os áudios oficiais de shows lançados entre 1985 e 2001. Com tratamento de luxo e muita informação, “Live in Concert 1985-2001” é coposto por nada menos do 1ue 14 álbuns com vasto repertório solo e de sua banda. Claro que o preço é salgado na versão física, mas trata-se do mais amplo panorama da carreira solo de Townshend, que começa a comemorar o ciclo de seus 80 anos de idade, que serão completados em maio de 2025.

Os concertos aqui reunidos foram remasterizados e remixados pelo ex-cuhado Jon Astley, que toca teclados em alguns dos shows. Eram gravações disponíveis no site oficial do músico. Todos os álbuns estão esgotados há duas décadas.

O conjunto de caixas apresenta embalagem de luxo expandida em um estojo rígido tamanho CD e bandeja com nova arte do colaborador de longa data de Townshend Richard Evans, incluindo  caixinhas de CD atualizadas e um livreto de 28 páginas com notas de capa de Who e do arquivista de Townshend Matt Kent, um novo prefácio exclusivo de Pete Townshend, além de fotos raras e recordações.

Entre os shows ao vivo incluídos estão “Deep End Live”, gravado na Brixton Academy em Londres em 1º e 2 de novembro de 1985 – com direito à participação do guitarrista David Gilmour, do Pink Floyd; uma versão completa ao vivo do álbum “Psychoderelict”, gravado na Brooklyn Academy of Music em Nova York, 7 de agosto de 1993, durante a única turnê solo completa de Pete; um show íntimo do The Fillmore em San Francisco em 30 de abril de 1996, na época de seu primeiro álbum coletâna solo  “CoolWalkingSmoothTalkingStraightSmokingFireStoking”.

Há também registros de importância histórica, como retorno de Pete ao bairro onde foi criado pela primeira vez em 30 anos para um show ao vivo no Shepherd's Bush Empire em 9 de novembro de 1998; há também duas noites no Sadler’s Wells Theatre, em Londres, que geralmente abriga balé e dança moderna, apresentando músicas do projeto abortado de 1971 “Lifehouse”. Foi a única vez que um show completo da obra inacabada foi tentado e a única vez que algumas dessas músicas foram tocadas.

O pacote também inclui dois shows no La Jolla Playhouse em La Jolla, Califórnia (onde o musical de Tommy foi exibido pela primeira vez) registrados nos dias no 22 e 23 de junho de 2001. Como já foi dito, os shows agora relançados incluídos foram todos disponibilizados online anteriormente pela empresa de Pete, Eel Pie; houve apenas uma tiragem de cada CD e todos rapidamente se tornaram itens de colecionador.

 Embora Townshend tenha frequentemente realizado pequenos shows solo para causas de caridade, entre outras, para a Anistia Internacional, para The Prince's Trust e a instituição de caridade Double O do próprio The Who, que ajuda vítimas de violência doméstica e aqueles que sofrem de dependência química, shows solo completos têm sido poucos, o que aumenta a importância dessa grande caixa de CDs.

Há quem diga que esse é o epitáfio da carreira musical de Townshend, que pretende desacelerar e dedicar mais tempo à literatura. Tanto ele como o seu parceiro em The Who, o cantor Roger Daltrey, têm emitido sinais de que a banda não deve mais lançar material inédito ou fazer turnês. Portanto, é hora de aproveitar cada segundo deste grande pacote de shows de um dos artistas mais relevantes da história do rock.lo, não é apenas um concerto, é um EVENTO. Esses CDs representam o quão bons são esses eventos.”

Lista de músicas

CD1: Brixton Academy, London, 1 & 2 November 1985
1. Mary Anne With The Shaky Hand (2:34)
2. Won’t Get Fooled Again (5:32)
3. A Little Is Enough (5:28)
4. Secondhand Love (5:11)
5. That’s All Right, Mama (3:05)
6. Behind Blue Eyes (4:44)
7. The Shout (5:42)
8. Harlem Shuffle (5:13)
9. Barefootin’ (4:16)
10. After The Fire (5:05)
11. Love On The Air (6:15)
12. Midnight Lover (5:14)
13. Blue Light (9:48)
14. I Put A Spell On You (4:06)
15. I’m One (3:07)

CD2: Brixton Academy, London, 1 & 2 November 1985
1. Driftin’ Blues (2:01)
2. Magic Bus (5:01)
3. Save It For Later (5:01)
4. Eyesight To The Blind (3:57)
5. Walkin’ (5:28)
6. Stop Hurting People (5:34)
7. The Sea Refuses No River (6:45)
8. Boogie Stop Shuffle (8:46)
9. Face The Face (7:53)
10. Pinball Wizard (4:07)
11. Give Blood (7:10)
12. Night Train (7:26)

CD3: Brooklyn Academy of Music, Brooklyn, NYC, 7 August 1993
1. Intro (1:21)
2. English Boy (5:33)
3. Meher Baba M3 (3:48)
4. Let’s Get Pretentious (2:27)
5. Meher Baba M4 [Signal Box] (3:33)
6. Early Morning Dreams (2:54)
7. I Want That Thing (4:23)
8. Outlive The Dinosaur (0:53)
9. Outlive The Dinosaur (3:34)
10. Gridlife (1:20)
11. Flame (0:50)
12. Now And Then (4:03)
13. I Am Afraid (5:30)
14. Gridlife 2 (2:05)
15. Don’t Try To Make Me Real (3:23)
16. Predictable (0:43)
17. Predictable (2:01)
18. Flame (1:46)
19. Meher Baba M5 [Vivaldi] (1:59)
20. Fake It (3:29)
21. Now And Then (0:58)
22. Now And Then (2:55)
23. Baba O’Riley (1:19)
24. English Boy (9:47)

CD4: Brooklyn Academy of Music, Brooklyn, NYC, 7 August 1993
1. Pinball Wizard / See Me Feel Me / Listening To You (6:34)
2. Let My Love Open The Door (2:57)
3. Rough Boys (4:24)
4. Behind Blue Eyes (3:48)
5. The Kids Are Alright (2:57)
6. Keep Me Turning (5:03)
7. Eminence Front (5:52)
8. A Little Is Enough (6:11)
9. You Better You Bet (5:49)
10. Face The Face (4:50)
11. Won’t Get Fooled Again / Let’s See Action (13:42)
12. Magic Bus (10:23)

CD5: The Fillmore, San Francisco, 30 April 1996
1. Let My Love Open The Door (3:31)
2. English Boy (6:58)
3. Drowned (6:16)
4. The Shout (6:54)
5. I Put A Spell On You (3:52)
6. Cut My Hair (4:26)
7. Sheraton Gibson (3:08)
8. I’m One (5:07)
9. Heart To Hang Onto (5:09)
10. Parvardigar (7:14)
11. A Legal Matter (3:12)

CD6: The Fillmore, San Francisco, 30 April 1996
1. A Friend Is A Friend (7:50)
2. I Am An Animal (6:43)
3. All Shall Be Well (5:45)
4. Slit Skirts (5:25)
5. Eyesight To The Blind (2:12)
6. Driftin’ Blues (2:57)
7. Now And Then (4:47)
8. Rough Boys (6:34)
9. I’m A Boy (5:07)
10. Magic Bus (8:29)

CD7: Shepherds Bush Empire, London, 9 November 1998
1. On The Road Again (5:05)
2. A Little Is Enough (5:16)
3. Pinball Wizard (2:55)
4. Drowned (7:29)
5. Anyway, Anyhow, Anywhere (10:45)
6. You Better You Bet (5:40)
7. Behind Blue Eyes (3:44)
8. Baby Don’t You Do It (8:56)
9. English Boy (0:47)
10. Three Steps To Heaven (1:16)
11. Mary Anne With The Shaky Hand (1:24)
12. Sheraton Gibson (1:52)
13. Substitute (2:44)
14. I Am An Animal (4:01)
15. North Country Girl (3:33)

CD8: Shepherds Bush Empire, London, 9 November 1998
1. (She’s A) Sensation (2:34)
2. A Friend Is A Friend (5:52)
3. Now And Then (4:17)
4. Let My Love Open The Door (4:23)
5. Who Are You (13:12)
6. The Kids Are Alright (8:26)
7. Acid Queen (3:40)
8. Won’t Get Fooled Again (12:19)
9. Magic Bus (11:43)
10. I’m One (3:06)

