quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Living Colour: umanoite de luta, reisstência e bom gosto

 

Henrique Neal - especial para o Combate Rock

 

A imponência do Living Colour intimida. O quarteto entra no palco de forma descontraída e relaxada, brinca com o público, mas ele é grande, muito grande.  Representa muito mais do que uma banda negra de rock and roll que faz hard rock com maestria. O Living Colour nos representa porque é resistência em um ambiente controlado por brancos e usufruído por brancos.

 

É curioso fazer esas constatações quando a maioria do público que assistiu ao maravilhoso show deles em São Paulo, no dia 12 de outubro, era majoritariamente branco. Nem todos, obviamente, se identificava com esse contexto de resistência. Estavam pouco se importando, e os músicos do Living Colour estava pouco se importando com isso. A maioria queria somente rock, e mais nada.

 

Tudo no quarteto é imponente, desde os faseados elegantes de Vernon Reid na guitarra até os malabarismos vocais ompressionantes de Corey Glover. Como bom baixista, Doug Wimbish é discreto, mas se torna um vulcão sonoro ao lado do baterista William Calhoun. E a música explode de forma contundente. Tudo paree simples, mas nem de longe. O entrosamento é sensacional.

 

Se a discografia é curta para 376 anos de carreira, é certeira para fazer um grande show de rock pesado misturando com milhares de influências. Peso e groove nas medidas certas, em vários tons, e de formas inusitadas. Não há como não amar e se excitar com o baixo na canção “Never Satisfied.” Não há como não sacolejar com o groove soul blues de “”Love Rears Its Ugly Head”, aimentada por uma interpretação sacana de Glover.

 

O momento hit FM veio, é claro, claro, com “Glamour Boys”, um hino da juventude dos anos 80 e 90. A plateia cantou em peso. “Auslander” deuuma esfriada, mas foi legal ouvi-la principalmente por causa de seu teor político – é um protesto contra o racismo e xenofobia na Alemanha.

 

“Ignorance is Bliss” e “Bi” não comoveram tanto, mas assim que as primeiras notas de “Open Letter (to a Landlord”” começaram as pessoas se lembraram do poder de fogo daquela banda extraordinária. Para encerrar, um ataque sonoro demolidor com “Time’s Up”, “Cult of Personality” e “Type”. Foi de tirar o fôlego

 

O Clichê serve de forma perfeita aqui? Não precisam provar nada para ninguém. Living Colour representa  resistência, mas também um entretenimento de suprema qualidade e rock visceral, daquele tipo de cura a alma e engrandece o ser humano. São poucos discos, mas é uma banda cada vez mais necessária.

Saiba os horarios das atrações do Knotfest

Do site Roqye Reverso

Os organizadores do Knotfest Brasil anunciaram os horários dos shows da edição de 2024. O festival, que tem o Slipknot como banda curadora e headliner nos dois dias de realização, acontecerá em São Paulo, nos dias 19 e 20 de outubro, no Allianz Parque, a Arena do Palmeiras.

O evento de 2024 terá dois palcos nos dois dias de realização na capital paulista: o Maggot Stage e o Knotstage.

Os portões serão abertos para o público em geral às 11 horas da manhã. Que comprou ingressos de pacote vip poderá entrar 15 minutos antes do horário oficial, no que a organização chamou de “Early Entry”.

O headliner Slipknot vai se apresentar nos dois dias às 21h05.

No sábado, o grupo trará um repertório em comemoração aos seus 25 anos de sua história. No domingo, a banda tocará seu álbum de estreia, conforme a mais recente confirmação dos organizadores.

Antes do headliner, conforme pode ser conferida na imagem que acompanha este texto (clique para ampliar), uma maratona de shows nacionais e internacionais será vista na Arena do Palmeiras, com alternância de palcos.

Horários de sábado do Knotfest

No sábado, o primeiro show do dia será às 12h30 com a banda brasileira Eskröta no Maggot Stage.

Na sequência, a programação por horário e palco será a seguinte: 13 horas (Orbit Culture no Knotstage); 14 horas (Kryour no Maggot Stage; 14h30 (DragonForce no Knotstage); 15h30 (Eminence no Maggot Stage); 16 horas (Meshuggah no Knotstage); 17 horas (Project46 no Maggot Stage; 17h30 (Amon Amarth no Knotstage; 18h40 (Krisiun no Maggot Stage); 19h10 (Mudvayne no Knotstage; 20h20 (Ratos de Porão no Maggot Stage); e às 21h05 (Slipknot no Knotstage).

Horários do domingo do Knotfest

No domingo, o primeiro show do dia será às 12h30 com a banda brasileira The Mönic no Maggot Stage.

Na sequência, a programação por horário e palco será a seguinte: 13 horas (Poppy no Knotstage); 14 horas (Papangu no Maggot Stage; 14h30 (P.O.D. no Knotstage); 15h30 (Korzus no Maggot Stage); 16 horas (Babymetal no Knotstage); 17 horas (Seven Hours After Violet no Maggot Stage; 17h30 (Till Lindemann no Knotstage; 18h40 (Ego Kill Talent no Maggot Stage); 19h10 (Bad Omens no Knotstage; 20h20 (Black Pantera no Maggot Stage); e às 21h05 (Slipknot no Knotstage).

Ingressos

As vendas gerais de ingressos para o festival começaram fevereiro, no site Eventim.

Os valores por setor desde então são os seguintes: Pista – R$ 395 (meia-entrada legal) | R$ 474 (entrada social) | R$ 790 (inteira); Cadeira Inferior – R$ 345 (meia-entrada legal) | R$ 414 (entrada social) | R$ 690 (inteira); Cadeira Superior – R$ 245 (meia-entrada legal) | R$ 294 (entrada social) | R$ 490 (inteira); VIP Package I – Unsainted Knotfest – R$ 4.595 (meia-entrada legal) | R$ 4.674 (entrada social) | R$ 4.990 (inteira); e VIP Package II – Maggot Knotfest – R$ 1.595 (meia-entrada legal) | R$ 1.674 (entrada social) | R$ 1.990 (inteira).

Retorno após primeira edição e cancelamento

Em 2022, depois de adiamentos gerados pela fase crítica da pandemia de covid-19, o Knotfest foi realizado pela primeira vez no Brasil em dezembro, com ingressos esgotados, no Sambódromo do Anhembi, em um único dia.

Na ocasião, o line-up foi formado pelo headliner Slipknot, além das bandas Judas Priest, Pantera, Bring Me The Horizon, Sepultura, Trivium, Mr Bungle e Black Pantera.

Com cobertura especial do Roque Reverso, o Knotfest Brasil 2022 gerou grandes e marcantes momentos ao público presente, especialmente pela qualidade dos shows, que eram o ponto central do festival, a despeito das demais atrações além da música.

Em 2023 a edição que aconteceria novamente em São Paulo foi cancelada. Havia grande expectativa para a vinda de outras bandas. Korn e Evanescence chegaram a ser citados como nomes prováveis, mas nunca foram oficialmente confirmados oficialmente pelos organizadores, que anunciaram o cancelamento do evento em julho do ano passado.

Os organizadores prometeram, no entanto, que haveria uma edição em 2024. Em janeiro deste ano, os primeiros detalhes foram anunciados.

Paul McCartney e o nosso tempo: uma vioagem maravilhosa pelo mundo da arte


Magnus Craven - especial para o Combate Rock

Viajar no tempo é algo sensacional que só é possível meio da música. É fascinante, especialmente quando lendas pisam nos palcos. Foi assim no ano passado, em Sõ Paulo, com Buddy Guy, e neste ano, com as vindas de Eric Clapton e Paul McCartney.

 

Um show do ex-beatle não tem como dar errado. A quantidade de hits e músicas maravilhosas é tão ghrande e variada que podemos ficar dias sentado na arquibancada curtindo todas elas. E teve até cois nova em São Paulo, a versão de “Now and Then”, creditada aos Beatles, em versão colaborativa com os quatro integrantes – com sobras de gravações dos falecidos John Lennon e Goerge Harrison.

