sábado, 14 de setembro de 2024

Acabaram as bandes de rock

 Ricardo Vignino - violeiro e integrante do Moda de Rock*


Acabaram as bandas….

Eu comecei a tocar foi pra ter uma banda, virar músico foi consequência.

Com 12 anos assisti à  primeira dição do Rock in Rio pela TV e pensei é isso que eu quero fazer da minha vida! Meu irmão estava lá com seus 21 anos,.

Na segunda edição eu fui com os meus 18 anos ver as bandas da minha época no auge, ano que eu também larguei a escola e o trabalho por causa de uma banda. Costumo dizer que eu tenho banda antes de aprender a tocar.

 Com as bandas que tive aprendi o que é convivência, política, gestão financeira, amor e ódio. Voltei no Rock in Rio só em 2015 pra participar do show do Lenine.

Vendo um video do Rick Beato [músico e produtor norte-americano que tem um canal de vídeos poplar o YouTube) ontem sobre o fim das bandas me deu uma tristeza profunda, pois foi isso que foi a intenção de tudo na minha vida. Lancei 8 álbuns com bandas que eu criei. 

Das 400 músicas mais tocadas no Spotify existem apenas 3 bandas formadas nos últimos 10 Anos! E não estou falando de rock apenas!

 Talvez seja o excesso de tecnologia, individualismo et talvez preguiça também que provocou isso, falando em rock, os jovens não se conectam mais com o estilo,

* Texto extraído do Facebook

 basta ver as vendas dos ingressos do festival, o único dia que os ingressos empacam é o dia do rock. É a vida, se você acha que não tem rock no festival pergunto se a artrite do seu joelho permitiria, se o seu remédio da pressão está em dia e se está indo ao geriatra regularmente

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Érika Martins volta à Penélope em comemoração no Rock in Rio


Em 2024, Mi Casa, Su Casa - álbum de estreia da banda Penélope - completa 25 anos e para celebrar a cantora, guitarrista e compositora Érika Martins está em turnê que inclui uma dobradinha inédita com o mineiros do Pato Fu no próximo sábado (14) no Palco Sunset do Rock In Rio.

A banda surgiu no final dos anos 90, em Salvador, e chamou a atenção de público e crítica com uma formação majoritariamente feminina e um rock doce, cheio de atitude e letras que abordavam temas do universo feminino.

Após um show histórico no Abril pro Rock, a banda assinou com a Sony Music e lançou Mi Casa Su Casa. Produzido por Tom Capone e Antoine Midani, o álbum teve arranjo de cordas de Eumir Deodato e trouxe os sucessos “Teen”, “Holiday” e “Namorinho de Portão”, que logo atingiram os primeiros lugares nas rádios e na MTV.

“Holiday” e “Namorinho de Portão” também fizeram parte da trilha sonora de Malhação, da Rede Globo, além de diversas coletâneas. Em 2001 a banda participou do Rock in Rio III.

Até sua dissolução em 2004, a banda lançou mais dois elogiados álbuns: Buganvília (2001) com “Caixa de Bombom” e a versão rock para o clássico de Chico Buarque e Edu Lobo, “Ciranda da Bailarina”. De Rock, Meu Amor (2002) fazem parte as faixas “Continue Pensando Assim”, com a participação de Samuel Rosa do Skank, e a versão de “A Fórmula do Amor”, que fez parte da trilha sonora da novela Começar de Novo, da Rede Globo.

Érika Martins emprestou sua voz inconfundível para “A Mais Pedida”, sucesso da banda Raimundos. Com Herbert Viana gravou “Inbetween Days”, do grupo The Cure, e se tornou a primeira mulher no mundo a ter uma versão da música liberada pelo próprio Robert Smith. Érika também recebeu indicações para diversos prêmios como o Grammy Latino, MTV e Multishow, este último na categoria Melhor Cantora, além de duetos com Erasmo Carlos, Wanderléa, Arnaldo Antunes e a mexicana Julieta Venegas.

Em 2019, lançou o single, "A Verdade Liberta” – canção inédita de Sérgio Britto dos Titãs e se apresentou com a banda no Rock in Rio. Recentemente, emprestou sua voz para “Con El Mundo A Mis Pies”, tema dos personagens de Aline Moraes e Cauã Reymond, trilha de Um Lugar ao Sol, novela da Rede Globo. O mais recente single é “Céu de Planetário”, composta e lançada em parceria com Fernanda Takai.

Para a turnê comemorativa e o show no Rock in Rio, Érika - que sempre esteve à frente das diferentes formações da Penélope -contará com as participações de antigos membros. Com versões originais do álbum, figurinos e projeções, o show promete mexer com a memória afetiva dos fãs e conquistar as novas gerações.

Formação atual:

Érika Martins (Voz, Guitarra, Synth)

Fernanda Offner (Baixo, Backing Vocal)

Fernando Americano (Guitarra)

Luiz Lopez (Teclados, Synth, Escaleta, Backing Vocal)

Nico (Bateria, Violão)




Formações anteriores:

Constança Scofield (Teclados, Flauta)

Daniela (Guitarra)

Eneida (Baixo)

Érika Martins (Voz, Guitarra)

Erika Nande (Baixo)

Fifi (Baixo)

Jandira Fernandes (Baixo)

Josane Noronha (Guitarra)

Luizão (Guitarra)

Mário Jorge Heine (Bateria)

Paula Nozari (Bateria)

Rafael Rocha (Bateria)


Álbuns de estúdio

1999: Mi Casa, Su Casa (Sony)

2001: Buganvilia (Sony)

2003: Penélope (Som Livre)


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Show de 1982 do King Crimson é lançado em vinil e nos streamings

 "Nós fazemos música para a cabeça, não para os pés." A declaração arrogante do guitarrista inglês Robert Fripp lá nos anos 70 irritava muita gente, mas sempre fez sentido para um segmento de apreciadores de música sofisticada. Até hoje a maioria dos que entam entender o King Crimson continuar sem entender o que ouvem - e mesmo assim gostam.

Fripp e seu King Crimson ousaram fazer música experimental dentro do rock e foram muito além do progressivo, como quase todos gostam de rotulados Até faz um pouco de sentido, ainda que bastante impreciso. 

O grupo misturava jazz e música erudita com toda a sorte de experimentos musicais, com pitadas de John Cage, Karlheinz Stockhausen e Koellreuter, entre outros. Definitivamente, era bem diferente de tudo o que se ouvia naquela década fervilhante.

Oficialmente com as atividades encerradas em 1975, o King Crimson voltou ainda mais esquisito em 1981 - e isso é um elogio. O baixista era um americano que tinha tocado de tudo e com muita gente, entre eles Frank Zappa. Tony Levin chamou a atenção or ser um dps primeiros a utilizar um instrumento novo, o stick, uma espécie de guitarra-baixo tocado por meio de digitação.

O vocalista e guitarrista Andre Belew, também americano, também vinha de circuitos experimentais e complementava o estilo econômico e quase hipnótico de Fripp, enquanto o baterista Bill Bruford, jazzista por natureza, assumia a tarefa de unificar toda aquela salada sonora.

Entre 9181 e 1985 foram três discos de estúdio e um vídeo ao vivo em que desfilaram muita classe e inovação, e também muita esquisitice, principalmente com uma canção chamada "Elephant Talk"

Atraindo um público de vanguarda que ia além do rock, seus shows eram concorridíssimos e um deles está endo editado em CD, vinil e nos streamings neste momento. 

"Sheltering Skies (Live in Fréjus, August 27th 1982) é o primeiro registro ao vivo da formação oitentista da banda dos anos 80 lançado em vinil.O registro é de 27 de agosto de 1982 e será lançado no dia 6 de setembro. Os LPs estão no mercado, assim como as canções em plataformas digitais. 

Era a turbê europeia do álbum "Beat", o segundo daquele período e daquela formaçõ. As edições, todas em formato deluxe, terão u, livreto com informações do escritor de rock progressivo e biógrafo do King Crimson Sid Smith. 

O lançamento é importante porque não existem registros oficiais ao vivo em áudio deste período - somente o que foi extraído de um vídeo da época gravado no Japão; Em caixas de raridades da banda, nos anos seguintes, aparcem canções esparsas retiradas de shows do Candá, dos Estados Unidos e do Japão.

Dpois do segundo fim da banda, em 1985, o King Crimson retornaria somente em 1994, primeiro como um quarteto, com a formação dos anos 80, e logo depois como um sextetio, com a adição do baterista e percussionista Pat mastelotto e do baixista e stick man Trey Gunn; Essa fase durou até 2003.

