Investigações da Polícia Federal mostram que estivemos muito perto de um golpe de Estado bem antes dos eventos nojentos de 8 de janeiro de 2023. Como já era esperado, o golpe foi tramado por militares de alta patente intimamente ligados ao governo do nefasto ex-presidente Jair Bolsonaro; Falta pouco para que este seja diretamente implicado.
Com a extrema-direita de inspiração fascista acuada neste momento no Brasil, ainda somos obrigados e enxergar, aqui e ali, manifestações, ainda tímidas, de negação e defesa do mundo bolsonarista feitas por artistas, alguns de rock.
A estratégia é conhecida: se alguém não faz captura de tela ou cópia da mensagem, o músico fascista vomita nas redes sociais alguma bobagem, deixa por alguns momentos e depois apaga na tentativa de, depois, negar qualquer postagem. M<as o recado foi dado.
Essa gemente chegou a comemorar os resultados das últimas eleições, quando eleitores majoritariamente votaram em políticos indignos de direita para vereador e prefeito.
Menos mal que os extremistas de direita não tiveram bons resultados, mas gente que prega ódio e apoiou tentativas de golpe de Estado ficou feliz com a guinada á direita achando que esta é uma tendência para a eleição presidencial de 2026.
As prisões de militares bolsonaristas colocou água no chope desses seres inomináveis. Mesmo assim alguns ousaram se manifestar colocando em dúvi
As prisões de militares bolsonaristas colocou água no chope desses seres inomináveis. Mesmo assim alguns ousaram se manifestar colocando em dúvi
a as investigações e as prisões, quando não chamando os detidos, golpistas desde sempre, de “patriotas”. São mesmos que ousaram aplaudir o atentado a bomba de 13 e novembro contra o STF (Supremo Tribunal Federal). O louco dos fogos de artifício também foi chamado de patriota por alguns, entre eles músicos de rock.
Acometidos por uma patologia coletiva que vai muito além, da cegueira institucional e da ignorância deliberada e criminosa, essa gente claramente deixou de ter vergonha de externar a sua perversidade e desumanidade.
Acometidos por uma patologia coletiva que vai muito além, da cegueira institucional e da ignorância deliberada e criminosa, essa gente claramente deixou de ter vergonha de externar a sua perversidade e desumanidade.
Como essa gente ainda se diz roqueira e milita no rock é um mistério, mas demonstram que a doença se espalhou rápido e que no mundo musical está contaminado com ideias perversas e destrutivas.
E então chegamos ao lado negativo do termo “rock clássico”, tão rechaçado por músicos de diversas idades e matizes. Ian Gillan, 79 anos, vocalista da banda inglesa Deep Purple, afirma que o termo engaiolou bandas veteranas em um ambiente onde só se quer saber de músicas gravadas e lançadas 50 anos atrás, matando o interesse por coisas novas que artistas mais velhos produzem.
Marcelo Gross, guitarrista com passagem pela banda gaúcha Cachorro Grande, acha o termo perigoso por classificar artistas diferentes e com trabalhos consistentes em uma categoria fossilizada que, involuntariamente prende ao passado quem se aventure a um som com mais referências artísticas da história.
Não é preciso muito esforço para adivinhar onde desemboca esse pensamento: no conservadorismo social que domina a sociedade brasileira e, de quebra, a de outros países, onde a ousadia, a audácia e a provocação artística passaram a simbolizar um mundo progressista assustador para essa gente.
O medo do novo, do instigante e das incertezas do futuro nunc tiveram um efeito tão nefasto e paralisante como agora.
E então chegamos ao lado negativo do termo “rock clássico”, tão rechaçado por músicos de diversas idades e matizes. Ian Gillan, 79 anos, vocalista da banda inglesa Deep Purple, afirma que o termo engaiolou bandas veteranas em um ambiente onde só se quer saber de músicas gravadas e lançadas 50 anos atrás, matando o interesse por coisas novas que artistas mais velhos produzem.