 

Foram dois dias espetaculares no Allianz Patque, sem chuva, mas com trânsito imenso para atrar as duas apresentações. Nada que atravessasse o bom humor da imensa plateia. Boa parte esteve nos shows do ano passado, e sabia de cor a ordem das músicas e até as falar simpáticas do músico. Ele já virou figura carimbada ma cidade.

McCartney faz a música do nosso tempo – e de todos os tempos. Resgata os Beatles com maestria e colore nossas vidas com seus clássicos setentistas que embalam trajetórias de décadas. Quase três horas de show, 37 ,[usicas e Paul parecia querer mais aos 82 anos de idade.

 

Como e bom escutar “Can’t Buy Me Love” com toda a sua ingenuidade e inocência da primeira fase dos Beatles, da mesma forma que é lindo ver, ao vivo, o músico dedicar “here Today” ao parceiro Lennon, parceiro de toda uma vida. E teve uma homenagem a George Harrison, inusitada, “in Spite of All Danger”, dos primórdios dos Beatles, uma rara parceria dele com o amigo morto.

 

E a psicodelia apareceu com “Getting Better”, do mágico “Sgt, Pepepr’s Lonely Hearts Club Bamd”, em versão animada, para ser complementada Poe clásicos como “Got to Get Into My Life”, “all Um Loving”, “Lady Maonna”, “Ob-la-di Ob-la-da”, “Something (outra homenagem a Harrison(...

 

Da carreira solo, não há como não se arepiar com “Let Me roll It” “Let Me in “, “Coming Up” e a baladaça romântica “Maybe I’m Azazing”, apaz de derreter corações endurecidos e nos levar de volta a outras vidas.  E ainda eve “Band on the Run”, “Hey Jude”,  “I’ve Got a Feeling” e a parte final do disco “Abbey Road”.

 

É o maior show do mundo? É. Kiss que me perdoe, mas McCartney é o senhor do mundo do rock e do pop, melodista implacável e letrista extraordinário. Quando será que ele volta ao Brasil?


quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Martin Scorcese revisita o tempo em que os Beatles ainda eram inocentes

 Er uma vez quatro rapazes muito famosos que não podiam sair de seus quartos de hotel e eram perseguidos por hordas dde meninas ensandecias querendo um pedaço de seus ídolos. Nunca houve nada parecido na historia da humanidade.

Os Beatles acreditavam mesmo, na época, que eram mais famosos que eram mais famosos que Jesus Cristo, como John Lennon diria anos depois em uma desastrada entrevista.

Naquele festivo ano dde 1964, havia um pouco de inocência no ar, mas já se sabia que os quatro músicos de Liverpool, na Inglaterra, tinham mudado para sempre a história da arte e do mundo ocidental.

É esse ambiente artístico, sociológico e antropológico que o cineasta resolveu retratar em sua mais recente produção, "Beatles '63", um documentário que mostra o fenômeno do entretenimento e que o analisa com propriedade. 

O foco principal do filme é a chegada histórica no aeroporto John Kennedy, em Nova York, em fevereiro de 1964e a icônica apresentação no Ed Sullivan Show, assistida por mais de 73 milhões de pessoas. Com imagens inéditas, estará disponível no canal Disney+ em 29 de novembro.

Produzido por Martin Scorcese, o filme tema direção de David Tedeschi, que conseguiu fazer entrevistas exclusivas com Paul McCartney e Ringo Starr, os beatles ainda vivos, q revelaram histórias inéditas da primeira passagem da banda pelos Estados Unidos;

Depois da overdose de imagens e análises sobre os últimos suspiros da banda com os documentários "get Back", de Peter Jackson, e "let It Be", de Michael Lindsay-Hogg, chegou a hora de rir bastante e se emocionar com o auge dos Beatles, quando a popularidade deles atingiu níveis impensáveis e inacrediáveis.

Mudhoney volta ao Brasil em março de 2025

Do site Roque Reverso

A banda Mudhoney voltará ao Brasil no primeiro trimestre de 2025 para shows em três capitais brasileiras. O grupo norte-americano considerado um dos maiores representantes da cena grunge dos Anos 1990 vai tocar em março nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

O show de São Paulo acontece em uma sexta-feira, no 21 de março no Cine Joia. A apresentação no Rio será no dia 22 no Circo Voador. Em Belo Horizonte, o grupo vai tocar na Autêntica, no dia 23 de março.

As apresentações no Brasil fazem parte da turnê pela América do Sul que ainda conta com uma apresentação em Buenos Aires, na Argentina.

Os ingressos para o show em São Paulo tem o site da Fastix como local de venda.

Para o show do Rio, o local escolhido para as vendas online é o site da Eventim.

Quanto ao show em Belo Horizonte, as entradas estão sendo vendidas no site da Sympla.

The Pretenders é confirmado como atração do C6 Fest 2025

 Do site Roqye Reverso

O veterano grupo The Pretenders foi confirmado nesta quinta-feira, 10 de outubro, como uma das atrações do C6 Fest 2025. A banda, liderada pela vocalista e guitarrista Chrissie Hynde, é a segunda atração do festival paulistano previsto para acontecer no primeiro semestre do ano que vem.

A primeira atração, anunciada no fim de setembro, foi o duo francês Air, que tocará o álbum “Moon Safari” na íntegra, conforme os organizadores.

No caso do Pretenders, a banda deve tocar, além dos clássicos do rock da carreira, o faixas do álbum mais recente, “Relentless”, de 2023.

O C6 Fest 2025 está marcado para os dias entre 22 e 25 de maio no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Serão quatro noites de shows, sendo as duas primeiras reservadas exclusivamente aos shows de jazz e suas vertentes, no Auditório Ibirapuera, enquanto o sábado e domingo serão realizados em palcos da área externa do parque.

Até o momento, não foram divulgados os valores dos ingressos, datas de venda e outros nomes do festival.

The Cure lança a música ‘A Fragile Thing’

 Do site Roque Reverso

A banda The Cure trouxe para os fãs mais uma amostra do seu disco previsto para o último bimestre de 2024. “A Fragile Thing” é o nome da música, que chegou para audição no dia 9 de outubro.

É a segunda faixa disponibilizada do álbum “Songs Of A Lost World”, que será lançado oficialmente no dia 1° de novembro e romperá um hiato de 16 anos sem um novo disco de estúdio do grupo.

A primeira amostra do disco havia sido “Alone”, que chegou para os fãs no começo de outubro. 
O álbum mais recente de estúdio da banda foi “4:13 Dream”, de 2008.

“Songs Of A Lost World” foi escrito e arranjado pelo vocalista e guitarrista, Robert Smith. E produzido e mixado por Robert Smith e Paul Corkett.

Robert Smith ainda criou o conceito da capa e Andy Vella, velho colaborador do Cure, cuidou da arte e do design do álbum. A arte da capa apresenta “Bagatelle”, uma escultura de 1975 de Janez Pirnat.

https://youtu.be/V7sZlKuh8gA

Dream Theater libera clipe da música ‘Night Terror’ e anuncia primeiro álbum

Do site roque Reverso

O Dream Theater fez a alegria dos fãs entre a quarta-feira, 9 de outubro, e a quinta-feira, 10, quando trouxe novidades relacionadas ao seu próximo álbum de estúdio. A banda norte-americana de heavy metal progressivo anunciou o seu novo disco “Parasomnia” e já trouxe uma amostra com clipe: a música “Night Terror”.

O novo álbum, cuja capa elaborada por Hugh Syme acompanha este texto, será lançado oficialmente no dia 7 de fevereiro de 2025.

Será o 16° disco de estúdio do Dream Theater e o primeiro depois da volta do baterista Mike Portnoy e o retorno do grupo para a sua formação clássica.

O clipe da música “Night Terror”, que conta com mais de 10 minutos de duração, tem direção de Mike Leonard.

