quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Emoção, paixão e peso movem o primeiro EP de Indira Castillo

 As influências de Cássia Eller são perceptíveis, mas a referência para o blues e o rock visceral que faz é muito mais do que inusitada: Maysa Matarazzo, ou simplesmente Maysa, a musa da música brasileira romântica, e exasperada, no samba-canção...

Indira Castillo é uma artista diferente e luminosa. Sua abordagem musical do rock pesado calcado no blues e no jazz é algo arrebatadora, do ponto de vista puramente espiritual - e isso ajuda a explicar a influência de Maysa em sua carreira.

De forma não surpreendente, a cantora que hoje está na banda Malvada, está divulgando o seu primeiro EP solo, gravado antes de ser anunciada no quarteto feminino paulista de hard rock. 

"Êxtase" tem oito minutos e três músicas, e expõe a alma de uma artista refinada e sofisticada. Acima de tudo, é uma moça corajosa e suficientemente segura para abraçar o rock pesado com tamanha contundência.

"Minha abordagem artística tem uma certa dose de coragem, mas acima de tudo está encharcada de paixão e vontade de buscar o novo", disse a cantora em entrevista exclusiva ao Combate Rock durante a audição o EP para a imprensa.

A postura é a mesma de uando entrou na Malvada meses atrás, quando substituiu Angel Sberse, mas ela admite que a forma como conduz o seu trabalho solo a obriga a fazer um trabalho adicional de saber onde está pisando, digamos assim. E a chave vira automaticamente em relação aos dois mundos.

O som da carreira solo é mais pesado e intenso, além de mais experimental, enquanto o hard rock da Malvada surge mais festivo e menos introspectivo, ao menos por enquanto. 

"Era a intenção colocar is guitarras e deixar o som do meu EP mais pesado e abordar outro tipo de tema. Foi concebido antes de eu entrar na banda e reflete o meu momento ali em 2022 e começo de 2023", analisa a cantora.

Depois do lançamento de "Wiser", no ano passado, um hard rock poderoso e totalmente bluesy, Indira sentiu a necessidade de se expressar em português. A receptividade do primeiro single, em inglês, a surpreendeu, mas em nenhum momento ela hesitou em compor e gravar "Tempo", que está no EO recém-lançado.

A base é um blues embebido em altas doses de paixão, com batida pesada e uma letra reflexiva sobre ausências e necessidades de seguir em frente - um tema musical e lírico bem apropriado para um eventual disco da Malvada, inclusive. O trabalho de guitarras é notável e moderno, mesclando timbres à la Black Crowes e Black Country Communion.

Como cantora, ela tem um registro forte e alto, como ficou evidente em "Tempo\" e no blues pesado "Êxtase", onde abusa de uma rouquidão ao melhor estilo de Cássia Eller na primeira metade - depois a música descamba para um stoner de responsa, emulando Suzi Quatro e Rita Lee.

Tudo é muito intenso e rápido, quase fugaz. As duas canções têm dois minutos, em urgência quase punk. A balada "dark blues" "Delírio", conduzida pelo piano, em uma lembrança do Barão Vermelho de Cazuza, evidencia um ecletismo raro de ver no rock nacional. 

A produção caprichou na ambientação, que deixou a música pesada e densa mesmo sem precisar explodir os falantes com guitarras lancinantes. O belo arranjo de cordas se encarrega de dar o acabamento sofisticado em uma letra que contesta a mesmice e impõe a necessidade de mudar sempre.

"São escolhas que precisamos fazer sempre, e isso se reflete diretamente no que compus", afirma Indira. "Só que, acima de tudo, é também uma questão de necessidade, é o tipo de música que aflora e sai com essa intensidade. Não poderia estar mais satisfeita com o resultado."

Tanto na carreira solo como na Malvada a questão da sensualização supostamente excessiva que insiste em perseguir muitas artistas mulheres - de Anitta e Ludmilla a Malvada a Lady Gaga - voltou à baila com a chegada dela ao quarteto feminino paulista, algo até esperado por conta da imagem que Indira criou há muito tempo. Isso chega a incomodar?

"De forma alga. A banda lidou be com isso quando surgiu e ocorre o mesmo com a minha entrada", diz a cantora. "Essa é a nossa música e o nosso jeito de ser, a gente veste a música que produz e a vive intensamente, com todo o engajamento e empoderamento que caracteriza as mulheres que estão vanguarda da música. O próximo disco da banda terá muito disso."

E onde entra Maysa nessa história toda? "Tenho muitas referências internacionais o jazz e no blues, mas no Brasil uma que é muito forte é a da roqueira Maysa, que tinha na essência de sua interpretação a emoção e o sentimento, coisas que sempre fiz questão de trazer para o meu trabalho. Ela é uma referência musical e pessoal por conta de sua trajetória de coragem e comprometimento com a música."

https://www.youtube.com/watch?v=bLwGrxXFFEY&pp=ygUPaW5kaXJhIGNhc3RpbGxv

https://www.youtube.com/watch?v=6A-JT5nNZxo&pp=ygUPaW5kaXJhIGNhc3RpbGxv

https://www.youtube.com/watch?v=2W9W2Pe5JNY&pp=ygUPaW5kaXJhIGNhc3RpbGxv

As várias faces dos mundos apocalípticos invadem o bairro da Penha em setembro


O Centro Cultural Penha realiza, nos dias 16 e 17 de setembro, a 6ª Edição do Penha Geek. Desta vez o evento aborda a visão pós-apocalíptica, um dos assuntos mais fascinantes da ficção científica e de terror.


Tema sempre recorrente na literatura, HQs, cinema e jogos, o pós-apocalipse mostra um planeta em ruínas, destroçado pela tecnologia e como a irresponsabilidade, ganância e prepotência do ser humano provocaram o colapso da civilização.


Inúmeros cineastas levaram às telas produções monumentais de eventos apocalípticos e suas implicações. O pós-apocalipse pode ser causado pelo ser humano como em "O Dia depois de Amanhã" e "2012", numa revolução das máquinas, retratados em "O Exterminador do Futuro", "Blade Runner" e "Matrix".


E também em um holocausto nuclear, como em "O Livro de Eli" e "Mad Max: Estrada da Fúria" , num evento de impacto evidenciado em "V de Vingança", alienígenas cruéis como vistos em "Independence Day' ou "A 5ª Onda", ou num apocalipse zumbi epidemiológico, como em "Eu Sou a Lenda" e a série televisiva "The Walking Dead".


Esses são só alguns exemplos de como podemos chegar ao fim dos tempos. Existem muitos outros, inclusive o "Apocalipse", é o último livro da Bíblia, escrito pelo apóstolo João, por intermédio do relato de anjos.


A literatura/ficção pós-apocalíptica traz também personagens heroicos que tentam prevenir ou evitar as trágicas catástrofes. Para a edição de 2023, assim como as outras, não faltarão atividades que vão do concurso de cosplay aos bate-papos com a galera gamer, passando pelo festival de K-Pop, retrogames, mesas com muitas Hqs, swordplay, just dance, oficina de maquiagem zumbi, game show e apresentações iradas de artistas da cena musical.

Um dos destaques é a presença do filhinho do Deus Metal: Detonator. Personagem criado pelo músico/apresentador/humorista Bruno Sutter, ele fecha a programação do dia 16 com uma apresentação insana dentro da "Vacinator Tour".


No set list do vocalista constam o single "Vacinator", que de acordo com ele "retrata nosso momento e ao mesmo tempo traz um conceito lúdico de vacinar os ouvidos dos brasileiros com o melhor do Heavy Metal". Detonator não deixará de fora hits de seu primeiro disco solo, "Metal Folclore", como "Metaleiro", "Curupira", "Saci", além do clássico "Pegasus Fantasy".


Outro destaque é a oficina de Make Zumbi, afinal, vai que os mortos-vivos dominam o planeta um dia. A atividade fica por conta do Coletivo Prateleira de Quadrinhos, caprichando na maquiagem e na caracterização zumbi.


Vale a pena destacar também a presença dos roteiristas e quadrinistas Larissa Palmieri e Alex Mir, autores de obras instigantes e apocalípticas como "Rancho Corvo Dourado" e "Periferia Cyberpunk". Palmieri e Mir trocarão ideias com os fãs, falando sobre suas visões de um mundo distópico e apocalíptico.

A 6ª Edição do Penha Geek também contará com a presença da escritora paulistana Anne C. Beker. Médica por profissão e autora por paixão, Beker virá ao PG para falar de sua mais recente obra: a trilogia "Subterrâneo", cujos volumes "Ascensão" e "Revelação" estarão disponíveis ao público.


Dialogando com o tema deste ano do PG, "Subterrâneo" nos apresenta um mundo despótico numa sociedade disfuncional e oprimida. Beker diz que os jovens são atraídos pelo tema pós-apocalíptico, vide os sucessos recentes de "Jogos Vorazes" e "Divergente" e o quanto sua obra tem despertado atenção nesta parcela da população.

"A identificação dos jovens com a leitura é instantânea, pois existe na personagem central o desejo de subverter a ordem e a necessidade de pertencimento, algo muito característico nesta fase da vida", destaca a autora. Para ela, histórias como a que escreve são ideais no contexto atual, pois é fundamental aos "adolescentes consumirem a literatura que os incentivem a perceber o mundo com um mais olhar crítico", conclui.

Anne Beker é apaixonada por livros e literatura desde pequena. Iniciou escrevendo poesias e poemas, que não chegaram a ser publicados. Após muitas leituras e alguns cursos de técnica de escrita, decidiu se arriscar com algumas ideias e escreveu o primeiro livro "Revisitando o passado". Desde então, não parou mais.

Não faltarão atividades no Penha Geek 2023. Estamos à mercê dos invasores do espaço, do cataclisma e da ameaça zumbi. Enfim, o mundo já era, mas a diversão só está começando!

SERVIÇO

Penha Geek - 6ª Edição

Dias 16 e 17 de setembro

Das 10h às 20h

Grátis

Livre

Centro Cultural Penha

Largo do Rosário, 20

Pink Floyd contra-ataca com versão remasterizada de 'The Dark Side of the Moon''

 A guerra entre Roger Waters e David Gilmour, ex-integrantes do Pink Floyd, ganhou novo capítulo com a decisão dos administradores do espólio da banda, ligados a Gilmour, de relançar o álbum “The Dark Side of the Moon” em versão remasterizada. Este produto chegará ao mercado uma semana depois de Waters colocar no mercado a sua versão regravada e desidratada do mesmo disco.

O relançamento do Pink Floyd estará disponível em CD, LP e Blu-ray. Ela já foi oferecida anteriormente de forma exclusiva na caixa comemorativa de 50 anos do lançamento original.

O pacote ainda conta com brindes como adesivos e reproduções de pôsteres e outros materiais gráficos da época da turnê. Também é importante ressaltar que o ao vivo “Live at Wembley Empire Pool, London, 1974”, presente na caixa, não integra essa versão em específico.

Fundado em 1965 pelo baixista Roger Waters, pelo baterista Nick Mason, pelo tecladista Rick Wright e pelo guitarrista e vocalista Syd Barrett, o grupo foi um do maiores nomes do rock de todos os tempos.