Houve uma tentativa de retorno em 2007, mas foi somente em 2012 que o grupo voltou como um septeto e um novo guitarrista e vocalista, Jakko Jakszyk, que durou até 2020, quando Fripp, o líder, hoje com 77 anos, jurou que seria o fm definitivo. 

Adrian Belew e Tony Levin surpreenderam no ano passado ao anunciarem que se juntariam para homenagear a banda e o legado daquela formação dos anos 80. Farão neste ano uma turnê pelos Estados Unidos asob o nome Beat, junto ao baterista do Tool, Danny Carey, e ao guitarrista Steve Vai,


King Crimson: Sheltering Skies (Live in Fréjus, August 27th 1982)


Side A:

1. Thela Hun Ginjeet

2. Matte Kudasai

3. Indiscipline


Side B:

1. Red

2. Heartbeat

3 .The Sheltering Sky


Side C:

1. Elephant Talk

2. Neal and Jack and Me

3. Waiting Man


Side D:

1. Larks’ Tongues In Aspic: Part II


2. The Sheltering Sky (Cap d’Agde)

A devastação sonora do Sepultura fará muita falta

 "Eles vão voltar. Não seremos abandonados." Parecia desolação, mas havia uma ponta de esperança ao final de ima as apresentações doSepultura no Espaço Unimed, em São Paulo. O fã choroso tinha a certeza de que veria novamente a maior de todas as bandas rasileiras nos palcos em algum momento no futuro.

O guitarrista e patrão, Andreas Lisser, garante que é o fim, mas não crava a data desse fim, o que faz com que os fanáticos sonhem com  acontinuidade."Estamos encerrando muma trajetória bonita. Estána hora", disse o músico no palco. Parecia meio sem convicção, como se ainda tivesse dúvidas s respeito do im do Sepultura.

Vai acabar mesmo? Se o Sepultura está longe de sey ayge midiático e de popularidade, mostra que a atualiddade ode perfeitamente ser o auge artístico de uma banda com 40 anos de atividade fazndo música extrema

Apanhada em cheio pela pandemia de covid-19, a banda não conseguiu fivulgar dirreito seu melhor trabalho desde que o vocalista Derrick Greene entrou, em 1998, "Quadra", de 2020, é uma viagem progressiva denro da música extrema que urpreendeu até mesmo os mais otiistas - éuma obra de alta qualudade dentro do heavy metal.

Soa meio anticlimático que o Sepultura decid parar no auge d fase de divulgação de "Quadra". Avida mudou demais em quatro ano anos e os impactos das diversas realidades foram brutais, tanto que Andreas se mostrou mais compntrado do que nunca nos shows pauçistanos, como se estivesse sob a pressão gigante de ter de fazer a provável última aparilçao nos palcos de sua cidade.

Tudo bem, tem o Lollapalooza Brasil 2025, onde a banda é uma das atrações rincipais, mas não será a msma coisa - será um corpo estranho diluído em um festival onde a maioria do público talvez nem perceba que o Sepultura está escalado. Como artista principal, o Sepuura se despedia ali, no Espaço Unimed, de sua cidade. 

Os shows irrepreensívis tiveram uma camada emocional adicional ue os fizeram anda mais memoráveis. A sucessão de hinos compostos ao longo de 40 anos reforçava o caráter histórico e evdenciava que a decisão de parar, apesar de madura, era prematura.Queremos e precisamos do Sepultura. 

A sequ^ncia escolhida para o derradeiro show foi um tributo à prórpia história da maior de nossas bandas Só o Angra é capaz de ombrear em quantidade de hits icônios e históricos, e o Sepultura só reforçou, a cada nota, que deixará um vazio impossível de ser preenchido. Por mai que as bandas de abertura - Torture Squad, Cultura Tres e Black Pantera - se esforçassem, a snsação de vazio só crescia . Sentirmos dmias a flta da devastação sonora que estremeceo o Brasil e o mundo por40 anos.


Repertório:


Intro 1: War Pigs [Black Sabbath]

Intro 2: Polícia [Titãs]

01) Refuse/Resist

02) Territory

03) Slave New World

04) Phantom Self

05) Dusted

06) Attitude

07) Breed Apart

08) Kairos

09) Means To An End

10) Sepulnation

11) Guardians Of Earth

12) Mind War

13) False

14) Choke

15) Escape To The Void

16) Kaiowas [com membros de Black Pantera e Desalmado]

17) Dead Embryonic Cells

18) Biotech Is Godzilla

19) Agony Of Defeat

20) Orgasmatron [Motörhead]

21) Troops Of Doom

22) Inner Self

23) Arise

Bis:

24) Ratamahatta

25) Roots Bloody Roots

‘Elvis – A Musical Revolution’ foca na fase áurea do ‘Rei do Rock’

 Do site Roque Reverso]

]A história de Elvis Presley já foi exaustivamente mostrada em livros, cinema e teatro em diversos locais do planeta. Com conteúdo riquíssimo, a vida do chamado “Rei” do bom e velho rock and roll tem o poder de gerar diversas possibilidades de abordagem e, claro, é no período que marca sua escalada até a fama mundial que boa parte dos enredos costuma se concentrar.

No Brasil, mais uma etapa deste sempre importante resgate da história da vida do cantor norte-americano começou a ser observada desde o início de agosto com “Elvis – A Musical Revolution”, peça que estreou no Teatro Santander, em São Paulo, e que seguirá em cartaz no local até o mês de dezembro.

Com direção do mega conceituado Miguel Falabella, o musical aborda a fase áurea do rei do rock e prova o quanto o incentivo à arte pode gerar grandes espetáculos.

Produzido por meio de um acordo especial com a Authentic Brands Group, “Elvis: A Musical Revolution” é apresentado por um contrato especial com a Broadway Licensing, LLC.

Na soma que traz a riqueza de cenários, um espaço moderno para espetáculos, a mão de Falabella na direção e atores do mais alto nível, o resultado é uma peça musical capaz de gerar uma experiência marcante para o espectador.

Estrutura

Toda a estrutura montada para a execução do espetáculo gira em torno de números pouco modestos e necessários para trazer um espetáculo de qualidade.

O cenário inclui mais de 200 degraus, somando os acessos de coxia e palco, o que seria o equivalente a subir ao topo de um prédio de 13 andares.

São mais de 600 metros de LED programável, capaz de proporcionar um show de luzes que não passa sem ser percebido pelo espectador. As cortinas metálicas, com suas 30 km de correntes, segundo a produção, poderiam ligar o teatro Santander até Mauá se esticadas, e são compostas por 1.770.000 elos metálicos interligados.

Foram usados também mais de 2.000 metros de tecido e quase 100 discos dourados para dar um toque de glamour condizente à história do rei do rock.

A produção da peça lembra que todo esse esforço é possível graças a uma equipe de mais de 70 pessoas diretamente envolvidas na cenografia, sem contar os inúmeros empregos indiretos gerados, algo que passa muitas vezes despercebidos pela legião de críticos de leis no País que incentivam à cultura nacional.

O elenco

Para uma peça grandiosa e que retrata figura tão importante da cultura pop mundial, um elenco com atores bem ensaiados é fundamental. E é justamente esse detalhe importante que é possível observar durante o musical: todos os envolvidos na peça trazem de maneira radiante e contagiante, com canto, interpretações de alto nível e dança um teatro musical capaz de orgulhar o público brasileiro.

Por sinal, a maioria das peças musicais que vem passando por São Paulo vem sendo marcadas por atuações de grande qualidade dos atores. Muitas dessas peças com “selo” da Broadway exigem um nível de interpretação acima do normal.

No caso de “Elvis: A Musical Revolution”, as diversas canções do espetáculo, não apenas de Elvis Presley, exigiram um certo do domínio dos atores da Língua Inglesa. E acaba sendo uma grande responsabilidade para o elenco não derrapar nas músicas de um dos maiores nomes de todos os tempos.

O ator, modelo e cantor Leandro Lima interpreta Elvis Presley. Conhecido especialmente por conta dos papeis nas novelas da TV Globo, como Levi em “Pantanal” (2022) e o delegado Marino em “Terra e Paixão” (2023), Lima dá um show à parte no papel de Rei do Rock.

Ele canta com qualidade e boa pronúncia as músicas de Elvis, dança a ponto de provocar gritos de admiração da plateia e também tem boa interpretação nos momentos mais tensos e densos do musical.

Importante destacar que, apesar de Leandro Lima ser o ator principal como Elvis, ele alterna em determinados dias de peça o papel com o ator Daniel Haidar. Este detalhe é importante, a depender da preferência do público, e pode ser consultado no site Sympla, onde são vendidos os ingressos para o musical, na bilheteria do Teatro Santander ou nas redes sociais da peça.

