Marcelo Moreira
Black Pantera (FOTO: DIVULGAÇÃO) |
Vitimismo e estímulo à violência. Os dois termos estão associados aos mais de 30 anos de carreira da banda americana Body Count e também fazem parte do cotidiano dos mineiros do Black Pantera. Em comum, as duas bandas são integradas por negros que ousam fazer heavy metal e ser engajados em um mundo ainda racista e extremamente preconceituoso.
Body Count é uma das inspirações do Black Pantera e o fato foi lembrado nas redes sociais neste dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Com razão, os mineiros são saudados hoje como uma das principais bandas d rock do Brasil, tanto pela qualidade das músicas como por seu engajamento progressista e antirracista. Frequentemente atacado por conta disso por conservadores e preconceituosos, não seria diferente no mês da consciência negra.
Conservadores preconceituosos travestidos de “críticos apartidários” resolveram se manifestar no dia 20 afirmando que o trio negro do Black Pantera estimula a violência ao cantarem “Fogo nos Racistas” , um de seus maiores hits.
Conservadores preconceituosos travestidos de “críticos apartidários” resolveram se manifestar no dia 20 afirmando que o trio negro do Black Pantera estimula a violência ao cantarem “Fogo nos Racistas” , um de seus maiores hits.
Também debocham de um suposto “vitimismo” quando falam da canção “tradição “, do mais recente álbum, “Perpétuo” , em que a história de vida da mãe de um deles, como empregada doméstica, é retratada na letra.
“Existem milhões d empregadas domésticas no mundo, e negras, e nem por isso viu-se choramingos desse tipo por aí. Em vez de politizar tudo, que tal apenas tocar e ficar calado?”, ousou defecar pelos dedos um ser execrável que, não por coincidência, é apoiador de um certo ex-presidente da República associado a ideias de golpe de Estado.
Claro eu essa gente não entendeu nada de nada, seja por extrema burrice, seja por não querer entender. Acusar vítimas de violência física e institucional de “incentivar a violência” apo se manifestar contra a discriminação racial é muito mais do que deformação de caráter – é crime contra a humanidade.
Debochar dos negros por protestarem contra as humilhações e violências centenárias é atentar contra o bom senso e contra a inteligência. Vitimismo? Essa gente fascista perdeu mesmo a vergonha de mostrar a própria ignorância e a deformação de caráter.
O Body Count também foi vítima desse mesmo tipo de perseguição e acusação 30 anos atrás, época quem que era forte o engajamento antirracista nos Estados Unidos, mas não tão contundente quanto hoje.
Criado pelo rapper e ator Ice-T, um apaixonado por heavy metal clássico, o grupo era formado por negros e não economizava nos palavrões e na agressividade. Ganhou a ira da indústria fonográfica, dos brancos, da polícia e e de todo um aparato conservador que achavam a o quinteto negro um “perigo para a família e a sociedade”.
A coisa ficou tão séria que até o FBI investigou o grupo como “subversivo” por causa da música “Cop Killer” (Assassino de Policiais”). Uma fábula urbana que tratava da vingança de um jovem que teve toda a família morta por policiais.
A banda ficou mundialmente conhecia, mas teve de suportar anos de perseguições e boicotes de todos os tipos. Ironicamente, era vista com desconfiança pelo público negro que não se conformava com músicos negros “fazendo música de branco, mesmo com letras de protesto”.
Os principais críticos, d forma explicita, acusavam o Body Count de incentivar a violência e a “luta de classes, além de comungar da mesma ideologia “comunista violenta do Rage Against the Machine, que tinha negros e hispânicos em sua formação.
Lutando contra o sistema e contra o “fogo amigo”, o Body Count oe sobreviveu e ficou ainda mais forte álbum após álbum, mesmo obrigando Ice-T a se dividir entre metal, rap e o cinema/seriados de TV.
Hoje é respeitadíssima nos Estados Unidos e celebrada como uma banda importante na promoção da Justiça social e na denúncia contra o racismo e a violência policial.
“Existem milhões d empregadas domésticas no mundo, e negras, e nem por isso viu-se choramingos desse tipo por aí. Em vez de politizar tudo, que tal apenas tocar e ficar calado?”, ousou defecar pelos dedos um ser execrável que, não por coincidência, é apoiador de um certo ex-presidente da República associado a ideias de golpe de Estado.
Claro eu essa gente não entendeu nada de nada, seja por extrema burrice, seja por não querer entender. Acusar vítimas de violência física e institucional de “incentivar a violência” apo se manifestar contra a discriminação racial é muito mais do que deformação de caráter – é crime contra a humanidade.
Debochar dos negros por protestarem contra as humilhações e violências centenárias é atentar contra o bom senso e contra a inteligência. Vitimismo? Essa gente fascista perdeu mesmo a vergonha de mostrar a própria ignorância e a deformação de caráter.
O Body Count também foi vítima desse mesmo tipo de perseguição e acusação 30 anos atrás, época quem que era forte o engajamento antirracista nos Estados Unidos, mas não tão contundente quanto hoje.
Criado pelo rapper e ator Ice-T, um apaixonado por heavy metal clássico, o grupo era formado por negros e não economizava nos palavrões e na agressividade. Ganhou a ira da indústria fonográfica, dos brancos, da polícia e e de todo um aparato conservador que achavam a o quinteto negro um “perigo para a família e a sociedade”.
A coisa ficou tão séria que até o FBI investigou o grupo como “subversivo” por causa da música “Cop Killer” (Assassino de Policiais”). Uma fábula urbana que tratava da vingança de um jovem que teve toda a família morta por policiais.
A banda ficou mundialmente conhecia, mas teve de suportar anos de perseguições e boicotes de todos os tipos. Ironicamente, era vista com desconfiança pelo público negro que não se conformava com músicos negros “fazendo música de branco, mesmo com letras de protesto”.
Os principais críticos, d forma explicita, acusavam o Body Count de incentivar a violência e a “luta de classes, além de comungar da mesma ideologia “comunista violenta do Rage Against the Machine, que tinha negros e hispânicos em sua formação.
Lutando contra o sistema e contra o “fogo amigo”, o Body Count oe sobreviveu e ficou ainda mais forte álbum após álbum, mesmo obrigando Ice-T a se dividir entre metal, rap e o cinema/seriados de TV.
Hoje é respeitadíssima nos Estados Unidos e celebrada como uma banda importante na promoção da Justiça social e na denúncia contra o racismo e a violência policial.
Suas músicas continuam contundentes e lança até o final do ano seu próximo trabalho, “Merciless", que traz uma versão de “Comfortably Numb”, do Pink Floyd, com uma letra modificada abordando temas do cotidiano dos negros pobre de Los Angeles. E o melhor: com a participação de David Gilmour, da banda inglesa, que elogiou a “ressignificação” da música promovida pelo Body Count.
Quanto ao Black Pantera, é hoje o maior símbolo artístico do rock nacional de engajamento em causas sociais e de combate ao racismo.
Quanto ao Black Pantera, é hoje o maior símbolo artístico do rock nacional de engajamento em causas sociais e de combate ao racismo.
Ao lado Inocentes e Punhos de Mahin, do Rappa e do Planet Hemp, constitui um bastião de resistência contra a discriminação, o preconceito e o racismo. Tornou-se uma banda mais do que necessária nestes tempos difíceis e perigosos para a sociedade brasileira.
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