Gilmour substituiu Barrett (que morreu em 2016) em 1968 e desde então dividiu a liderança com Waters. os desentendimentos mais sérios começaram em 1977, depois do lançamento do álbum "Animals", e culminaram, em 1984, com a briga definitiva depois de "The Final Cut", do ano anterior.

Waters anunciou que estava saindo da banda e entrou na Justiça para que a banda acabasse e ninguém pudesse usar o nome. A briga judicial durou até 1987, quando a banda ganhou o direito de prosseguir e o baterista ficou com os direitos da obra "The Wall", da banda, de 1979.

Como um trio, o Pink Floyd fez o seu último show em 1994, após o lançamento de "The Division Bell". Depois disso, a formação clássica se reuniu apenas uma vez, em 2005, no show beneficente "Live 8", no Reino Unido. 

Wright morreu em 2008, aos 65 anos de idade, e Gilmour e Mason apareceram em 2011 em show de Waters em Londres, mas as encrencas continuaram. O ponto alto das tretas mais recentes é justamente "The Dark Side of the Moon", com Waters regravando a obra com outros arranjos e sem os solos maravilhosos de Gilmour no disco original.

O relançamento por parte do administradores do espólio do Pink Floyd já estava programado, ams foi antecipado como forma de contrapor a arriscada e desnecessária empreitada de Waters.

Oitavo álbum de estúdio do Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” é seu trabalho mais bem-sucedido, com cerca de 45 milhões de cópias vendidas mundialmente. Permaneceu 741 semanas consecutivas na parada norte-americana, entre 1973 e 1988.

O material foi desenvolvido em performances ao vivo, com boa parte sendo executada nos palcos antes mesmo das gravações. Foi concebido como um trabalho conceitual focado nas pressões enfrentadas pela banda e os problemas de saúde mental do ex-membro Syd Barrett

Com uma produção inovadora e arranjos musicais realçados com efeitos sonoros, os quatro integrantes compuseram uma obra em que a ansiedade dos tempos modernos e o avanço tecnológico rápido colocam a sociedade atual em xeque, potencializando o estresse e as disrupções sociais - curiosamente, parece ter sido uma premonição do que viria ocorrer com a própria banda quase 15 ano depois.

Em termos musicais, "The Dark Side of the Moon" é a obra máxima do Pink Floyd, contando com a colaboração de todos e exibindo uma leitura inovadora da produção musical. Não era conceitual em sua concepção original, mas acabou se tornando um os álbuns mais icônicos por conta dos "conceitos" embutidos em cada canção.
, mexe
Se "The Wall" é mais ambicioso e grandioso, "Dark Side" é mais complexo e intenso, mexendo como nenhuma outra obra roqueira com as sensações e de aspectos da inteligência humana.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Veja quais são as atrações roqueiras de The Town

Na era dos festivais em que a música é um acessório ou secundária, é preciso garimpar bastante em programações extensas as atrações que valem a pena em meio a tocadores de pen drive e porcarias dançantes travestidas de "rhythm an blues". Tem sido assim nas várias edições do Rock in Rio e será assim em The Town.

Nos próximos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro, acontecerá a primeira edição do evento no Autódromo de Interlagos. O festival paulista que é o irmão mais novo do Rock in Rio tem sempre aquele headliner de sempre, chamado para garantir o resultado a fechar a bilheteria no azul. E a escolha de The Town para os roqueiros foi boa. 

Foo fighters é a última das grandes bandas de rock, aquela capaz de encher estádios no mundo inteiro. Quem bom que a escolha não recaiu sobre os de sempre e queridinhos da empresa que organiza o evento - Iron Maiden e Guns n' Roses;

A banda de Dave Grohl tenta se rearrumar depois da morte do baterista Taylor Hawkins no ano passado. Josh Freese foi o escolhido para assumir as baquetas e o show continua bom como sempre. Nunca dá errado e a banda promete carregar o festival nas costas.

Como de praxe em festivais gigantes como esse e os Lollapaloozas da ida, o rock é coadjuvante, com cada vez menos aparições e atrações interessantes. Nada surpreendente quando observamos que a música fica em segundo plano nesse tipo de evento.

Vasculhando o elenco extenso de The Town, ressaltamos o que de melhor o festival oferecerá de rock, ou que possa se assemelhar ao rock ou coisas que mereçam destaque no jazz, no blues e na soul music. Para saber a programação completa, com os dias e os palcos de cada atração, clique em 

Detonautas Roque Clube - Banda que foi a ponta-de-lança do rock nos protestos contra o (des)governo nefasto de Jair Bolsonaro (PL) reaparece mais serena e tranquila pregando algum tipo de pacificação e reconciliação. Não deixa de ser uma espécie de amadurecimento e de uma busca por outros caminhos. Com uma sacola cheia de hits, prepara-se para divulgar seus mais recentes trabalhos, EPs acústicos que sinalizam novos caminhos para celebrar 30 anos de existência.

Pitty - Cantora de rock de maior destaque entre as mulheres no Brasil, saboreia o sucesso da parceria com Nando Reis (ex-Titãs), as promete resgatar o peso que sempre foi característico em sua carreira solo. É um show bacana para mostrar que o rock nacional tem vigor suficiente para enfrentar o mar de atrações insípidas que domina o elenco.

Barão Vermelho - Talvez seja o ponto alto das comemorações dos 40 anos de carreira da instituição carioca, que é um dos rostos do rock nacional. Com o convidado Samuel Rosa (ex-Skank), é garantia do melhor show roqueiro que existe, por mais que o guitarrista e vocalista Roberto Frejat há anos tenha partido para a carreira solo.

Hermeto Paschoal - Genial multi-instrumentista parece deslocado em um festival destinado a quem não gosta muito de música. Dentro da diversidade de estilos, no entanto, é algo a ser observado e apreciado sem moderação, já que seu som experimental costuma agradar aos apreciadores de rock progressivo. é um dos gênios da humanidade ainda vivos

Esperanza Spalding - Contrabaixista norte-americana surgiu como um furacão no mundo do jazz com uma abordagem inovadora do instrumento, encharcando sua música de world music, principalmente a latina e a brasileira - tanto que fala bem o português graças à convivência com músicos nacionais. Nos últimos anos vem se aproximando cada vez mais das tendências modernas da música negra americana, soando cada vez mais experimental. É um dos shows imperdíveis.

Yeah Yeah Yeahs - Banda que já foi sensação pop há priscas eras continua assombrando searas alternativas e nem tão alternativas assim. O som é honesto, mas sem reverberação e contundência. em época de rock de menos, é o que temos.

Maroon 5 - Nunca saberemos se a música dessa banda é rock alternativo, contemporâneo ou um pop movido a guitarrinhas estridentes. Bastante popular no Brasil, mobiliza uma plateia que se contenta com mais do mesmo. Entretanto, pelo menos é rock, por mais soe insosso e sem sabor.

Joss Stone - A diva inglesa do soul e do rhythm and blues explodiu aos 17 anos como um talento grandioso e capaz de reeditar o sucesso das mulheres fabulosas que dominaram o gênero nos Estados Unidos. sua carreira sempre foi consistente e tem um público gigantesco, mas foi ofuscada por Amy Winehouse e Adele, embora seja a melhor delas na opinião de muitos críticos musicais. Depois de traalhar com Jeff Beck e Mick Jagger (na banda Superheavy), modernizou o seu som, acrescentando beats e loops e apostando em uma sonoridade mais próxima do R&B americano.

Angelique Kidjo - Da para dizer que a africana natural de Benin é o equivalente de Joss Stone na world music, passeando pelo jazz, pelo blues, pela soul music e por várias tendências da música étnica. Como ela tem quase o dobro da idade da inglesa, o mais correto é dizer que Stone é a versão soul de Kidjo. É uma voz mundial poderosa dentro e fora dos palcos, engajando-se em diversas causas humanitárias como embaixadora cultura da ONU.

Stanley Jordan - Veterano guitarrista americano de jazz é um assíduo frequentador dos palcos e já engatou inúmeras parceiras por aqui. muita gente ainda lembra da versão maravilhosa instrumental de "Stairway to Heaven", do Led Zeppelin, do final dos anos 80, o que , de certa forma, soa como uma injustiça diante da vasta obra deste músico peculiar. é um dos gigantes do jazz contemporâneo.

Garbage - Era para ter estourado como a principal banda de rock alternativo de sua época, com suas guitarras pesadas e so cru, além de uma carismática vocalista escocesa. Trinta anos depois, a banda Shirley Manson passou por hiato e tempos de vacas magras, mas mantém a qualidade e o vigor em tempos em que ser um artista íntegro não conta muito mais pontos. Outro acerto do festival.

Ney Matogrosso - Aos 81 anos e 50 depois de estourar com os Secos & Molhados, o cantor mais identificado com a MPB vê a coroação de uma trajetória espetacular - é invejado or muito roqueiro por sua atitude e sua força de espírito. Símbolo vivo da contestação e da resistência, Ney é a coisa mais instigante de um gênero musical que há muito deixou de ser subversivo  perigoso.

Terno Rei - Band pop por excelência, terá a companhia da cantora Fernanda Takai, do Pato Fu, para alegria dos indies e alternativos. Não deverá apresentar grandes surpresas, mas vai agradar a um público que anseia por coisas diferentes.

Racionais MC's - O nome mais importante do rap brasileiro se une à orquestra Sinfônica de Heliópolis para um mergulho profundo na música brasileira moderna, incrementando a sua música dura e pesada om toques de brasilidade e neosoul. Com 35 anos de carreira, ainda é capaz de mobilizar multidões e mostrar que suas canções ainda são atuais, principalmente depois da desgraça que foi o governo bolsonarista. Continuam relevantes e necessários.

Planet Hemp - Embalado pelo novo disco, "Jardineiros", terá a companhia no palco do rapper Criolo, este cada vez mais próximo da MPB e da música romântica. No novo trabalho é forte e contundente, com um viés político e social que demonstra que a banda está afiada e disposta a continuar relevante.

https://thetown.com.br/pt/lineup 

https://www.estadao.com.br/cultura/musica/the-town-2023-veja-programacao-completa-com-horarios-dos-shows-nprec/#:~:text=Cada%20palco%20do%20evento%20ser%C3%A1,Lovato%2C%20Iggy%20Azalea%20e%20H.E.R.

Festivais gratuitos agitam Brasília e São Paulo

 Dois interessantes festivais de rock com bandas brasileiras e com cara de alternativos movimentam a cena em setembro e outubro e aliviam a sede de shows dos que não puderam ou não conseguiram comprar ingressos para The Town, a versão paulista do Rock in Rio.

Em Brasilia a atração é a 38ª edição do Ferrock, que tem como atrações principais Os Inocentes, Tom Zé e Mutantes. Exist desde 1986, quando um grupo de roqueiros decidiram criar um evento reunindo folclore brasileiro e rock com sotaque nacional.

O Ferrock nasceu em Ceilândia, no Distrito Federal, com o objetivo de promover cultura, informação e diversão, além de abordar questões sociais relevantes.