Vale chamar a atenção também para o ator que interpreta Elvis Presley jovem no musical. Com bastante sensibilidade, Robson Lima retrata toda a emoção da fase em que o astro da música pop ainda não era nada e passava por dificuldades financeiras com a família pobre num bairro de pessoas negras na cidade norte-americana de Memphis.

Ao lado da atriz Fabiana Gugli, que interpreta a mãe de Elvis, Gladys Presley, o ator proporciona algumas das cenas mais emocionantes e tocantes do espetáculo. Os dois aparecerem principalmente na primeira parte da peça, mas voltam ao palco, já na fase de sucesso do cantor, quando ele se lembra da juventude.

Figura importante e polêmica na vida de Elvis Presley, o Coronel Tom Parker é interpretado pelo ator Luiz Fernando Guimarães, que tem uma carreira repleta de papeis marcantes, especialmente no humor, mas que, no musical, faz o sisudo empresário de Elvis.

Importante destacar que este papel também sofre com alternâncias dependendo da data de apresentação. Há dias nos quais o ator Eduardo Semerjian assume o papel. No dia em que o Roque Reverso esteve presente* para assistir à peça, foi Semerjian que interpretou o coronel.

Merece destaque também a interpretação de Caru Truzzi como Priscilla Presley. É dela uma das maiores presenças vocais da peça, num mar de outras grandes interpretações dos diversos atores envolvidos.

Vale elogiar também todo o trabalho de contexto da peça com as passagens de Elvis por programas de auditório, onde ele divide o palco com ninguém menos que Frank Sinatra, e até mesmo as influências musicais do cantor na juventude, como a precursora do rock, Sister Rosetta.

A escolha pela fase áurea

Não há dúvida de que condensar a vida de uma das maiores estrelas da música de todos os tempos em um espetáculo musical com duas horas e meia de duração é uma tarefa das mais desafiadoras. No caso de Elvis Presley e sua vida repleta de acontecimentos, essa missão exige um recorte específico.

Em “Elvis – A Musical Revolution”, a escolha é pela fase áurea do cantor, detalhando seus primeiros passos na juventude e seu estouro musical. A fase do fim da carreira de Elvis perto da sua morte precoce não é focalizada, a não ser no momento com canções mais para o fim da peça.

A ideia clara ali é trazer os bons momentos para pessoas que procuram a diversão e o espetáculo.

Escrita por Sean Cercone e David Abbinanti e baseada na concepção de Floyd Mutrux, com arranjos musicais e orquestração de Abbinanti, o musical está ali para divertir o público e enaltecer a figura de Elvis Presley.

A experiência, com isso, se torna rica e marcante para o público, que pode concentrar tanto os fãs da época como as novas gerações.

No dia em que o Roque Reverso esteve presente, um domingo, mais de 50% da plateia era formada por pessoas com mais de 60 anos de idade. Mas havia também jovens e até crianças presentes numa sessão de domingo lotada, assim como não havia mais ingressos para o dia anterior.

Ao final, o sentimento é de encantamento pela qualidade gigantesca do espetáculo, feito por brasileiros, mostrando que são perfeitamente capazes de trazer uma peça nos moldes da Broadway para um País sedento por cultura de qualidade.

No caso dos fãs do bom e velho rock and roll, é inegável a satisfação de presenciar algo tão grandioso sobre um dos maiores ícones no estilo, numa época em que o rock claramente passa por um de seus períodos de baixa no cenário pop.

Uma peça sobre Elvis tem o poder não apenas de resgatar o estilo na mente das pessoas como plantar sementes, no mínimo de curiosidade, para as novas gerações.

Serviço

‘Elvis – A Musical Revolution’
Temporada: De 1° de agosto até 1° de dezembro (conferir no site do Sympla todas as datas disponíveis)
Local: Teatro Santander
Endereço: Shopping JK Iguatemi – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041
Horários: Quintas e Sextas, às 20h; Sábados, às 16h e às 20h; Domingos, às 16h às 20h
Valores: Plateia VIP (R$ 190,00 meia-entrada e R$ 380,00 inteira); Plateia Superior (R$ 125,00 meia-entrada e R$ 250,00 inteira); Frisa Plateia (R$ R$ 125,00 meia-entrada e R$ 250,00 inteira); Balcão A (R$ 90,00 meia-entrada e R$ 180,00 inteira); Frisa Balcão (R$ 19,50 meia-entrada e R$ 39,00 inteira); Balcão B (R$ 19,50 meia-entrada e R$ 39,00 inteira). Clientes Santander têm 30% de desconto nos ingressos inteiros, limitados a 2 por CPF.
Duração: 2h30 com 15 minutos de intervalo
Faixa etária: acima de 10 anos, com menores de idade acompanhados dos pais ou responsáveis legais
Todas as sessões possuem áudio-descrição e libras

Udo Dirkschneider voltará a São Paulo em novembro

 Do site Roque Reverso

Udo Dirkschneider, vocalista da formação clássica do Accept voltará ao Brasil no último bimestre de 2024 para um show especial para os fãs do grupo alemão de heavy metal. Udo e sua banda vão se apresentar em São Paulo no dia 11 de novembro, uma segunda-feira.

O repertório será nada menos do que um show em comemoração aos 40 anos do álbum “Balls to the Wall”, que será executado na íntegra.

A banda de Udo ainda contará com o baixista Peter Baltes, também ex-componente do Accept e que fez parte do lendário grupo por mais de quatro décadas, inclusive da criação do clássico “Balls to the Wall”, ao lado de Udo.



As entradas para o show já estão à venda no site Clube do Ingresso ou na bilheteria do Carioca Club.

Os valores inteiros, em primeiro lote, para os ingressos são de R$ 380,00 para a Pista e de R$ 520,00 para o Camarote.

Há as opções de meia-entrada para estudantes e idosos, além do ingresso solidário, que possibilita um desconto de 50% no valor cheio, desde que o fã leve, no dia do show, 1 quilo de alimento não perecível.

Linkin Park volta com nova formação

Do site Roque Reverso

O mundo do rock and roll tremeu na quinta-feira, 5 de agosto, depois que o Linkin Park retornou com uma série de novidades que emocionaram seus fãs. A banda norte-americana retornou do ostracismo gerado após a morte em 2017 do vocalista Chester Bennington e liberou o clipe da inédita faixa “The Emptiness Machine”, a primeira amostra do novo álbum do grupo previsto para o último bimestre de 2024.

“From Zero”, cuja capa acompanha este texto, será lançado oficialmente no dia 15 de novembro e romperá um hiato de discos inéditos da banda que vem desde “One More Light”, de 2017.

A lista de novidades não parou por aí, já que a maior delas foi justamente o anúncio da vocalista Emily Armstrong como substituta de falecido Bennington. Outro fato novo é o baterista Colin Brittain, ocupando o lugar do antigo componente Rob Bourdon.

Outros anúncios foram o de uma performance global transmitida ao vivo e o de seis shows que vão acontecer em arenas em Los Angeles, Nova York, Hamburgo, Londres, Seul e Bogotá, como parte da “From Zero World Tour”.

Conforme comunicado da banda à imprensa, os integrantes remanescentes Mike Shinoda (teclado e vocais), Brad Delson (guitarra), Phoenix (baixo) e Joe Hahn (samplers e vocais de apoio) começaram a se reunir discretamente nos últimos anos.

A intenção deles, segundo o comunicado, era simplesmente passar mais tempo juntos e reconectar-se com a “criatividade e a camaradagem que sempre estiveram no núcleo de sua amizade desde os tempos de faculdade”.

Durante esse período, eles convidaram vários amigos e colaboradores para se juntarem a eles no estúdio. Entre os convidados, encontraram uma afinidade especial com Emily Armstrong e Brittain.

“Uma química natural atraiu esses músicos de volta ao estúdio, onde passaram cada vez mais horas juntos. Foi o som de músicos de longa data redescobrindo a energia incontrolável de um novo começo. E foi ao longo dessa fase que o projeto ‘From Zero’ nasceu”, destacaram.

O integrante Mike Shinoda ainda acrescentou: “Quanto mais trabalhávamos com Emily e Colin, mais apreciávamos seus talentos de classe mundial, suas companhias e as coisas que criamos. Sentimos uma grande força com essa nova formação e com o vibrante e energizado novo som que criamos juntos. Estamos tecendo os elementos sonoros pelos quais somos conhecidos, mas ainda explorando novos territórios.”

