Um livro incomoda muita gente, ms uma biblioteca incomoda muito mais. O aviso já tinha sido dado quando bolsonaristas queimaram livros em 2020. Depois, na iminência de perder a eleição presidencial no ano passado, Jair Bolsonaro "alertou" que clubes de tiro seriam substituídos por bibliotecas.
A extrema-direita encastelada no Palácio dos Bandeirantes, depois de ficar "satisfeita" com o desfecho uma operação policial que, ao que tudo indica, foi uma vingança com 16 pessoas mortas, agora investe contra os livros e o conhecimento, como fez o nefasto Bolsonaro em quatro anos na Presidência da República.
O anúncio de que não haverá mais livros didáticos para a rede estadual de ensino a partir de 2024 não ´so estapafúrdio e insano, mas é criminoso.
O governo lamentável do lamentável Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer tornar tudo digital, ao alcance de um celular, quando a internet não chega a vários lugares da cidade de São Paulo - e quando milhares e milhares de estudantes não têm celulares ou tablets, tendo de usar o dos pais, isso uando é possível.
Para variar, sempre atrasador, os direitistas extremistas embarcam em uma canoa furada da qual países desenvolvidos e mais ricos pularam fora há muito tempo. É o caso da Suécia, governado pela direita, que decidiu voltar a usar o livro em tempo integral em em todas as séries depois do fracasso da digitalização quase total.
Acabar como ambiente dde ex o livro físico didático é condenar à pobreza e à ignorância milhões de estudantes, em uma estratégia perversa de perpetuar a pobreza e manter a exclusão total de parcela expressiva e imensa da população, algo bem típico da nojenta extrema-direira.
As explicações estapafúrdias do governo estadual e de seu secretário de Educação que tem ligações estreitas com empresas de tecnologia soam risíveis e não resistem a minutos de argumentação. Aulas por meio de televisão e power point? De que profundezas da ignorância essa gente emergiu?
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Feder disse que o conteúdo digital terá elementos diferenciados para o aprendizado, como imagens 3D e jogos, e disse que a aula será uma “grande TV”.Banir livros, ou queimá-los (aqui, no caso, é a mesma coisa), é repetir as fogueiras nazistas de 1933, quando montanhas de livros foram queimadas em universidades alemãs em nome da "pureza do pensamento".
É mais um capítulo da guerra cultural empreendida pelo bolsonarismo de inspiração fascista. Há alguma dúvida do extremismo obscurantista que domina o Palácio dos Bandeirantes?
Não há como não lembrar do livro "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury, onde um governo totalitário tinha "bombeiros policiais" especializados em "caçar e queimar" livros. A burrice do mundo bolsonaro de viés fascista é endêmica e compromete a manutenção da civilização.
É bom lembrar que Tarcísio de Freitas é ex-ministro do governo nefasto anterior e apoiador de primeira hora do ex-presidente igualmente nefasto.
Insistir na comparação com as fogueiras nazistas é didático porque coloca os nomes verdadeiros às questões que estão acabando com nossa sociedade.
O orgulho de ser ignorante coloca o bolsonarismo/extremismo de direita na categoria de aberrações da humanidade e isso ajuda a tentar não normalizar o caos politico, social e institucional em que vivemos.
Cena do filme 'Fahrenheit 451', de François Truffaut: flagrada pela 'polícia' em sua biblioteca, uma leitora se recusa a abandonar os livros e queima com eles (FOTO: REPRODUÇÃO)
https://www.metropoles.com/sao-paulo/governo-tarcisio-nega-livros-didaticos-do-mec-e-pretende-usar-conteudo-digital
https://www.cartacapital.com.br/educacao/mp-sp-investigara-decisao-do-governo-tarcisio-de-recusar-livros-didaticos-do-mec/
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