Gratuito, está marcado para os dias 9 e 10 de setembro (sábado e domingo), esse encontro único entre o rock e o folclore brasileiro promete agitar a Praça do Trabalhador, ao lado da Administração de Ceilândia Sul. 

Entre outras atrações estão Kidsgrace, Nightwölf, Pata de Cachorro, Folia de Reis João Timóteo, e a Camarones Orquestra Guitarrística.

Em São Paulo, o a Rockfun Fest 2023 ocorrerá no dia 15 de outubro no antigo clube Tietê, no bairro da Ponte Pequena, próximo do centro da cidade. - o local hoje é o Centro Esportivo Tietê, sob administração pública.

Gratuito, terá dois palcos e as atrações principais serão Paulo Miklo (ex-Titãs) e Mutantes, mas o rock pesado vai dar as caras com o death metal de Krisiun e Crypta, além das bandas de hardcore Oitão, Dead Fish e Johnwayne. É um dos eventos de rock mais importantes do calendário da capital paulista.


38ª Edição do Ferrock – O Encontro do Rock com o Folclore Brasileiro


Data: 9 e 10 de setembro – sábado e domingo
Entrada: Gratuita (mediante 1 kg de alimentos não perecíveis)
Local: Praça do Trabalhador de Ceilândia
Horário: abertura dos portões às 14 horas
Mais informações: @ferrockfestival

Programação
09/09 – Sábado:



Kidsgrace – 15h
Desonra – 15h30
Nightwolf- 16h
Pata de Cachorro (MS)- 16h30
Orquestra Sanfônica de Brasília – 17h
Camarones Orquestra Guitarrística (RN) – 17h30
Veludo Branco (RR) – 18h10
Death Slam – 18h50
Leviaethan (RS) – 19h20
Tuatha de Danann (MG) – 20h
Folia de Reis João Timóteo (Congo) (MG/DF) – 20h40
The Troops Of Doom (MG) – 21h10
Inocentes (SP) – 22h00

10/09 – Domingo:

O Konjunto – 16h
Bigornas Voadoras – 16h30
Signo 13 – 17h
Grupo de Projeção Folclórica Coração Gaúcho – 17h30
Celtic Soul – 18h
Orquestra Roda de Viola – 18h30
Boi Bumbá do Amazonas (Grupo de Dança Pellynsky) – 19h
Tom Zé e Banda- 19h30
Os Mutantes – 20h30

terça-feira, 29 de agosto de 2023

The Town acerta com a escalação de Joss Stone em lugar de Liam Payne

 A chegada da cantora inglesa Joss Stone para o festival The Town, em São Paulo, e a melhor notícia às vésperas de um festival onde a música é secundária, como infelizmente ocorre com seu irmão mais velho, o Rock in Rio.

O conceito de entretenimento mudou demais neste século, e principalmente depois da pandemia de covid-19, assim como a forma de se lucrar neste segmento. Que bom que houve sensibilidade para que uma artista de qualidade pudesse substituir em cima da hora uma atração sem grande destaque no Brasil.

Nome fundamental do neosoul e do blues neste século, Joss Stone, que substitui Liam Payne, surgiu para o mundo como jovem prodígio aos 17 anos e encantou o mundo musical com sua delicadeza ao abordar temas difíceis e de exuberância nas canções mais explosivas. 

Precoce, foi cativada pela música soul desde quando ainda era uma criança. Ao passar pelo início da adolescência, ela aprimorou seus vocais que, futuramente, se tornariam sua marca registrada. 

A artista começou a carreira de cantora aos treze anos, logo garantindo um contrato com uma gravadora aos quinze anos e lançou, em 2003, seu álbum de estreia que foi bastante aclamado pela crítica, "The Soul Sessions".

Hoje, aos 36 anos e com uma longa carreira consolidada, Joss conta com sete álbuns de estúdio em sua discografia. Em 2015, seu CD "Water for Your Soul" conquistou a primeira posição no Reggae Albums Chart da Billboard, além de ter sido eleito o melhor álbum do gênero no mesmo ano pelo ranking. 

Stone vendeu mais de 14 milhões de álbuns em todo o mundo. Seus três primeiros trabalhos, "The Soul Sessions", "Mind, Body & Soul" e "Introducing Joss Stone" somam juntos um disco de platina e dois discos de ouro nos Estados Unidos, enquanto no Reino Unido os dois primeiros superaram 2 milhões de cópias e fizeram de Joss Stone a cantora mais jovem a liderar a parada de discos.

Festival SP Choro in Jazz acontece entre os dias 1º e 3 de setembro

 Eugenio Martins Junior - do blog Mannish Blog

Entre os dias 1º e 3 de setembro, de sexta a domingo, acontece no Teatro Paulo Eiró, zona sul de São Paulo, a segunda edição do Festival SP Choro in Jazz, que traz 10 shows com expressivos nomes da música brasileira.

Entre os destaques está o encontro inédito de Filó Machado e Alaíde Costa, além de nomes como Cida Moreira, Fabio Bergamini, Ayrton Montarroyos e Joabe Reis, entre outros.

O festival vai homenagear o pianista e compositor João Donato, um dos maiores artistas da música brasileira, falecido recentemente.

Nos três dias do festival, uma sessão de projeção mapeada na fachada externa do Teatro Paulo Eiró antecede os espetáculos noturnos, juntamente com a performance aérea - site specific - do Grupo Ares, que se apresenta ao som de músicas de Donato.

Filó Machado e Alaíde Costa, fazem os shows de abertura do Festival (1/9, sexta, às 20h30). No sábado (2/9), o Beba Trio apresenta-se, às 18h, e Cida Moreira, às 20h.

No domingo (3/9), tem Fabio Bergamini Ensemble, às 11h, e Joabe Reis, às 13h, seguidos por grupos de choro - Rafael Beck e Rafael Schmitt, às 16h, Ensemble Choro Erudito, às 17h, Choro pro Santo, às 18h - e, encerrando a programação, Ayrton Montarroyos, às 19h.

O Festival SP Choro in Jazz é uma realização Secretaria Municipal de Cultura da Cidade, da Prefeitura de São Paulo, com idealização e direção musical de Adriana Belic e produção da Belic Arte.Cultura, que busca evidenciar criações da música instrumental brasileira, do chorinho e do jazz.

Nesta segunda edição o evento reúne mais de 30 instrumentistas e artistas de destaque na cena paulista. Segundo a idealizadora Adriana Blic, “entre outros motivos, a realização de um festival com esse perfil contribui não só para o reconhecimento da importância desses gêneros musicais bem como para a difusão junto às novas gerações de apreciadores da música brasileira”.

Serviço | Programação

Festival SP Choro in Jazz

1º a 3 de setembro de 2023 – Sexta, sábado e domingo

Local: Teatro Paulo Eiró

Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. SP/SP. Tel: (11) 5546-0449.

Ingressos: Gratuitos – Retira na bilheteria 1h antes das sessões.

Duração/shows: 60 minutos. Classificação: Livre.

Nas redes: @festivalspchoroinjazz | @teatropauloeiro.

1ª/09 - Sexta-feira

20h - Homenagem a João Donato (parte externa): Site specific com Grupo Ares e projeção mapeada
20h30 - Show: Filó Machado e Alaíde Costa

2/09 - Sábado

18h - Show: Beba Trio
19h30 - Homenagem a João Donato (parte externa): Site specific com Grupo Ares e projeção mapeada
20h - Show: Cida Moreira

3/09 - Domingo

11h - Show: Fabio Bergamini Ensemble
12h30 - Homenagem a João Donato (parte externa): Site specific com Grupo Ares
13h - Show: Joabe Reis
16h - Show: Rafael Beck e Rafael Schmitt
17h - Show: Ensemble Choro Erudito
18h - Show: Choro pro Santo
19h - Homenagem a João Donato (parte externa): Site specific com Grupo Ares e projeção mapeada
19h - Show: Ayrton Montarroyos

Filó Machado e Alaíde Costa
– Dois espetáculos em uma apresentação. Filó Machado (violão e voz) - acompanhado por Vitor Cabral (bateria), Felipe Machado (voz e violão), Fábio Leandro (piano), Carlinhos Noronha (baixo) e Raphael Ferreira (sopros) – apresenta repertório que pontua sua trajetória em busca da originalidade, com acordes inspirados e uma liberdade despretensiosa na qual as linhas melódicas são elementos de ligação entre as perspectivas e as influências recebidas. Artista premiado e reconhecido mundialmente, Filó é cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador e produtor com 13 discos gravados. Filó Machado recebe a convidada Alaíde Costa, que canta ao som do seu violão, além de fazer performance solo. Acompanhada pelo violonista Gabriel Deodato e o flautista Alexander Souza, Alaíde Costa interpreta músicas do show 50 Anos Depois Daquele Disco com Oscar. O espetáculo foi concebido para celebrar os 50 anos do disco Alaíde Costa e Oscar Castro Neves (Odeon – 1973) que ela considera o mais bonito de sua carreira, recriando o repertório na íntegra. Músicas como “Amigo Amado” (parceria de Alaíde com Vinicius Moraes), “Noturno em Tempo de Samba” (de Custódio Mesquita) e “Retrato em Branco e Preto” (Tom Jobim e Chico Buarque) compõem o programa. O violonista Oscar Castro Neves teve uma Importância fundamental na carreira de Alaíde, sendo autor de dois grandes sucessos gravados por ela nos anos 60: “Onde Está Você” e “Morrer de amor”. Alaíde figura entre os precursores da bossa nova, compondo com nomes como Vinícius de Moraes, Johnny Alf e Antônio Carlos Jobim, sendo considerada uma de maiores intérpretes da MPB. Aos 86 anos, lançou O Que Meus Calos Dizem Sobre Mim, produzido por Marcus Preto, Pupillo e Emicida.

Beba Trio - Formado por Beba Zanettini (piano, teclados, direção musical), Gudino Miranda (bateria) e Victor Kutlak (contrabaixo), o Beba Trio atua na formação consagrada pelos trios de jazz e bossa nova: piano, contrabaixo e bateria. No repertório, um som vibrante, cheio de samba, grooves, suingue e alegria sonora, em composições autorais e músicas que são referência no universo do som instrumental. O trio, formado em 2019, executa com originalidade a música brasileira, passando por influências rítmicas que vão da música latino-americana e caribenha ao jazz e pop. Na discografia, quatro singles nas plataformas digitais - Espera (2019, faixa selecionada para a playlist Jazz Brasileiro, no Spotify), Chorando em 3 (2019, participação especial do acordeonista Gabriel Leviy), Iawareté (2020) e Chacarera dos Esquecidos (2020. – e o álbum, Beba Trio e Convidados (2021). No Festival SP Choro in Jazz, o trio toca, entre outras, “Túneis” (Victor Kutlak), “Na Gaveta” (Beba Zanettini), “27 de Dezembro” (Beba Zanettini), “Vagalumeando” (Beba Zanettini) e “Café com Pão” (João Donato), uma homenagem ao grande compositor, falecido recentemente.