O clipe da música “The Emptiness Machine” contou com direção de Joe Hahn. A produção é de W.L. Boyd e a edição é de Igor Kovalik.

Por enquanto, não há informação sobre novas datas da turnê, mas os fãs já ficaram ansiosos por novidades a respeito.

Nesta sexta-feira, 6 de agosto, o guitarrista Brad Delson destacou que não fará parte desta turnê de retorno.

O substituto dele será Alex Feder, elogiado por Delson, que deixou clara sua felicidade em trabalhar com o grupo no novo álbum.

Crypya anuncia turnê brasileira para o final do ano



Do site Roque Reverso]

Após exaustiva turnê no exterior, a banda Crypta inicia no mês de setembro uma série de shows pelo País. A “Shades Of Sorrow Brasil 2024” já tem 13 datas confirmadas, com apresentações por várias capitais brasileiras, e seguirá até dezembro, conforme mais recente atualização.

A banda brasileira de death metal divulga o bom álbum “Shades Of Sorrow”, que foi lançado em 2023 e que elevou sua graduação no mundo do heavy metal internacional, com boa recepção da crítica e do público.



A turnê da banda pelo Brasil começa na sexta-feira, 6 de setembro, em Goiania, no Martin Cererê. O grupo continua no Centro-Oeste com um show em Brasília, no dia 7, no Toinha.

Na sequência do mês de setembro, a banda tocará em Teresina (Bueiro do Rock) no dia 13; em Fortaleza (Festival Ponto Ce) no dia 14; e, no Rio de Janeiro (Rock in Rio), no dia 15.

A turnê brasileira terá uma pausa em outubro, quando a banda embarcará para uma sequência de shows nos Estados Unidos, ao lado dos grupos Hatbreed, Carcass e Harms Away, numa turnê com 27 datas.

Em novembro, de volta ao Brasil, a Crypta terá apresentações em cinco cidades: no dia 15, em Campo do Meio, em Minas Gerais (Campo do Meio Fest); no dia 17, em Juiz de Fora (JF Rock City); no dia 19, em Curitiba (Tork N Roll); no dia 21, em Florianópolis (John Bull); e, no dia 23, em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, no Piratas Bar.

Para dezembro, estão reservadas apresentações nas duas maiores capitais do Brasil. No dia 14, o grupo tocará no Circo Voador, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, a apresentação será em São Paulo no Cine Joia.

sábado, 7 de setembro de 2024

Governo Lula demite seu ministro mais roqueiro e perde uma referência

Silvio Almeida foi o intelectual negro que levou o rock e o heavy metal para o primeiro escalão do governo federal capitaneado por Luiz Inacio Lula da Silva, eleito em 2022 e que assumiu em 2023. Era o ministro no lugar certo na hora certa - titular da pasta de Direitos Humanos.

Sempre se tem a impressão de que, no caso de governos progressistas, alguns cargos são qu "eternos" ou "vitalícios". Parecia ser o caso de almeida, que foi demitido do posto depois de 21 meses no posto m meio a uma série mal explicada de denúncias de assédio sexual.

A saída do intelectual negro é uma derrota em todos os sentidos e para muita gente - A começar por Lula, que foi precipitado e deu munição farta para adversários, inimigos e toda  extrema-direita. 

Perdem também todo o campo progressista e todos aqueles que prezam pela inteligência e pelo conhecimento; Neste momento é difícil medir o tamanho do buraco que fica no governo com a saída daquele que provavelmente era o o melhor ministro.

E então enfrentamos os velhos problemas de sempre na questão das denúncias de assédios de qualquer natureza: é bem raro quem acusa conseguir provar, mas é quase impossível o acusado se defender por conta de eventual tempestade que vem com ar repercussão. Entre a precipitação e a pressão com cavalares doses de maldade, um quadro ótimo foi abatido e uma mais uma vida foi destruída.

Não se trata de defender incondicionalmente o ex-ministro demitido. Trata-se de reivindicar o que a maioria dos acusado merece e muitas vezes têm - investigação e apuração antes de uma condenação sumária eivada de um pútrido odor de motivação política.

Se for verdade a infração de que o governo e outras pessoas já sabiam há meses das denúncias, por que só agora o caso venho à tona? Houve investigação neste período?

Por mais que acreditemos que casos de assédio sexual contra mulheres são terríveis e precisem ser repudiados , soa como uma covardia e uma injustiça alguém decidir acusar alguém por conta de supostos fatos ocorridos há dois anos, cinco nos, e sem a menor possibilidade comprovação.

 Prestígio internacional

Currículo impecável, com mestrados e graduações em Direito e Filosofia, Almeida também é escritor, autor do importante livro "Racismo Estrutural", que o elevou a um patamar onde estão os principais intelectuais brasileiros.

Quem diria que o professor universitário negro, filho e neto de pessoas ligadas ao samba, também fosse um requisitado professor de guitarra e aficionado por bandas de heavy metal com muito groove, como Living Colour, Body Count, Suicidal Tendencies e Infectious Grooves?

Só mesmo em um governo progressista e de esquerda para que o metal subisse as rampas do Palácio do Planalto e fosse encastelado no primeiro escalão da administração federal...

Sua nomeação foi um dos maiores acertos do governo Lula - uma dobradinha sensacional com Margareth Menezes, da Cultura, cravando uma estaca mortal no destrutivo e tóxico governo anterior do nefasto Jair Bolsonaro.

 Que diferença!:Saiu a medieval, desumana e indigente intelectual Damares Alves, então ministra dos Direitos Humanos, e entrou o afável, progressista e inteligente Silvio Almeida.

É raro observar políticos e aspirantes a políticos demonstrarem interesse musical além do óbvio. Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda e ex-prefeito de São Paulo, é um guitarrista razoável e bom conhecedor da obra dos Beatles. 

Rogério Rosso, ex-deputado federal e ex-governador do Distrito Federal, tem um estúdio requisitado em uma de suas propriedades, toca guitarra e baixo e é um aficionado do rock progressivo.

Impacto profundo

Em conversa com Mano Brown (Racionais MC's) no podcast "Mano a Mano", Almeida comentou o impacto que a música "Homem na Estrada", dos Racionais, teve em sua vida, assim como o surgimento, na mesma época do quarteto de hard rock Living Colour, que é fantástico.

Foi ali que o jovem aspirante a músico se sentiu representado dentro do rock, observando o trabalho intenso dos negros do Living Colour dentro de um gênero que se supunha branco desde sempre. 

Com os Racionais, Almeida percebeu que poderia aliar os dois mundos, que não eram excludentes, tanto que sua banda de bar criou uma versão pesada e cheia de groove roqueiro para "Homem na Estrada".

Também se sentiu representado com as letras fortes e contundentes do Living Colour, políticas e de protesto, mas com poesia e sofisticação. E também se sentiu atraído pela violência lírica e sonora do Body Count, banda de heavy metal quase puro originada no rap - seu líder, Ice-T, era um famoso rapper e ator de séries policiais nos anos 90, mas que sempre foi um apaixonado por heavy metal, com várias participações especiais em trabalhos diversos.

Curiosamente, para o pacifista e comedido democrata intelectual, o Body Count representava uma quebra de paradigma em relação ao discurso. Ice-T transferiu as letras violentas e diretas do mundo violento dos guetos e subúrbios negros americanos para o metal e o choque foi imenso. Muitos palavrões, narrativas de vidas criminosas e incitação direta ao crime, como na explícita "Cop Killer" (assassino de policiais), música banida de rádios e TVs.

Uma banda única, que impressionava pelo peso e pelos vocais irados e demolidores. Em diversos aspectos, o metal n

unca tinha sido tão pesado e violento, tão contundente na mensagem e tão engajado politicamente. Ice-T não media palavras e "metralhava" todo mundo com sua língua ferina. Dá para imaginar o sereno professor universitário Silvio Almeida curtindo Body Count e tocando "Cop Killer" ou "Body Count in the House"?

Ecletismo, integridade e bagagem técnica impecável são as marcas da área social do ministério convocado por Lula. Se era diversidade que todos queriam no alto escalão da União, então tivemos, com direito a índios, negros, cantoras baianas, metaleiros e muito mais. 

Desolação

A demissão de Silvio Almeida é uma derrota em muitos sentidos e abre a necessidade de uma profunda reflexão, como sociedade, sobre como lidar com vários tipos de violência de cunho social. É necessário combater de todas as formas os assédios da mesma forma que devemos repudiar a indústria de depredação depredação de reputações.

Silvio Almeida é inocente² É prematuro enveredar por esse caminho, da mesma forma que é precipitado condená-lo antes de qualquer apuração. Neste aspecto, sua demissão seguiu os padrões de sempre da política no quesito de incineração de reputações. 