Serão oito músicas no total, sendo que a última do disco, “The Shadow Man Incident”, tem mais de 19 minutos de duração!

Para o fã brasileiro, o anúncio do novo álbum e o lançamento do clipe se somam à expectativa da turnê de 40 anos que o Dream Theater passará pelo Brasil ainda em 2024, em dezembro.

O grupo tocará em 5 capitais do País: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

As apresentações, que terão duração de aproximadamente 3 horas, tambem marcam o retorno de Mike Portnoy com a banda ao País.

https://youtu.be/2IPT60hvGw4

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Jon Amderson x Steve Howe: a discórdia sem fim no Yes

 

Jon Anderson e Chris Squire se encontraram em um pub em 197 e logo ficaram amigos. Demoraram meses para formatar o Yes, um grupo que pretendia ser pop e sofisticado misturando psicodelia e o mais puro som dos Beatles; A versão da banda para “Every Little Thing”, do álbum “Beatles For Sale”, é ótima.

 

Em 1970, Steve Howe entra no lugar do guitarrista Peter Banks e começa a definir o som do Yes, ao lado de Rick Wakeman, que entra no lugar de Tony Kaye.  Os quatro mais os bateristas Bill Bruford (que sai em 1972)  e Alan White fazem parte do auge do grupo, que va até 1978.

 

Anderson sai em carreira solo e a banda acaba em 1980 depois do incompreendido álbum “Drama”, om o produtor Trevor Horn nos vocais. Squire e White quase formam uma banda com Jimmy Page em 1981, mas decidem no final desse mesmo ano criar o Cinema ai lado de Tony Kaye, outro ex-Yes, e o jovem guitarrista sul-africano Trevor Rabin, que seria ta,bem o vocalista.

 

Dirante as gravações do prieiro disco, em 1982, Jon Anderson visita o estúdio em Los Angeles para visitar Squire e White. Fica encantado com o que ouve do Cinema e convence os dois amigos e que ele deveria participar. Mais ainda: insiste para recuperar o nome Yes. A ideia e aceita, a banda volta com um som totalmente diferente, mais moderno e pop, lançando em 1983 o megassucesso  “90125”, que tem o hit “Owner of a Lonely Heart”

 

Howe, por sua vez, ajudou a criar o Asia com John Wetton (baixo e vocais, ex-King Crimson), Geoff Downes (teclados, ex-Buggles e Yes) e Carl Palmer (bateria, ex-Emerson, Lake and Palmer), uma banda de rock progressivo com um som mais acessível – um sucesso um imenso. Entretanto, fica magoado por não ter sido chamado para a volta do Ys e culpa Anderson or isso, embora até hoje não se saiba o porquê desse pensamento.

 

Novos desavenças fazem o cantor sair pela segunda vê do Yes em 1987. Em meio à carreira solo, atende a um convite de produtores para “recriar o velho e bom Yes dos anos 70”, o “verdadeiro Yes”; Rick Wakeman e Bill Bruford aceitam, assim como, surpreendentemente, Steve Home.

 

Com o baixista Tony Levin (King Crimson, Peter Gabriel), gravam um álbum queria lançado, na cara de pau, com o nome Yes. Crhsi Squire não gostou – era o dono da marca e, ainda por cima, ainda existia um Yes em atividade, apesar da saída de Anderson. O jeito foi improvisar e nomear o projeto coo Anderson, Bruford, Wakeman and Howe, que intitulou o álbum de 1989.

 

Um segundo álbum seria produzido em 1990, mas o empresário do Yes, com apoio de Squire, faz a proposta: juntar as duas bandas sob o nome Ues em um álbum chamado “Union”, com oito integrantes, todos com passagens pela banda. Os materiais que estavam sendo produzidos foram juntados em um álbum de mesmo nome lanlado em 1991, com a turnê americana seguinte com oito músicos.

 

Ao final desse projeto, o Yes retoma a formação de “90125” com a permanência de Anderson. Trevor Rabin sai em 1994 para se dedicar a trilhas sonoras para o cinema e Steve Howe deixa o Asia para voltar ao Yes, que também tem um entra-e-sai de Rick Wakeman ao longo dos próximos dez anos.

 

Depois de longas férias de três anos, o Yes se reúne em 2007 para planejar e iniciar a turnê de 50 anos de criação do conjunto, mas os atritos entre os membros, antes localizados nos dez anos anteriores,ficam mais latentes, sobretudo entre Howe e Andersom – e seus respectivos empresários.

 

Às vésperas do início da turnê, Jon Anderson fica doente, com sérios problemas ulmonares, entre outros males. Quase morre, mas ainda assim Squire e Howe decidem que a turnê não pode ser cancelada e contratam um cantor canadense de banda cover do próprio Yes.

 

A gravidade do estado de saúde de Anderson decreta a sua demissão sumária e a efetivação do substituto, Benoit David. Indignado, Rick Wakeman abandona o grupo, por ironia do destino, é substituído temporariamente por seu filho mais velho, Oliver, até que Geoff Diwnes retorna para o posto.

 

Jon Anderson se recupera e lança dois álbuns em dupla com Wakeman nos anos seguintes e retoma a carreira solo. Nas entrevistas, evita criticar os ex-amigos, mas não deixa de revelar o ressentimento. Ensaia um movimento de paz quando da morte de Chris Squire, em 2015, mas não tem sucesso> Howe assume a liderança do Yes e revela que a banda seguiria sem Anderson e Wakeman, e com novo vocalista, Jon Davison, que substituiu um doente David anos antes.

 

Um breve armistício ocorreu em 2019, quando o Yes entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Com Geddy Lee, do Rush, no baixo, Jon Anderson, Rick Wakeman e Trevor Rabin subiram ao palco para serem homenageados com a formação da banda à época e tocaram duas músicas juntos.

 

Parecia tudo civilizado, mas três dias depois da cerimônia Anderson, Wakeman e Rabin anunciaram, que estavam se juntando em uma “verdadeira versão do Yes”. Em princípio o nme seria ARW, as iniciais dos sobrenomes deles, mas então decidem afrontar Howe mudando o nome para Yes featuring Amderson, Rabin and Wakeman. Fazem alguns shows, mas nada além disso,

 

Os últimos lances da intriga ocorreram em 2023. O cantor declarou em entrevistas que imaginava, ao menos uma última vz, subir ao palco com o Yes para um concerto final. Howe esperou alguns meses para rebater, em uma entrevista, que “amava Jon Anderson, mas que não via a menor possibilidade de voltar a tcar juntos”.

 

 

Yes x Yes: mesmo sem criatividade, John Anderson supera Steve Howe em novo CD


 Dois músicos e altíssimo calibre que foram companheiros em uma grande banda se tornam rivais e desafetos prontos para duelar em público... mas de forma civilizada e educada, sempre mantendo as aparências.

 

As desavenças e disputas pelo nome da banda Yes se acirraram a parir de 2008, quando o vocalista Jon Anderson ficou doente e acabou sumariamente demitido e trocado por Benoit David, um cantor canadense de uma banda cover do próprio Yes.

 

A medida teve o apoio do guitarrista Steve Howe e do baixista Chris Squire, o dono da marca. Quando este último morreu, em 2015, as disputas se intensificaram. Desde então Howe e Anderson torçam farpas pela imprensa, mas de forma polida e sem agressões. Agora a  contenda chega ao mercado em forma de álbuns solo em lançamentos quase simultâneos enquanto Howe mantém o Yes em férias.

 

“true” é o surpreendente álbum novo de Jon Anderson, que completou 80 anos recentemente, Tanto na carreira solo como nas colaborações com Rick Wakeman (tecladista), Jean-Luc Ponty (violinista), Vabelis (tecladista), Roine Stolt (guitarrista), entre outros, o cantor se notabilizou por um viés mais reflexivo e new age. Desta vez, porre,. Caiu de cabeça no rock.