Cida Moreira – Em show solo, de piano e voz, Cida Moreira apresenta um repertório de canções emblemáticas ligadas ao jazz e também temas brasileiros de natureza nobre em estética e conteúdo, como o chorinho. No programa da apresentação, compositores como George Gershwin, Cole Porter, Kurt Weill, Tom Jobim, Waldir Azevedo, Chico Buarque, João Bosco, Luiz Melodia e Heitor Villa-Lobos. “São autores potentes em peculiaridade, beleza e significação poética”, comenta a artista, que acrescenta a esse repertório sua verve dramática, aquela que a define como cantora e atriz. “Será uma bela oportunidade para ousar e experimentar uma grande liberdade musical e poética, como a música sempre nos conduz. Assim será… e será especial toda a programação do Choro in Jazz, com tantos artistas extraordinários”, finaliza Cida Moreira.

Fabio Bergamini Ensemble – O grupo - formado por Fabio Bergamini (percussões e bateria, Fábio Oliva (trombone), Reynaldo Izeppi (trompete), Rosa Garbin (voz), Ricardo Zoyo (baixo acústico e alaúde), Sidney Ferraz (piano) e Marcus Simon (percussão) - a apresenta o concerto Yatra, que traz músicas do primeiro álbum solo de Bergamini, Nandri (Belic Music), além temas de choro e uma homenagem a João Donato (1934-2023). Yatra, em sânscrito, significa “jornada de transformação”. O concerto foi concebido para promover uma experiência que parte do nosso nascimento, segue pelos ritos de passagem e vai até a velhice, passando por momentos que simbolizam nossa vida. Um minucioso roteiro criado pelo artista conduz a plateia por essa jornada recheada de música, sons, instrumentos étnicos e tradicionais. O programa de Yatra é dividido em quatro movimentos: Movimento 1 - Infância; Movimento 2 - A jornada; Movimento 3 - Celebração; Movimento 4 - Partida.

Joabe Reis – Mestre do trombone e compositor, Joabe Reis apresenta o show de sua nova turnê, intitulada 028, nome do álbum autoral lançado recentemente, que o artista concebeu em homenagem a cidade sua cidade natal - Cachoeiro de Itapemirim (ES), cujo DDD é 028. Acompanhado por Josué Lopez (saxofone), Sidmar Vieira (trompete), Daniel Pinheiro (bateria), Douglas Couto (baixo) e Agenor de Lorenzi (teclados), Joabe interpreta músicas do disco como “IBC”, “Vila Rica”, “Aquidaban” e “Partido Alto” (Roberto Bertrami e Alex Malheiros), além de suas composições mais ouvidas - “Primeira Dose”, “I Just Wanna Breathe” e “Pamplona”.

Duo Rafael Beck e Rafael Schimidt – O duo Rafael Beck (flauta) e Rafael Schimidt (violão), referência do choro contemporâneo de São Paulo, vem se apresentando, desde 2012, em várias unidades do Sesc São Paulo; participou do Instrumental Sesc Brasil; tocou no Festival de Jazz de Iguape, Festival de Pedra Bela, Ipatinga Live Jazz, Festival de Inverno de Atibaia, Lençóis Jazz e Blues Festival e em outros espaços pelo Brasil. Em 2017, os instrumentistas lançaram o CD Rafael Beck e Rafael Schimidt Interpretam Altamiro Carrilho, pela gravadora Galeão. No repertório da apresentação: “Cochichando” (Pixinguinha), “Feira de Mangaio” (Sivuca), “Deixa o Breque pra Mim” (Altamiro Carrilho e Ary Duarte), “Noites Cariocas” (Jacob do Bandolim), “Um a Zero” (Pixinguinha), “Tempo de Criança” (Dilermando Reis) e outras. Paulistano vivendo em Atibaia, Rafael Beck iniciou seus estudos de flauta doce aos seis anos. Aos sete, gravou seu primeiro CD com músicas de Pixinguinha, Tom Jobim, Dorival Caymmi e outros, no qual dividiu solos com Dominguinhos. Aos nove anos, trocou a flauta doce pela transversal e pelo piccolo. Participou de shows de Hermeto Pascoal, Dominguinhos e Ivan Lins. Rafael Schimidt é paulista de Santo André, vivendo em Atibaia. Começou a tocar bandolim com habilidade, na infância, e logo passou para o violão, aos 7 anos. Solista nato, já gravou quatro CDs instrumentais, com composições próprias. Com técnica apurada, navega em diversos estilos como choro, samba, MPB, flamenco, tango, Jazz e outros. Já se apresentou ao lado de Inezita Barroso Proveta e Yamandu Costa.

Ensemble Choro Erudito - Pensar a música como uma linguagem universal é o que define o trabalho do Ensemble Choro Erudito, grupo formado pelo vibrafonista Ricardo Valverde, pela violinista Vanille Goovaerts e pelo contrabaixista Marcos Paiva. O grupo – que lançou seu primeiro CD, em 2020 – inspira-se no choro e na música erudita ‘plantada nos quintais’ brasileiros para traçar sua trajetória. A partir de um convite do Sesi São Paulo, em 2018, para apresentação de um repertório que ilustrasse a diversidade brasileira e, ao mesmo tempo, remetesse a uma linguagem erudita e popular, o trio traçou sua expressão artística. O trabalho do trio parte do universo da música instrumental, criando um repertório que propõe diálogos entre Villa-Lobos, Altamiro Carrilho, Lô Borges, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Camargo Guarniere, Jacob do Bandolim, Caetano Veloso e Lorenzo Fernandez.

Choro pro Santo – Com 18 anos de história, o trio Choro Pro Santo - formado por com Adriano Dias (violão de 7 cordas e rabecolão), Thadeu Romano (acordeon) e Fábio Bergamini (bateria e percussão) - apresenta no Festival SP Choro in Jazz um repertório de música brasileira que funde obras de compositores clássicos de várias épocas. O show tem músicas que vão de Pixinguinha, Hermeto Pascoal, Baden Powell e Ataulfo Alves a compositores eruditos como Heitor Villa-Lobos, Albinoni, Tchaikovsky e Stravinsky, além de composições autorais.

Ayrton Montarroyos - Considerado pela crítica uma das grandes vozes da nova geração da música brasileira, Ayrton foi finalista do The Voice Brasil de 2016 e já se apresentou ao lado de grandes nomes: Cauby Peixoto, Ângela Maria, Lulu Santos, Luiza Possi, Alice Caymmi, Filipe Catto, Claudette Soares e Edu Lobo. Gravou vários álbus. O primeiro, homônimo, contou com sete arranjadores ilustres, entre eles Arthur Verocai e Vitor Araújo, e o segundo, Um Mergulho no Nada (2019), é parceira com o violonista Edmilson Capeluppi, gravado ao vivo. No Festival SP Choro in Jazz, Ayrton apresenta o repertório de Chorinho Essência Brasileira (Biscoito Fino, 2021), um dos muitos álbuns que gravou ao vivo, na pandemia, durante suas famosas lives. Acompanhado pelo violonista Gustavo de Medeiros, o intérprete passeia por clássicos do choro como “Brasileirinho” (Waldir Azevedo), “Carinhoso (Pixinguinha), “Noites Cariocas” (Jacob do Bandolim) e Flor Amorosa” (Joaquim Callado), entre outros.

Grupo Ares -
Criado em 2010, dirigido por Monica Alla, o Ares é um núcleo artístico de pesquisa e criação que tem como principal objetivo buscar a verticalidade em cena por meio dos mais diferentes aparelhos aéreos, unindo-os à dança, ao teatro físico e ao circo contemporâneo para a criação de espetáculos, performances e intervenções. Usando estas linguagens, as criações sempre buscam mudar a perspectiva da cena e contrapor o virtuosismo e a força do movimento à sensibilidade e leveza do voo, do salto. O Grupo Ares faz da busca por novas possibilidades estéticas e de estados corporais o seu grande desafio, colocando os corpos e as ideias no ar. A escolha de locais inusitados para as apresentações também é uma característica do trabalho do grupo, que já performou em fachada de prédios de São Paulo (e de outras cidades), em piscinas, galerias de arte, espaços públicos diversos, além de teatros convencionais.

Diana Krall anuncia shows no Rio e em São Paulo

 Do blog Mannish Blog

A cantora e pianista se apresenta em 15 de novembro no Vivo Rio e no dia 18 de novembro em São Paulo, no Tokio Marine Hall.

Canadense nascida em Nanaimo, na Columbia Britânica, Diana Krall descobriu sua paixão pela música desde muito jovem. Aos quatro anos de idade começou a estudar piano e aos 15 anos já se apresentava localmente com o jazz.
 
Diana Krall é a única cantora de jazz com oito trabalhos no topo da parada de álbuns de jazz da Billboard. Até o momento seus álbuns ganharam dois Grammys Awards, dez Juno Awards e nove álbuns de ouro, três de platina e sete multiplatina, consolidando seu lugar como uma das maiores referências do jazz contemporâneo.

E seu trabalho mais recente, “This Dream of you”, também foi muito bem recebido pela crítica dos fãs e da imprensa.
 
Seu estilo, que mistura o virtuosísmo ao piano com o intimismo vocal, como se estivesse sussurrando suas letras em uma sala de estar, a tornou uma das artistas mais reconhecidas de nosso tempo.
 
Como o New York Times observou recentemente, ela possui “uma voz ao mesmo tempo fria e sensual, combinada com uma sofisticação rítmica”.

Seu reportório diversificado combina perfeitamente com a atmosfera cultura e vibrante de São Paulo e Rio de Janeiro.
 
Os ingressos para os shows estarão disponíveis a partir de amanhã, dia 30 de agosto, quarta-feira, e podem ser adquiridos nos sites oficiais Sympla (Rio de Janeiro) e Eventim (São Paulo).

Serviço:

Diana Krall no Rio de Janeiro
Local: Vivo Rio – Avenida Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo
Data: 15 de novembro de 2023 – quarta-feira
Horário: 21h
Abertura da casa: 19h
Classificação: 16 anos


Diana Krall em São Paulo
Local: Tokio Marine Hall – Rua Bragança Paulista 1281 – Várzea de Baixo
Data: 18 de novembro de 2023 – sábado
Horário: 22h
Abertura da casa: 20h
Classificação: 16 anos

The Killers libera novo single ‘Your Side of Town’

 Do site Roque Reverso

A banda The Killers liberou seu mais novo single. “Your Side Of Town”, cuja capa acompanha este texto, já pode ser conferido nas diversas plataformas.

Com um som que lembra os do período da New Wave nos Anos 1980, a música traz o grupo abusando, com qualidade, dos sintetizadores.

A própria banda destacou nas redes sociais que os sintetizadores foram uma inspiração “ao longo dos anos”.

Impossível não ouvir a nova música e não lembrar dos teclados do Pet Shop Boys e dos vocais do Alphaville.

Ainda não há informações oficiais sobre lançamento de álbum novo, mas o single já deixou os fãs ansiosos por um novo trabalho de estúdio.

O disco mais recente do grupo é “Pressure Machine”, lançado em 2021.