Quando acontece em um governo progressista, que trouxe uma grande esperança generalizada, o desalento é imenso. O clima no momento é de ressaca geral e de incerteza na área de Direitos Humanos.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Lollapalooza anuncia line-up de 2025 com Alanis Morissette, Tool, Sepultura e Foster the People como destaques do rock


Do site Riqye Reverso


A organização do Lollapalooza Brasil anunciou nesta terça-feira, 3 de setembro, as atrações do festival que acontecerá em 2025 em São Paulo. Entre os destaques do rock do line-up estão os headliners Alanis Morissette e Tool, além do Sepultura e do Foster the People.

Fora do rock, a lista de headliners é composta ainda pelos cantores pop Justin Timberlake, Shawn Mendes e Olivia Rodrigo e o grupo Rüfüs du Sol.

A extensa lista de atrações (que pode ser conferida na imagem que acompanha este texto) traz os seguintes nomes: Benson Boone, Tate McRae, Jão, Zedd, Charlotte de Witte, Parcels, Teddy Swims, James Hype, The Marías, Girl In Red, Fontaines D.C., Inhaler, Caribou, Blond:ish, Bary Can’t Swim, San Holo, Wave To Earth, JPEGMafia, Michael Kiwanuka, Neil Frances, Zerb, Disco Lines, Kasablanca, Artemas, Nessa Barrett, DJ GBR, Ashibah, Marina Lima, Tropkillaz, Terno Rei, MC Kako, Drik Barbosa, Marina Prealta. Ruback, Juyé, Blancah, Sophia Chablau e uma Enorme Perda de Tempo, Barja, Jovem Dionisio, Bruno Martini, Any Mello, Clube Dezenove, Kamau, Zudizilla, L Cio, Samhara, Dead Fish, Sofia Freire, Tagua Tagua, Pluma, Etta, Agazero, Cachu, Nana Kohat, Charlotte Matou Um Cara, Picanha de Chernobill, Due, Giovanna Moraes, Paula Chalup e FatSync.

O festival de 2025 acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de março, no Autódromo de Interlagos, mesmo local que vem abrigando o evento desde 2014.

Ingressos

A venda de ingressos do Lollapalooza 2025 para o público geral começou no dia 20 de agosto.

Os valores para o Lolla Pass variam entre R$ 956,25 a R$ 4.610,00.

12ª edição
A edição de 2024 será a 12ª do Lollapalooza em São Paulo e a décima no mesmo local.

O primeiro Lollapalooza no Brasil aconteceu em 2012, quando a grande atração foi o ótimo show do Foo Fighters. Em 2013, o festival contou com apresentações memoráveis do Queens of The Stone Age e do Pearl Jam. Em 2014, também ficaram marcadas apresentações como as do Soundgarden, New Order e do Arcade Fire.

Em 2015, para quem gosta de rock n’ roll, o festival teve uma menor oferta do estilo que em anos anteriores. Com um grande avanço de atrações dançantes e mais pops, alguns dos melhores shows do rock foram os do lendário Robert Plant e do Smashing Pumpkins.

Em 2016, o rock foi um pouco mais prestigiado e recuperou parte do terreno perdido no ano anterior. Entre os vários shows bacanas do Lolla, mereceram maior destaque os do Alabama Shakes, de Noel Gallagher, do Tame Impala, do Bad Religion e de Florence and The Machine.

Em 2017, Metallica e Strokes foram os headliners do festival, sendo que a banda norte-americana de thrash metal fez um grande show e foi a principal responsável pela quebra do recorde de público do festival. Foram 190 mil pessoas nos dois dias e 100 mil só na noite do Metallica, que, apesar do credenciamento negado ao Roque Reverso pela assessoria de imprensa do Lolla, teve seu excelente show registrado em resenha aqui.

Em 2018 e 2019, este veículo de imprensa não conseguiu fazer a cobertura, novamente porque teve a credencial negada. Em 2020 e 2021, quando o festival foi cancelado por causa da pandemia, a gente jura que não foi praga nossa.

Em 2022, o evento retornou, mas teve como grande desfalque de última hora o Foo Fighters, por causa da morte do baterista Tailor Hawkins. Em 2023, o Lollapalooza Brasil teve recorde de público, mas teve outro grande desfalque em cima da hora: o Blink-182, que prometeu retornar na edição seguinte do festival e cumpriu, faezendo um dos melhores shows em 2024, quando o evento também contou, entre os destaques do rock, com Greta Van Fleet, Kings Of Leon (este substituindo mais uma atração importante cancelada, o Paramore), Arcade Fire, Limp Bizkit e Titãs.

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Uma importante defesa do rock que vem do mundo religioso

 

Rock e religião não se misturam, assim como não é conveniente misturar política e rock... Pena que não avisaram gente como Roger Waters, The Clash, Stryper, Slayer, Neal morte e uma série de outros artistas que usam o rock e a música como poderoso veículo de disseminação de mensagens diversas. Rock é cultura, mas também é educação e meio de protesto. Cabe tudo no rock e p rock vai bem com tudo.

Ainda tem muita gente pregando a total assepsia do rock, especialmente em tempos de polarização extrema e de alto grau de intolerância em todos os sentidos. Os conservadores acham que o rock e a arte são de esquerda e pregam a total desvinculação política entre as partes.

 Os evangélicos e fundamentalistas cristãos acham que o rock é demoníaco e só pode servir à palavra de deus – qualquer deus, desde que seja um deus desprovido de qualquer senso crítico e conteúdo.

Não é preciso ser satanista ou alguém que odeie padres para gostar de Slayer, da mesma forma que não é necessário ser crente para ouvir Stryper ou Neal Morse(o  aior Noé do rock cristão americano da atualidade). O rock é lbertário ao ponto de aceitar (quase) tudo. [E difícil admitir, mas até mesmo fascistas e nazistas tem suas bandas de rock.

Para combater a intolerância e exaltar o gênero musical mais plural é interessante ler um artigo bacana escrito por um pastor evangélico publicado no jornal Folha de S. Paulo recentemente. Policial rodoviário feeral em Santa Catarina, Alexandre Gonçalves é pastor pentecostal e fã de heavy metal, principalmente as variações extremas.

 Ouve Slayer, Iron Maiden Torture Squad e Crypta. Entende as letras e não concorda com elas, mas ainda assim respeita pensamentos e opiniões divergentes. Defende o rock e aponta que não há qualquer incompatibilidade entre ser religioso praticante e gostar de  música pesada (eu discordo um pouco, acho contraditório, mas deixem,os para lá...). Nestes tempos difíceis em que o fascismo e a ignorância avançam, Gonçalves é um pilar de tolerância e um farol que ilumina as trevas da intolerância.

Atacado por gente que se diz religiosa mas que adora praticar o ódio, o pastor tira as crítica de letra. “Não é Poe assistir a filmes de teror que uma pessoa necessariamente adore aquilo ou acredite naquilo. É preciso saber interpretar a mensagem e entender exatamente o que ela quer dizer”, escreveu o autor do texto.

Entre alegorias e fatos, o pastor Alexandre Gonçalves prega mais do que a tolerância – exalta o livre arbítrio e a liberdade de expressão, jogando por terra preconceitos de que rock e religião são totalmente incompatíveis. Ajuda a derrubar preconceitos e estimula a convivência e a percepção da importância da arte em nossas vidas.

Rock e arte só não combinam com ódio. Com intolerância. Com pensamentos negativos. Com preconceito. Com destruição. Rock é atitude, mas é agregador e altamente progressista. É contestador, mas é humanista e exalta a união. É rebelde, mas é propositivo.

O artigo de um pastor evangélico metaleiro derruba muros e constrói pontes, ajudando a abrir mentes e expandir horizontes, mesmo que a discordância seja total. Na música “disciple”m do Slayer, citada no artigo, o vocalista do Slayer, Tom Araya, grita “God Hates Us All” (deus odeia a todos nós). Araya é cristão devoto e prfundamente católico. Essa é a encantadora diversidade do rock, que une Araya e o morto-vivo, Eddie, o símbolo maior do Iron Maiden.

Tesseract fará dois shows em São Paulo

A banda de metal progressivo americana TesseracT está de volta ao Brail neste mês de setembro com turnê do aclamado quinto disco War Of Being, um registro conceitual audacioso, ambicioso e abrangente que colocou o quinteto britânico em definitivo entre as formações mais inspiradas do gênero no mundo. Serão apenas dois shows, ambos na capital São Paulo, dias 14/09 e 15/09.