 

De forma proposital, formou uma banda, a Band Geeks, para acompanhá-lo no estúdio e ao vivo que emula de forma categórica o som de sua antiga banda. Anderson mandou que seus colaboradores recriassem timbre por timbre característicos da banda nos anos 70, e o resultado ficou impressionante. A guitarra de Howe e o baixo de Squire parecem ter saído diretamente das sessões de “Fragile”, clássico do Yes de 1971.

 

Com profusão de letras que abusam do tom de auto-ajuda e de psicologia positiva, Anderson comete um álbum agradável de ouvir, mas com cheiro de naftalina e zero novidade. Exceto por algumas colaborações com Rick Wakeman, amigo e ex-companheiro de Yes, o cantor sempre procurou se afastar do rock progressivo que o consagrou, preferindo um som mais calcado no folk inglês e na world music. A recaída soa bastante estranha.

 

“Time Messenger” e “Shine On”, os primeiros singles, são as melhores canções com todo aquele clima setentista embalado por mensagens positivas e de alto astral, quando não religiosas e reflexivas, como na auto-explicativa “Thank God”. Os fanáticos pelo Yes vão se deliciar.

 

Sreve Howe, por sua vez, retoma a sua série de trabalhos instrumentais em “Guitarscape”, só qu desta vez cim uma roupagem mais crua e simples, sem arroubos de produção. Seu estilo limpo e claro de tocar às vezes fica soterrado por um teclado não muito dinâmico, mas não chega a complicar  as coisas. O problema é que os temas, desta vez, são fracos. O mestre da guitarra parece terficado sem inspiração.

 

A comparação com a série de Cds “Homebrew” escancara essa pobreza de criatividade, que fica mais evidente com a decisão de afotar uma produção bastante acanhada, que deixou os temas com cara de “fita demo”, quando as canções estão despidas de arranjos para servir apenas como demonstração para os músicos da banda e produtor.

 

Do conjunto decepcionante de 14 canções, salvam-se apenas a fluida “Equinox”, a agitada “Touch the Surface” e a interessante “Secret Mission” com seu solo bem elanorado e faiscante. Muito pouco para um dos grandes guitarristas do nosso tempo.




 

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Em eloquente álbum acústico, Angra reafiema qu é uma banda magistral

 Desde que a MTV popularizou o retorno dos chamados shows e álbuns acústicos, nos anos 90, os artistas optaram por dois formatos ao mergulhar nos projeto: aquele em que menos é mais e o outro, em que mais é muito mais Kiss, Queensryche, Paul McCartney e Nirvana optaram apenas pelos músicos das formações de suas bandas, enquanto outros chamaram integrantes adicionais e orquestras.

 

Recentemente, duas bandas importantes lançaram álbuns acústicos magistrais em formatos opostos, mas com resultado ótimos. O Dr. Sin foi econômico, chamando um violonista adicional  e três convidados especiais . O Angra, por sua vez, não abriu mão de uma orquestra para dar mis imponência a um repertório imponente por si só.

 

“Angra – Acoustic Live at Ópera de Arame” chega agora o mercado em lançamento primoroso da Voice Music, disponível em box CD duplo e DVD, além de LP duplo gatefold colorido. Todo o material é do mais alto nível, bem caprichado e de acordo com o evento histórico que representa – não só pelo formato acústico em si, mas porque será o último lançamento oficial da banda por muito tempo, já que o quinteto anunciou que fará uma pausa por tempo indeterminado a partir d 2026.

 

Gravado em 2023, no icônico teatro Ópera de Arame, um dos cartões postais de Curitiba, o show marcou um momento especial na carreira da banda, com uma apresentação acústica que revisita sucessos de seus mais de trinta anos de estrada.


O show trouxe uma experiência sonora única, com a banda apresentando grandes clássicos em versões desplugadas, acompanhada por músicos convidados, como Davi Jardim no piano e Guga Machado na percussão, além de uma orquestra que engrandeceu o espetáculo. A produção visual e sonora foi cuidadosamente pensada para proporcionar uma experiência imersiva aos fãs, mostrando o Angra em um formato inovador e intimista.


Além dos integrantes da banda, a apresentação contou com participações especiais que enriqueceram ainda mais o espetáculo. Toni Garrido, vocalista do Cidade Negra, trouxe uma interpretação emocionante para “Late Redemption”, canção originalmente gravada com Milton Nascimento.

 

Os pontos altos, no entanto, ficaram por conta da presença de duas cantoras não tão conhecidas do público roqueiro brasileiro.  Vanessa Moreno, nome de peso da PB,  fez participações marcantes em “No Pain for the Dead” e na inédita “Here in the Now”

 

Já a veterana norte-americana Amanda Somerville emocionou o público com seu dueto com Fabio Lione na poderosa “Tears of Blood” e também na estonteante versão de “Wuthering Heights”, de Kate Bush, que fez sucesso com o Angra em seu álbum de estreia na voz de Andre Matos (1971-2019). Essa versão saiu apenas em single e vídeo avulso no YouTube. Amanda tem carreira solo e com a banda Trillium, além de ser uma produtora de voz conceituada na Holanda, onde está radicada, e na Alemanha.



O lançamento deste acústico é um marco para os fãs da banda e para colecionadores, oferecendo um registro visual e sonoro de uma noite memorável. Os formatos em CD + DVD e LP foram cuidadosamente produzidos para preservar a riqueza da performance acústica e permitir que os fãs revivam esse momento histórico em grande estilo.



O repertório mistura grandes hits da banda, como “Carry On”, com canções do mais recente disco, “Cycle of Pain”, possivelmente o melhor que a banda já lançou em 33 anos de carreira – certamente é o melhor com Lione nos vocais. “Here in the Now” e “ Tears of Blood”, por exemplo, são os pontos altos da apresentação acústica, no mesmo patamar das versões lindas de “Rebirth” e “Bleeding hart”.

 

Antes da parada, o Angra tem um longo caminho pela frente em uma turnê mundial de mais de um ano em que tocará na íntegra o álbum “Temple of Shadows", que esta completando 20 anos de seu lançamento. No entanto, o acústico não deixa de ser um belo epitáfio para a banda caso a paralisação das atividades se estenda or tempo demasiado longo.

 


CD – Angra – Acoustic Live at Ópera de Arame (2 Cds + Dvd Digipack)
Ano: 2024

Tracklist:

Disco 1
01. Nova Era
02. Make Believe
03. Storm of Emotions
04. Gentle Change
05. The Bottom of My Soul
06. Holy Land
07. No Pain for the Dead (feat. Vanessa Moreno)
08. Here in the Now (feat. Vanessa Moreno)
09. Reaching Horizons

Disco 2
10. Silence and Distance
11. Tears of Blood (feat. Amanda Somerville)
12. Rebirth
13. Bleeding Heart
14. Late Redemption (feat. Toni Garrido)
15. Carry On

DVD
01. Nova Era
02. Make Believe
03. Storm of Emotions
04. Gentle Change
05. The Bottom of My Soul
06. Holy Land
07. No Pain for the Dead (feat. Vanessa Moreno)
08. Here in the Now (feat. Vanessa Moreno)
09. Reaching Horizons
10. Silence and Distance
11. Tears of Blood (feat. Amanda Somerville)
12. Rebirth
13. Bleeding Heart
14. Late Redemption (feat. Toni Garrido)
15. Carry On

Link para compra
https://blackrockstore.com.br/produto/lp-angra-acustic-live-at-opera-de-arame-lp-duplo-gatefold-colorido-pre-venda-lancamento-11-10-2024/

LP – Angra – Acoustic Live at Ópera de Arame (LP Duplo Gatefold Colorido)
Ano:2024

Tracklist :

Disc 1 – Side A
01. Nova Era
02. Make Believe
03. Storm of Emotions
04. Gentle Change

Disc 1 – Side B
05. The Bottom of My Soul
06. Holy Land
07. No Pain for the Dead (feat. Vanessa Moreno)
08. Reaching Horizons

Disc 2 – Side C
09. Here in the Now (feat. Vanessa Moreno)
10. Silence and Distance
11. Tears of Blood (feat. Amanda Somerville)

Disc 2 – Side D
12. Rebirth
13. Bleeding Heart
14. Late Redemption (feat. Toni Garrido)
15. Carry On

domingo, 13 de outubro de 2024

Eric Clapton naufraga em álbum negaci0nista e sem inspiração

 

O guitarrista inglês Eric Clapton passou quase incólume pelos quatro shows que fez no Brasil no final de setembro. Com uma bandeira da Palestina na guitarra, teve de suportar judeus na plateia exibindo a bandeira de Israel e apoiando o Estado assassino e genocida comandado pelo criminoso primeiro-ministro Benyamin Netanyahu.

