quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Uma importante defesa do rock que vem do mundo religioso

 

Rock e religião não se misturam, assim como não é conveniente misturar política e rock... Pena que não avisaram gente como Roger Waters, The Clash, Stryper, Slayer, Neal morte e uma série de outros artistas que usam o rock e a música como poderoso veículo de disseminação de mensagens diversas. Rock é cultura, mas também é educação e meio de protesto. Cabe tudo no rock e p rock vai bem com tudo.

Ainda tem muita gente pregando a total assepsia do rock, especialmente em tempos de polarização extrema e de alto grau de intolerância em todos os sentidos. Os conservadores acham que o rock e a arte são de esquerda e pregam a total desvinculação política entre as partes.

 Os evangélicos e fundamentalistas cristãos acham que o rock é demoníaco e só pode servir à palavra de deus – qualquer deus, desde que seja um deus desprovido de qualquer senso crítico e conteúdo.

Não é preciso ser satanista ou alguém que odeie padres para gostar de Slayer, da mesma forma que não é necessário ser crente para ouvir Stryper ou Neal Morse(o  aior Noé do rock cristão americano da atualidade). O rock é lbertário ao ponto de aceitar (quase) tudo. [E difícil admitir, mas até mesmo fascistas e nazistas tem suas bandas de rock.

Para combater a intolerância e exaltar o gênero musical mais plural é interessante ler um artigo bacana escrito por um pastor evangélico publicado no jornal Folha de S. Paulo recentemente. Policial rodoviário feeral em Santa Catarina, Alexandre Gonçalves é pastor pentecostal e fã de heavy metal, principalmente as variações extremas.

 Ouve Slayer, Iron Maiden Torture Squad e Crypta. Entende as letras e não concorda com elas, mas ainda assim respeita pensamentos e opiniões divergentes. Defende o rock e aponta que não há qualquer incompatibilidade entre ser religioso praticante e gostar de  música pesada (eu discordo um pouco, acho contraditório, mas deixem,os para lá...). Nestes tempos difíceis em que o fascismo e a ignorância avançam, Gonçalves é um pilar de tolerância e um farol que ilumina as trevas da intolerância.

Atacado por gente que se diz religiosa mas que adora praticar o ódio, o pastor tira as crítica de letra. “Não é Poe assistir a filmes de teror que uma pessoa necessariamente adore aquilo ou acredite naquilo. É preciso saber interpretar a mensagem e entender exatamente o que ela quer dizer”, escreveu o autor do texto.

Entre alegorias e fatos, o pastor Alexandre Gonçalves prega mais do que a tolerância – exalta o livre arbítrio e a liberdade de expressão, jogando por terra preconceitos de que rock e religião são totalmente incompatíveis. Ajuda a derrubar preconceitos e estimula a convivência e a percepção da importância da arte em nossas vidas.

Rock e arte só não combinam com ódio. Com intolerância. Com pensamentos negativos. Com preconceito. Com destruição. Rock é atitude, mas é agregador e altamente progressista. É contestador, mas é humanista e exalta a união. É rebelde, mas é propositivo.

O artigo de um pastor evangélico metaleiro derruba muros e constrói pontes, ajudando a abrir mentes e expandir horizontes, mesmo que a discordância seja total. Na música “disciple”m do Slayer, citada no artigo, o vocalista do Slayer, Tom Araya, grita “God Hates Us All” (deus odeia a todos nós). Araya é cristão devoto e prfundamente católico. Essa é a encantadora diversidade do rock, que une Araya e o morto-vivo, Eddie, o símbolo maior do Iron Maiden.

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