No dia 14/09, o TesseracT se apresenta no Carioca Club e terá a banda paulista de metal moderno There's No Face no show de abertura, em mais uma oportunidade para conferir ao vivo o peso das novas músicas do disco Contra/Senso.

No dia 15/09 será no Fabrique Club, quando o TesseracT fará um show intimista, com um set especial, que inclui o álbum Concealing the Fate na íntegra. A abertura fica por conta do Seasmile, banda de SP em processo de composição do sucessor do ótimo sexto álbum, Vortex.

A turnê, realizada pela Liberation Music Company, antes passa pelo México, Costa Rica, Colômbia, Chile e Argentina.

Os ingressos para ambas as apresentações na capital paulista continuam à venda no site do Clube do Ingresso (www.clubedoingresso.com).

War Of Being, lançado em 2023, cinco anos após o super elogiado Sonder (2018), representa o momento mais significativo e criativo da sua carreira até hoje.

O TesseracT apresenta aos fãs um álbum que revisa o metal progressivo de toda a carreira, com muita melodia e instrumental poderoso, além de variações vocais de Daniel Tompkins e a sempre latente influência de djent. Ao vivo, as faixas de War Of Being ficam ainda mais impressionantes.

Formado em 2003, o TesseracT é pioneiro do gênero djent metal. Desde a estreia com o disco One (2011), os britânicos lideraram um movimento único, aventureiro e criativo que expandiu o vocabulário do metal além de qualquer medida.

Mas a banda há tempos transcendeu essas associações e agora é amplamente reconhecida como uma das bandas mais autenticamente progressivas e únicas do planeta. Das complexidades majestosas de One e o melódico e agridoce de Altered State, de 2013, ao brilho experimental de Polaris, junto à viagem tecnológica de Sonder (2018), o TesseracT forja um mundo musical e lírico que culmina em War Of Being.

Uma viagem imersiva através de conflitos, confusão, iluminação e resolução, War Of Being é um álbum emocionante e instigante. Da tentadora e atmosférica emoção da abertura “Natural Disaster” em diante, tudo é meticulosamente elaborado - e devidamente representado ao vivo!

“Trata-se de lutar para se perdoar por ser você mesmo”, explica Amos Williams sobre o conceito do disco mais recente. “Há esse conjunto de personagens que simplesmente ganhou vida, que representa os vários elementos turbulentos da minha psique pessoal, e estamos apenas permitindo que eles cresçam, basicamente, e sigam em uma pequena jornada".

Nestes anos, também se tornaram uma banda enérgica e poderosa ao vivo, com inúmeros shows aclamados e participações em festivais em vários continentes, de participações em Knotfest a turnês ao lado do Dream Theater.

Atualmente o TesseracT é Daniel Tompkins (vocais), Acle Kahney (guitarra), James Monteith (guitarra), Amos Williams (baixo) e Jay Postones (bateria).

TESSERACT EM SÃO PAULO

Data: 14 de setembro de 2024
Bandas de abertura: There's No Face
Local: Carioca Club
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - São Paulo - SP (www.cariocaclub.com.br). Telefone: (011) 3813-8598.
Venda online: www.clubedoingresso.com/evento/tesseract-cariocaclub?

TESSERACT EM SÃO PAULO - SET ESPECIAL

Data: 15 de setembro de 2024
Bandas de abertura: Seasmile
Local: Fabrique Club
Endereço: Rua Barra Funda, 1071 - Barra Funda/SP
Venda online: www.clubedoingresso.com/evento/tesseract-fabriqueclub?

Locais da venda antecipada sem taxa de serviços

LOJA 255 (Galeria do Rock, Rua 24 de Maio, 62, primeiro andar, loja 255, São Paulo-SP, fone: 0xx11 3361-6951).

Realização: Liberation Tour Booking
Informações gerais: info@liberationmc.com

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Chickenfoot, o ptojeto que pretenda resgatar a magia do Van Halen, faz 15 anos

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A saudade do “verdadeiro” Van Halen foi a responsável pelo surgimento de um dos projetos musicais mais legais do rock deste século, apesar do nome mais esdrúxulo: Chickenfoot um supergrupo que reuniu nomes dos mais estrelados

Faz 15 anos que que o cantr Sammy Hagar reuniu os amigos pata colocar na ruía a sua “versão” de como o Van halen deveria soar se tivesse continuado na banda – foi uma resposta ao ressurgimento do próprio Van Halen dois anos antes com o retorno de David Lee Roth aos vocais e sem o baixista Michael Anthony, substituído de forma pouco aigável por Wolfgang, o filho multi-instrumentista de Eddie Van Halen.

Em nenhum momento Hagar negou que fosse uma tentativa de fazer algo mais descontraído, mas remetendo ao que seria o som do seu antigo grup caso ele ainda estivesse por lá. Nas várias entrevistas que concedeu, ele fazia as habituais críicas de sempre aos ex-colegas, e ia ale,: considerava que a volta da banda era um projeto “sem alma e sem propósito”. Seria natural então qe ee mostrasse como deveria ser a banda se ele ainda pudesse dar os palpites necessários.

A amizade com Michael Anthony foi o motor que conduziu à formação do Chickenfoot (pé de galinha, em tradução literal). Anthony, que entrara na banda em 1974, esteve com os irmãos Eddie (guitarra) e Alex Van Galen (bateria) até a complicada turnê de 2004, eu contou com a presença de Hagar em vários shows. O fim do giro foi estranho e determinou o fim da parceria do baixista com os irmãos, que alegaram que Anthony era “ligado demais a Hagar”, que voltara a ser desafeto.

Nas várias jams que faziam com amigos na Califórnia e em Cabo Wabo, no México, onde o cantor tem uma casa noturna, os dois sentiam falta do palco e do clima de festa hard rock que o Van Halen, no age, promovia.

Em um improvável encontro com o guitarrista Joe Satriani em um evento, Sammy Hagar soube que o instrumentista, admirador de Eddie, estava meio cansado da carreira solo instrumental e que tinha vontade de “fazer parte de uma verdadeira banda de rock”. Era a deixa para que uma nova banda surgisse.

Depois de um churrasco, Satriani, Hagar e Anthony foram brincar em um estúdio caseiro e a química apareceu de imediato. Para quebrar o galho, um amigo de todos, que estava no churrasco, sentou na bateria para quebrar o galho. Chad Smith, do Red Hot Chili Peppers, não sabia, mas entrara naquele momento para a banda.

Era para ser uma brincadeira, sem nome, para apenas alguns shows beneficentes e diversão em casas noturna da Califórnia, mas a coisa ficou séria porque todo mundo que ouviu e viu adorou. Realmente estavam levando a sério aquela ideia de “coo o Van Halen deveria soar”.

Satriani mudou a sua agenda e seus propósitos e Smith deu um jeitinho de espremer a agenda do Red Hot para participar e então o Chickenfoot (”por falta de nome melhor”)  começou a compor e gravar rapidamente. O primeiro álbum, autointitulado foi logo lançado ainda em 2009 e foi um sucesso imediato.

“Estava tão bom e tão estimulante que decidimos fazer daquilo uma banda e resgatar os bons tempos dos anos 80”, comentou Hagar em uma entrevista a uma rádio de Nova York. “Todos nós tínhamos nossos interesses e projetos, sabíamos que era algo temporário, mas não queríamos que acabasse, Então esticamos até onde deu.”

E deu muit certo, tanto que as turnês que se seguiram foram gigantescas, provocando problemas para que Chad Smith conciliasse Chickenfoot e Red Hot; depois d três álbuns e um DVD em cinco anos intensos, op quarteto entrou em um iato para que todos retomassem suas vidas. Eles, no entanto, são unânimes em dizer que o projeto foi maravilhoso r que reforçou a magia do rock dentro deles.

Dez anos depois dos últimos momentos como Chicjenfoot, Sammy Hagar, Michael Anthony e Joe Satriani se reuniram neste 2024 para uma turnê em que fazem uma homenagem ao Van Halen, que oficialmente acabou em 2020 com a morte de Eddie, de câncer, aos 65 anos.

A turnê, que deveria ser apenas pela América do Norte, deverá ser estendida para a Europa e para o Japão. O baterista Jason Bonham (Black Country Communion e Sammy Hagar and the Circle) “substituiu” Chad Smith, que continua no Red Hot Chili Peppers. Essa reunião não deixa de ser uma possibilidade de, em médio prazo, de o Chickenfoot voltar como banda.


terça-feira, 3 de setembro de 2024

Loss acerta ao aliar modernidade e sons pesados movidos a guitarras

“A história da música pesada brasileira passa por este lugar. A emoção é indescritível.” Trinta e cinco anos depois, um baterista de rock voltava a fazer história no centro de São Paulo revivendo grandes momentos do heavy metal e transmitindo uma grande esperança de manter a música viva em tempos bem diferentes em relação ao modo de ouvir e consumir música.

