O Pearl Jam finalmente assumiu a sua posição de "banda de rock clássico". ao lançar "Dark matter", o novo trabalho, mandou às favas a necessidade de continuar ser grande e mostrar hits em profusão.
Assim como os contemporâneos e conterrâneos do Foo Fighters, contentam-se em fazer boa música, mas não necessariamente música fácil e acessível. a arte fala mais alto, e a banda se dá ao luxo de fazer o que quiser. E os exemplos são vários de nomes consagrados que não necessariamente pararam no tempo mas deixaram de produzir hits em profusço.
Rolling Stones, com "hackney Diamonds", é um grande disco, bem adequado a um grupo com 62 anos de história, mas ainda muito longe do que de mais relevante eles já lançaram. Com o Pearl Jam é a mesma coisa.
"Dark Matter" é bom de ouvir, tem coisas bem interessantes, mas não vai empolgar ou causar comoção nos mais jovens e nem mesmo entre seus mais ardorosos fãs. Estes se recusam a admitir que seus ídolos estão na meia idade e que produzirão canções adequadas para o momento em que vivem.
O novo disco não é estupendo nem abrasador. é apensa uma coleção de boas canções, o que já é muito hoje em dia, onde as pessoas nem prestam mais a atenção em nada.
Quando completou 40 anos de idade, Pete Towhsnehd, guitarrista e líder da banda The Who, assinou contrato com uma nova gravadora para um disco solo, "White City". Era 1985 e foi cobrado por um diretor da empresa, que estava decepcionado: "Por que você não compõe mais uma canção brilhante como 'My Generation' [grande sucesso de The Who e um das maiores de todos os tempos]?" O guitarrista disparou: "Eu tinha 20 anos de idade quando eu a fiz. Hoje eu tenho 40. Não penso mais daquela maneira." é meio óbvio, mas isso ocorrer com todos os artistas.
Como todo fã inveterado, o do Peral Jam sempre espera uma nova "Alive" ou "Jeremy". ficarão esperando em vão. em evz disso, terão coisas melhores e mais densas, como "Wreckage", um dos primeiros singles, uma canção forte e com personalidade, ou "Scared of Fear", com sua urgência que esbarra no hard rock.
"Dark Matter" é uma tentativa de recuperar a jovialidade dos anos 90, embora o tema seja bastante denso - e tenso -, sendo as mesmas características podem ser aplicada também à boa canção "Running". "Got to Gave" é uma concessão ao rock'n'n roll básico, e "Setting Sun" é o momento épico do trabalho. "Waitning for Stevie" também merece destaque por sua delicadeza e sobriedade.
"Dark Matter" é um produto de seu tempo e reflete a maturidade dos mais de 35 anos de carreira da banda. Isso é uma obviedade, mas poucos aceitam isso.
Assim como os Stones, Peark Jam direciona suas baterias para ouros horizontes e assume ser um grupo de rock clássico. A excelência de seus trabalhos mais recentes precisa ser constatada de outras maneiras. "Dark Matter" não é excelente, mas é um trabalho muito bacana diante da efemeridade do munto atual.
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