quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Ameaças a jornalistas antecipam a luta pela manutenção da democracia em 2026

 Marcelo Moreira



É uma daquelas coincidências macabras que sinalizam que são tempos perigosos para o mundo progressista e que preza pela decência da convivência humana: a banda pernambucana Devotos, de punk rock, lança nova música em homenagem a um jornalista assassinado pela ditadura militar no mesmo dia em que um lixo fascista intimida uma jornalista em um supermercado em São Paulo.


Não é um começo de 2025 auspicioso, em que as forças retrógradas e golpistas se movimentam para pressionar por anistia ao nefasto ex-presidente Jair Bosonaro e aos vagabundos terroristas que atacaram Brasília em 8 de janeiro de 2023.

Desde que o bolsonarimo asqueroso e abominável ascendeu à vida nacional, em 20118, a democracia viver seno testada em todos os dias, principalmente por agentes da lei fascistas e armados não perdem oportunidade de ameaçar constantemente a sociedade. As ações de violência policial cometidas por policiais militares em todo o país recentemente fazem parte deste contexto.

Também há núcleos perigosos de golpistas, antidemocráticos e fascistas nas Polícias Civis de todo o país. A jornalista Natuza Nery, da TV Globo, foi intimidada por um ser desprezível identificado como um policial civil em um supermercado da zona oeste de São Paulo. O dejeto humano vociferou que o “país estava desse jeito graças a gente como ela e à empresa onde trabalha. Deveriam sr aniquilados”. Um inquérito foi aberto para investigar esse atentado `s democracia e à liberdade de expressão.

Com isso, dá para ter ideia do mundo que essa gente nefasta e nojenta queria implantar caso o golpe bolsonarista desse certo ao final de 2022. Por isso, louvemos a nova música da banda Devotos, um dos nomes mais importantes do punk sul-americano que está com nova música no ar.

“Vladimir Herzog” já entrega o tema: é uma canção que homenageia o jornalista da TV Cultura preso pela polícia política brasileira no final de 1975 e assassinado depois de muita tortura na mesma noite da prisão. A ditadura militar tentou simular um suicídio, mas a farsa, tão ridícula, foi desmascarada imediatamente. Nascido na Sérvia, em 1937,fugu da invasão nazista de 1941 para o Brasil para, de forma inacreditável, morrer assassinado por uma ditadura bananeira criminosa.

A morte de Herzog, sem filiação alguma a partido político ou grupo guerrilheiro, foi considerada o começo do fim do regime militar, que caía de podre por incompetência, corrupção e crimes contra a humanidade. Infelizmente, a ditadura duraria ainda mais de dez anos, com uma fieira de crimes no histórico.

Precisamos sempre lembrar do martírio de Herzog e, neste momento, protestar veementemente contra a ameaça fascista das forças do atraso e do retrocesso. Não pode haver anistia aos terroristas de janeiro de 2023 e todo tipo de comportamento fascista tem de ser identificado, processado e banido. A luta pela preservação da democracia nas eleições presidenciais de 2026 começou mais cedo do que imaginávamos.




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