A banda The Killers é uma das atrações principais do festival Primavera Sound, que será realizado em São Paulo em dezembro no Autódromo de Interlagos.

Saiba quem são as bandas Black Flag e L7, que tocarão no Brasil

Black Flag

O Black Flag é nome de referência para o punk e pioneiro no hardcore. Criada pelo guitarrista Greg Ginn em 1976, na Califórnia (EUA), a banda tornou-se extremamente influente dentro do rock, do metal ao indie. 

Após chamar a atenção no cenário underground com dois EPs — “Nervous Breakdown” (de 1979 — com Keith Morris, que depois formaria o Circle Jerks, nos vocais) e “Jealous Again” (1980) — o grupo lançou o acelerado primeiro álbum “Damaged” (1980), que tinha o hoje lendário Henry Rollins como frontman. 

Com seu segundo disco “My War” (1984), o Black Flag tornou-se realmente cultuado, a ponto de ser citado como influência por grupos como Nirvana, Mudhoney, Melvins e Queens of the Stone Age. 

Com “My War”, gravado como trio (Ginn ficou responsável pelas cordas, Rollins pelas vozes e Bill Stevenson, do Descendents, pela bateria), o conjunto apostou em uma sonoridade mais arrastada e pesada, estabelecendo caminhos que deram origem ao sludge e ao grunge. 

São nove músicas, sendo seis mais “tradicionais” (tal qual “Can’t Decide” e “Beat My Head Against The Wall”) no lado A e três um tanto experimentais no B. 

O grupo colocou na rua outros álbuns importantes, como “Slip It In” (1984), “Loose Nut” (1985) e “In My Head” (1985). A maioria das artes de capa são assinadas por Raymond Pettibon, artista visual irmão de Ginn, conhecido por ter ainda criado o famoso logo das quatro barras que identifica o Black Flag.

Além de tocar Ginn também fundou o selo independente SST, em 1978, por onde lançou todas suas gravações e artistas então emergentes, como Hüsker Dü, Bad Brains, Soundgarden, 

Sonic Youth e Dinosaur Jr. Atualmente, o Black Flag é composto, além de Ginn, por Harley Duggan (baixo), Charles Wiley (bateria) e o skatista profissional Mike Vallely (vocal).

L7

O pensamento de que para fazer rock era preciso ter culhões ficou no passado. E as meninas do L7 são pioneiras nesse sentido, comprovando isso desde 1985, quando iniciaram as atividades na Califórnia.

No Brasil, o quarteto feminino surgido com o levante grunge, que mudou o panorama da cultura pop durante os anos 1990, despontou com o terceiro álbum “Bricks Are Heavy” (1992). É desse disco a consagrada “Pretend We’re Dead”, bem como os singles “Everglade” e “Monster”. 

Com a grande exposição mundial, as garotas estrearam ao vivo no Brasil em 1993, como atração do Hollywood Rock. Com show coeso e enérgico, roubaram a cena no evento, sendo apontadas como uma das melhores performances do festival — que tinha na escalação Nirvana e Red Hot Chili Peppers, entre outros. 

Ainda na última década do século passado, a L7 lançou os discos “Hungry for Stink” (1994), “The Beauty Process: Triple Platinum” (1997) e “Slap-Happy” (1999), sem o mesmo impacto de outrora. Em 2001, a banda anunciou um hiato indefinido, retornando aos palcos em 2014. 

A última passagem do conjunto pelo Brasil foi em 2018, um ano antes de lançar "Scatter the Rats", seu primeiro álbum em 20 anos e o mais recente até então. Em 2016, saiu o documentário "L7: Pretend We're Dead", dirigido por Sarah Price e mostrando a trajetória de altos e baixos da banda. 

A formação atual, que vem desde o fim dos anos 1980, tem Donita Sparks (vocais e guitarra), Suzi Gardner (guitarra e vocais), Jennifer Finch (baixo) e Demetra Plakas (bateria).

SERVIÇO CURITIBA

Data: 24 de outubro de 2023 (Terça-Feira)
Abertura das Portas: 19h
Inicio do Evento: 19h30
Local: Tork N Roll
Endereço: Av. Mal. Floriano Peixoto, 1695 – Rebouças. Curitiba – PR

Ingressos:

Pista Meia Lote 1: R$ 160,00
Pista Promocional: Pista Solidário + 1 kg de alimento Lote 1: R$ 165,00
Camarote Meia Lote 1: R$ 220,00
Camarote Solidário + 1kg de alimento Lote 1 R$ 225,00
Pista Inteira Lote 1: R$ 320,00
Camarote Inteira Lote: 1 R$ 440,00

Classificação: 16

Vendahttps://www.bilheto.com.br/evento/1592/L7_e_Black_Flag_em_Curitiba

Ingressos físicos sem taxa: Loja Let´s Rock
(Galeria Pinheiro) Praça Tiradentes, 106 Ljs 03 E 04 – Centro – Curitiba – PR
Seg. a Sex., das 09h às 19h / Sábado, das 9h às 15h


SERVIÇO PORTO ALEGRE

Data: 25 de outubro, quarta-feira
Local: Opinião (José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa, Porto Alegre/RS)
Abertura da casa: 19h
Classificação: 16 anos (acompanhado de responsável legal)

CRONOGRAMA:
19h00 – Abertura da casa
19h30 – L7
21h30 – BLACK FLAG

INGRESSOS:

PISTA

Lote 1:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 165
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 160
Inteira: R$ 320

Lote 2:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 175
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 170
Inteira: R$ 340

Lote 3:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 185
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 180

Inteira: R$ 360 

MEZANINO

Lote 1:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 225
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 220
Inteira: R$ 440

Lote 2:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 235
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 230
Inteira: R$ 460

Lote 3:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 245
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 240
Inteira: R$ 480

* Os alimentos deverão ser entregues no Opinião, no momento da entrada ao evento.
** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

 Demais descontos:

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.
* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.
* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue.
* 50% para sócio do Clube do Assinante ZH. 

* A organização do evento não se responsabiliza por ingressos comprados fora dos anunciados

** Será proibida a entrada de câmeras fotográficas/filmadoras profissionais e semiprofissionais. 

Venda on-linehttps://bileto.sympla.com.br/event/84860/d/205923

Ponto de Venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2611 – Loja 249 – Jardim Lindóia – Porto Alegre)
Horário funcionamento: das 10h às 22h.

 

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Roger Waters revisita 'Dark Side of the Moon' de forma perigosa - e assustadora

 Uma das regras não escritas do rock, que se estende á música pop, é a de que não se regrava clássico, seja qual for o pretexto -gravação precária, mixagem ruim, masterização medonha... Quem burla essa "lei" fatalmente chafurda no fracasso. No máximo, uma versão acústica, bem de acordo com a moda resgatada pela MTV nos anos 90.

As "atualizações" ou "modernizações", como muitos dos "hereges" costuma dizer, seriam uma forma de "apresentar" velhos sucesso para "novas gerações" - como se estas estivesse muito interessadas em clássicos recauchutados.

O U2 cometeu esses pecado para comemorar (então) 45 anos de estrada  e 40 anos do álbum "War", que contém alguns de seus maiores clássicos. "Songs of Surrender" lançado no começo de 2023, mascarou a falta de inspiração em 40 versões de canções de seu catálogo em formato semiacústico no estúdio. Não ficou bom.

A b anda inglesa Saxon, de heavy metal, achou que tinha de regravar e "modernizar" 14 sucessos seus dos anos 80, em uma tentativa de "melhorar" o que era fantástico e símbolo de uma era, por mais que as originais estivessem meio abafadas e seu uma boa mixagem, As "novas versões" perderam a espontaneidade e o vigor, soando perfeitinhas demais Não ficou ruim, mas decepcionou.

Os exemplos são muitos, e quem decidiu entrar neste pântano perigoso foi o ex-baixista do Pink Floyd Roger Waters. Ao 80 aos, milionário e com um legado extraordinário, está mais preocupado em fustigar  desafeto que virou inimigo, o guitarrista Dvid Gilmour, ex-companheiro de Floyd.

Os dois lideravam a banda e viviam ás turras até 197, quando os conflitos foram publicamente declarados interna e externamente após o lançamento do álbum "Animals". 

O rompimento definitivo ocorreu oficialmente em 1984, quando Waters entrou na Justiça para acabar definitivamente com a banda. Gilmour e o baterista Nick Mason ganharam a ação e puderam seguir em frente. a paz judicial foi selada em 1987, com uma concessão ao ex-baixista: este ficaria com os direitos da obra "The Wall", escrita em sua maioria por Waters.

Desde então, o ressentido Waters nunca perdeu a chance de alfinetar Gilmour de todas as formas - e ne mesmo as tréguas de 2005, no Live 8, e em 2011, quando o guitarrista e Mason fizeram uma aparição surpresa em show de Waters em Londres, amenizaram o clima.

O baixista resolveu regravar, de sua forma e com s sua visão, a obra-prima "The Dark Side of the Moon", acrescentando novos arranjos e "revisando" o conceito, tudo para espicaçar Gilmour e Mason. Eliminou solos de guitarra, reescreveu arranjos de teclado e bateria e mudou o andamento das músicas.

O álbum está previsto para sair neste final de ano, mas três canções já foram lançadas em formato single. "Money" e "Time" foram desfiguradas, em uma tentativa de "jazzificar" algumas partes e, em outras, de forçar um clima "dark folk". "Comfortably Numb" foi desfigurada de tal forma que parece outra música. Não ficou bom.

"Money" foi desacelerada e desidrata dos imponentes arranjos de sopros. A guitarra sumiu e deu lugar a um violão que retirou toda a dramaticidade, sagacidade e força da canção. Os vocais tétricos de Waters também minaram a força da canção original, tornando-se um pastiche do estilo de Tom Waits.

"Time" perdeu o sentido ao ser registrada em velocidade menor, com violões sem inspiração, sem os vocais de apoio estupendos e com a perda e ritmo nesta versão alternativa semiacústica. "Comfortably Numb", com seus efeitos sonoros de tempestade, perdeu todo o suspense e a força dramática. 

Talvez o termo correto aqui, além de pirraça, seja falta de inspiração. Faltou a criatividade para transformar canções agradas em algo diferente e condizente com a sua importância. As versões sombrias e opacas dão o tom do que deve vir no álbum.

Se é um ato corajoso revisitar de forma radical o próprio catálogo, quem o faz de forma inventiva merece muito crédito, como o baterista Stewart Copeland, ex-The Police, que gravou praticamente ao vivo uma série de clássicos de sua antiga banda o formato jazzístico e com vozes femininas. 

De tão surpreendente e inesperado, o resultado ficou bom, acima das expectativas, até porque elas eram baixas. Foi um caso raro de sucesso, e que deveria servir de parâmetro para quem se arrisca neste pântano perigoso.

Alex Lifeson, o pilar do Rush, chega aos 70 anos

O trio fez parte de um seleto grupo de bandas de rock que quase todo mundo amava odiar, seja pela voz fina e esquisita do vocalista, seja pela megalomania progressiva e pesada que acometeu a obra por mais de 40 anos. 