Teddy Bronsk examinava cada centímetro da loja Woodstock, um dos templos brasileiros do rock, no lançamento de “Human Factor”, segundo álbum de sua banda, a Loss, formada por craques veteranos da rica cena mineira. Em 1989, ele esteve ali, naquele mesmo lugar sagrado, para lançar o primeiro trabalho da banda de thrash metal Witchhammer, ainda na ativa e outro nome forte da música pesada de Belo Horizonte.

Bronsk faz parte da história e tem orgulho delam tanto que suas baquetas deram um impulso extra para o stoner metal poderoso do trio Loss, que emergiu das cinzas da importante banda mineira Concreto, outro nome forte da cena local. “Minha trajetória teve um começo instigante aqui 35 anos atrás e agora continua indo avante de forma ainda mais brilhante. Não cabe em meu peito o orgulho por esse trabalho com o Loss.”

No evento na Woodstock, o trio mineiro divulgava o poderoso álbum “Human Factor”, um disco esperado por um bom tempo por quem se empolgou com guitarras com um timbre diferente e uma mistura inusitada de rock moderno e música regional brasileira, variando as canções com letras em inglês e em português.

“Segredos”, que abre o álbum, é uma verdadeira carta de intenções, expondo o tema da modernidade movida a tecnologia desprovida de toques hu,amos, que é o tema conceitual que permeia o trabalho.

“Creio que temos um trabalho poderoso porque é orgânico e mexe com um assunto que dialoga imediatamente com tosos hoje. É uma maneira de mostrar que o rock continua moderno e relevante”, afirma Marcelo Loos, baixista e vocalista que é um dos mentores da banda que leva o seu nome e também do antigo Concreto.

O som moderno é a base do conceito do trio, que dedicou atenção especial aos timbres de guitarra e baixo. Adriano Avelar, o guitarrista  virtuoso, explica que o some poss pesado na linha stoner está em consonância com as influências setentstas e oitentistas  e a busca or sons que congreguem várias possibilidades. “As ideias brotaram de forma tão orgânica e natural que transformaram a nossa forma de perceber a arte e a percepção de nossa música. Não há coo conter a empolgação, garanto que estamos fazendo algo diferente e muito interessante.”

É possível concordar com algumas dessas ponderações, já que o som do Loss é bastante característico e praticamente único dentro do rock nacional. A produção é clara é limpa, com fortes arranjos que realçam um ambiente vintage  com alta tecnologia, e isso fica claro na faixa-t[ítulo e na intensa “Hold Me”.

A conversa com a regionalidade brasileira fica expressa em “Deus” e “Novena”, que se conectam de forma interessante com “The Mirror”, além do flerte com o metal em “Material Delight” e na ótima “The Storm”. É um álbum bem balanceado e com boas soluções melódicas.

Marcelo Loss (vocal e baixo) foi fundador do grupo Concreto, com o qual gravou sete álbuns, sendo que o último contou com baterias gravadas por Vinny Appice (Black Sabbath, DIO). Também faz parte do line-up da banda o baterista Teddy Bronsk, que também já passou pelo Concreto e foi o fundador da lendária banda Witchhammer, uma das pioneiras do metal nacional na década de 80, com quem gravou quatro álbuns.

O guitarrista Adriano Avelar tem no currículo trabalhos ao lado de importantes nomes da música, desde compositores como Marku Ribas e Klinger, a rappers como Xis, Deleve, Thales Dusares e o ex-Planet Hemp, Speed Freaks.

O Loss começou com o EP “Let’s Go” (2020), o álbum “Storm” (2022) e os diversos singles lançados. Mas é em seu segundo e novo álbum de estúdio, “Human Factor”, que o Loss não só dá manutenção a sua vocação para lançar música boa, como prospecta novas possibilidades criativas.

“Em minha opinião, “Human Factor” representa uma clara evolução musical da Loss em relação aos trabalhos anteriores”, declara Marcelo Loss. “As músicas estão melhor elaboradas e os arranjos são mais trabalhados. Certamente são músicas bem mais difíceis de se tocar e cantar do que as do primeiro álbum. Apesar disso, acho que elas continuam soando orgânicas e diretas, que é o tipo de música que curtimos fazer! Não usamos samples, teclados ou outros recursos. Somos um trio, de guitarra, baixo e batera. É isso que os ouvintes encontrarão em nosso álbum!”

“ “Human Factor” traz a  participações bastante especiais como a do multi-instrumentista Johnny Herno e de Alan Wallace, guitarrista e membro fundador do Eminence. “Johnny Herno é um multi-instrumentista genial e revolucionário. Foi uma honra a oportunidade de trabalhar com ele na faixa “Novena”, que é uma espécie de intro climática de “The Mirror”. Além dele, temos a abertura do álbum com a temática “Reboot” que é de autoria do nosso grande amigo Alan Wallace do Eminence”, finalizou Marcelo Loss.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Inocentes liberam clipe da música ‘Escombros’ e lança, álbum acústico

 Do site Roque Reverso

A banda brasileira Inocentes liberou na quinta-feira, 29 de agosto, o clipe da música “Escombros”. A faixa chegou no mesmo dia no qual o grupo lançou oficialmente o aguardado álbum acústico “Antes do Fim”.

O clipe, em animação, é uma obra de Leandro Franco, responsável também pela ilustração, roteiro e edição do vídeo.

O disco “Antes do Fim”, cuja capa com foto de Alexandre Wittboldt acompanha este texto, tem 12 faixas e foi produzido por Henrique Khoury.

Assinado pelo selo Red Star Recordings, será lançado em LP, com vinil transparente e capa dupla.

“O vinil é o formato que interessa”, afirmou o vocalista e guitarrista da banda, Clemente Nascimento, no comunicado à imprensa que acompanhou o texto de lançamento do álbum. “Pelo que ele representa, capa, fotos grandes e qualidade sonora. Essa formação do Inocentes faz 30 anos em 2025, ela nasceu na era do CD, precisava ser registrada em vinil e isso acontece agora em grande estilo.”

Especificamente sobre a escolha pelo som da maneira acústica, Clemente destacou que o novo trabalho é o registro de um momento: período pandêmico que forçou a banda a ficar em casa, repensar a vida e os projetos. “Tivemos que nos virar, e uma das maneiras, foi encarar interpretar as músicas da banda no formato acústico. Eu fazia isso sozinho de casa, o Anselmo [baixista do grupo] curtia muito e nos convenceu a tocarmos essas versões juntos, foi importante para nós registrarmos esse período importante de nossas vidas.”

A previsão inicial era que o álbum chegasse aos fãs em junho, mas a banda não deixou de soltar no mês prometido uma amostra com o EP “Não Acordem a Cidade”.

O EP foi uma prévia do “Antes do Fim”, com 5 músicas: “Não Acordem a Cidade”, “São Paulo” e “Expresso do Oriente”, “O Homem Que Bebia Demais” e “A Noite Lá Fora”.

Agora, no álbum completo, além das três primeiras faixas citadas, estão presentes as músicas “A Face de Deus”, “Ele Disse Não”, “Escombros”, “Garotos do Subúrbio”, “Nem Tudo Volta”, “O Homem Negro”, “Deixa Pra Lá”, “Pátria Amada” e “Pânico em SP”.

https://youtu.be/Cd37dXv48VI


CDCLEMENTEINOCENTESPUNK ROCKROCK NACIONALSINGLE 

Festival Monsters of Rock é confirmado para abril de 2025

 Do site Roque Reverso

O tradicional festival Monsters of Rock vai ser realizado novamente em 2025. A confirmação foi realizada nesta sexta-feira, 30 de agosto, pela produtora Mercury Concerts.

A divulgação foi feita por meio de um vídeo nas redes sociais da produtora e do próprio Monsters of Rock brasileiro.

No vídeo, a única informação disponível é para que o público reserve a seguinte data: 19 de abril de 2025.

Com isso, o festival tende a voltar a ser realizado no Brasil depois de 2 anos, já que a mais recente e consagrada edição foi vista em 2023, em São Paulo, no Allianz Parque, a Arena do Palmeiras, com ingressos esgotados e grande sucesso e repercussão.

Não há no vídeo divulgado informações sobre local, cidade, datas de venda de ingressos e muito menos dos preços.