 

Curiosamente, ninguém usou questioná-lo, ne, com o mais leve protesto, por seu negacionistmo e postura antivacina.Pouparam o artista nos shows, mas estão detonando-o por conta do lançamento de seu álbum mais recente, “Meanwhile”, lançado enquanto ele estava no Brasil.

 

O álbum não e ruim só por conter mensagem negacionista e anicivilizatória. É um disco muito charo, previsível e sem a menor inspiração, não passando de uma colagem de singles lançados desde a pandemia. É uma colcha de retalhos feios e malfeitos, um amontoado de canções sem unidade e muito desigual.

 

Poderia ser uma obra que seria lembrada por conter uma das últimas gravações de Jeff Beck (1944-2023) – o clássico ‘Moon River” se tornou aqui uma peça sentimental do mais puro jazz -, mas está rotulada como um clássico do nonsense e da negação com as três canções que Clapton compôs e gravou com Van Morrison em protesto contra as medidas de distanciamento social determinadas pelas autoridades do Reino Unido durante a pandemia de covid-19.

 

Os dois se uniram para bradar contra a obrigatoriedade da vacinação. Não s osso, investiram contra os lockdowns e todas as medidas para conter a disseminação do vírus. Alegaram que estavam lutando pela liberdade de ir e vir e contra as regras que “causavam a demissão ea fome de milhares de músicos e trabalhadores”.

 

O maior lixo é “Stand and Deliver”, que expõe toda a desumanidade dos dois e a incapacidade de entender o que estava em jogo no momento mais agudo da pandemia. “Você quer ser um home livre ou escravo?”, vomitou o guitarrista em uma parte da letra nojenta. “This Has Gotta Stop” vai na mesma linha, envergonhando o rock e o colocando, até certo ponto, contra a civiliza~ção.

 

Só por isso é m álbum ruim. O restante do disco é uma coleção de musiquinhas pop com levadinhas reggae, como a insossa “One Woman”, comum e igual a muitas que Clapton compôs e gravou ao longo do tempo. Na mesma linha seguem as fracas “Heart of Child”, “You’ve Changed” e “Pompous Fool”.

 

Além de “moon River”, o destaque é “How Could We Know”, uma balada folk pop com vários convidados, entre eles o brasileiro Daniel Santiago, um do violonistas mais festejado nos Estados Unidos na atualidade e colaborador assíduo de Cçapton. Apesar da letra insinuar certa ingenuidade a respeito o que  pensa o inglês sobre a vida, é possível ouvi-la com outros ouvidos e entender Uma certa beleza agridoce. São as únicas canções boas em álbum dispensável marcado elo negacionismo.

Joe Bonamassa relança um de seus melhores álbuns com músicas adicionais

Sem conseguir ficar parado, o guitarrista norte-americano Jor Bonamassa decidiu revirar o baú e colocar no mercado uma verão diferente de um do seus melhores álbuns meses após lançar o disco ao vivo com orquestra “Live at the Hollywood Bowl”. 

 

“Differemt Shades of Blue (Overdrive)” traz três músicas a mais do qu a versão original de 2013 e consegue melhorar o que já tinha sido bom. Curiosamente, Bonamassa tinha deixado de fora músicas de boa qualidade que poderiam perfeitamente estar em qualquer outro de seus álbuns de estúdio.

 

Neste trabalho revisitado, Bonamassa reorientou sua trajetória para canções menos blueseiras e mais orientadas para o country e para uma vertente mais americana do cancioneiro pop. Juntou-se uma um grupo seleto de músicos e compositores de Nashville para uma rodada de trabalho – gente como  Jeffrey Steele, Gary Nicholson, James House, Jerry Flowers e Jonathan Cain.

Viajou a Las Vegas e gravou no Studio at the Palms com o produtor Kevin Shirley e uma sólida banda de músicos de estúdio, incluindo Reese Wynans (órgão, piano), Carmine Rojas (baixo), Michael Rhodes (baixo), Anton Fig (bateria, percussão), Lenny Castro (percussão), Lee Thornburg (trompete, trombone), Ron Dziubla (saxofone), a Bovaland Orchestra (cordas) e os backing vocals Doug Henthorn e Melanie Williams.

 

“Different Shades of Blue” seguiu a receita do bem-sucedido Driving Towards the Day Light”, com uma mistura bem equilibrada de blues e country music moderna, "Love Ain't a Love Song" é o grande detaque co sua pegada forte de rhythm and blues, mas tem oytras coisas saborosas, como o blues honky tonk pesado "Never Give All Your Heart" e "Trouble Town", uma fatia de blues de garagem movido a metais, são Bonamassa vintage, misturando todas as;

 

 O guitarrista resgata suas influências de Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton e Rory Gallagher,  Jimi Hendrix e Hank Garland, em sua própria voz para o blues, como na imponente “"Oh Beautiful!", que alterna entre vocais abafados e cortes, quebras de guitarra elétrica, uma espécie de versão do século XXI de Blind Willie Johnson.

 

 A faixa-título é a mais dramática e, provavelmente, a melhor, com seu riff musculoso e seu refrão bem construído, aqui mais uma vez com eco de Clapton e Vaughan. Das faixas adicionais, “Scarlet Town” é a mais comum, sem tantos atrativos em um blues mais reto. “Better the Devil You Know” é um blues rock acelerado e bem arranjado, com ótimo solo de guitarra, enquanto que “Black irish Eyes” flerta co o folk de forma magistral.


BBC lança importante coleção de gravações ao vivo de Rory Gallagher

 

Depois de redescobrir pérolas da banda The Faces escondidas em seus arquivos, agora a BBC se debruçou no trabalho do magnífico guitarrista irlandês Rory Gallagher (1948-1995). A emissora pública britânica, por meio do projeto “BBC Collection” , acaba de lançar o álbum duplo “The Best of Rory Gallagher at the BBC”.

 

Vulcão sonoro em formato de guitarrista, Gallagher abraçou o blues de uma forma nunca vista e o misturou com suas tradições folk. O resultado é uma miscelânea de canções rústicas, agressivas e desesperadas, mas ao mesmo tempo belas e com soluções harmônicas bem diferentes.

 

Natural de Cork, no interior da Irlanda, incorporou toda uma base folk no modo de dedilhar o violão. Aprimorou sua técnica em diversas sessões musicais na capital, Dublin, onde formou o trio Taste no fim dos ano 60. Com a guitarra em punho, chamou a atenção a partir de 1969 e, em carreira solo , explodiu em 1971, lançando uma sequência de seis álbuns de estúdio e dois ao vivo até 1977 que se tornaram referência em todos o sentios
Esse lançamento celebra a importância do artista Rory Gallagher, que foi possivelmente o músico mais gravado da década de 1970 pela BBC. Se fosse possível resumir uma trajetória tão rica e fascinante e dois CDs ao vivo, essa coleção chegaria perto da perfeição ao mostrar o instrumentista em sua melhor forma, principalmente nas performances entre 1972 e 1974, dando um show de carisma e interpretação.

Sua técnica e versatilidade são surpreendentes e revelam u artista inquieto, inconformado e que faz do blues áspero e ríspido uma declaração altamente política com potencial explosivo e intimidador, para não falar de seu alto impacto.