CD9: Sadler’s Wells, London, 25 & 26 February 2000
1. One Note (2:07)
2. Purcell (Quick Movement) (1:09)
3. Teenage Wasteland (7:16)
4. Time Is Passing (3:16)
5. Love Ain’t For Keeping (3:01)
6. Goin’ Mobile (5:01)
7. Greyhound Girl (3:22)
8. Tragedy (5:16)
9. Mary (6:14)
10. I Don’t Even Know Myself (5:33)
11. Bargain (4:48)
12. Gettin’ In Tune (4:33)
13. Pure And Easy (6:05)
14. Baba O’Riley (10:18)

CD10: Sadler’s Wells, London, 25 & 26 February 2000
1. Baba O’Riley (5:26)
2. Hinterland Rag (3:39)
3. Behind Blue Eyes (3:58)
4. Let’s See Action (6:31)
5. Sister Disco (7:04)
6. Relay (4:42)
7. Who Are You (6:34)
8. Join Together (5:20)
9. Won’t Get Fooled Again (11:35)
10. Tragedy Explained (8:26)
11. The Song Is Over (5:53)
12. Can You Help The One You Really Love? (7:57)

CD11: La Jolla Playhouse, 22 June 2001
1. Pinball Wizard (5:46)
2. Let My Love Open The Door (4:19)
3. Heart To Hang Onto (9:17)
4. Cut My Hair (9:36)
5. Slit Skirts (5:19)
6. Drowned (9:51)
7. Greyhound Girl (5:30)
8. Tattoo (5:16)
9. The Sea Refuses No River (6:03)

CD12: La Jolla Playhouse 22, June 2001
1. Saint James Infirmary (1:51)
2. Eminence Front (7:59)
3. Won’t Get Fooled Again (10:45)
4. Behind Blue Eyes (3:29)
5. Won’t Get Fooled Again (4:03)

CD13: La Jolla Playhouse, 23 June 2001
1. Pinball Wizard (5:18)
2. Let My Love Open The Door (6:25)
3. Heart To Hang Onto (8:29)
4. Cut My Hair (7:42)
5. Slit Skirts (7:21)
6. Drowned (5:14)
7. Greyhound Girl (6:01)
8. Tattoo (4:28)
9. Collings (5:36)
10. Eminence Front (6:57)

CD14: La Jolla Playhouse, 23 June 2001
1. Sheraton Gibson (6:45)
2. Won’t Get Fooled Again (6:00)
3. I’m One (5:12)
4. Behind Blue Eyes (5:51)
5. Driftin’ Blues (2:42)
6. Eyesight To The Blind (2:53)
7. Won’t Get Fooled Again (4:52)

'Sinchronicity', obra-prima de The Police, ganha caixa com 6 CDs

 Quis o destino que o canto do cisne de uma das grandes bandas de rock da história fosse um dos melhores trabalhos da década de 80 lembrado atpe hoje por fã e críticos musicais. Houve quem dissesse que “Synchronicity’ era o álbum mais ambicioso já lançado, a síntese da perfeição pop que dificilmente seria superado. Ninguém esperava qu fosse o fim de The Police.

O trio britânico pop, sem que ninguém soubesse, estava encerrando as atividades logo depois de seu lançamento e da subsequente turnê de divulgação. Em sua autobiografia, o guitarrista Andy Summers comenta como foi difícil encarar os últimos shows já sabendo que o baixista e vocalista – e principal compositor -, Sting, estava irredutível em começar uma carreira solo.

Com um ano de atraso, o espólio da banda comemora os 40 anos de lançamento do expressivo trabalho que marcou a década de 1980. É uma caixa contendo seis CDs com material diferenciado e muita coisa ao vivo. Açém das canções com mixagens diferentes, o material ao vivo dos shows da época são o destaque, já que The Police é marcado como um grupo que lançou pouquíssimos discos ao vivo relevantes.

O álbum original vende 15 milhões de LPs pelo Rmundo e foi aclamado pela crítica em todo o mundo. Recebeu cinco indicações ao Grammy em 1984 e ganhou três (Melhor Performance de Rock por Duo ou Grupo com Vocal, Canção do Ano ('Every Breath You Take') e Melhor Performance Pop. por Duo ou Grupo com Vocal). O álbum também foi aclamado pela imprensa e desde então apareceu em muitas listas, incluindo o número 159 na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Esta reedição está há três anos no no forno. O livreto de 62 páginas que acompanha contém novas notas extensas escritas pelo jornalista musical Jason Draper, que detalha a concepção e o nascimento infame da obra-prima do The Police. Mais de quarenta anos depois, todos os três membros da banda continuam a marcar o legado do The Police: Stewart Copeland publicou seus Police Diaries e viajou pelo mundo com seus shows no Police Deranged. Em outubro e novembro, Stewart se apresentará em todo o Reino Unido com seu novo programa falado, Have I said Too Much?.

Andy Summers publicou vários livros de fotografia com foco na era da banda. Ele está atualmente em turnê com seu show “Cracked Lens + A Missing String” pelos EUA; e Sting continua a fazer extensas turnês: sua atual turnê pelos Estados Unidos e Europa dura 2024 e apresenta muitas músicas do Police entre seus trabalhos solo.

 

O CD1 é o álbum original incluindo ‘Murder By Numbers’, todo remasterizado diretamente das fitas originais O CD2 apresenta 18 faixas contendo todos os lados B originais de 7”/12”, além de 11 faixas bônus exclusivas que não fazem parte do álbum, disponíveis em CD pela primeira vez; Os CDs3 e 4 contém versões alternativas inéditas de todas as músicas do “Synchronicity”.

O CD4 também traz músicas inéditas do Police, incluindo uma versão inicial da faixa de 1982 de Andy Summers, ‘Goodbye Tomorrow’ (mais tarde renomeada como ‘Someone To Talk To’); uma demo de uma canção escrita por Stewart Copeland, 'I'm Blind', que mais tarde ressurgiu como 'Brothers on Wheels' para a aclamada trilha sonora de Copeland para 'Rumblefish' de Francis Ford Coppola; um primeiro take inédito de ‘Truth Hits Everybody’ (originalmente da estreia de 1978, Outlandos d’Amour’); e covers raros da música de Eddie Cochran 'Three Steps To Heaven' e 'Rock and Roll Music' de Chuck Berry. Os CDs5 e 6 apresentam 19 gravações ao vivo – todas inéditas – capturadas em 10 de setembro de 1983 no Oakland Coliseum, nos EUA

Descrição

CD1
01. Synchronicity I (Remastered 2023)
02. Walking In Your Footsteps (Remastered 2023)
03. O My God (Remastered 2023)
04. Mother (Remastered 2023)
05. Miss Gradenko (Remastered 2023)
06. Synchronicity II (Remastered 2023)
07. Every Breath You Take (Remastered 2023)
08. King Of Pain (Remastered 2023)
09. Wrapped Around Your Finger (Remastered 2023)
10. Tea In The Sahara (Remastered 2023)
11. Murder By Numbers (Remastered 2023)

CD2
01. Truth Hits Everybody (Remix)
02. Man In A Suitcase (Live At The Variety Arts Theatre, Los Angeles, USA / 16th January 1981)
03. Someone To Talk To
04. Message In A Bottle (Live At The Gusman Cultural Center, Miami, USA / 26th October 1979)
05. I Burn For You
06. Once Upon A Daydream
07. Tea In The Sahara (Live At The Omni, Atlanta, USA / 3rd November 1983)
08. Every Breath You Take (Backing Track)
09. Roxanne (Backing Track)
10. Wrapped Around Your Finger (Live At The Omni, Atlanta, USA / 3rd November 1983)
11. Every Bomb You Make
12. Walking On The Moon (Live At The Omni, Atlanta, USA / 3rd November 1983)
13. Hole In My Life (Live At The Omni, Atlanta, USA / 3rd November 1983)
14. One World (Not Three) (Live At The Omni, Atlanta, USA / 3rd November 1983)
15. Invisible Sun (Live At The Omni, Atlanta, USA / 2nd November 1983)
16. Murder By Numbers (Live At The Omni, Atlanta, USA / 2nd November 1983)
17. Walking In Your Footsteps (Derangement)
18. Tea In The Sahara (Derangement)