Alguns artistas costumam se incomodar com este estado de coisas. Outros se aproveitam e fazem marketing. E o Rush simplesmente ignorava e seguia em frente, lotando estádios pelo mundo desde 1978, época em que alguns medalhões do classic rock começavam a descer a ladeira.

O trio canadense não fazia concessões, como alguns artistas contemporâneos, que hora embarcavam na onda disco ou amenizavam o som para ficar mais acessível ao mercado norte-americano. A ideia era ter total controle sobre a obra e o direcionamento criativo, o que sempre aconteceu.

O Rush não existe mais, e coube ao seu pilar, o guitarrista Alex Lifeson, anunciar que a banda que criou em 1970 acabou oficialmente em 2018 após uma série de problemas de saúde que acometeram o baterista Neil Peart, que morreu em janeiro de 2020, aos 67 amos, em decorrência de um câncer no cérebro.

Lifeson chega aos 70 anos de idade como a referência histórica e sonora do Rush. Se Geddy Lee, o baixista, vocalista e tecladista - que também completou 70 anos neste 2023 - é o símbolo foi gigantismo do trio canadense, o guitarrista é o pilar de uma instituição das mais importantes do rock.

Depois de mais de 50 anos de sua fundação, o grupo saiu de cena por cima como um dos gigantes da história da música popular. Se a mídia insistentemente se recusava a colocar os canadenses no mesmo patamar de glória de um Queen ou um Metallica, os fãs se encarregaram disso com inúmeras demonstrações de veneração, como nas duas vezes em que fizeram turnê pelo Brasil.

Ao contrário de Deep Purple, Black Sabbath, Saxon e mesmo o Metallica, o Rush nunca experimentou o sabor da decadência e do questionamento antes de voltarem aos patamares mais altos. 

Com uma regularidade e clareza insólitas dentro do mundo do rock, o trio enveredou por um caminho preciso e reto, superando as críticas com uma coesão e uma ética de trabalho impressionantes, que foram muito responsáveis pelo fato de a banda nunca ter cometido um disco considerado ruim ou péssimo.

Do trio que tocou junto por quase 41 anos - de 1974, quando Peart entrou, até o último sow, em 2015 - Alex Lifeson era o "menos virtuoso e genial", segundo senso comum, por mais que sempre fosse elogiado como grande guitarrista. "Fica difícil se destacar quando se tem ao lado o melhor baterista de rock [Peart{ e um multi-instrumentista fantástico [Lee]", comentam vários "detratores".

 Que disse que Alecsandar Zivojnovic (nome verdadeiro de Lifeson, de ascendência sérvia) se preocupou com isso? 

Com trânsito entre os principais pares, considerado um estilista e ótimo compositor por gente como Brian May (Queen), Ritchie Blackmore (Deep Purple e Rainbow) e Steve Howe (Yes), o guitarrista do Rush nunca ultrapassou os lites da modéstia. 

Se sempre se sentiu lisonjeado com os elogios, também mostrou imensa gratidão pelo que se tornou e pelo patamar que atingiu - fez parte da maior banda canadense de todos os tempos.

Para muitos fãs e amigos, Lifeson encarnava o verdadeiro espírito do Rush, como comentaram várias vezes os amigos do Kiss. Era um espírito leve, maroto e bem humorado. "Nunca vi e nunca soube de um show ruim do Rush. Acho que são incapazes disso", declarou certa vez o guitarrista e vocalista Paul Stanley sobre uma turnê das duas bandas pelos Estados Unidos.

Para outros tantos, o Rush tem uma autossuficiência irritante; para outros a mais, a banda vestia um mero disfarce para os momentos de suposta falta de criatividade. O fato é o Rush nunca se preocupou as críticas negativas ao lançamento de cada trabalho, que vendiam cada vez mais.

No começo eles eram clones do Led Zeppelin, atacavam os críticos canadenses. Depois se tornaram pastiches progressivos, sempre na cola do Yes e do Emerson, Lake & Palmer, marretavam os norte-americanos. 

Desconfiados, os europeus reclamaram quando os teclados soterraram o som do trio nos anos 80. E a resposta vinha certeira: vendas cada vez mais altas, álbuns cada vez melhores e shows cada vez mais concorridos e lotados. 

Com uma carreira atípica em termos de performance, o Rush se despediu forma totalmente digna e por cima, respeitadíssimo em todos os meios musicais e admirado músicos dos mais variados gêneros e subgêneros. E Lifeson foi o grande artífice para articular essa imagem tão bem construída por mais de cinco décadas. 

Nada mal para três moleques feiosos de Toronto que tinham certeza de que venceriam no concorrido mercado norte-americano. Nada mal para quem se acostumou a atropelar aqueles que amavam odiá-los.

Entre o baixo e gestão profissional, Fernando Quesada ajuda a expandir o mercado musical

 O baixo e o violão tinham perdido um pouco d espaço na agenda do hoje executivo Fernando Quesada, mas bastou um encontro com velhos amigos no aeroporto de Recife (PE) para que a vontade de voltar aos palcos aflorasse e resultasse em um projeto interessante que reuniu antigos músicos de uma das formações do Shaman.

"Estou adorando a vida de ajudar a gerenciar uma franquia importante de escolas de música, mas estou empolgado com o Finally Home. Reencontrar amigos e trabalhar com eles te sido muito estimulante", afirmou o músico e executivo em entrevista ao Combate Rock.

Ele viajou a Recife neste ano para dar subsídios à implantação à primeira franquia da School of Rock no Nordeste, que surgirá em breve - Quesada é sócio-diretor da marca no Brasil, que tem 50 escolas de ensino musical. 

No aeroporto, encontrou a banda Noturnall, que fazia uma turnê nacional cm o cantor inglês Paul di'Anno (ex-Iron Maiden). Depois de anos de sua saída desta banda, Quesada retomou a amizade e o contato com o amigo Thiago Bianchi, vocalista e produtor musical. Foi a chama para que tivessem a vontade de fazer algo junto de novo.

"Tocamos  juntos no Shaman e Noturnall, e sai desta última por uma série de motivos. O Finally Home é uma maneira de retomarmos o contato e nos divertirmos fazendo música. Sempre nos respeitamos e tivemos consideração, nos preocupamos com a família de um e outro", explicou o baixista.

Finally Home é uma boa ideia que pretende revisitar canções da formação do Shaman que existiu entre 2006 e 2010 no formato acústico. O primeiro single é "In the Dark", que já está nas plataformas digitais, com a participação de Quesada, Bianchi e o guitarrista Léo Mancini, hje no Noturnall, no Wizards e no Spektra.

"A repercussão do projeto me surpreendeu. Tinha um clima de celebração, de voltar a trabalhar com amigos de uma vida, mas não muito mais do que isso. A maioria gostou da primeira música e está cobrando novas versões. Isso e muito gratificante", comemora o músico.

Como gestor e executivo, Fernando Quesada desbravou um mundo árido e, pela coragem e pelo dinamismo, acabou se tornando referência no mercado, que aproveitou a sua experiência praticamente única dentro da música brasileira.

Corriqueiro na Europa e nos Estados Unidos, no Brasil é raro observarmos alguém que ralou na estrada como músico, montando palco e baterias, regulando o próprio instrumento em botecos e palcos grandes, escalar altos patamares na área administrativa de empresas ou de gerenciamento no mercado.

Na School of Rock Brasil, que é o braço educacional surgido nos Estados Unidos a partir do filme homônimo estrelado por Jack Black há 20 anos, Quesada se tornou sócio-diretor com foco inicial na comunicação e no marketing, mas logo expandiu suas atividades e pensamentos para área educacional.

"A missão da escola é ensinar, e isso abrange todo o escopo que o termo incorpora", diz o músico. "Ensinamos música, mas também ensinamos outras coisas, indo além das notas musicais. Nossos alunos ganham noções de mercado, de gerenciamento de sua carreira, de como se vender enquanto artista, produtor, gerente ou criador de criador de conteúdo. Sempre foi a minha intenção conjugar a formação técnica com a formação humanista. Tudo está interligado."

E essa trajetória quase única no mercado brasileiro o coloca em uma posição privilegiada no mercado para avaliar os rumos do rock nacional e a sua aparente decadência entre os apreciadores de música e arte, no geral, no Brasil.

Há uma aparente contradição na sociedade brasileira atualmente: se os jovens ouvem menos rock atualmente, o que explica a explosão de franquias de escolas de música com o nome "rock" nos letreiros, sempre com foco nas crianças e adolescentes.

"A força de uma marca de décadas está provada", diz Quesada. Ele não tem dúvidas de que a palavra rock e tudo que a envolve é poderosa e remete a um mudo de sonhos e infinitas possibilidades, além de credibilidade. 

"O rock está aí há 70 anos e passando de pai para a filho. Exerce u fascínio muito grande e traz atrelado uma série de informações e exacerbam essa credibilidade. A marca School of reforça essa aura e a molecada chega ao nossos ambientes sabendo que vai aprender muito, e não só música."

Quesada acredita que o valor agregado do gênero musical é capaz de desfazer o aparente paradoxo - jovens ovem menos rock mas procuram cada vez mais escolas de rock. "Meu objetivo sempre foi mostrar que a música é mais que diversão, ela traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental, o que a torna essencial para a vida."

A School do Rock tem 10 mil alunos distribuídos em 50 escolas franqueadas pelo país. "Minha tarefa atual é criar campanhas e estratégias de marketing junto do meu time, e continuar o desenvolvimento da plataforma EAD School of Rock Play para todo o Brasil."

Um dos eventos mais interessantes dentro dessa estratégia é o "Meu Primeiro Show de Rock", que tem a franquia de Quesada como uma de suas maiores incentivadoras.

A ideia é juntar pais e filhos para curtirem shows e apresentações de crianças, que tocarão ao lado de bandas de versões (covers) experientes e de músicos importantes como Supla e Clemente Nascimento (Inocentes e Plebe Rude, em uma festa roqueira na Vibra (antigo Credicard Hall), em São Paulo, no dia 12 de outubro.

"Essa experiência sensorial de estar em um primeiro show de rock é algo que considero fundamental na formação de quem gosta de arte e mostra interesse pelo rock. Oferecer essa possibilidade e participar deste tipo de evento vai ao encontro do que acredito. Tocar música e curtir música é apenas uma parte da experiência musical, com múltiplos aprendizados", finaliza Quesada. 



O primeiro show de rock para unir pais e filhos

Está chegando uma grande comemoração ao rock 'n' roll projetado especialmente para que pais e mães roqueiros desfrutarem ao lado de seus filhos, oferecendo a eles sua primeira (ou uma das primeiras) experiência no mundo da música. Desenvolvido para mostrar a riqueza desse universo musical, os shows apresentarão uma série de clássicos do rock com performances incríveis de bandas nacionais e uma internacional.

O espetáculo terá início com apresentações de bandas compostas por alunos da School Of Rock, que executarão músicas de diversos artistas renomados, demonstrando que qualquer pessoa dedicada pode aprender um instrumento e formar uma banda.

