Nos dos shows que a banda fez no Sesc Avenida Paulista no fim de junho o que mais teve no palco foi ego inflado, mas no bom sentido: o agora quinteto transbordou energia e orgulho por estar ali. Era o talento aliado ao ego para fazer bom rock an roll.
Por mais que caminhe para dois anos à frente da banda, a vocalista Emmily Barreto ainda carrega o estigma de "nova" integrante, o que não é ruim, na atual circunstância não é ruim, a julgar pela tamanha empolgação com que a moça cantou e se divertiu. Ela deu uma outra dinâmica para a banda..
O hard rock da Ego Kill Talent ainda permanece, com um som pesado ao vivo, mas agora tem a aura de "som alternativo', o que expande o universo da band, agregando um público diferente e
bem antenado. A banda está em franco crescimento..
Descontração e despojamento deram o tom das apresentações com ingressos esgotados, como som das guitarras muito bem d1finido e uma bateria marcante, embora um pouco alta demais em um ambiente pequeno como o13º andar do imponente prédio do Sesc.
Mesmo com apenas dis álbuns e alguns EPs, a Ego Kill Talent já tem um portfólio de respeito para apresentar a uma base fiel de fãs.
"Call Us By Her Name' é o hit recente mais óbvio, já com a cara de Emmily, mas tem outras boas canções que funcionam ao vivo, como "Still here" e "We Move as One', enquanto que o lado mais rocker fica mais evidente com "The Reason" e " Last Ride".
Corajosa, a banda ainda brindou o público com "My Uninvited Guest", uma canção inédita tocada ao vivo pela primeira vez -o título é provisório, mas a canção estará no próximo álbum.
Com garra e boas canções, a Ego Kill Talent está com o nome consolidado no mundo alternativo e já trilha caminhos auspiciosos com a presença de Emmily Barreto nos vocais. O talento predomina sobre o ego e isso faz muita diferença para as bandas que pretendem faz rock pesado sem cair na obviedade .
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