CD3
01. Synchronicity I (Demo)
02. Synchronicity I (Alternate Mix)
03. Synchronicity I (Instrumental)
04. Walking In Your Footsteps (Alternate Version)
05. Walking In Your Footsteps (Alternate Mix)
06. O My God (Demo)
07. O My God (Out-Take)
08. O My God (OBX Version)
09. O My God (Alternate Mix)
10. Mother (Alternate Version)
11. Mother (Instrumental)
12. Miss Gradenko (Alternate Mix)
13. Synchronicity II (Demo)
14. Synchronicity II (Out-Take)
15. Synchronicity II (Extended Version)
16. Synchronicity II (Alternate Mix)
17. Synchronicity II (Instrumental)

CD4
01. Every Breath You Take (Demo)
02. Every Breath You Take (Out-Take)
03. Every Breath You Take (Alternate Mix)
04. King Of Pain (Demo)
05. King Of Pain (Alternate Version)
06. King Of Pain (Alternate Mix)
07. Wrapped Around Your Finger (Demo)
08. Wrapped Around Your Finger (Alternate Mix)
09. Wrapped Around Your Finger (Instrumental)
10. Tea In The Sahara (Demo)
11. Tea In The Sahara (Alternate Mix)
12. Murder By Numbers (Demo)
13. I'm Blind (Demo)
14. Loch
15. Ragged Man
16. Goodbye Tomorrow
17. Truth Hits Everybody (Remix / Out-Take)
18. Three Steps To Heaven
19. Rock And Roll Music

CD5
01. Synchronicity I (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
02. Synchronicity II (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
03. Walking In Your Footsteps (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
04. Message In A Bottle (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
05. Walking On The Moon (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
06. O My God (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
07. De Do Do Do, De Da Da Da (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
08. Wrapped Around Your Finger (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
09. Tea In The Sahara (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
10. Spirits In The Material World (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)

CD6
01. Hole In My Life (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
02. Invisible Sun (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
03. One World (Not Three) (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
04. King Of Pain (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
05. Don’t Stand So Close To Me (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
06. Murder By Numbers (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
07. Every Breath You Take (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
08. Roxanne (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)
09. Can’t Stand Losing You (Live At The Oakland–Alameda County Coliseum, California, USA / 10th September 1983)

Superpunk, uma nova herpína nos quadrinhos

- O projeto Brutal Brega, com o cantor punk João Gordo (Ratos de Porão) fazendo versões punks de músicas bregas populares brasileira, lançou mais um single, desta vez de uma canção de Caetano Veloso - uma mudança de orientação, já que "|atrás do Trio Elétrico" não é uma canção brega. A faixa deve integrar o segundo álbum do projeto, que começou como uma homenagem à chamada “música brega”, mas agora prestará tributo à MPB. A releitura acompanha também um videoclipe dirigido por Raul Machado. Inclui, ainda, uma mensagem de áudio do próprio Caetano, reagindo ao cover. O músico declarou: Veja em https://youtu.be/N_0o8_IUB44

O produtor musical Rick Bonadio (NX Zero, Mamonas Assassinas, junto com seu time de produtores e técnicos lançou a coletânea dupla "Hoje é Dia de Rock", produzida e finalizada no seu estúdio e gravadora Midas Music. Bonadio, conhecido por seu trabalho com ícones do rock nacional como Charlie Brown Jr., Mamonas Assassinas, Cpm22 e entre outros, reuniu em dois volumes uma seleção de bandas emergentes, consideradas as novas promessas do rock brasileiro. A coletânea reúne uma diversidade de estilos dentro do rock e apresenta bandas que estão ganhando espaço na cena musical e teve a direção artística de Sérgio Foud ( Titas, Zeca Baleiro) . O Time de Engenharia de Áudio contou com Mixagem e Masterização de Bernardo Tavares, Rafael Bissacot e Gabriel Galindo, além da coordenação de Fernando De Gino. Entre os nomes escolhidos destacam-se: Circus, Lunoz, Fake Honey, Melton Sello e Eu Galhardo.

Ouça a coletânea “Hoje é Dia de Rock” aqui: https://open.spotify.com/intl-pt/album/1uzDFVl4WAuvZs1McLKqCg?si=aad728c8667f4659

Confira a lista completa das faixas:

Volume 1:Nice Trip - "Como você sempre quis"
Tuco - "Qualquer notícia"
Lunoz - "Vento"
Eu Galhardo - "Falta pouco"
Lance & Lewis - "Deixa Star"
Dinossauros - "Incêndio"
Montanee - "Little Brother"
Melton Sello & DJ Negralha - "Shortinho e Chinelo"

Volume 2:Fake Honey - "Fake Tears"
Haven - "Unknot my heart"
Circus - "Tempestade"
Gihulian - "You're late"
Radiofront - "Beautiful Surrender"
Roterdan & Circus - "O que resta em nós"
Triunfe - "Só estou indo"
Lagarta Alada - "Boneca Vodu"
Lanceloti - "Cruel"
Máquina de Revolta - "Um cara também"

- Um ano após um fim de semana memorável no Estádio de Wembley, na Inglaterra, chega “Live at Wembley Stadium”, o novo álbum ao vivo do Blur que captura os históricos shows de julho de 2023, onde o blur apresentou suas icônicas e amadas canções para 150 mil fãs. O projeto já está disponível nas plataformas digitais, via Parlophone,com distribuição nacional da Warner Music Brasil. “Live at Wembley Stadium” apresenta uma coleção de músicas capturadas em duas noites inesquecíveis - os maiores shows da carreira da banda até hoje, que viram Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree se apresentarem para uma multidão de fãs pela primeira vez no icônico estádio de Londres. Os shows profundamente emocionantes, que aconteceram nos dias 8 e 9 de julho de 2023, capturaram, de acordo com o Financial Times (que lhe deu cinco estrelas na crítica), “uma sensação de grandiosidade”; e “borbulharam com a energia vibrante de uma banda no seu auge”, segundo o veículo
Evening Standard, que também cravou as cinco estrelas.

- Misturando uma aventura sobrenatural, diálogos engraçados e muito(muito!) punk rock, o quadrinho conta a história de Violeta, uma pré-adolescente de 13 anos que vive por aí com o toca-fitas do seu
avô plugado nos ouvidos. Mas, após tocar uma fita cassete ao contrário, ela libera monstros assustadores e também ganha poderes para assumir uma nova identidade secreta: a Superpunk, uma heroína de
máscara-touca, cheia de atitude.

 O quadrinho foi lançado em pré-venda no dia 14 de junho, e a resposta do público foi imediata e positiva, com mais de 500 exemplares vendidos até agora. O lançamento oficial, com sessão de autógrafos, está programado para os dias 27 e 28 de julho, na Fábrica de Cultura de Diadema, em parceria com a Perifaon.

Ao lado de seu fiel escudeiro, o podcaster e investigador sobrenatural Alan, ela enfrenta diariamente as criaturas sombrias que somente os dois são capazes de enxergar. Entre sua rotina de péssima aluna e skatista fajuta e sua agenda de combate a ameaças sobrenaturais, Violeta ainda terá de lidar com o retorno de uma velha amiga, que vai obrigá-la a reviver seu passado, e com a invasão de uma horda de monstros em sua escola.

Publicado inicialmente como um zine em 2017 pelo multipremiado quadrinista Guilherme Petreca, responsável por "Ye", "Shamisen" e "Ogiva", a história de Superpunk _chega para compor a mesma trilha de sucesso, contando com a parceria criativa da roteirista de TV Mirtes Santana que colaborou nas séries "Escola de Gênios", "Turma da Mônica: a Série" e "O Menino Maluquinho".  

Repleta de referências musicais, visuais e de uma arte única, Superpunk resgata elementos favoritos de diversas gerações: seja a nostalgia musical onde os perrengues com fita-cassete e vinil são uma realidade distante de quem vive conectado com plataformas de streaming de música; seja pelos temas universais da adolescência, como amizades inesperadas, crescimento e empoderamento feminino.

Superpunk, acima de tudo, se propõe como uma história para toda a família, trazendo uma linguagem reconfortante que trás memórias afetivas dos anos 2000, contanto personagens carismáticos, trilha
sonora marcante, que visa acender uma faísca de conforto e esperança, além de frescor no mercado disputado de super-heróis.

