segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Yes x Yes: mesmo sem criatividade, John Anderson supera Steve Howe em novo CD

Marcelo Moreira




Dois músicos e altíssimo calibre que foram companheiros em uma grande banda se tornam rivais e desafetos prontos para duelar em público... mas de forma civilizada e educada, sempre mantendo as aparências.

As desavenças e disputas pelo nome da banda Yes se acirraram a parir de 2008, quando o vocalista Jon Anderson ficou doente e acabou sumariamente demitido e trocado por Benoit David, um cantor canadense de uma banda cover do próprio Yes.

A medida teve o apoio do guitarrista Steve Howe e do baixista Chris Squire, o dono da marca. Quando este último morreu, em 2015, as disputas se intensificaram. Desde então Howe e Anderson torçam farpas pela imprensa, mas de forma polida e sem agressões. Agora a contenda chega ao mercado em forma de álbuns solo em lançamentos quase simultâneos enquanto Howe mantém o Yes em férias.

“true” é o surpreendente álbum novo de Jon Anderson, que completou 80 anos recentemente, Tanto na carreira solo como nas colaborações com Rick Wakeman (tecladista), Jean-Luc Ponty (violinista), Vabelis (tecladista), Roine Stolt (guitarrista), entre outros, o cantor se notabilizou por um viés mais reflexivo e new age. Desta vez, porre,. Caiu de cabeça no rock.

De forma proposital, formou uma banda, a Band Geeks, para acompanhá-lo no estúdio e ao vivo que emula de forma categórica o som de sua antiga banda. Anderson mandou que seus colaboradores recriassem timbre por timbre característicos da banda nos anos 70, e o resultado ficou impressionante. A guitarra de Howe e o baixo de Squire parecem ter saído diretamente das sessões de “Fragile”, clássico do Yes de 1971.

Com profusão de letras que abusam do tom de auto-ajuda e de psicologia positiva, Anderson comete um álbum agradável de ouvir, mas com cheiro de naftalina e zero novidade. Exceto por algumas colaborações com Rick Wakeman, amigo e ex-companheiro de Yes, o cantor sempre procurou se afastar do rock progressivo que o consagrou, preferindo um som mais calcado no folk inglês e na world music. A recaída soa bastante estranha.

“Time Messenger” e “Shine On”, os primeiros singles, são as melhores canções com todo aquele clima setentista embalado por mensagens positivas e de alto astral, quando não religiosas e reflexivas, como na auto-explicativa “Thank God”. Os fanáticos pelo Yes vão se deliciar.

Sreve Howe, por sua vez, retoma a sua série de trabalhos instrumentais em “Guitarscape”, só qu desta vez cm uma roupagem mais crua e simples, sem arroubos de produção. Seu estilo limpo e claro de tocar às vezes fica soterrado por um teclado não muito dinâmico, mas não chega a complicar as coisas. O problema é que os temas, desta vez, são fracos. O mestre da guitarra parece terficado sem inspiração.

A comparação com a série de Cds “Homebrew” escancara essa pobreza de criatividade, que fica mais evidente com a decisão de afotar uma produção bastante acanhada, que deixou os temas com cara de “fita demo”, quando as canções estão despidas de arranjos para servir apenas como demonstração para os músicos da banda e produtor.

Do conjunto decepcionante de 14 canções, salvam-se apenas a fluida “Equinox”, a agitada “Touch the Surface” e a interessante “Secret Mission” com seu solo bem elanorado e faiscante. Muito pouco para um dos grandes guitarristas do nosso tempo.





domingo, 22 de dezembro de 2024

Barulho sem limite: Prefeitura de SP despreza a saúde coletiva da população

Marcelo Moreira

 
Show no Allianz Parque (FOTO: STEPHAN SOLOMON/SIVULGAÇÃO)


A Prefeitura de São Paulo assumiu de vez que não se preocupa com o bem-estar da população da cidade. Empresários de todos os matizes estão felicíssimos com o projeto absurdo aprovado na C:amara Municipal que acaba com o limite de barulho em shows ao ar livre e manifestações em geral.

O lixo de projeto ainda autoriza o corte de 10 ml árvores na zona leste para o amento da capacidade de um aterro sanitário, em um movimento escandaloso de desprezo para com a saúde da população.

A sanha privatista e de concessões inacreditáveis da administração paulistana reeleita, em um misto de direitismo asqueroso e neoliberalismo acintoso já transformou o serviço funerário proibitivo para as pessoas mais pobres e entregou o Pacaembu a administradores incompetentes que não conseguem terminar qualquer obra.

Apoiadores do prefeito privatista saudaram a aprovação do projeto, boa parte deles suposto roqueiros e apreciadores de arte e cultura ávidos por escutar qualquer coisa acima dos limites de preservação da saúde pregados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Claro que a medida absurda, que contou com dois votos petistas – Arselino Tatto e Adriano Santos – será judicializada e, com boas chances, derribada na Justiça.