Em sequência, a banda Kiss Cover Brazil, reconhecida como a melhor banda cover do gênero no país, tocará os maiores clássicos do Kiss, devidamente trajados com as icônicas roupas e maquiagens que têm encantado os roqueiros por mais de cinco décadas.

A próxima atração será a Karaokillers, uma banda formada por músicos veteranos da cena, incluindo membros de outras bandas importantes do meio. Eles apresentarão um repertório repleto dos maiores clássicos do rock, tanto do cenário nacional quanto internacional, com participações especiais como Clemente Nascimento, da Plebe Rude e dos Inocentes, e outros convidados.

O roqueiro Supla vem logo em seguida com o show de lançamento de seu novo trabalho, "Punk de Boutique", em uma performance repleta de energia, tocando também as músicas que marcaram sua carreira, como "Garota de Berlin", "Green Hair (Japa Girl)", "Humanos", entre outras.

E para encerrar a noite, teremos um artista internacional representando uma vertente de rock que fez a cabeça de várias gerações, um músico de uma das maiores bandas do mundo, que promete proporcionar um show inesquecível. O nome desse artista será anunciado em breve.

Meu primeiro show de Rock! acontece na Vibra São Paulo, no dia 12 de outubro, a partir de 15h. Os ingressos já estão à venda pelo site da Uhuu.com e bilheteria da casa, e custam a partir de R$60 (meia-entrada). As pessoas também contam com pacotes família. Mais informações no serviço deste press release.

Além das apresentações musicais, o evento contará com diversas opções de entretenimento para as crianças e seus pais, incluindo variados tipos de comidinhas, uma exposição de memorabilia do rock, loja de itens como camisetas, discos de vinil, brinquedos e mais surpresas.

A School Of Rock ainda proporcionará a crianças e jovens a oportunidade de dar os primeiros passos no aprendizado de um instrumento e já colocar uma galerinha para tocar tendo seu primeiro contato com um instrumento musical.
 
Serviço:

Meu primeiro show de Rock!

Data: 12 de outubro de 2023

Local: Vibra São Paulo

Hora: 15h – início da primeira apresentação

Classificação: Livre, menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais

Ingressos: A partir de R$75

O evento dispõe de pacote família. O valor do ingresso família, válido para 4 pessoas (2 adultos e 2 menores de 16 anos), custa a partir de R$540 no setor pista (valor promocional sem aplicação de meia-entrada)

Canais de venda oficiais:

Uhuu.com – com taxa de serviço

https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/meu-primeiro-show-de-rock-12031

Bilheteria física – sem taxa de serviço

Vibra São Paulo

Segunda a sexta - 12h às 15h

Sábado e Domingo - Fechado (em dias de show, aberto das 14h até a hora do evento)

Formas de pagamento:

- Bilheteria da casa: dinheiro, cartão de crédito e cartão de débito

- Site da Uhuu.com e outros pontos de venda oficiais: cartão de crédito

Cartões de créditos aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo

Cartões de débito aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo

Para nunca mais esquecer: os primeiros shows de rock das crianças e adolescentes

 Na barraca do merchandising um bando de marmanjos ansiava pela chance de colocar as mãos no tão desejado CD. Era um objeto desejado que não fazia sentido para o garoto de de\ anos que acompanha o pai e o avô a um show de rock, o terceiro de sua vida. Adorou o som do trio Dr. Sin, mas estava mais interessado em camisetas. "Vou ver o som desses caras no Spotify", disse o garoto.

Ali perto, o baterista Ivan Busic ficava espantado pelo interesse dos mais jovens pela banda que completava 30 anos naquele mês. "Esse é o maior desafio das bandas de rock atualmente, em qualquer lugar: manter viva a chama pelo nosso trabalho e atrair garotas e garotos em um mundo pulverizado, com milhares de outras coisa para fazer e onde o rock perdeu espaço", disse o músico em conversa com o Combate Rock.

Já faz tempo que o rock está longe de seus melhores dias, fora de qualquer lista de álbuns mais vendidos ou de música mais tocadas em plataformas digitais.

Mas há uma aparente contradição: Se os jovens ouvem menos rock atualmente, o que explica a explosão de franquias de escolas de música com o nome "rock" nos letreiros, sempre com foco nas crianças e adolescentes.

"A força de uma marca de décadas está provada", diz o músico Fernando Quesada, baixista e ex-integrante das bandas Shaman e Noturnall. Hoje ele é sócio-diretor da School of Rock Brasil, franquia que surgiu a partir do filme "School of Rock", de 2003, estrelado por jack Black, ator e músico norte-americano.

Ele não tem dúvidas de que a palavra rock e tudo que a envolve é poderosa e remete a um mudo de sonhos e infinitas possibilidades, além de credibilidade. "O rock está aí há 70 anos e passando de pai para a filho. Exerce u fascínio muito grande e traz atrelado uma série de informações e exacerbam essa credibilidade. A marca School of reforça essa aura e a molecada chega ao nossos ambientes sabendo que vai aprender muito, e não só música."

Quesada acredita que o valor agregado do gênero musical é capaz de desfazer o aparente paradoxo - jovens ovem menos rock mas procuram cada vez mais escolas de rock. "Meu objetivo sempre foi mostrar que a música é mais que diversão, ela traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental, o que a torna essencial para a vida."

A School fo Rock tem 10 mil alunos distribuídos em 50 escolas franqueadas pelo país. "Minha tarefa atual é criar campanhas e estratégias de marketing junto do meu time, e continuar o desenvolvimento da plataforma EAD School of Rock Play para todo o Brasil."

Um dos eventos mais interessantes dentro dessa estratégia é o "Meu Primeiro Show de Rock", que tem a franquia de Quesada como uma de suas maiores incentivadoras.

A ideia é juntar pais e filhos para curtirem shows e apresentações de crianças, que tocarão ao lado de bandas de versões (covers) experientes e de músicos importantes como Supla e Clemente Nascimento (Inocentes e Plebe Rude, em uma festa roqueira na Vibra (antigo Credicard Hall), em São Paulo. A atração internacional é Marky Ramone, baterista ex-integrante dos Ramones.

Outro evento bacana juntado crianças, adolescentes e rock va ocorrer em Curitiba, com patrocínio da A BB Seguros. "Rock Para Crianças" é um musical que conta a história do gênero musical a partir de alguns dos maiores clássicos do estilo. A única apresentação na capital paranaense acontece no dia 2 de setembro, às 16h, no Teatro Fernanda Montenegro. 

De autoria, roteiro e direção de Ana Ferguson e Solange Bighetti, "Rock Para Crianças" narra a história do rock and roll por meio de diálogos, coreografias, imagens e muita música, com banda ao vivo. A atração tem produção da Zeus Produções e co-produção de "As Meninas Produções Artísticas". 

Os personagens Duda e Kiko apresentam às crianças a evolução do rock ao longo dos tempos, partindo da década de 50 até os dias atuais. Para isso, recorrem à releitura de clássicos de artistas que ajudaram a construir o gênero musical, passando por Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Guns N' Roses, Bon Jovi, entre outros que marcaram época.

"A temporada desse ano está muito especial, pois temos conseguido levar a atração a todo o Brasil. Curitiba é a primeira da região Sul a receber o espetáculo e estamos confiantes de que será uma apresentação memorável", afirma Luciana Esteves, Gerente de Marketing Institucional e Mercadológico da Brasilseg, uma empresa BB Seguros. 

"Uma característica interessante do musical é o perfil do público, composto por pessoas de todas as idades, o que faz dele um programa para toda a família", acrescenta. A temporada de 2023 do "Rock Para Crianças" começou em Natal (RN) e já passou por Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Recife (PE).

No repertório, estão presentes canções como "Yellow Submarine", dos Beatles; "Hotel California", do Eagles; e "Sweet Child O'Mine", do Guns N' Roses.

"A ideia é que o espetáculo seja um entretenimento para a família, permitindo que os pais roqueiros ou que curtem um bom rock and roll apresentem o gênero para seus filhos, com imagens projetadas em um telão e banda ao vivo. Vai ser muito divertido", comenta uma das roteiristas e diretora-geral Ana Ferguson. 

Serviço "Rock para Crianças"

Duração: 60 minutos

Gênero: Musical Infantil

Classificação etária: Livre

Acessibilidade: Intérprete em Libras em todas as sessões

Local: Teatro Fernanda Montenegro – Shopping Novo Batel – Al. D. Pedro II, 255 – Curitiba - PR

Data/Horário: 2 de setembro de 2023, às 16 horas

Ingressos: Plataforma de venda: Link https://www.diskingressos.com.br/evento/5198/02-09-2023/pr/curitiba/rock-para-criancas-a-historia-do-rock


Serviço "Meu primeiro show de Rock'

Data: 12 de outubro de 2023

Local: Vibra São Paulo

Hora: 15h – início da primeira apresentação

Classificação: Livre, menores de 15 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais

Ingressos: A partir de R$75

O evento dispõe de pacote família. O valor do ingresso família, válido para 4 pessoas (2 adultos e 2 menores de 16 anos), custa a partir de R$540 no setor pista (valor promocional sem aplicação de meia-entrada)

Canais de venda oficiais:

Uhuu.com – com taxa de serviço

https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/meu-primeiro-show-de-rock-12031

Bilheteria física – sem taxa de serviço

Vibra São Paulo

Segunda a sexta - 12h às 15h

Sábado e Domingo - Fechado (em dias de show, aberto das 14h até a hora do evento)

Formas de pagamento:

- Bilheteria da casa: dinheiro, cartão de crédito e cartão de débito

- Site da Uhuu.com e outros pontos de venda oficiais: cartão de crédito

Cartões de créditos aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo

Cartões de débito aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo

domingo, 27 de agosto de 2023

Bernie Marsden era o toque 'bluesy' da música do Whitesnake

 Do site Roque Reverso

Morreu na quinta-feira, 24 de agosto, o guitarrista Bernie Marsden, que fez parte da formação original do Whitesnake. A informação foi confirmada pela família do músico nas redes sociais dele nesta sexta-feira, 25 de agosto.

Marsden tinha 72 anos. A causa oficial da morte não foi revelada, mas o comunicado destacou que ele faleceu “pacificamente”, ao lado das duas filhas e de sua esposa, Fran.

Com o Whitesnake, o guitarrista gravou os cinco primeiros álbuns de estúdio da banda: “Trouble” (1978), “Lovehunter” (1979), “Ready an’ Willing” (1980), “Come an’ Get It” (1981) e “Saints & Sinners” (1982).

Também gravou o EP “Snakebite”, de 1978, e o disco ao vivo “Live… in the Heart of the City”, de 1980.

É, ao lado do vocalista e líder da banda, David Coverdale, o compositor de dois enormes sucessos do Whitesnake: nada menos que “Here I Go Again” e “Fool for Your Loving” – esta última também tem como criador o guitarrista Micky Moody.

Depois de deixar o Whitesnake nos Anos 1980, chegou a se dedicar à carreira solo e integrou bandas, como a Alaska, mas nunca mais repetiu o sucesso que teve como o grupo de Coverdale, que seguiu com a banda até os dias atuais.