Paul McCartney lança pérola ao vivo gravado nos anos 70

Paul McCartney precisa provar que é um astro pop fora dos Beatles. Não foram poucas as pessoas que o atazanaram com essa "máxima" nos anos 70 duvidando de sua capacidade como compositor e instrumentista joge dos ex-companheiros.

 

O ex-beatle ficou encanado e tentou expiar os pecados no intimista e quase amador "McCartney", seu primeiro trabalho solo, de 1870, lançado pouco depois de "Lit It Be", o último dos Beatles. Tocou todos os instrumentos e cravou pelo menos um clássico, a maravilhosa "Maybe I'm Amezed".

 

A partir de 1972, com a banda Wings, começou a se libertar do passado, especialmente quando lançou o ótimo "Band o tne Run", e retomou seu lugar no panteão do rock e da música pop.

 

Para relembrar esse período rico de sua carreira, McCartney lançou um álbum inédito, por assim dizer, um registro perdido nos arquivos que ilustra bem o que foi a sua produção musical naquea década. "One Hand Clapping" é mais uma pérola de uma trajetória riquíssima.

 

I novo produto está disponível em formatos digitais e também em vinil. O estafe do músico ainda avalia o lançamento em CD.

 

O formato é inusitado, pois se trata de um show ao vivo uma espécie de show ao vivo dentro do estúdio Abbey Road, casa de gravação dos Beatles. Paul e sua mulher Linda, ao lado do guitarrista Denny Lane repassam um repertório já bem conhecido com nova formação - chegaram na época o guitarrista Jimmy McCulloch e o baterista Geoff Britton. 

 

Foi a melhor fase dos Wings, por mais que muitos livros sobre o ex-beatle naquele período rlatem que ele tinha relações complicadas com os músicos, inclsuive com acusações posteriores de falta de pagamento e  problemas dde créditos em músicas.

 

São 26 músicas que reúnem clássicos e canções nem tão famosas, mas que estão marcadas na carreira de McCartney de forma definitiva. E é óbvio, asim coo hoje, que músicas dos Beatles estariam presentes, como "Let It Be" e a magistral "The Long and Winding Road". 

 

A banda também brilha em standards do rock de todos os tempos, principalmente os clássicos dos anos 50 que serviram de base para o repert´[otio dos então iniciantes Beatl4s, como "Twnty Flight Rock", de Eddie Cochran, e "Peggy Sue". 

 

O brilho, no entanto, é para o vigor das apresentações das canções solo do período pós-Beatles, como "Jet", "Live and Let die" e a versão incandescente de  "Band on the Rub". 

 

O músico se mostra mauro e sereno aos 342 anos de idade e imprime uma segurança exuberante nos improvisos e nos riffs icônicos. Ers o material ao vivo que Paul McCartney estava devendo aos fãs desde sempre.


Oxigênio Festival confirma 4 atrações internacionais

O Oxigênio Festival 2024 acontece nos dias 3 e 4 de agosto no Aeroclube Campo de Marte, em São Paulo. Esta edição terá 23 bandas, sendo quatro internacionais (Hot Water Music, The Get Up Kids, Chris Cresswell e Chuck Ragan), além de 19 bandas de diversas eras da música independente/alternativa brasileira.

Os ingressos continuam à venda em www.oxigeniofestival.com.br.

Como headliners, a edição 2024 traz a clássica banda de punk rock Hot Water Music (EUA) no sábado, enquanto o The Get Up Kids (EUA), ícone do emo da geração 90/2000, fecha o domingo.

Esta, que é a nona edição do Oxigênio Festival, é uma realização da Gig Music e Hangar 110.

Além dos dois palcos, o principal e o secundário, estrategicamente montados num grande espaço externo hangar no Campo de Marte, o Oxigênio Festival 2024 terá diversos estandes de merchandising, ações de ativação de marcas, praça de alimentação com opção para todos os públicos e bancos para, vez ou outra, descansar e socializar.

Dia 1, o sábado (3/08)

A clássica banda de punk rock norte-americana Hot Water Music será a banda principal do primeiro dia de festival. O quinteto, sempre comandado pela voz e guitarras marcantes de Chuck Ragan, recém-lançam o disco Vows, que eles apontam como uma celebração dos 30 anos de história e também do futuro.

Outra atração internacional do sábado é Chris Cresswell, vocalista e guitarrista do The Flatliners. O canadense, que está há mais de 20 anos na indústria musical, fará um set acústico com músicas de seus discos solo e, claro, hits do The Flatliners.

As atrações nacionais do sábado são de peso e com muita história para contar e cantar no Oxigênio 2024. Tem Hateen, uma das mais queridas formações - desde a década de 90 - do emo/punk rock; Bayside Kings e seu furioso e contagiante hardcore punk, que sempre atrai multidões; e Dominatrix, banda pioneira do punk rock feminista brasileiro.

Completam o primeiro dia a Apnea, banda do baterista Boka (Ratos de Porão) que mistura metal, stoner rock e indie rock, a street punk e altamente enérgica Faca Preta, o quarteto com vocal feminino de grunge/indie Horney, a clássica banda de rock/punk de Fortaleza Backdrop Falls, além do já conhecido Karaokillers, que faz versões matadores de clássicos do rock e do punk.

Recentemente a Aurora Rules entrou no lineup do sábado. Fundada há 15 anos em Goiânia-GO, faz um som que vai do metal ao hardcore, sempre buscando autenticidade.
Dia 2, o domingo (4/08)

O The Get Up Kids (EUA), uma das bandas mais influentes do rock alternativa/emo da década de 1990, volta ao Brasil, agora no palco do Oxigênio Festival 2024, para celebrar 25 anos do disco clássico Something to Write Home About (199), com a promessa de tocá-lo na íntegra e mais outros hits da carreira.

Com sua voz emocional e áspera, o guitarrista e vocalista da banda americana Hot Water Music, Chuck Ragan, que toca o projeto solo desde 2006, fará um show acústico nesta edição do Oxigênio Festival.

O domingo do Oxigênio 2024 mantém o clássico em evidência no hall das atrações nacionais, com uma trinca eletrizante do punk rock: Sugar Kane e Aditive além do Nitrominds, que faz show especial de reunião exclusivo para o festival.

E domingo é dia de mais um acústico: Gabriel Zander! Ele vai apresentar um set intimista com músicas de toda carreira, principalmente Noção de Nada, Deluxe Trio, Discoteque, entre outras.

Tem também Questions, nome altivo e potente do hardcore nacional com reconhecimento mundial; Magüerbes, uma máquina de riffs e hits, em turnê do ótimo disco Rurais; a nova geração é representada pela post-hardcore com vocal feminino December, o hardcore melódico também com vocal feminino da Join the Dance, a novata Swave (formada por figurões da cena alternativa) e mais um dia do divertido Karaokillers.
Oxigênio Festival 2024

Data: 03 e 04 de agosto de 2024
Local: Campo de Marte
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 650 - Santana, São Paulo (em frente ao Sambódromo)
Horário: das 12h às 00h
Classificação 16 anos (menores de 16 anos, somente acompanhados dos representantes legais, ou seja, pai ou mãe, durante todo o evento, mediante a apresentação de documentos de identidade comprobatórios).

Ingressos: oxigeniofestival.com.br

Informações: www.instagram.com/oxigeniofestival

Ingressos meia entrada mediante à apresentação da carteira de estudante OU a doação de 1kg de alimento não perecível (MENOS SAL E AÇÚCAR) ou um pacote de absorvente feminino, a ser entregue no dia do show.

Bandas confirmadas:

03 de agosto (sábado): Hot Water Music, Chris Cresswell, Hateen, Bayside Kings, Dominatrix, Aurora Rules, Apnea, DEB, Faca Preta, Horney, Backdrop Falls, Karaokillers.

04 de agosto (domingo): The Get Up Kids, Chuck Ragan (acústico), Sugar Kane, Aditive, Nitrominds, Questions, Gabriel Zander (acústico), Magüerbes, December, Join the Dance, Swave, Karaokillers.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Ira! e Humberto Gessinger tocam no clube Juventus

 Nelson de Souza Lima - especial para o Combate Rock

No próximo dia 2 de agosto o Clube Atlético Juventus recebe em apresentação única a banda paulistana Ira! e o gaúcho Humberto Gessinger. Nomes significativos do rock oitentista sobem ao palco da zona leste da capital para dois shows completos, porém não se sabe se um participará da apresentação do outro.

