Marcelo Moreira
Para muitos, foi o maior espetáculo que este país já presenciou. Foi tão impactante que virou lenda, daquelas que passam por gerações e que suscitam suspeitas e inveja.
Quando Alice Cooper tocou no Anhembi, em São Paulo, em 1974, parecia que um alienígena desembarcara. E todos queriam ver o alienígena e seu horror rock teatral e majestoso. As estimativas de público variam de acordo com o jornal e o interlocutor - de 50 mil a 120 mil pessoas.
Todos os roqueiros do mundo com mais 60 anos afirmam que estiveram no histórico show - algo parecido como o jogo em que Pelé fez o se gol mais bonito, na rua Javari, contra o Juventus, estádio para 7 mil pessoas, sendo que as pessoas que afirma ter estado no estádio passam de 350 mil...
Foi graças a Alice Cooper, que chega aos 75 anos de idade, que o Brasil saiu da pré-história do show business e entrou para o circuito internacional de shows.
Desbravador, gosta de lembrar da aventura brasileira como algo "estimulante, mas perigoso e assustador em certo momento".
Inteligente e astuto, enxergou no teatro e nos musicais da Broadway uma oportunidade de fazer algo diferente e "perigoso". Seu horror show, baseado em algumas partes no que já fazia Arthur Brown (The Crazy World of Arthur Brown).
Máscaras, maquiagem, truques de ilusionismo e música pesada, tudo isso era o que Vincent Furnier e sua banda oferecia no final dos anos 60, enquanto flower power definhava e o sonho hippie evoluía pra um pesadelo e para o desencanto.
Bem antes do Kiss, já brincava de assustar e de integrar o rock ao teatro e aos gibis, misturando música séria e reflexiva com o rock adolescente e festivo.
Furnier foi tão bem sucedido que acabou por incorporar a persona Alice Cooper, que era o nome da banda, Tornou-se um ícone do rock setentista e grande vendedor de discos.
A primeira fase da banda acaba em 1975, mas Alice Cooper continua. A banda sai de cena e entra o artista solo Alice Cooper, o que até hoje causa confusão na cabeça de quem gosta de história da música e tenta entender a evolução da banda e do artista.
Nos anos 80, superando o vício nas drogas e no álcool, volta ao topo com ótimos discos e uma visão diferente da carreira. Abre-se a novos estilos e experimenta diversos guitarristas, mostrando audácia e ecletismo. Aclamado por público e crítica, é um dos mais respeitados dentro do show business.
O artista que tocou no Rock in Rio em 2017, sereno e profissional, era bem diferente do aventureiro de 43 anos anos antes. Os truques e as cenas de ilusionismo não impressionam mais, mas o seu rock pesado de arena ainda é eficiente e interessante. É impossível ficar entediado em uma apresentação de Alice Cooper. Não tem, mais novidade, mas continua instigante e divertido.
Vincent Furnier ainda é perigoso, na cabeça de alguns inocentes, especialmente quando canta "School's Out". Entretanto, é como o intérprete de coisas maravilhosas como "Billion Dollar Babies", "I'm Eighteen" e "Only Women Bleed" que o transforma em um dos nomes mais importantes da história da música.
Alice Cooper (FOTO: DIVULGAÇÃO) |
Quando Alice Cooper tocou no Anhembi, em São Paulo, em 1974, parecia que um alienígena desembarcara. E todos queriam ver o alienígena e seu horror rock teatral e majestoso. As estimativas de público variam de acordo com o jornal e o interlocutor - de 50 mil a 120 mil pessoas.
Todos os roqueiros do mundo com mais 60 anos afirmam que estiveram no histórico show - algo parecido como o jogo em que Pelé fez o se gol mais bonito, na rua Javari, contra o Juventus, estádio para 7 mil pessoas, sendo que as pessoas que afirma ter estado no estádio passam de 350 mil...
Foi graças a Alice Cooper, que chega aos 75 anos de idade, que o Brasil saiu da pré-história do show business e entrou para o circuito internacional de shows.
Desbravador, gosta de lembrar da aventura brasileira como algo "estimulante, mas perigoso e assustador em certo momento".
Inteligente e astuto, enxergou no teatro e nos musicais da Broadway uma oportunidade de fazer algo diferente e "perigoso". Seu horror show, baseado em algumas partes no que já fazia Arthur Brown (The Crazy World of Arthur Brown).
Máscaras, maquiagem, truques de ilusionismo e música pesada, tudo isso era o que Vincent Furnier e sua banda oferecia no final dos anos 60, enquanto flower power definhava e o sonho hippie evoluía pra um pesadelo e para o desencanto.
Bem antes do Kiss, já brincava de assustar e de integrar o rock ao teatro e aos gibis, misturando música séria e reflexiva com o rock adolescente e festivo.
Furnier foi tão bem sucedido que acabou por incorporar a persona Alice Cooper, que era o nome da banda, Tornou-se um ícone do rock setentista e grande vendedor de discos.
Alice Cooper Band em 1972 (DIVULGAÇÃO) |
Nos anos 80, superando o vício nas drogas e no álcool, volta ao topo com ótimos discos e uma visão diferente da carreira. Abre-se a novos estilos e experimenta diversos guitarristas, mostrando audácia e ecletismo. Aclamado por público e crítica, é um dos mais respeitados dentro do show business.
O artista que tocou no Rock in Rio em 2017, sereno e profissional, era bem diferente do aventureiro de 43 anos anos antes. Os truques e as cenas de ilusionismo não impressionam mais, mas o seu rock pesado de arena ainda é eficiente e interessante. É impossível ficar entediado em uma apresentação de Alice Cooper. Não tem, mais novidade, mas continua instigante e divertido.
Vincent Furnier ainda é perigoso, na cabeça de alguns inocentes, especialmente quando canta "School's Out". Entretanto, é como o intérprete de coisas maravilhosas como "Billion Dollar Babies", "I'm Eighteen" e "Only Women Bleed" que o transforma em um dos nomes mais importantes da história da música.
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