O anúncio da edição de 2025 acontece dias depois do aniversário de 30 anos da primeira edição do evento, realizada no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Edições históricas

A capital paulista recebeu todas as edições principais do Monsters of Rock no Brasil. Nas quatro edições que aconteceram no País na década de 90, os festivais da série sempre foram predominantemente de heavy metal.

Enquanto os eventos de 1994, 1995 e 1996 aconteceram no Estádio do Pacaembu, o festival de 1998, foi realizado na pista de atletismo do Ibirapuera.

A primeira edição, em 1994, trouxe quatro bandas nacionais (Angra, Dr. Sin, Viper e Raimundos) e quatro internacionais (Suicidal Tendencies, Black Sabbath, Slayer e KISS).

Na edição de 1995, o número de atrações aumentou. A única banda nacional foi o Virna Lisi. Já entre o nomes internacionais, os representantes foram Rata Blanca, Clawfinger, Paradise Lost, Therapy?, Megadeth, Faith No More, Alice Cooper e Ozzy Osbourne.

Na edição de 1996, o grupo Raimundos foi o único brasileiro. Na parte internacional, os nomes foram Heroes del Silencio, Mercyful Fate, King Diamond, Helloween, Biohazard, Motörhead, Skid Row e Iron Maiden.

O Monsters de 1998 também trouxe grande número de atrações. Entre os brasileiros, os representantes foram o Dorsal Atlântica e o Korzus. Do lado internacional, Glenn Hughes foi o primeiro a tocar, seguido por Savatage, Saxon, Dream Theater, Manowar, Megadeth e Slayer.

Em 2013, o Monsters retornou para matar as saudades dos fãs e foi realizado na Arena Anhembi. Os headliners foram o Slipknot, que fechou o primeiro dia, e o Aerosmith, que encerrou o segundo dia do evento. Destaque também para outros grandes shows, como os do Whitesnake e do Ratt.

O festival também contou com as apresentações do Queensrÿche, do Korn e do Limp Bizkit e surpreendeu pela qualidade sonora na sempre questionada Arena Anhembi.

Em 2015, uma outra ótima edição do Monsters aconteceu na Arena Anhembi. Entre os destaques do mais recente festival da série em São Paulo, vale lembrar o cancelamento triste e surpreendente do Motörhead por causa da saúde do saudoso Lemmy, a festa do rock pesado promovida por Ozzy Osbourne, dois shows matadores em dois dias consecutivos do Judas Priest e a apresentação apoteótica do KISS.

Em 2023, pela primeira vez no Allianz Parque, o festival contou com o headliner KISS, além de Scorpions, Deep Purple, Helloween, Candlemass, Symphony X e a cantora Doro.

A edição estava sendo divulgada como uma espécie de “último evento”, mas o sucesso e a repercussão foram tão grandes que o evento que lotou a Arena do Palmeiras parece ter causado um alerta para os organizadores: de que ainda há muita lenha para queimar e muitas edições para acontecer.

Integrantes deste Roque Reverso estiveram em todos os Monsters of Rock realizados em São Paulo, como fãs ou fazendo a cobertura jornalística.

Consideram o festival o melhor de todos já feitos no Brasil e esperam estar novamente cobrindo este evento imperdível para os nobres leitores deste veículo de imprensa em 2025.

Mais informações devem ser divulgadas em breve pelos produtores. Siga o Roque Reverso nas redes sociais para ver os anúncios atualizados.

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Pixies traz a música ‘Oyster Beds’, mais uma do disco novo previsto para outubro

 Do site Roque Reverso

O Pixies trouxe para audição no dia 22 de agosto a música “Oyster Beds”. É mais uma amostra do disco novo que a banda norte-americana lançará no último trimestre de 2024.

A faixa, apresentada por meio de um lyric video, tem uma pegada mais forte do que a anterior, “Chicken”, que chegou aos fãs em julho.

O álbum “The Night The Zombies Came” será lançado oficialmente no dia 25 de outubro.

O disco do Pixies será o primeiro com a baixista Emma Richardson, que substituiu Paz Lenchantin.

A baixista anterior deixou a banda em março deste ano depois de entrar no grupo em 2014 e gravar três álbuns de estúdio com o Pixies: “Head Carrier”, de 2016, “Beneath the Eyrie”, de 2019, e “Doggerel”, de 2022.

Emma Richardson é ex-integrante do grupo de rock britânico Band of Skulls e está com o Pixies desde a saída de Paz. “The Night The Zombies Came” será o 10º disco de estúdio do Pixies.


 

A pausa do Angra e i fim de uma era esplendorosa do rock brasileiro

 

Qual é o tamanho do buraco que ficará? Essa era a pergunta principal no final dos cgurrascos quando o assunto era música e o final do Sepultura. Quem ocupará o espaço?

Nas imensas e intermináveis disussões, alguém sempre alava que os nosso ídolos estavam morrendo ou se aposentado para chegar naquilo que alguns temiam: e se o Angra também parar, o que sobrará?

Teremos a oportunidade saber em breve depois que o quinteto paulista anunciou que dará uma pausa por tempo indeterminado a partir do final da turnê nacional de 2024. O anúncio surpreendeu porque o Angra está na crista da onda por conta da muito bem-sucedida onda de shows acústicos e do ótimo álbum “Cycle of Pain”.

Com as duas maiores bandas brasileiras com expressão internacional fora de combate, encerra-se uma era longa de simbliza a ascensão e queda do rock nacional, no caso, em sua vertente mais pesada.

Foi um período em que os sonhos podiam se tornar realidade e que o mercado nacional conseguia exportar boa música e oferecer alguma esperança de sucesso e sustentabilidade dentro da arte. As duas grandes bandas brasileiras de rock mostraram que era possível viver o sonho e tocar no exterior em pé de igualdade com artistas internacionais.

Como viveremos em um mundo sem Angra e Sepultura? Que o digam os irmãos do Krisiun, que passarão a reinar sozinho no patamar mais alto do metal brasileiro, seguidos de perto pelas meninas da Crypta e da Nervosa.  Para variar, não será fácil suprir a lacuna e entender que o mundo mudou, e que nova era está começando.

Imaginando que o Angra não voltará tão cedo, como comentou o guitarrista Rafael Bittencourt, teremos um horizonte novo e instigante, com uma série de candidatos a ocupar uma parte do espaço. Como o público mais u menos domesticando atualmente reagirá à avalanche de bandas novas e nem tão novas aspirando o altar dos deuses...

Guardadas as devidas proporções, foi a mesma situação de quando o Black Sabbath finalmente descansou em 2017. Como viveríamos em um mundo sem Black Sabbath, sem Led Zeppelin e The Who, com o Deep Purple quase acabando?

Sobreviveremos, sem dúvida, mas o mundo novo que nos espera causa um pouco de preocupação e apreensão; Conseguiremos sair da zona de conforto e aprender a apreciar novas coisas que estão piocando por aí/ abaixo, o texto que informa o hiato indeterminado do Angra?

“Caros amigos: é com um misto de emoções que anunciamos um período sabático nas atividades do Angra. Após mais de 11 anos de intensa dedicação, compondo, gravando e nos apresentando em várias cidades e países ao redor do mundo, sentimos que é hora de parar e recarregar nossas energias.

Este descanso é necessário para que possamos retornar ainda mais fortes e inspirados. Sabemos que será difícil estar longe dos palcos como Angra, e sentiremos falta da nossa amizade e do bom relacionamento que temos como banda. Agradecemos profundamente pelo apoio incondicional e pela paixão que vocês sempre demonstraram pela nossa música. Sem vocês, o Angra não seria o que é!

Antes de entrarmos nesse hiato, teremos alguns eventos especiais. Em breve, lançaremos o nosso DVD acústico, gravado na Ópera de Arame, do qual estamos extremamente orgulhosos. Em outubro e novembro, realizaremos uma turnê europeia, e entre o final de 2024 e março de 2025, faremos a turnê "Interlude", onde comemoraremos os 20 anos do álbum "Temple Of Shadows" e tocaremos os maiores sucessos da nossa carreira. Convidamos todos vocês a estarem presentes nesses últimos shows antes da pausa, para juntos celebrarmos esses momentos inesquecíveis.

Durante esse período, os integrantes da banda se dedicarão a outros projetos pessoais e profissionais. Estaremos sempre perto dos fãs de uma maneira ou outra, através desses projetos. Continuaremos conectados pelas redes sociais e prometemos mantê-los informados sobre nossos próximos passos. Fiquem ligados no angra.net para informações sobre datas de shows e pacotes de Meet & Greet. Até breve, e que a música continue a nos unir!”