Nas redes sociais, o vocalista prestou homenagem a Marsden: “Bom dia…Acabei de acordar com a terrível notícia de que meu velho amigo e ex-Snake Bernie Marsden faleceu. Meus sinceros pensamentos e orações à sua amada família, amigos e fãs. Um homem genuinamente engraçado e talentoso, que tive a honra de conhecer e dividir o palco com. Descanse em paz, Bernie.”

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Dr. Sin reinaugura tradição de shows nos corredores da Galeria do Rock



Um sopro de vida para uma instituição cultural das mais relevantes de São Paulo parece indicar uma saída em tempos sombrio. Depois de muito tempo, a Galeria do Rock voltou a ter um pocket show em seus corredores, bem simples e gratuito. E coube ao Dr. Sin, trio que divulga seu mais recente trabalho, "Acústico", reinaugurar a prática.

Fazia anos que a administração do condomínio Grandes Galerias o nome oficial da Galeria do Rock, restringia os shows e eventos ao terraço, no quinto andar, longe do comércio fervilhante - subsolo, primeiro e segundo andares.

Muitos comerciantes, alguns de CDs e DVDs, reclamavam até mesmo das tardes de autógrafos de artistas - por incrível que pareça - porque atraíam "muita gente que não necessariamente consumia, lotando os corredores , bloqueando a visão das vitrines", como me disse um deles certa vez. Po certo prefere os dias de hoje, com queda acentuada de compradores e visitantes, om número cada vez menor de lojas de música...

De forma sensata - até diante dos problemas comerciais que afetam o local, como a insegurança do entorno, que afasta clientes e turistas -, a administração pretende rever algumas restrições e voltar a permitir eventos nos corredores mais concorridos e onde se concentram as importantes lojas de música que restaram.

Alguns testes foram realizados, como dois shows acústicos, só vozes e violões, de Clemente Nascimento e Ronaldo Passos, dos Inocentes, dentro da loja London Calling, no segundo andar. Os dois pockets shows, realizados em dias de semana, às 13h, tiveram lotação máxima, com gente para fora da loja - coisa de 150 pessoas ao todo.

Houve movimentação diferente e um público que havia muito não frequentava a galeria. os resultados positivos animaram alguns dos comerciantes de música e o síndico do local autorizou a loja Animal Records a promover a apresentação acústica do Dr. Sin - a loja foi a responsável pelo lançamento físico de "Acústico", um como de dois CDs e DVD ao vivo do trio paulistano recém-lançado.

O show foi na frente a loja, no segundo andar, na ponta que dá para a rua 24 de Maio em um horário ingrato - 17h de uma quinta-feira chuvosa. Parecia que pouca gente se animaria a comparecer até que, depois de um ligeiro atraso, perto de 200 pessoas se atreveram a curtir uma animada tarde de rock desplugado.

Nas seis músicas executadas e 40 minutos, o trio esbanjou competência e carisma, com versões descontraídas e bem diferentes para sucessos como "Fire", "Emotional Catastrophy", "Time After Time" e "Wake Me Up", executadas com destreza e permitindo, pela proximidade, que a plateia observasse com detalhes a execução das canções de forma diferente.

Orgulhoso por fazer parte de um momento histórico, que pode servir de virada para a revitalização da galeria, o baterista Ivan Busic brincava a todo momento e servia de mestre de cerimônias. Para entrar no clima, tocou com um kit de bateria pertencente ao filho de oito anos.

"É um instrumento com especificações profissionais, mas para crianças e adolescentes. E foi perfeito para a ocasião. Esse tipo de evento é primordial para divulgar trabalhos novos e ficar mais perto dos espectadores", disse o baterista.

Por ser uma reestreia em um formato há muito reivindicado, havia uma grande expectativa sobre se o público compareceria e se, tecnicamente, o show funcionaria sem mexer tanto na rotina de toda a galeria e se os demais lojistas aprovariam a "movimentação".

Deu tudo certo - e, a bem da verdade, Dr. Sin foi a escolha da banda certa para um evento. O show foi perfeito, simples, correto e com a duração necessária, menos de uma hora e sem nenhuma enrolação.

"De certa forma, estamos vendo uma sequência de retomadas artísticas depois da pandemia de covid-19, que foi um período tenso e muito difícil", analisa Andria Busic, o baixista. "É uma celebração de 30 anos de carreira, mas de ressurgimento com tudo, embalado por um produto importante para banda."

Em termos de desempenho comercial, a loja Animal estendeu o seu horário diante da grande demanda por CDs e camisetas do Dr. Sin ao final do show.

Diante das avaliações positivas, cresceu o desejo por mais eventos do gênero. O Viper fará tarde de autógrafos e contato com fãs em uma data em setembro ou outubro na loja Die Hard, sem show.

"Demorou bastante para que esses voltassem à galeria", contou um lojista que pediu para não ser identificado. "Sentíamos falta desse tipo de interação com artistas e de um público que sempre curtiu esses eventos. Todo mundo respira música e arte ao mesmo tempo nos corredores. E formato que o Dr. Sin moldou é o ideal."

A ideia de retorno dos pockets shows nos corredores era antiga e ganhou corpo com as dificuldades subsequentes da pandemia, que foram agravadas pelo aumento da violência no centro de São Paulo - e potencializadas pelos conflitos na Cracolândia, cada vez mais perto da Galeria do Rock.

Antes tarde do que mais tarde, pois alguma coisa tinha de ocorrer para começar a reverter esse processo de perda de público. Shows nos corredores e tardes de autógrafo são necessários para atrair mais gente e recuperar uma grande tradição adormecida do centro comercial.

Plebe Rude repassa a história da humanidade e reflete sobre extremismo em novo clipe

Quando a música "Evolução" foi composta em 1989, a Plebe Rude não sabia o que fazer com a canção, já que a letra, "irreverente" demais, seria de difícil encaixe no repertório. Philippe Seabra, guitarrista e vocalista, então, teve a ideia de mostrar a música para Evandro Mesquita, seu vizinho na época. 

 O líder da Blitz ouviu e foi muito gentil, mas não gostou. Seabra pensou, "Caramba, nem pra Blitz serve, a banda mais irreverente do Brasil! Mas se o Evandro falou, tá falado". A Plebe Rude arquivou a música por 30 anos.

Durante as pesquisas para a autobiografia do Philippe, que será lançada em 2024, a letra de "Evolução" reapareceu e a banda viu nela a possibilidade de um projeto que tomaria proporções impensáveis e viraria uma ópera rock num disco duplo com 28 músicas.

 E assim nasceu "Evolução, Volumes 1 e 2", que narram a saga da humanidade e o seu desenvolvimento através da violência do homem, desde o despertar da consciência no Homo Sapiens. Para ser ouvido de cabo a rabo e na ordem, até o último acorde. 

Como todo musical precisa de um final arrebatador, a canção que encerra o espetáculo se chama '"O Pêndulo Da História" e ganhou  um lyric video dirigido por Adriano Pasquá. "'O Pêndulo Da História' fecha 'Evolução' numa grandiosidade como os musicais 'Hair' e 'Tommy' ('Let the sunshine in' e 'Listening to you' respectivamente) com o tema principal do musical reaparecendo num grosso naipe. É o momento, mais para o final da música, de todo o elenco no palco aparecer cantando com os braços abertos. Dúvida? Dê uma ouvida", desafia Seabra.

 O baixista André X completa: "Se o musical fosse encenado, seria um encerramento épico, com vozes, dança, cordas e metais acompanhando a banda". 

Philippe Seabra se vale da mensagem da faixa para fazer paralelo com a situação política atual no Brasil. "A Plebe Rude finaliza essa empreitada com a imagem de um pêndulo gigante que vai e vem no balançar natural de sua cadência durante a história, às vezes tendendo à hesitação, ficando suspenso em uma das extremidades, ora de um lado ora de outro, alternando entre a glória e a dor, a redenção e erros. O perigo mesmo está nos extremos. Desde a formação da Plebe, a banda assiste o pêndulo ir de um lado para o outro. Mas nas últimas duas décadas da história recente do país, o pêndulo hesitou num dos lados por muitos anos, criando as condições - e o impulso - para que fosse para o outro lado muito, muito mais extremo", reflete o vocalista. 

"Talvez tenha havido essa necessidade quase que fisiológica para o brasileiro tirar isso do seu sistema, que está no seu DNA desde o governo Vargas. Mas felizmente para as pessoas de bem, o nível de ignorância, truculência e intolerância simplesmente sem precedentes - aliada a liberdade dada às pessoas mostrarem seu pior lado (empoderados por péssimos exemplos vindos "de cima") - encurtou essa 'hesitação', pois isso não se sustenta. Fatalmente o pêndulo voltará em nossa direção, e cabe a gente que volte a uma posição mais moderada, ou que no mínimo não oscile tão opostamente", completa.
Para André X, a música traz um "fio de esperança". "O futuro é uma folha em branco, basta a gente escrever nela nosso destino. A música também contém um alerta: se não dosar a empatia, o respeito e a tolerância, se não incluir todas, todos e todes, será um futuro instável e amaldiçoado", diz o baixista.

E se tratando de música, a Plebe Rude escreve o passado, reflete o presente e não deixa de fazer novos planos para o futuro. Durante a turnê Evolução Vol. II, Philippe Seabra terminou a trilha sonora do longa "Sobreviventes", de José Barahona, e contou com a participação honrosa de Milton Nascimento.

Entre os shows da banda e os trabalhos paralelos de seus integrantes, veio uma nova ideia: "Queremos fazer um acústico", conta André X. "A ideia seria tocar as músicas clássicas, claro, mas rechear o repertório com algumas mais desconhecidas. Seria um presente para os Plebeus raízes". Mais um.

Ouça "Evolução Vol. 1 e Vol.2" no Spotify: https://cutt.ly/Twh3kQbK

https://www.youtube.com/watch?v=DQeZ7t9ht5Q&feature=youtu.be

Helmet divulga o clipe da música ‘Holiday’

 Do site Roque Reverso

O Helmet lançou nesta quarta-feira, 23 de agosto, o clipe da música “Holiday”. É a primeira faixa apresentada do álbum novo que a banda norte-americana liderada pelo vocalista e guitarrista, Page Hamilton, trará aos fãs no último bimestre de 2023.

O disco “Left”, cuja capa acompanha este texto, será lançado oficialmente no dia 10 de novembro. 
Será o nono álbum de estúdio do Helmet e sucederá o disco “Dead To The World”, de 2016.

Com isso, o grupo romperá um hiato de 7 anos sem um álbum de inéditas. “Left” terá 11 faixas, sendo que “Holiday” é a primeira do disco.

O clipe da música traz o grupo em cenas de shows, algo que o Helmet sempre fez com muita qualidade.

Sortudos fãs brasileiros tiveram a oportunidade de ver a banda ao vivo em 2022, quando o Helmet foi um dos headliners do Oxigênio Festival, realizado no Campo de Marte, na capital paulista.

Na ocasião, o ótimo show contou com cobertura do Roque Reverso, que trouxe uma resenha repleta de detalhes da apresentação.

https://youtu.be/pPM-meMQf2U