Em 2023, no entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo declarou inconstitucional uma legislação que propunha algo muito parecido: aumentar de 55 para 75 decibéis o limite de barulho emitido em eventos.

O que chama a atenção é o desprezo com o bem-estar da população por um prefeito que deixa muito a desejar como administrador e por vereadores em fim de legislatura com outras preocupações.

É um projeto lamentável que dá a impressão de ter sido feito medida para o Allianz Parque e casas de shows em bairros nobres que vivem recendo multas e mais multas por descumprirem sistematicamente a lei.

O recado está dado: empresariado conta com a enorme boa vontade da prefeitura e vereadores, e os pancadões e bailes funk que tanto incomodam por causa do som alto e bloqueio de vias estão liberados – nunca foram fiscalizados mesmo, seja por incompetência, seja por medo de quem deveria fiscalizar.

Sem o menor constrangimento, o prefeito disse em entrevista coletiva após ser diplomado para um novo mandato que as normas antigas prejudicavam todos os envolvidos. "A gente precisa entender também a questão do interesse da cidade, que precisa ser compatibilizado com o direito das pessoas que moram no entorno do Allianz [Parque], com relação ao barulho, não podemos permitir, mas também a gente precisa entender que o Allianz é hoje uma fonte de receita para a cidade enorme na geração de emprego e de renda."

Notas roqueiras: Arch Enemy, Eluveitie, Therion...

Arch Enemy (FOTO: DIVULGAÇÃO)


- A banda sueca de melodic death metal Arch Enemy lançou o videoclipe da faixa-título do próximo álbum da banda, ‘Blood Dynasty’, sucessor de “Deceivers” (2023), que chegará no dia 28 de março próximo, via Century Media. Este será o 1º álbum da banda trazendo Joe Concepcion as 6 cordas, substituindo Jeff Loomis, que deixou a banda há menos de um ano. Veja em https://youtu.be/sIrRewJVeHI

- Após os singles de 2022 ‘Aidus’ e ‘Exile of the Gods’, o Eluveitie está de volta com sua primeira música nova em 2 anos. ‘Premonition’ apresenta a banda misturando death metal melódico e folk tradicional, com a competência de um grupo com mais de 20 anos de intensa ligação tanto com o metal moderno quanto com a mitologia celta. Com ‘Premonition’, o ELUVEITIE lança a primeira música do próximo álbum, que será lançado em 2025. Fique atento para mais informações em breve. Após sua própria turnê ‘ÁNV RISING – EUROPE’, que começa em janeiro de 2025, a banda voltará à estrada junto com ARCH ENEMY, AMORPHIS e GATECREEPER em outubro de 2025. Todas as datas estão listadas abaixo. Veja em https://youtu.be/4I3QmjZLUvQ?si=082bGei4lx3OAPDK

- O clássico "Vovin", lançado em 1998, foi o segundo álbum consecutivo do Therion mostrando o seu amor pelo oculto, batizando-o em homenagem ao seu animal de estimação favorito: o dragão (Vovin significa dragão na linguagem secreta da magia negra enoquiana). A afeição do grupoou como deveríamos dizer de Christofer Johnsson, por wyrms alados e cuspidores de fogo pode ser profundamente esotérica, mas o dragão parece ser um símbolo adequado para esse tipo de música: poderosa, que não é deste mundo, mas ao mesmo tempo enigmática, desafiando as leis da natureza e dotada de um estranho tipo de força. Com os seus dois trabalhos anteriores, "Theli" (1996) e "A'arab Zaraq – Lucid Dreaming" (1997), o THERION alcançou uma posição única e extraordinária em uma cena Metal que estava dividida entre a tradição e a inovação. Depois de se livrar de suas raízes sombrias do Death Metal, a banda começou a liberar uma explosão sonora bombástica, tendo influências tanto do Heavy Metal tradicional quanto da ópera clássica mainstream. O resultado foi uma espécie de mistura entre Guiseppe Verdi e Iron Maiden. Somente os dragões e magos que habitavam a fantasia, que apareciam nas antigas músicas de Heavy Metal, tiveram que se submeter a uma concepção muito rígida das ciências ocultas que sempre desempenharam um papel importante nas letras do THERION. As alusões alquímicas são onipresentes e o objetivo final da alquimia é bem conhecido: a pedra filosofal.

sábado, 21 de dezembro de 2024

Jon Amderson x Steve Howe: a discórdia sem fim no Yes


Marcelo Moreira

Jon Anderson e Chris Squire se encontraram em um pub em 197 e logo ficaram amigos. Demoraram meses para formatar o Yes, um grupo que pretendia ser pop e sofisticado misturando psicodelia e o mais puro som dos Beatles; A versão da banda para “Every Little Thing”, do álbum “Beatles For Sale”, é ótima.