É esperar para ver. O tradicional clube da Mooca vem se tornando uma ótima opção para conferir grandes shows na ZL, uma vez que os principais palcos da cidade estão em regiões distantes. Esse evento traz a assinatura da Makerismo Produção com coordenação da Agência Maker que está se tornando uma das maiores do país no segmento do entretenimento.

A paulistana Ira! esta na estrada há mais de 40 anos sendo liderada por Edgard Scandurra (guitarra) e Marcos Valadão, o Nasi (vocal) que são uma espécie de Lennon/McCartney do rock brasuca, dada a criatividade em compôr hits. A estreia discográfica dos caras rolou em 1985 com “Mudança de Comportamento”. Depois vieram álbuns emblemáticos como “Vivendo e Não Aprendendo” (1986), que trazia a clássica “Flores em Você”, tema da novela global “O Outro”.

Também são registros discográficos importantes do Ira! “Psicoacústica” (1988), “Meninos da Rua Paulo” (1991), “Música Calma para Pessoas Nervosas” (1993), “Entre Seus Rins” (2001) e “IRA”, de 2020, até aqui o mais recente álbum dos paulistanos.

A atual formação do grupo, além de Nasi e Scandurra traz Daniel Rocha (baixo), Evaristo Pádua (bateria) e Johnny Boy (teclados). No setlist dos caras porradas como “Dias de Luta”, “Núcleo Base”, “Tolices”, “Envelheço na Cidade”, “Eu Quero Sempre Mais”, “Vitrine Viva”, “Pobre Paulista”, “Quinze Anos”, “Tarde Vazia” e “O Girassol”.

Por sua vez, Humberto Gessinger, gaúcho de Porto Alegre, é um artista completo: cantor/compositor/instrumentista/produtor/escritor tendo ganhado holofotes à frente dos Engenheiros do Hawaii, grupo que estreou em disco em 1985 com “Longe Demais das Capitais”. O destaque desse trabalho foi “Toda Forma de Poder” e com mais de 130 mil cópias vendidas deu aos gaúchos seu primeiro disco de ouro.

Com os Engenheiros, Gessinger lançou mais de dez registros discográficos, entre eles, “A Revolta dos Dândis” (1987), “O Papa É Pop” (1990), “Várias Variáveis” (1991), “Simples de Coração” (1995), “!Tchau Radar!” (1999), “Surfando Karmas & DNA” (2002) E “Dançando no Campo Minado” (2003). O último trabalho da banda foi “Acústico: Novos Horizontes”, de 2007, sendo que encerraram atividades, até prova em contrário, no ano seguinte.

Desde então o músico vem realizando parcerias e lançando trabalhos solos. O mais recente álbum de estúdio de Humberto Gessinger é “Quatro Cantos de Um Mundo Redondo”, lançado em 2023.

O setlist do gaúcho fará uma síntese desses quase 40 anos de estrada, com clássicos do Engenheiros e também da carreira solo.

Não devem ficar de fora “Tudo está parado”, “Saudade Zero”, “Das Tripas Coração”, “Começa Tudo Outra Vez”, “Infinita Highway”, “O Papa é Pop”, “Somos Quem Podemos Ser”, “Refrão de Bolero”, “Pra Ser Sincero”, “Eu Que Não Amo Você”, além da clássica “Era Um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones”.

SERVIÇO

Ira! e Humberto Gessinger

Dia 2 de agosto – Primeiro show: 22h30

Clube Atlético Juventus

Rua Juventus, 690 – Mooca – São Paulo – SP

Classificação: 18 anos

Ingressos a partir de R$ 80,00

Inf: https://www.ticket360.com.br/ingressos/28873/ingressos-para-humberto-gessinger-e-ira

O rock nacional se movimenta com lançamentos de Samuel Rosa, Inocentes e Titãs

Entre regravações e estreia solo, o rock nacional mostra vitalidade e fôlego nos novos trabalhos de Sanuel Rosa, Titãs e Inocentes. Em um momeno em que o mercado brasileiro se assenta por conta das dificuldades em vender ingressos para shows e turnês grandes, os arisatas tentam se reinventar em busca de alternativas.

Em um período de entressafra, Titãs e Inocentes optaram por revisitar o passado e colocar novos arranjos em clássicos do rock nacional, enquanto Samuel Rosa quer ratificar que há vida fora do Skank na estreia de sua carreira solo.

I fim da banda mineira foi pensado e programado com antecdência e imaginava-se que o guitarrista e vocalista empreenderia um trabalho que o afastase da sombra do Skank. No entanto, ele mesmo tratou de escalrecer o que pretende.

"Não se trata de um rompimento com o passado. Prendendo exercer o que sempre fui e o que sou. Tenho uma marca pessoal e tenho orgulho disso", disse Rosa.

O primeiro álbum solo leva seu sobrenome e aposta em canções simples e arranjos mais próximos da MPB, mas nada que fuja do estilo que sempre manteve com o quarteto que liderou até o final do ano passado.  

Se por um lado será difícil distinguir o que é o seu trabalho individual do que fazia com o Skank, por outro sua música continuará reconhecóvel a quilômetros e distância. Uma decisão sábia para tatear o mercado, por mais que muitos se decepcionem com a falta de ousadia nas dez músicas registradas.

A banda de apoio nas sessões de gravação contou com Doca Rolim (violão e guitarra), Alexandre Mourão (contrabaixo), Pedro Kremer (teclados) e Marcelo Dai (bateria e percussão). As composições foram feitas no início do ano, exceção a “Rio Dentro do Mar”, escrita em 2022.

"Microfonando" é a volta dos Titãs ao formato trio depois do estrondoso sucesso da turnê "Encontro", que reuniu a banda com os ex-integrantes vivo. É um recomeço para ganhar fôlego antes de pensar em canções inéditas.

"Doze Flores Amarelas", uma ópera-rock longa e robusta, é disco anterior à pandemia e mostrou que os Titãs estavam afiados, ganhando fartos elogios e prêmios. O áçbum seguinte, "Olho Furta-Cor", não teve o mesmo êxiyo e trazia uma banda sem muita inspiração, embora tentando enveredar por áreas diferentes.

Com a ajuda de convidados de peso, a banda ,ostrou empolgação e intelugência na escolha do repertório a ser revisitado e oferecendo arranjos acústicos ao vivo, para poucos convidados, que soam surpreendentes.  Quem diria que ouviríamos "Sonífera Ilha" cantada por Tony Bellotto? 

Entre os convidados, o destaque é Ney Matogrosso, que deu um show de interpretação em "Apocalipse Só", do úultimo disco, "Olho Furta-Cor". 

A lista de particiantes é variada, contendo Preta Gil, Vitor Kley, Cyz Mendes (Plutão Já Foi Planeta), Bruna Magalhães, Major RD e Lenine. 

“Os shows elétricos nas grandes arenas são sempre muito bons, mas esse show ‘Titãs Microfonado’, concebido para teatros, é muito especial pela proximidade e cumplicidade com o público”, disse cantor Sergio Britto. 

O res8lotado ficou muito bom, pois foi registrado de forma descontraída em altíssimo astral. O que parecia ser algo oportuista e tapa-buraco em um período de falta de inspiração se mostrou uma grande ideia bem executada.

Os Inocentes também apostaram em um formato acústico, algo que já vêm fazendo nos palcos há pelo menos dois anos - portanto, é um poketo anterios ao dos Titãs.

O EP “Não Acordem a Cidade”. É uma prévia do álbum “Antes do Fim”, previsto para chegar aos fãs inicialmente em junho, mas que agora conta com a previsão de lançamento em agosto. Contou com produção de Henrique Khoury e foi gravado no Red Star Studio, em São Paulo. A capa do EP é de Alexandre Wittboldt.

Além das faixas “Não Acordem a Cidade”, “São Paulo” e “Expresso do Oriente”, o EP traz as músicas “O Homem Que Bebia Demais” e “A Noite Lá Fora”.