 

Gallagher explodiu e ganhou o mundo em um momento em que a questão irlandesa tinha ressurgido depois da extrema violência que dominou o país no início d século XX e processo que resultou na independência do país em relação ao Reino Unido em 1922. A partir de 1967, grupos terroristas ressurgiram para tentar à força a reunificação da ilha – a parte norte da ilha, de maioria protestante, permaneceu vinculada ao Reino Unido.

 

Então o maior nome da música irlandesa ao lado da banda Thin Lizzy, Rory Gallagher atuou como um catalisador da arte contra a violência política e desafiou as forças repressivas britânicas e os terroristas do Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês). Ignorando a ameaças, lotou casas de shows em Belfast, o centro da violência, na Irlanda do Norte, em Dublin, em Cork e por toda a Inglaterra.

 

A grande maioria de seus concertos no período entre 1971 e 1975 foi registrado pela BBC, o que torna esse lançamento, além de sua inigualável qualidade musical, um importante documento histórico sobre um personagem riquíssimo do rock e o blues.



CD1:

1. Cradle Rock (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1973) (5:53)
2. Back On My Stompin’ Ground (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1974) (4:58)
3. I Wonder Who (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1974) (8:15)
4. Continental Op (Live On BBC Radio 2 “Paul Jones Blues Show” / 1986) (4:47)
5. Tattoo’d Lady (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1973) (4:06)
6. Used To Be (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1971) (4:46)
7. Banker’s Blues (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1973) (4:11)
8. Can’t Be Satisfied (Live On BBC Radio 1 / 1984) (4:19)
9. I Could’ve Had Religion (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1972) (7:48)
10. Walk On Hot Coals (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1973) (7:53)
11. Messin’ With The Kid (Live On BBC “Sounds Of The Seventies” / 1972) (5:52)

CD2:

1. Shinkicker (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (4:01)
2. Last Of The Independents (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (6:24)
3. Keychain (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (4:56)
4. Follow Me (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (5:34)
5. Bought And Sold (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (5:55)
6. Wayward Child (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (4:07)
7. Mississippi Sheiks (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (5:27)
8. Out On The Western Plain (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (4:34)
9. As The Crow Flies (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (4:10)
10. Do You Read Me? (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (6:30)
11. Philby (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (3:53)
12. Hellcat (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (5:09)
13. Cruise On Out (BBC In Concert / Live At The Venue, UK / 20 September 1979) (6:18)

Nova caixa aborda ps últimos trabalhos de jimi Hendrix no Electric Ladyland Studios

É como se estivéssemos rememorando a construção da “casa de Deus”, disse certa vez um documentarista que contava a história dos estúdios Electric Ladyland, de Jimi Henrdrix, em Nova York, que foi a c asado guitarrista na arte final de sua carreira .

 

A habitação divina está sendo revisitada novamente em um combo que envolve vídeo e áudio no projeto “Electric Lady Studios: A Jimi Hendrix Vision” que acrescenta mais detalhes sobre o processo de construção da “casa” de Hendrix e do conceito que norteou a sua elaboração. É mais uma obra fundamental para entender o mundo maravilhoso do instrumentista.

 

A caixa com três CDs que integra o projeto conseguiu a proeza de conter material inédito nunca antes divulgado, nem mesmo pelos CDs e LPs “piratas” (bootlegs) que sempre inundaram o mercado desde a morte de Hendrix, em setembro de 1970.

 

 Parte do material até então não conhecido foi registrado por Hendrix ao lado de uma nova formação da Jimi Hendrix Experience (Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell na bateria) no Electric Lady Studios, em  Manhattan, entre junho e agosto de 1970, pouco antes da morte prematura do músico no mês seguinte.

Essas sessões viram Hendrix trabalhando duro na criação que ficariam conhecidas posteriormente no álbum póstumo “First Rays Of The New Rising Sun”, cujo planejamento inicial era um ambicioso álbum duplo em sequência a “Electric Ladyland”,  de 1968

 

A nova caixa oferece uma visão abrangente do trabalho que Hendrix empreendeu durante aquele verão de 1970.  Acompanhando o documentário e ouvindo as gravações recém-descobertas, é possível imaginar como era o método de trabalho e composição de Jimi Hendrix – nada caótico e aleatório, como se convencionou publicar em vários livros e reportagens apressadas e descuidadas.

 

Há coisas diferentes e instigante como os arranjos alternativos de novas músicas como “Come Down Hard On Me” e “Belly Button”. Há uma versão inédita de “Angel” que foi recentemente mixada. Ela inclui as performances originais gravadas por Hendrix, Mitchell e Cox em 23 de julho de 1970 e, claramente, não inclui nenhuma bateria e elementos de percussão adicionais que Mitchell optou por adicionar a esta tomada master após a morte de Hendrix.

 

A cada nova descoberta, Jimi Hedrix fica maior e mais gênio. Partido do pressuposto de que ele não era deste planeta, assim como Miles Davi e alguns outros iluminados, então  temos de decretar que a audição dessa nova caixa é obrigatória e fundamental, assim como ver o documentário deste projeto.

 

CD1
1. Ezy Ryder (3:46)
2. Valleys of Neptune (3:46)
3. Straight Ahead (Takes 1 & 2) (6:13)
4. Drifter’s Escape (Takes 1 & 2) (3:19)
5. Astro Man (Takes 9 & 10) (2:52)
6. Astro Man (Take 14) (8:35)
7. Drifting (Takes 1 & 2) (4:21)
8. Night Bird Flying (Take 25) (2:36)
9. Farther Up the Road (1:46)
10. The Long Medley: Astro Man / Beginnings / Hey Baby (New Rising Sun) / Midnight Lightning (Keep On Groovin’) / Freedom (26:23)

CD2
1. Earth Blues (Alternate Mix) (4:22)
2. Dolly Dagger (Takes 17 & 18) (3:26)
3. Angel (Take 7) (4:28)
4. Beginnings (Take 5) (5:27)
5. Lover Man (2:59)
6. Tune X / Just Came In (Take 6) (4:27)
7. Heaven Has No Sorrow (Demo) (4:47)
8. Freedom (Take 4) (4:00)
9. Valleys of Neptune (Demo) (4:45)
10. Come Down Hard On Me (Take 15) (3:44)
11. Dolly Dagger (Alternate Version) (4:02)
12. Messing Around (Take 17) (1:37)
13. Tune X / Just Came In (Take 8) (7:49)
14. Drifting (Alternate Version / June 29, 1970) (3:59)
15. Freedom (Alternate Version / July 19, 1970) (3:53)
16. Belly Button Window (Take 1) (5:09)

CD3
1. Dolly Dagger (Mix 2) (4:20)
2. Night Bird Flying (Alternate Version) (3:54)
3. Freedom (Alternate Version / August 20, 1970) (3:27)
4. Midnight Lightning / Beginnings (9:30)
5. Straight Ahead (Alternate Mix) (4:38)
6. In From the Storm (Alternate Mix) (3:29)
7. Bolero / Hey Baby (New Rising Sun) (11:58)
8. Drifter’s Escape (3:09)
9. Astro Man (Alternate Version) (3:48)
10. Bleeding Heart (Alternate Mix) (3:08)
11. Drifting (Alternate Version / November 20, 1970) (2:40)
12. Room Full of Mirrors (Alternative Version) (3:01)
13. Angel (Alternative Version) (4:29)

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Spmbrio e pesado, Luciffer cativa e brilha em São Paulo

Flavio Leonel - do site Roque Reverso

A banda Lucifer voltou a São Paulo para show realizado no Fabrique Club no domingo, 6 de outubro. Com a casa abarrotada de fãs dedicados, o grupo liderado pela vocalista alemã Johanna Sadonis e pelo baterista sueco Nicke Andersson (vocalista do The Hellacopters) trouxe uma apresentação coesa, marcante e candidata a melhor show de rock do ano na capital paulista.

