segunda-feira, 22 de julho de 2024

O rock nacional se movimenta com lançamentos de Samuel Rosa, Inocentes e Titãs

Entre regravações e estreia solo, o rock nacional mostra vitalidade e fôlego nos novos trabalhos de Sanuel Rosa, Titãs e Inocentes. Em um momeno em que o mercado brasileiro se assenta por conta das dificuldades em vender ingressos para shows e turnês grandes, os arisatas tentam se reinventar em busca de alternativas.

Em um período de entressafra, Titãs e Inocentes optaram por revisitar o passado e colocar novos arranjos em clássicos do rock nacional, enquanto Samuel Rosa quer ratificar que há vida fora do Skank na estreia de sua carreira solo.

I fim da banda mineira foi pensado e programado com antecdência e imaginava-se que o guitarrista e vocalista empreenderia um trabalho que o afastase da sombra do Skank. No entanto, ele mesmo tratou de escalrecer o que pretende.

"Não se trata de um rompimento com o passado. Prendendo exercer o que sempre fui e o que sou. Tenho uma marca pessoal e tenho orgulho disso", disse Rosa.

O primeiro álbum solo leva seu sobrenome e aposta em canções simples e arranjos mais próximos da MPB, mas nada que fuja do estilo que sempre manteve com o quarteto que liderou até o final do ano passado.  

Se por um lado será difícil distinguir o que é o seu trabalho individual do que fazia com o Skank, por outro sua música continuará reconhecóvel a quilômetros e distância. Uma decisão sábia para tatear o mercado, por mais que muitos se decepcionem com a falta de ousadia nas dez músicas registradas.

A banda de apoio nas sessões de gravação contou com Doca Rolim (violão e guitarra), Alexandre Mourão (contrabaixo), Pedro Kremer (teclados) e Marcelo Dai (bateria e percussão). As composições foram feitas no início do ano, exceção a “Rio Dentro do Mar”, escrita em 2022.

"Microfonando" é a volta dos Titãs ao formato trio depois do estrondoso sucesso da turnê "Encontro", que reuniu a banda com os ex-integrantes vivo. É um recomeço para ganhar fôlego antes de pensar em canções inéditas.

"Doze Flores Amarelas", uma ópera-rock longa e robusta, é disco anterior à pandemia e mostrou que os Titãs estavam afiados, ganhando fartos elogios e prêmios. O áçbum seguinte, "Olho Furta-Cor", não teve o mesmo êxiyo e trazia uma banda sem muita inspiração, embora tentando enveredar por áreas diferentes.

Com a ajuda de convidados de peso, a banda ,ostrou empolgação e intelugência na escolha do repertório a ser revisitado e oferecendo arranjos acústicos ao vivo, para poucos convidados, que soam surpreendentes.  Quem diria que ouviríamos "Sonífera Ilha" cantada por Tony Bellotto? 

Entre os convidados, o destaque é Ney Matogrosso, que deu um show de interpretação em "Apocalipse Só", do úultimo disco, "Olho Furta-Cor". 

A lista de particiantes é variada, contendo Preta Gil, Vitor Kley, Cyz Mendes (Plutão Já Foi Planeta), Bruna Magalhães, Major RD e Lenine. 

“Os shows elétricos nas grandes arenas são sempre muito bons, mas esse show ‘Titãs Microfonado’, concebido para teatros, é muito especial pela proximidade e cumplicidade com o público”, disse cantor Sergio Britto. 

O res8lotado ficou muito bom, pois foi registrado de forma descontraída em altíssimo astral. O que parecia ser algo oportuista e tapa-buraco em um período de falta de inspiração se mostrou uma grande ideia bem executada.

Os Inocentes também apostaram em um formato acústico, algo que já vêm fazendo nos palcos há pelo menos dois anos - portanto, é um poketo anterios ao dos Titãs.

O EP “Não Acordem a Cidade”. É uma prévia do álbum “Antes do Fim”, previsto para chegar aos fãs inicialmente em junho, mas que agora conta com a previsão de lançamento em agosto. Contou com produção de Henrique Khoury e foi gravado no Red Star Studio, em São Paulo. A capa do EP é de Alexandre Wittboldt.

Além das faixas “Não Acordem a Cidade”, “São Paulo” e “Expresso do Oriente”, o EP traz as músicas “O Homem Que Bebia Demais” e “A Noite Lá Fora”.

“A banda está tentando seguir um padrão na escolha das faixas, que é o de lançar músicas que não tenham sido regravadas antes, e que os arranjos tenham nos deixado muito satisfeitos”, explicou, em comunicado à imprensa sobre o EP o vocalista e guitarista Clemente Nascimento. “São músicas que acabam tendo um ar de frescor e ineditismo, algumas são velhas conhecidas, outras nem tanto, são verdadeiros lados B, mas que a gente gosta muito”, acrescentou.

Para quem se acostumou com a fúria e a intensidade punk dos Inocentes, o formato acústico é um presente para quem gosta de rock nacional e respeita o trabalho de gente criativa como Clemente. As músicas ganharam arranjos mais elaborados, que valorizam as composiçõe e oferecem novos elemtnos a serem apreciados. Está longe de ser um acústico óbvio.  É outro acerto desta banda que caminha para os 45 anos de existência.

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