“A banda está tentando seguir um padrão na escolha das faixas, que é o de lançar músicas que não tenham sido regravadas antes, e que os arranjos tenham nos deixado muito satisfeitos”, explicou, em comunicado à imprensa sobre o EP o vocalista e guitarista Clemente Nascimento. “São músicas que acabam tendo um ar de frescor e ineditismo, algumas são velhas conhecidas, outras nem tanto, são verdadeiros lados B, mas que a gente gosta muito”, acrescentou.

Para quem se acostumou com a fúria e a intensidade punk dos Inocentes, o formato acústico é um presente para quem gosta de rock nacional e respeita o trabalho de gente criativa como Clemente. As músicas ganharam arranjos mais elaborados, que valorizam as composiçõe e oferecem novos elemtnos a serem apreciados. Está longe de ser um acústico óbvio.  É outro acerto desta banda que caminha para os 45 anos de existência.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Elas tomam conta dp rock: The Warning, Marisa and The Moths, Issa...

 

Elas são impetuosas, valentes e sem medo de ousar. A nova sagra de artistas femininas na verdade nem é tão nova assim, se levarmos em conta que a norueguesa Issa já é uma veterana do rock pesado internacional; Só que seu lançamento mais recente a coloca de forma justa ao lado de nomes fortes da cena atual por conta da boa qualidade do que está produzindo.

Entre os nomes novos, os destaques são as irmãs mexicanas Villarreal da banda The Warning e a inglesa Marisa Rodriguez, que lidera a banda The Moths. É rock pesado, grandioso e potente, mas boas doses de inovação e arranjos modernos.

The Warning é um fenômeno da internet dos anos 2010. Daniela (guitarra e vocais), Alejandra (bixo e vocais) e Paulina Villarreal (bateria e vocais) surgiram fazendo versões bacanas de clássicos do rock com um peso incomum. Tinha, respectivamente 14, 9 e 11 anos e encantaram alguns executivos de selos internacionais, que perguntaram se elas tinham músicas próprias. Elas tinham, e muito boas. Dez anos depois, ainda muito jovens, são destaque mundial 

"Keep Me Fed" foi lançado em junho e é o ambicioso disco do trio mexicano. No álbum anterior, "Error", de 2022, já davam pistas de trocar o hard rock e power pop por canções mais "modernas", digamos assim. O peso tinha diminuído e os arranjos eletrônicos ganharam espaço.

No disco novo, essa tendência se acentuou. O hard rock ainda está lá, mas agora divide o espaço com outros elementos que direcionam o som de The Warning para algo próximo do que os italianso do Maneskin vêm fazendo. Daniela é uma senhora guitarrista, mostrando muitos recursos, e acrescentou um goove diferente à variedade de timbres que destila. 

O baixo de Alejandra está mais presente,q uase como uma guitarra base, enquanto que a bateria de Paulina está menos marcial e mais variadam acrescentando novas cores ao som instigante da banda, como na ótima "Automatic Sun", a música mais pesada do disco. 

O som ficou mamis refinado e, com isso, as letras acompanharam essa evolução. Sem medo de opinar e mostrar que são antenadas, exaltam as mulheres sem mergulhar no feminismo e adoram mostrar que são poderosas, e isso fica claro na potente "Sick" e na roqueira "Hell You Call a Dream", onde as guitarras explodem na cara.

O único tema em espanhol, "Que Más Quieres", ainda é resquício do passado recente de temas românticos, mas com um viés mais incisivo, com as garotas mostrando os dentes. "Keep Me Fed" é um dos grandes álbuns do ano.

Marisa Rodriguez é uma cantora em ascnsão que também começou no hard rock e foi migrando para um estio mais pop misturado com temas mais alternativos, digamos assim. Ela chamou a atenção no ano passado ao aparecer bem em uma canção no álbum da guitarrista inglesa Sophie Lloyd.

Com voz doce, mas potente, já preprava o terreno para o lançamento de estreia da banda Marisa and The Moths, "What Doesn't Kill You". A moça e a banda pisam no acelerador e mostram canções pesadas e agoniantes. 

A aberura, "Cursed", engana por ser uma balada com voz e piano e uma leve orquestração. Ao estilo Evanescence, Marisa esbanja dramaticidade em uma interpretação emocionada, mas que não prepara para o rockão que vem em seguida, a ótima "Get It Off My Chest", que tem uma levada típica das bandas modernas de metal da Holanda, como Epica.

A angustiante "Borderline" vem em seguida na linha de não permitir que possamos rotular o que estamos ouvindo. O peso da anterior dá lugar a um rock alternativo que lembra um pouco Smashing Pumpkins, e a interpretação de Marisa aqui é de novo ótima; 

Com 16 canções, é um trabalho denso  variado, que requer seguidas audições para ser apreciado por completo. Ela canta bem e faz um trabalho de guitarra base aceitável para que Alez D1'Elia brilhe nos riffs e nos solos bem construídos, como na interessante "Wither Me",, que flerta com o hard rock.

Há outros pontos altos, como a climática "Who Are You Waiting For?" e pesada "Gaslight", essa caindo para o alternativo e lembrando um pouco o The Warning atual. 

marisa Rodriguez fez uma aposta arriscada ao variar os temas e tentar abraçar o maior número de públicos possíveis. Conseguiu uma regularidade incomum para um álbum de estreia e com 15 canções.

A norueguesa Issa apareceu no anos 90 como a sucessora de Lita Ford, com a vantagem de cantava bem melhor. A escolha pelo hard rock tinha sido acertada e virou referência na Europa, vendendo muito e colocando pressão em cima da alemã doro Pesch, então a "Rainha do Metal" europeu. 

Bonita e expansiva, acabou prisioneira de um modelo de mercado que explorava em demasia o hard rock dos anos 80 e, de certa forma, ea marcou passo em vez de buscar novos horizontes, com fez Doro e a própria Lira Ford.

A correção de rumos veio a partir de 2015 com uma série de bons discos, e culmina com o recém-lançado "Another World", que em que atualiza o seu som característico com timbres mais pesado de guitarra e uma produção um pouco mais moderna. Abraçou de vez o hard'n'heavy, sendo que está mais heavy do que hard. 

"Another World" é uma sucessão dee clichês do subestilo, mas não soa cansativo  derivativo como muitos grupos passaram a soar neste século ao abordar o som pesado e festivo de inspiração californiana. Ela mostrou habilidade em fugir das armadilhas que o hard joga pelo caminho. 

"All These Wild Nights" é quase uma trilha sonora para propaganda de cigarros daquelas bem antigas, mas mostra um frescor que não deixa a canção cair na vala comum.

Mesmo com excesso de clichês, "Armed and Dangerous" agrada por sua melodia cativante ebons solos de guitarra, da mesma forma que a pesadinha "The Road to Victory" e a sombria "Only in the Dark". 

Issa não vai ameaçar o trono de Doro, e certamente já desistiu de qualquer iniciativa neste sentido, mas tem força e boas ideias para manter o seu hard rock interessante para quem ainda tem saudade dos anos 80 mas ansiava por ouvir alguma "diferente". De forma paradoxal, o "diferente" (mas nem tanto) veio de uma artista veterana que domina como poucas essa área.

Cactus ressurge com o mlhor do blues e com a 'ajudinha' de amigos

Pesado e agressivo demais para o blues, leve demais para o nascente hard rock setentista. A máxima foi usada para tentar torpedear a carreira de vários artistas e contribuiu para que um aspirante a potência do subgênero naufragasse em seu auge.  

O Cactus surgiu imponente, com músicos experientes e com passagem pelo Vanilla Fudge, um fugaz grupo que pretendia fazer blues pesado indo além de Cream e Jimi Hendrix. 

Ficando pelo caminho, o Vanilla semeou a gênese de uma nova formação capitaneada  pelo baterista Carmine Appice e pelo baixista e vocalista Tim Bogert. Quiseram repetir a fórmula e quase deu certo com o vocalista Rusty Day e o guitarrista Jim McCarty. Quase deu certo, mas o grupo implodiu depois de dois excelentes discos e outros dois bem razoáveis.

Entre idas e vindas ao longo do tempo, o Cactus tenta mais um renascimento, sempre om o onipresente Appice - Bogert morreu há alguns anos. A formação mais recente tem Carmine Appice, Jimmy Kunes como vocalista, o guitarrista Paul Warren, o baixista Jimmy Caputo e Randy Pratt na gaita.