Cada vez mais cultuado na cena do rock pesado a cada novo álbum lançado, o Lucifer retornou ao Brasil pela turnê de divulgação do disco “Lucifer V” que chegou aos fãs em janeiro de 2024.

A parte latino-americana da Satanic Panic Tour passou no dia anterior no Rio de Janeiro e também contou com data marcada em Belo Horizonte no dia 8 de outubro. Além dos 3 shows no Brasil, o grupo passou antes por Buenos Aires (Argentina) e Santiago (Chile) e tem apresentações na sequência confirmadas para Bogotá (Colômbia), Monterrey e Cidade do México (México), além de San José, na Costa Rica.

Show do Destruction na mesma data

Os amantes da boa música pesada tiveram que passar por uma difícil escolha no domingo em São Paulo. Tudo porque, além da apresentação do Lucifer no Fabrique Club, havia uma outra opção excelente na mesma cidade e a poucos quilômetros da Barra Funda.

No bairro de Pinheiros, nada menos que o veterano grupo Destruction tocou na mesma noite no Carioca Club. Além do show fazer parte da turnê comemorativa de 40 anos da banda alemã de thrash metal, haveria a gravação de um videoclipe com os fãs brasileiros.

No fim, prevaleceu por parte da reportagem do Roque Reverso a opção de assistir ao show do grupo mais novo, o Lucifer, que vem sendo apontado como “sensação” do underground, mas com um potencial para atrair fãs de outras correntes musicais, algo importante para o rock numa época na qual o estilo está longe de ser popular entre as gerações mais novas.

O grande show do Lucifer

A apresentação do Lucifer começou, como estava previsto, por volta das 20h30 do domingo. De maneira pesada e impactante, a banda tocou de início a música “Crucifix (I Burn for You)”, do álbum “Lucifer IV”, de 2021.

Logo de cara, o entrosamento da banda e o peso ao vivo chamaram a atenção de maneira altamente positiva.

Influências musicais geralmente citadas por integrantes do grupo, como Black Sabbath, Deep Purple, Blue Öyster Cult e Heart, são facilmente perceptíveis e condensadas num som encorpado e moderno, apesar das claras referências setentistas.

Do álbum “Lucifer III”, o grupo toca logo em seguida as faixas “Ghosts” e “Midnight Phantom”, para encanto da plateia, totalmente vidrada na performance dos músicos.

Além de Johanna Sadonis e Nicke Andersson, os demais membros da banda mostram entrosamento e técnica musical que justificam o sucesso de crítica e público dentro do rock pesado.

Os suecos Martin Nordin (guitarra), Linus Björklund (guitarra) e Harald Göthblad (baixo) trazem o peso necessário para que o som do grupo, uma mistura de hard rock, doom metal e occult rock, caia de maneira satisfatória nos ouvidos dos fãs.

Set list

Crucifix (I Burn for You)
Ghosts
Midnight Phantom
Dreamer
A Coffin Has No Silver Lining
Wild Hearses
Fallen Angel
At the Mortuary
The Dead Don’t Speak
Slow Dance in a Crypt
Bring Me His Head

I Want You (She’s So Heavy)
Maculate Heart
California Son
Reaper on Your Heels

https://youtu.be/Dz8H99ZOYww

https://youtu.be/bWEG8C3oLgU

https://youtu.be/vvJK9hT9gEw

Slipknot tocará álbum de estreia em 1 das datas do festival no Brasil

 Do site Roque Reverso

A organização do Knotfest Brasil voltou a informar na sexta-feira, 4 de outubro, que o Slipknot tocará seu álbum de estreia em um das duas datas que se apresentará no festival que será realizado em São Paulo, nos dias 19 e 20 de outubro, no Allianz Parque, a Arena do Palmeiras. A informação difere da divulgada, em julho, quando os organizadores haviam informado e colocado até em cartaz, que o domingo, dia 20, teria um show especial com repertório do álbum “Iowa”, o segundo da carreira e um dos mais aclamados da banda norte-americana.

Curador e nome principal do evento, o Slipknot fará dois shows distintos. No sábado, dia 19, o grupo como headliner apresentará um repertório em comemoração aos seus 25 anos de sua história.



Com a confirmação da informação no dia 4 de outubro, o Knotfest Brasil volta ao conteúdo informado em janeiro, quando havia destacado que o Slipknot tocaria exatamente o álbum de estreia no domingo, dia 20.

Obviamente, que a maioria dos fãs quer mais é ver a banda e a mudança de um álbum pelo outro não tende a trazer maiores empecilhos. Mas havia uma leva de fãs que estava ansiosa pelo tal show especial do álbum “Iowa”.

A confirmação definitiva do repertório do Slipknot veio no mesmo dia que o festival anunciou mais uma atração internacional, o Seven Hours After Violet (S.H.A.V.), que é um projeto que reúne músicos com projetos paralelos, entre eles o baixista Shavo Odadjian (System Of A Down), Michael Montoya (Morgoth Beatz), Josh Johnson (Winds of Plague), Taylor Barber (Left To Suffer) e Alejandro Aranda (Scarypoolparty).

Divisão por data

Com mais de 20 bandas nacionais e internacionais, o Knotfest Brasil reúne os maiores nomes do heavy metal ao redor do mundo.

Além do Slipknot, que sobe ao palco nos dois dias de evento, o festival recebe no sábado: Mudvayne; Amon Amarth; Meshuggah; DragonForce; Orbit Culture; Ratos de Porão; Krisiun; Project46; Eminence; Kryour e Eskröta.

No line-up de domingo, estão: Bad Omens, Till Lindemann; Babymetal; P.O.D.; Poppy; Black Pantera; Ego Kill Talent; Korzus; Papangu, The Mönic e Seven Hours After Violet.

Ingressos

As vendas gerais de ingressos para o festival estão acontecendo desde fevereiro, no site Eventim.

Os valores por setor desde então são os seguintes: Pista – R$ 395 (meia-entrada legal) | R$ 474 (entrada social) | R$ 790 (inteira); Cadeira Inferior – R$ 345 (meia-entrada legal) | R$ 414 (entrada social) | R$ 690 (inteira); Cadeira Superior – R$ 245 (meia-entrada legal) | R$ 294 (entrada social) | R$ 490 (inteira); VIP Package I – Unsainted Knotfest – R$ 4.595 (meia-entrada legal) | R$ 4.674 (entrada social) | R$ 4.990 (inteira); e VIP Package II – Maggot Knotfest – R$ 1.595 (meia-entrada legal) | R$ 1.674 (entrada social) | R$ 1.990 (inteira).

Retorno após primeira edição e cancelamento

Em 2022, depois de adiamentos gerados pela fase crítica da pandemia de covid-19, o Knotfest foi realizado pela primeira vez no Brasil em dezembro, com ingressos esgotados, no Sambódromo do Anhembi, em um único dia.

Na ocasião, o line-up foi formado pelo headliner Slipknot, além das bandas Judas Priest, Pantera, Bring Me The Horizon, Sepultura, Trivium, Mr Bungle e Black Pantera.

Com cobertura especial do Roque Reverso, o Knotfest Brasil 2022 gerou grandes e marcantes momentos ao público presente, especialmente pela qualidade dos shows, que eram o ponto central do festival, a despeito das demais atrações além da música.

Em 2023 a edição que aconteceria novamente em São Paulo foi cancelada. Havia grande expectativa para a vinda de outras bandas. Korn e Evanescence chegaram a ser citados como nomes prováveis, mas nunca foram oficialmente confirmados oficialmente pelos organizadores, que anunciaram o cancelamento do evento em julho do ano passado.

Os organizadores prometeram, no entanto, que haveria uma edição em 2024. Em janeiro deste ano, os primeiros detalhes foram anunciados.

