- Era
preciso apenas um pouco de estabilidade para provar que a banda era boa e que o
som, poderoso. E então os paulistas do Weedevil finalmente
chegaram ao segundo álbum completo, ainda mais pesado que o anterior.
“Profane
Smoke Ritual” foi lançado pelo selo Smolder Brains Records (México) – gravadora
que já trabalhou com a banda no split – em CD, e em vinil pela DHU Records
(Holanda). É a estreia em disco da cantora Poison, que substitui a carioca Mauren McGee - bastante
conhecida pelo seu trabalho solo aço,panhada pela banda The Lost Hope 0, que teve passagem relâmpago.
Desde a saída de Fabrina Valverde, a banda fez tentativas com algumas cantoras e nada parecia se encaixar, até que veio a indicação de Mauren, que parecia ser a escolha certa.
Com Poison o stoner metal que cai para o doom da Weedevil ganhou em dramaticidade e
ambientação. O estilo da nova vocalista se assemelha ao das melhores bandas
ocultistas e pesadas da Europa com vocais femininos.
Então o
que temos é um disco com seis canções densas e profundas que chegam a ser
assustadoras em alguns momentos. O mergulho de Mauren é total, alçando-a a
grande feiticeira dessa alquimia sonora que é a nova fase dessa banda bastante
interessante.
A faixa
título, “Profane Smoke Ritual”, é um bom resumão do álbum, que explora temas
profundos inspirados por figuras como o inglês Aleister Crowley, eswcritor
considerado mestre do ocultismo.
As letras
também passeiam pela dualidade e a libertação de Lilith e Baphomet (personagem
da mitologia religiosa associada ao satanismo), abordando espiritualidade,
transcendência e mistério.
Os temas
são de autoria/inspiração de Flavio Cavichiolli (baterista e líder) convidam os
ouvintes a mergulharem em suas próprias reflexões sobre a existência e o
significado da vida, buscando inspirar pensamentos mais profundos e
introspecção.
Segundo
o baterista, “Destaco especialmente a música ‘Profane Smoke Ritual’, que
retrata uma jornada de libertação espiritual através de rituais e experiências
com a fumaça da cannabis. Esta canção reflete minha própria exploração pessoal
da conexão entre mente, corpo e espírito”.
A recente
mudança na formação da banda trouxe uma energia renovada e uma nova dinâmica
criativa para o Weedevil. Como um projeto que não se prende a um único estilo,
a banda sempre esteve aberta a experimentar novas sonoridades.
O
Weedevil é formado por Flavio Cavichiol (bateria), Poison (vocal), Jimmy Olden
(guitarra), Henrique Bittencourt (baixo) e Claudio HC Funari (baixo).
https://www.youtube.com/watch?v=YWg2tyUVb3Y
- Em
tese, todo retorno deve ser celebrado, mas uns costumam ser mai do que outros.
É o caso do Rygel, banda paulista que teve bons momentos nos
anos 90 e 2000 com um som muito pesado e direto.
"Chronicles"
é o primeiro registro da banda em muito tempo e conseguiu manter a contundência
que caracterizava o som da banda, mas com toques mais atualizados - ou
modernos, digamos assim.
A pegada
à la Biohazard se manifesta logo na primeira música, "Resilience",
recheada de arranjos diferenciados e uma guitarra circular e hipnótica
que embasa o thrash quase crossover. É uma canção de impacto, assim como a boa
"Nothing More", que vem na sequência: é metal duto e tradicional, sem
firulas.
Há um entusiasmo
diferente que pode ser notado no peso que foi colocado em canções mais rápidas,
como "Overcome" e "Wasting Time", onde as guitarras se
sobressaem com um groove um pouco inovador para o som da banda, que trazem um frescor
para o Rygel, que chegou a ser acusado de se limitar a fazer as mesmas coisas
de semrpe. Pura bobagem.
O
vocalista Wanderson Barreto empreendeu o retorno ao lado do Rodrigo Oliveira,
que além de baterista do Korzus e produtor, também é amigo de Wanderson.
Oliveira é um profissional dos mais requisitados e é possível percebe3r o
cuidado com que cuidou da timbragem de guitarras e bateria no Dharma Studios.
"Chronicles"
é um apanhado do que a banda vinha fazendo desde 2020 e o título soa adequado,
como realça Wanderson em vários comentários a respeito da obra. "A primeira
música gravada, em 2020, foi ‘Nothing More’. Lembro-me que saí do estúdio e,
dias depois, no meu aniversário, estava no hospital com covid. O álbum
registra diferentes fases da banda.".
A
formação atual conta com Wanderson Barreto: (vocais e guitarra), Tiago
Cesana (guitarra), Matheus Manhães (baixo) e vocais) e Pedro
Colangelo (bateria).
- Sempre
que podemos evitamos usar as palavras "lenda" e "lendário",
não só por serem clichês mas, principalmente, por terem pouco significado na
arte. Mas a coisa muda de figura quando falamos da banda santista Vulcano e
seus mais de 40 anos de heavy metal.
O grupo é
lendário ao ponto de ser referência internacional de qualidade e pioneirismo ao
lado de Sepultura, Sarcófago e outras bandas brasileiras smpre mencionadas no
exterior.
Vulcano é
lenda, mas também é sinînimo de brutalidade. Poucas bandas no mundo conseguem
ser tão brutais e violentas.
Sem
alarde, os santistas lançaram neste ano "Epilogue", uma joia de devastação
dentro do metal extremo. É o 18º álbum de uma carreira marcada por muito
peso e destruição sonora, além de uma integridade que elogiada por todos.
A
novidade aqui fica por conta de uma produção mais suja, sem grandes requintes.
Era esse o objetivo: deixar as canções ainda mais brutais e perturbadoras,. É
muita violência para nossos pobres ouvidos.
É death
metal puro, sem nenhuma concessão, exceto, talvez, pela inspiração punk: são
dez músicas em 30 minutos de virulência e pancadaria capazes de assustar os
mais experientes. Tudo treme ao aumentarmos volume, ampliando o raio de
destruição.
Não é o
melhor álbum que a banda já gravou, mas cumpre o seu objetivo com eficiência.
os principais destaques do trabalho são "The Mirror", "The Clock
Time" e "The Renegade", todas violentíssimas e contagiantes/anguustiantes.
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