Surpresos com a receptividade em mais uma volta da banda, decidiram que tinham e gravar um álbum, mas nada de novas músicas novas. Appice repetiu uma máxima de Dee Snider, cantor do Twisted Sister: "Ninguém quer saber de canções novas, as pessoas só querem os clássicos. E é isso que terão".

Assim sendo, o quinteto não teve pudor em regravar as prinipais músicas da banda com a ajudinha de uns amigos estrelados e famosos, como o próprio Snider, Joe Bonamassa e Billy Sheehan. Claro que cheira a opoetuniso, mas não é que "Temple of Blues: Influence and Friends" ficou bom?

“A música do Cactus sempre esteve impregnada da tradição do blues”, diz Appice, em entrevista a uma rádio americana. A ideia era revisitar as suas melhores músicas dentro de uma abordagem do rock moderno e blues tradicional. “Continuávamos ouvindo de muitos de nossos amigos celebridades da música o quanto Cactus os influenciou e como eles adorariam ser convidados em um álbum do Cactus. Até o presidente da nossa gravadora, Brian Perera da Cleopatra Records, nos sugeriu que esse álbum acontecesse. Então, ‘Temple Of Blues’ foi o próximo passo lógico.”

A escalação dos "amigos" é impressionante: os guitarristas Joe Bonamassa, Ted Nugent, Pat Travers, Warren Haynes, Vernon Reid, Steve Stevens, Johnny A (The Yardbirds), Ty Tabor (King's X) e os baixistas Billy Sheehan (Mr Big), Dug Pinnick (King's X) Tony Franklin (The Firm, Blue Murder), Phil Soussan (Ozzy Osbourne, Billy Idol), Rudy Sarzo (Quiet Riot, Ozzy Osbourne), Kenny Aaronson (ex-Joan Jet e The Yardbirds), bem como membros do Giv't Mule, Vixen, Rainbow, Zebra e Whitesnake. 

O vocalista Dee Snider do Twisted Sister aparece no remake da banda do clássico “Evil”, de Howlin’ Wolf, e o colega de banda de Appice em Vanilla Fudge, Mark Stein, apresenta um vocal poderoso em “Long Tall Sally” de Little Richard. Uma segunda versão de “Guiltless Glider” aparece como faixa bônus com o ex-vocalista do Judas Priest, Ripper Owens. Outro parceiro musical de Appice, Fernando Perdomo, também aparece no novo disco.

Além de Appice na bateria em todas as faixas, o guitarrista original do Cactus, Jim McCarty, também aparece em ‘Temple Of Blues’. Os atuais membros da banda, o vocalista/guitarrista e gaitista Jim Stapley e o baixista Jim Caputo também aparecem em muitas das faixas. 

Appice anunciou recentemente um novo membro para a formação da banda: o guitarrista Artie Dillon cuidará das tarefas de guitarra nas turnês ao vivo e tocará em uma faixa do novo álbum ainda sem datab para ser lançado.

O membro fundador Jim McCarty atualmente contribui como membro de composição e gravação do Cactus ocasionalmente, mas não faz mais turnês ao vivo.

A formação atual do Cactus se reuniu em 2021. O vocalista principal Jim Stapley vem da Inglaterra e trabalhou com o ex-baterista do Faces/Who Kenny Jones no Jones Gang e Humble Pie. 

Com uma equipe de músicos e de convidados de alto calibre, o Cactus transformou um evento oportuista em boa música, recoclando temas antigos com um frescor que chama a atenção; "Evil" manteve a sua agressividae e desespero da versão original, enquanto que "Parchman Farm" cresceu com a presena forte da guitarra de Joe Bonamassa. 

E quem iria que um cantor de heavy metal deixaia o blues com uma cara diferente? É o caso de Tim "Ropper" Owens, ex-Judas Priest, com sua coz potente e aguda na canção "Cuiltless Glider", anteriormente citada. 

"One Way or Another" ganha um brilho amsi funky graças ao vocalista e baixista dUg Ponnick, um dso maiores talntos do hard rock dos anos 90. Warren haynes, do Gub't Mule, brilha na guitarra e na voz em 
"no Need to Worry", enquanto que Pat Travers deixa "Big Mama Boogie" mais pesada com seu timbre reconhecível de guitarra.

Cactus teve uma história turbulenta, marcada por fases diwtintas. Formada em 1970 a partir das cinzas do Vanilla Fudge por Carmine Appice e Tim Bogert, a formação inicial também contava com McCarty (de Mitch Ryder e The Buddy Miles Express) e o vocalista do Amboy Dukes, Rusty Day.

 Embora Cactus tenha obtido sucesso moderado no início, as fivergências internas e a pouca entrada de dinheiro convulsionaram tudo, levado ao colapso no começo de 1973.

A falta de apoio da gravadora ajudou a azedar o ambiente, o que levou Appice e Bogert a aceitarem o convite do guitarrista inglê Jeff Beck para montar um trio de hard rockl, que viria a ser o Beck, Bogert and Appice, de curta duração - apenas um álbum ao vivo e um de estúdio. 

Implodida, o Cactus deixou de existr, com Jm McCarty partindo para outros projetos e Rusty Day praticamente deixando a vida artística - morreria assassinado em 1962m em situação na qual pereeram também seu filho e um amigo.
 
A banda se reformou em 2006, com Randy Pratt na gaita (que também aparece neste álbum) e Jimmy Kunes nos vocais. Quando o falecido Tim Bogert foi forçado a se aposentar devido a complicações após um grave acidente de motocicleta, Pete Bremy juntou-se ao baixo antes de Caputo substituí-lo em 2020.

O Cactus atual faz parte de um grupo de bandas setentistas que ressurgiram com certa força e que mereciam mais atenção, como os atuais Yarbirdris (agora em um hiato mais longo novamente), Savoy Brown (que ainda decide se continuam sem o seu líder, Kim Simmonds, que morreu recentemente) e HUndred Seventy Split, que pretendia ser uma reencarnação do Ten Years After. 

"Temple of Blues" é um produto de aluar qualidade que faz jus à história do Cactus e serve de boa amostra do poder do blues rock setentista para as novas herações.

Lista de músicas

1. Parchman Farm (feat. Joe Bonamassa & Billy Sheehan) (03:06)
2. Bro. Bill (feat. Randy Jackson, Randy Pratt, & Bob Daisley) (04:50)
3. Guiltless Glider (feat. Bumblefoot & Phil Soussan) (06:12)
4. Evil (feat. Dee Snider & dUg Pinnick) (03:17)
5. One Way…Or Another (feat. dUg Pinnick & Ted Nugent) (05:09)
6. Alaska (feat. Johnny A. & Tony Franklin) (03:45)
7. No Need To Worry (feat. Jorgen Carlsson & Warren Haynes) (06:13)
8. Oleo (feat. Steve Stevens & Billy Sheehan) (04:03)
9. Big Mama Boogie (feat. Pat Travers & James Caputo) (06:18)
10. You Can’t Judge A Book By The Cover (05:26)
11. Rock N’ Roll Children (feat. Britt Lightning, Vernon Reid, & Rudy Sarzo) (06:25)
12. Let Me Swim (feat. Doug Aldrich & Marco Mendoza) (04:27)
13. Restrictions (feat. Ty Tabor & Phil Soussan) (06:16)
14. Long Tall Sally (feat. Mark Stein & Fernando Perdomo) (05:09)
15. Guiltless Glider (Bonus Track) (feat. Tim “Ripper” Owens) (06:12)

quinta-feira, 18 de julho de 2024

O poder feminino ao vivo da banda Fanny é resgatado em gravação rara

 Runaways, Girlschool, Vixe, Doro èsch, Crypta, Malvada, Nervosa, Thundermother, The Warning, Dera Matrona... Nenhuma destas bandas formadas só por mulheres teria espaço e destaque se não fosse pelo pioneirismo de quatro garotas americanas da Califórnia que ousaram quebrar o clube machista dos homens nos anos 60.  

 

Elas enfrentaram todo o tipo de machismo, misoginia, preconceito e sabotagem, mas fizeram rock pesado dos bons desde sempre. Fanny ainda evoca grandes lembranças e tem importância fundamental na história do rock.


Quase 50 anos após a sua dissolução, Fanny ressurge em álbum que promete acabar com uma lacuna da indústria fonográfica e lança  gravações de  apresentações ao vivo em estúdio de televisão alemão. “Fanny Live on Beat-Club '71-'72” é o melhor que se ode obter ao vivo do então quarteto americano de garotas.