Novas atrações do Bangers Open Air: Armored Saint, Kissin' Dynamite, Dark Angel e Hibria

Com 18 nomes já confirmados para sua edição de 2025, o Bangers Open Air anunciou a adição de mais 4 bandas ao lineup. O festival será realizado no Memorial da América Latina (São Paulo/SP) nos dias 02, 03 e 04 de maio, sendo dia 02 o Warm-Up, o esquenta oficial que precede o início das atividades oficiais do festival. Os 4 novos nomes confirmados são:

KISSIN DYNAMITE: banda alemã Kissin’ Dynamite, composta por Hannes Braun (vocal), Ande Braun e Jim Müller (guitarras), Steffen Haile (baixo) e Andi Schnitzer (bateria), está promovendo o álbum "Back With A Bang!". Conhecida por sua sonoridade que remete à era gloriosa dos anos 80, a banda alcançou o segundo lugar nas paradas com "Not The End Of The Road" (2022). Com uma energia otimista e composições cativantes, eles prometem um show inesquecível no Bangers Open Air 2025.

DARK ANGEL: fazendo sua estreia no Brasil, a banda americana de thrash metal Dark Angel foi formada em 1981, inicialmente sob o nome Shellshock. Ganhando notoriedade no underground com "We Have Arrived" (1985), a banda solidificou seu lugar no gênero com "Darkness Descends" (1986). Após várias mudanças de formação e pausas, o grupo atualmente conta com Ron Rinehart (vocal), Eric Meyer e Laura Christine (guitarras), Mike Gonzalez (baixo) e Gene Hoglan (bateria). O Dark Angel promete trazer toda a sua energia e agressividade para o palco do Bangers Open Air 2025.

ARMORED SAINT: pioneiro e um dos pilares da cena de metal americana desde o início dos anos 80, o Armored Saint surgiu em Los Angeles em 1982. A banda é composta por John Bush (vocal), Phil Sandoval e Jeff Duncan (guitarras), Joey Vera (baixo) e Gonzo Sandoval (bateria). Desde a estreia na coletânea "Metal Massacre II" (1982) até "Punching the Sky" (2020), lançaram oito discos de estúdio, um EP, três álbuns ao vivo e uma coletânea. Após enfrentar desafios, como a morte do guitarrista Dave Prichard e a pausa para John Bush integrar o Anthrax, a banda se reuniu em 1999 e continua ativa, encantando fãs ao redor do mundo. Esta será sua segunda visita ao Brasil no Bangers Open Air 2025.

HIBRIA: originária de Porto Alegre (RS), a banda de heavy metal HIBRIA iniciou sua carreira em 1996 e rapidamente conquistou reconhecimento internacional. Com "Defying the Rules" (2004), a banda se destacou no Brasil e no Japão. Com uma trajetória marcada por grandes apresentações ao lado de bandas como Metallica e Megadeth, o HIBRIA continua a evoluir, como evidenciado em seu mais recente trabalho, "Me7amorphosis" (2022). A banda, formada por Victor Emeka (vocal), Abel Camargo e Vicente Telles (guitarras), Benhur Lima (baixo) e Otávio Quiroga (bateria), promete uma performance eletrizante no festival.

Como forma de promover o legado do Heavy Metal para a nova geração, o Bangers Open Air 2025 anuncia que crianças com menos de 10 anos não pagarão ingresso para entrar no festival. Esta ação visa incentivar a presença de jovens fãs e garantir que a paixão pelo metal seja passada adiante.

Bandas confirmadas:

  • Beyond the Black
  • Burning Witches
  • Dorsal Atlântica
  • Dynazty
  • Ensiferum
  • H.E.A.T
  • Haken
  • I Prevail
  • Kamelot
  • Lord of the Lost
  • Matanza Ritual
  • Nile
  • Paradise Lost
  • Powerwolf
  • Sabaton
  • Saxon
  • Sonata Arctica
  • Viper
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Para comorar os 50 anos de 'Fruto Proibido', Luiz Carlini resgata o melhor do rock nacional

 

 A origem da guitarrarock do Brasil como a conhecemos hoje, sem as misturas que o tempo se encarrgegou de imprimir, tem nome e sobrenome: Luiz Carlini.

 

Legítimo representante do berço roqueiro paulistano do bairro a Pompeia, na zona oeste, o músico tem sua importância comparada á dos então vizinhos de rua, os irmãos Arnaldo Baptista   Sergio Dias Baptista, os criadores da banda Os Mutantes.

 

Aos 72 anos e mais de 50 de carreira, Carlini deu o pontapé para a série de concertos que vão celebrar os 50 anos de surgimento da banda Tutti Frutti, que acompanhou Rita Lee em seu empreendimento solo logo depois e sair dos Mutantes.

 

O tem será o cinquentenário do lançamento de “Fruto Proibido”, disco creditado a Rita Lee & Turri Frutti, lançado em 1975 e até hoje considerado pela maioria dos críticos como o mais importante do rock nacional.

 

O primeiro show ocorreu em setembro, no Ssc Santo André (ABC Paulista), e o guitarrista pretende percorrer o país com esse show a partir deste mês até meados de 2025. “Eu toco essas músicas desde sempre, mas agora é a hora de dar uma roupagem mais ‘elegante’ para comemorar esse marco tão importante na história do rock”, afirmou Carlini em entrevista exclsuiva ao Combate Rock.

 

Formada em 1973, a banda lançou bons álbuns em colaboração com Rita Lee. Após a separação da banda em 1978, Carlini continuou ativo na cena musical, mantendo o legado do Tutti Frutti, que tem acompanhado, em algumas ocasiões, o guitarrista em suas apresentações solo. Com uma formação renovada, surpreende pela fidelidade os arranjos originais de clássicos como “Ovelha Negra” (cujo solo de Luiz Carlini é considerado o mais impressionante do rock nacional), “Agora Só falta Você” e “Luz Del Fuego”.

 

“Fruto Poibido” é considerado o ponto de retomada do  rock nacional depois da perda de fôlego do Mutantes e de Roberto Carlo, progressivamente, direcionar sua carreira para as músicas românticas. Visceral e transgressor, na medi do possível, em plena ditadura militar, o álbum mostrou que era possível fazer rock de qualidade em português e com originalidade, com algumas poucas concessões à música brasileira.

 

Não foi coincidência que, a partir do lançamento de “Fruto Proibido”, o made in Brazil, outra ncarnação surgida na Pompeia, voltasse revigorado ao mercado, assim como a Patrulha do Espaço e outras bandas importantes, como Bacamarte, Terreno Baldio, O Som Nosso de Cada adia, o Som Imaginário e muitas outras. “Muita gente me i que sem o Tutti Frutti não teria rock nacional do anos 80. É lisonjeiro ouvir isso, mas não dá para cravar. É tudo um processo histórico, que começa na Jovem Guarda, passa pela Tropicália, por Raul Seixas, Mutantes, Rita e o Tutti Frutti, Made in Brazil, Roberto Carlo...Fazemos parte de uma evolução natural, e o rock dos anos 80 está nesse processo.”

 

Estilista do instrumento, Luiz Carlini é referência pelo timbre cristalino e reconhecível aos primeiros acordes. O feeling é sensacional e o banho de blues que imprime em solos e riffs cortantes encantam gerações de aprendizes e amants de rock “vintage”.

 

Em meio a pedidos para aprender músicas de iron Maiden, Metallica, Paralamas do Sucesso e Ira!, sepre aparece uma menina ou um mnino nas escolas de música querendo tocar “ovelha Negra” nota por nota. Lamentavelmente, são poucos os que reproduzem com fidelidade o solo maravilhoso do final da canção.

 

No documentário que retrata a sua trajetória, lançado há quase três anos, ele conta como criou o solo reverenciado e como eram os dias de gloria da banda Tutti Frutti mesmo em tempos tão duros da ditadura militar. “O rock  a arte eram mais fortes e duradouros. Tínhamos a inteligência e a habilidade do nosso lado. A ditadura acabou e estamos aqui comemorando os 50 anos de ‘Futo Proibido’. O mudo atual anda estranho e com certas coisas fora de ordem, mas gente sempre tenta colocar as coisas no lugar. É  a nossa missão.”