segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Para comorar os 50 anos de 'Fruto Proibido', Luiz Carlini resgata o melhor do rock nacional

 

 A origem da guitarrarock do Brasil como a conhecemos hoje, sem as misturas que o tempo se encarrgegou de imprimir, tem nome e sobrenome: Luiz Carlini.

 

Legítimo representante do berço roqueiro paulistano do bairro a Pompeia, na zona oeste, o músico tem sua importância comparada á dos então vizinhos de rua, os irmãos Arnaldo Baptista   Sergio Dias Baptista, os criadores da banda Os Mutantes.

 

Aos 72 anos e mais de 50 de carreira, Carlini deu o pontapé para a série de concertos que vão celebrar os 50 anos de surgimento da banda Tutti Frutti, que acompanhou Rita Lee em seu empreendimento solo logo depois e sair dos Mutantes.

 

O tem será o cinquentenário do lançamento de “Fruto Proibido”, disco creditado a Rita Lee & Turri Frutti, lançado em 1975 e até hoje considerado pela maioria dos críticos como o mais importante do rock nacional.

 

O primeiro show ocorreu em setembro, no Ssc Santo André (ABC Paulista), e o guitarrista pretende percorrer o país com esse show a partir deste mês até meados de 2025. “Eu toco essas músicas desde sempre, mas agora é a hora de dar uma roupagem mais ‘elegante’ para comemorar esse marco tão importante na história do rock”, afirmou Carlini em entrevista exclsuiva ao Combate Rock.

 

Formada em 1973, a banda lançou bons álbuns em colaboração com Rita Lee. Após a separação da banda em 1978, Carlini continuou ativo na cena musical, mantendo o legado do Tutti Frutti, que tem acompanhado, em algumas ocasiões, o guitarrista em suas apresentações solo. Com uma formação renovada, surpreende pela fidelidade os arranjos originais de clássicos como “Ovelha Negra” (cujo solo de Luiz Carlini é considerado o mais impressionante do rock nacional), “Agora Só falta Você” e “Luz Del Fuego”.

 

“Fruto Poibido” é considerado o ponto de retomada do  rock nacional depois da perda de fôlego do Mutantes e de Roberto Carlo, progressivamente, direcionar sua carreira para as músicas românticas. Visceral e transgressor, na medi do possível, em plena ditadura militar, o álbum mostrou que era possível fazer rock de qualidade em português e com originalidade, com algumas poucas concessões à música brasileira.

 

Não foi coincidência que, a partir do lançamento de “Fruto Proibido”, o made in Brazil, outra ncarnação surgida na Pompeia, voltasse revigorado ao mercado, assim como a Patrulha do Espaço e outras bandas importantes, como Bacamarte, Terreno Baldio, O Som Nosso de Cada adia, o Som Imaginário e muitas outras. “Muita gente me i que sem o Tutti Frutti não teria rock nacional do anos 80. É lisonjeiro ouvir isso, mas não dá para cravar. É tudo um processo histórico, que começa na Jovem Guarda, passa pela Tropicália, por Raul Seixas, Mutantes, Rita e o Tutti Frutti, Made in Brazil, Roberto Carlo...Fazemos parte de uma evolução natural, e o rock dos anos 80 está nesse processo.”

 

Estilista do instrumento, Luiz Carlini é referência pelo timbre cristalino e reconhecível aos primeiros acordes. O feeling é sensacional e o banho de blues que imprime em solos e riffs cortantes encantam gerações de aprendizes e amants de rock “vintage”.

 

Em meio a pedidos para aprender músicas de iron Maiden, Metallica, Paralamas do Sucesso e Ira!, sepre aparece uma menina ou um mnino nas escolas de música querendo tocar “ovelha Negra” nota por nota. Lamentavelmente, são poucos os que reproduzem com fidelidade o solo maravilhoso do final da canção.

 

No documentário que retrata a sua trajetória, lançado há quase três anos, ele conta como criou o solo reverenciado e como eram os dias de gloria da banda Tutti Frutti mesmo em tempos tão duros da ditadura militar. “O rock  a arte eram mais fortes e duradouros. Tínhamos a inteligência e a habilidade do nosso lado. A ditadura acabou e estamos aqui comemorando os 50 anos de ‘Futo Proibido’. O mudo atual anda estranho e com certas coisas fora de ordem, mas gente sempre tenta colocar as coisas no lugar. É  a nossa missão.”

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