Marcelo Gross, guitarrista com passagem pela banda gaúcha Cachorro Grande, acha o termo perigoso por classificar artistas diferentes e com trabalhos consistentes em uma categoria fossilizada que, involuntariamente prende ao passado quem se aventure a um som com mais referências artísticas da história.
Não é preciso muito esforço para adivinhar onde desemboca esse pensamento: no conservadorismo social que domina a sociedade brasileira e, de quebra, a de outros países, onde a ousadia, a audácia e a provocação artística passaram a simbolizar um mundo progressista assustador para essa gente.
O medo do novo, do instigante e das incertezas do futuro nunc tiveram um efeito tão nefasto e paralisante como agora.
A sociedade, como um todo, está apavorada com o empoderamento das mulheres, com a desenvoltura das minorias, com as reivindicações antirracistas, com o aumento das populações negras nas esferas de comando, com a visibilidade humana de pessoas trans e LGBYQIA+.
E quem poderia imaginar que muita gente do rock – gente demais da conta, muito mais do que imaginávamos – está em,butida neste meio, apavorada com as mudanças na vida com as incertezas naturais que nos empurram para a frente.
É esse tipo de gente que odeia o Black Pantera, o Living Colour e o Body Count, bandas de pretos enfezados que ousaram colocar os negros na vanguarda do rock e da música pop.
E quem poderia imaginar que muita gente do rock – gente demais da conta, muito mais do que imaginávamos – está em,butida neste meio, apavorada com as mudanças na vida com as incertezas naturais que nos empurram para a frente.
É esse tipo de gente que odeia o Black Pantera, o Living Colour e o Body Count, bandas de pretos enfezados que ousaram colocar os negros na vanguarda do rock e da música pop.
São os mesmos que debocham, desprezam e criticam bandas como Eskröta, The Mönic e Malvada, integradas por mulheres que exaltam o femininismo e o empoderamento delas, coisas que deixam os conservadores, principalmente os roqueiros, alucinados e amedrontados
Diante desses cenários enervantes e “ameaçadores”, o roqueiro parasita, ignorante e com cérebro estagnado busca refúgio no patriotismo e no rock clássico, terrenos conhecidos e menos complicados.
Apostam tudo no mesmo hit de 50 anos atrás ouvido incessantemente o dia inteiro dia após dia. É o cara que deliberadamente mata o novo por medo, sempre exigindo escutar “Smoke n the Water”, do Deep Purple, esteja onde estiver. É o mesmo idiota que faz questão de ir a lugares que só permitem artistas que tocam versões de grandes sucessos fossilizados, sem espço para qualquer coisa autoral.
A caricatura dessa gemente é o tiozão gordo e mal-educado que tem dinheiro de sobra e uma motocicleta caríssima, que frequenta motoclubes que ainda ostentam bandeiras dos Estados Confederados da América (racista) e lemas que exaltam a “amizade, a lealdade e o patriotismo”, quando não o nacionalismo.
São aqueles que exaltam as piores versões de Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers, o Southern rock que um dia serviu de trilha sonora para discursos supremacistas de brancos sulistas dos Estados Unidos.
Esse mundinho confortável e conservador do rock clássico soa como refúgio para essa gente acostumada a ser tratada (e mimada) com deferência e a desprezar gemente pobre e de cor e de outra orientação sexual. A correspondência com o mundo branco conservador e frequentemente “ostentatorio” do sertanejo moderno brasileiro é imediata.
Até quando toleraremos esse tipo e ser execrável em nossas hostes, empesteando com sua desumanidade e perversidade ambientes marcados ela cooperação, pelo respeito, pela amizade, mas também pelo questionamento e pela contestação?
O golpismo escancarado pela Polícia Federal não deixa dúvidas do perigo que corremos e de como o ambiente brasileiro se tonou tóxico na política, algo que contaminou toda a sociedade. Por isso é que a polarização é cada vez mais necessária para que identifiquemos e neutralizemos os inimigos. E o rock está cheio deles.
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