domingo, 7 de julho de 2024

Em clima de festa a empolgação, Cobra Spell arrebata São Paulo

O gostinho do sucesso pode ser apenas uma pitada de reconhecimento, ainda que seja do outro lado mundo, a 10 mil quilômetro de distância. Quem diria que uma banda quase obscura de hard rock europeia fosse lotar casas na América Latina?

O quinteto Cobra Spell, surgido na Holanda e hoje radicado na Espanha, encarou a sua primeira turnê internacional como se fosse uma Copa do Mundo, mas não imaginava que golearia logo de saída.

O entupido Jai Club, na zona sul de São Paulo, estremeceu ao som poderoso das garotas que formam o grupo severamente diante de um som pesado que misturou o hard e o heavy metal .

Era o terceiro show da banda pelo Brasil e as meninas estavam incrédulas com a forma passional e intensa om que foram acolhidas no Brasil. Os paulistas cantaram todas as músicas do álbum de estreia, "666", e colocaram a Cobra Spell no mais alto pedestal do rock underground sul-americano.

avia um que de preocupação por conta dos imprevistos que ocorreram antes do primeiro show, em Brasília (DF). Os instrumento e equipamentos de palco não chegaram a tempo, vindo e Roma, na Itália, e elas tiveram que tocar com instrumentos cedidos por lojas locais. O mesmo ocorreu em Goiânia (GO), uinte.no dia seguinte.

O público parecia pressentir que algo estava ocorrendo e a tensão foi amenizada com o apoio irrestrito à banda. Em São Paulo, subiram ao palco pequeno dispostas e mostrar que superaram as adversidades e fizeram uma grande apresentação.

As expetativas eram boas, mas elas as superaram, principalmente a vocalista venezuelana Kris Vegas com uma presença de palco impressionante, além da voz estupenda. O público nem ligou para o fato de ela insistir em se comunicar em inglês o tempo todo - quem sabe o espanhol nativo dela estivesse enferrujado.

Coube à guitarrista brasileira Noelle do Anjos fazer a ponte mais direta e expressar o quanto estavam estupefatas com a intensidade da receptividade que estavam tendo no Brasil com seu gracioso sotaque paraibano

Tocaram todo o álbum de estreia e, em determinados momentos, pareciam estar se divertindo mais do que o público, principalmente a guitarrista Sonia "Anubis" Nusselder, , a fundadora, que não parou de agitar no palco minúsculo.

Emendando uma música à outra, as garotas subiram o tom e se deliciaram com o público cantando na íntegra "S.E.X." e "Warrior From Hell", as melhores do álbum, mas também curtiram adoidado ver que a"The Devil Inside os Me" e "Satan Is a Woman" também agradaram bastante.
A estreia fora da Europa não poderia ter sido melhor.

No aquecimento, duas boas bandas brasileiras tiveram pouco tempo para mostrar um trabalho consistente, A experiente banda Alefla, do Vale do Paraíba, agradou com seu power metal com toques progressivos. A subestimada vocalista Fla Moorey deu um show de interpretação e foi o destaque no rápido set.

Já a banda Wolfpire apostou em um som mais clássico e menos arriscado. A mistura de power metal com um hard'n'heavy demorou a capturar a atenção da plateia , mas agradou também por conta do ótimo trabalho de guitarras. 



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