 

O programa de TV se chamava Beat Club e supostamente usava equipamentos de última geração. Na Europa continental, tinha a mesma importância que o programa britânico “Top of the Pops” e tinha coo característica deixar as bandas tocarem com bastante liberdade. Praticamente todas as bandas importantes de rock da Inglaterra e dos Estados Unidos passaram pelas telas do beat Club.

 

Os anos de 1971 e 1972 significaram o auge da Fanny, que lançou cinco álbuns de estúdio por grandes gravadoras, com quatro singles nas paradas. Todas cantavam, escreveram canções e tocaram instrumentos. A maioria dos críticos e fãs concorda que nunca conseguiram o que queriam, mas quantas bandas conseguiram?

O resgate do interesse pela banda começou em 1998, quando surgiu um CD com uma perdida gravação de rádio, mas a qualidade não era das melhores, Esse interesse deu origem a uma caixa de quatro CDs em 2002 (“First Time in a Long Time”) composta de seu material principal, além de demos, e raridades. Tudo culminou no “Fanny: The Right to Rock”, que estreou em 2021. O filme é tanto sobre o interesse renovado por Fanny e a gravação de um novo álbum de três das integrantes (“Fanny Walked the Earth”, de 2018)) quanto sobre o história do grupo.

Os álbuns “Fanny Hil”l (1972) e “Mothers Pride’ (1973) são referências, mas é difícil encontrar a intensidade que vemos nas gravações registradas no Beat Club.  Os elogios foram muitos na época e, de novo, neste século. Este lançamento tem um som muito melhorado e inclui ambas as aparições no programa.

 

 Sete dos números vêm de 1971 e quatro de 1972. Também está incluída uma seção de passagem de som e conversas de estúdio que lembram cavalos de corrida puro-sangue ansiosos e ansiosos pelo sino de partida, coo bem descreveu uma revista inglesa tempos atrás.




Cada faixa se destaca à sua maneira. A coleção abre com a dupla “Charity Ball” (um hit Top-40) e “Place in the Country”. Ambas as faixas rugem do início ao fim. Uma versão cover de “Hey Bulldog” dos Beatles vem a seguir, completa com um verso adicional escrito por Fanny que se encaixa perfeitamente. June Millington tinha (e ainda tem) um talento para baladas pop-rock com influência folk, e sua fluida “Thinking of You” é elevada pelo cadenciado trabalho de teclado de Nickey Barclay.

 

Outro cover, “Ain’t That Peculiar”, também foi mapeado, e o excelente trabalho de slide-guitarra de June Millington é exibido com bons resultados aqui. Os vocais corajosos de Barclay carregam “Blind Alley”, e o trabalho conjunto em “Special Care” é especialmente notável. Os dois números divertidos encerram o conjunto de 1971.


As gravações de 1972, no entanto, são melhores. Fanny mostra o poder e arrogância do grupo, com destaque para a bateria de Alice DeBuhr. “Borrowed Time” tem uma cadência sólida e leva ao alegre salto de “Summer Song” que captura a exuberância genuína, com o trabalho de teclado de Barclay novamente se fundindo com as melodias e letras efervescentes de June Millington. “Knock on My Door” é, simplesmente, uma maravilha.

 

Musicalmente complexo com variações rítmicas, melódicas e harmónicas subjacentes a uma narrativa lírica de um caso de amor clandestino prestes a tornar-se público do ponto de vista (supõe-se) “da outra mulher”.

Os vocais e o baixo de Jean Millington são sempre excelentes nessas gravações, e o resto de Fanny está no nível dela. O trabalho de teclado gloriosamente agressivo de Barclay e o solo de guitarra estrondoso de Millington não poderiam ser melhores. Como foi possível essa banda não ter merecido uma atenção maior nos anos 70?

 

O resgate dessas gravações são mais do que necessárias. Não é só uma homenagem, mas também um mergulho profundo na arqueologia pop setentista, em que muita coisa está enterrada e esquecida. O documentário comelou o trabalho, e “Live at the Beat Club ’71-‘72” é p áudio definitivo que exemplifica o poder musical da garotas.

 

Muitos obstáculos

 

A história do Fanny não é muito feliz , embora seja uma história maravilhosa. A banda pode ser considerada  daquela que é considerada, de fato, a primeira banda feminina a conseguir alguma atenção e romper as barreiras machistas e sexistas.

Além de enfrentar os preconceitos citados, as integrantes ainda tinham o racismo para suportar e superar. As irmãs June e Jean Millington nasceram em Manila, capital das Filipinas (arquipélago situado ao sul do Japão, ex-colônia espanhola e norte-mericana), filhas de pai americano e mãe filipina.

A família, que incluía o irmão Michael, emigrou pra a Califórnia no inicio dos anos 60, quando as meninas eram pré-adolescentes. O racismo as acompanhou desde que chegaram a Los Angeles, algo que as marcou, assim como a amiga Brie Darling, outra imigrante filipina que viria a ser a primeira baterista da banda.

June (guitarra) e Jean (baixo e vocais) logo se destacaram nos bailes e escolas do bairro onde viviam e não demorou para que criassem aquela que provavelmente seria a primeira banda de rock só de mulheres a se destacar em Los Angeles.

Quando finalmente assumem o nome Fanny, em 1969, e são obrigadas a trocar de baterista porque Darling ficou grávida, a fita cresce e mostra detalhes de como a banda quase chegou ao estrelato e os motivos de não terem alcançado o sucesso.

Poderosas e desencanadas, trilharam o mesmo caminho da icônica Suzi Quatro: assustavam o mercado e os homens porque eram indomáveis e incontroláveis. Meteram o pé na porta e combateram com vigor todos os preconceitos - machismo, sexismo, racismo e a homofobia, já que ao menos duas das quatro integrantes eram lésbicas assumidas, ainda que discretas. Era demais para o mundo unilateral e unidimensional dos homens que dominavam a indústria fonográfica.

Admiradas por David Bowie, Mick Jagger e Todd Rundgren, eram sucesso de crítica e cometeram cinco álbuns muito bons entre 1970 e 1975. Só que não vendiam. Nunca estouraram porque nunca tiveram uma música no topo das paradas - Suzi Quatro teve várias na Europa.

 

O sucesso não veio

Idolatradas por músicos e produtores, elas já era cult antes mesmo de terem completado 25 anos de idade, o que queria dizer que jamais fariam sucesso - não como Fanny, e não fazendo o rock pesado, mas de qualidade, que faziam.

June e a baterista Alice de Buhr pularam fora. Patti Quatro, imã de Suzi, entrou para ser guitarrista, mas a mágica tinha se quebrado e ninguém mais parecia ter interesse no rock melódico que as quatro moças faziam, emulando uma época dourada do rock setentista ultrapassado enquanto o punk e a disco music virraam moda. Era o fim da banda.

O filme começa e termina com a tentativa de retorno da Fanny 50 anos depois do início. June, Jean e Brie, que continuaram amigas por todo esse tempo, finalmente aceitam entrar juntas em estúdio no instituo cultural de música criado por June e uma sócia. O feitiço estava de volta e demora apenas um mês para que decidam gravar um novo CD e fazer uma nova turnê.

O trio fez de tudo para dar certo em um esforço louvável, tudo registrado pelas câmeras. "Fanny Walked the Earth" foi lançado em 2019 e tem participações especiais de Patti Quatro (visivelmente feliz e agradecida pelo convite) e da ex-baterista Alice de Buhr - a tecladista e cantora Nickey Barcley, da formação original, não foi encontrada para a reunião).

Com a ajuda do baixista Lee Madeloni (filho de June), aquela quadrilha de vovós incendiárias estava quase no ponto para tomar a Califórnia e o mundo de assalto de novo quando Jean sofreu um derrame cerebral a uma semana do primeiro show da turnê. Com o lado direito do corpo paralisado, recuperou a fala e alguns movimentos, mas não consegue mais tocar aos 70 anos de idade.

É uma história de superação, mas sem final feliz, ou daquele que gostaríamos, com, a banda nos palcos 50 anos depois e gozando de algum sucesso - ou ao menos do prazer de voltar a tocar juntas depois de tanta dificuldade e obstáculos.