Em 1970, Steve Howe entra no lugar do guitarrista Peter Banks e começa a definir o som do Yes, ao lado de Rick Wakeman, que entra no lugar de Tony Kaye. Os quatro mais os bateristas Bill Bruford (que sai em 1972) e Alan White fazem parte do auge do grupo, que va até 1978.

Anderson sai em carreira solo e a banda acaba em 1980 depois do incompreendido álbum “Drama”, om o produtor Trevor Horn nos vocais. Squire e White quase formam uma banda com Jimmy Page em 1981, mas decidem no final desse mesmo ano criar o Cinema ai lado de Tony Kaye, outro ex-Yes, e o jovem guitarrista sul-africano Trevor Rabin, que seria ta,bem o vocalista.

Dirante as gravações do prieiro disco, em 1982, Jon Anderson visita o estúdio em Los Angeles para visitar Squire e White. Fica encantado com o que ouve do Cinema e convence os dois amigos e que ele deveria participar. Mais ainda: insiste para recuperar o nome Yes. A ideia e aceita, a banda volta com um som totalmente diferente, mais moderno e pop, lançando em 1983 o megassucesso “90125”, que tem o hit “Owner of a Lonely Heart”

Jon Anderson (FOTO: DIVULGAÇÃO)

 

Howe, por sua vez, ajudou a criar o Asia com John Wetton (baixo e vocais, ex-King Crimson), Geoff Downes (teclados, ex-Buggles e Yes) e Carl Palmer (bateria, ex-Emerson, Lake and Palmer), uma banda de rock progressivo com um som mais acessível – um sucesso um imenso. Entretanto, fica magoado por não ter sido chamado para a volta do Ys e culpa Anderson or isso, embora até hoje não se saiba o porquê desse pensamento.

Novos desavenças fazem o cantor sair pela segunda vê do Yes em 1987. Em meio à carreira solo, atende a um convite de produtores para “recriar o velho e bom Yes dos anos 70”, o “verdadeiro Yes”; Rick Wakeman e Bill Bruford aceitam, assim como, surpreendentemente, Steve Home.

Com o baixista Tony Levin (King Crimson, Peter Gabriel), gravam um álbum queria lançado, na cara de pau, com o nome Yes. Crhsi Squire não gostou – era o dono da marca e, ainda por cima, ainda existia um Yes em atividade, apesar da saída de Anderson. O jeito foi improvisar e nomear o projeto coo Anderson, Bruford, Wakeman and Howe, que intitulou o álbum de 1989.

Um segundo álbum seria produzido em 1990, mas o empresário do Yes, com apoio de Squire, faz a proposta: juntar as duas bandas sob o nome Ues em um álbum chamado “Union”, com oito integrantes, todos com passagens pela banda. Os materiais que estavam sendo produzidos foram juntados em um álbum de mesmo nome lanlado em 1991, com a turnê americana seguinte com oito músicos.

Ao final desse projeto, o Yes retoma a formação de “90125” com a permanência de Anderson. Trevor Rabin sai em 1994 para se dedicar a trilhas sonoras para o cinema e Steve Howe deixa o Asia para voltar ao Yes, que também tem um entra-e-sai de Rick Wakeman ao longo dos próximos dez anos.

Depois de longas férias de três anos, o Yes se reúne em 2007 para planejar e iniciar a turnê de 50 anos de criação do conjunto, mas os atritos entre os membros, antes localizados nos dez anos anteriores, ficam mais latentes, sobretudo entre Howe e Andersom – e seus respectivos empresários.

Steve Howe (FOTO: DIVULGAÇÃO)

 

Às vésperas do início da turnê, Jon Anderson fica doente, com sérios problemas ulmonares, entre outros males. Quase morre, mas ainda assim Squire e Howe decidem que a turnê não pode ser cancelada e contratam um cantor canadense de banda cover do próprio Yes.

A gravidade do estado de saúde de Anderson decreta a sua demissão sumária e a efetivação do substituto, Benoit David. Indignado, Rick Wakeman abandona o grupo, por ironia do destino, é substituído temporariamente por seu filho mais velho, Oliver, até que Geoff Diwnes retorna para o posto.

Jon Anderson se recupera e lança dois álbuns em dupla com Wakeman nos anos seguintes e retoma a carreira solo. Nas entrevistas, evita criticar os ex-amigos, mas não deixa de revelar o ressentimento. Ensaia um movimento de paz quando da morte de Chris Squire, em 2015, mas não tem sucesso> Howe assume a liderança do Yes e revela que a banda seguiria sem Anderson e Wakeman, e com novo vocalista, Jon Davison, que substituiu um doente David anos antes.

Um breve armistício ocorreu em 2019, quando o Yes entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Com Geddy Lee, do Rush, no baixo, Jon Anderson, Rick Wakeman e Trevor Rabin subiram ao palco para serem homenageados com a formação da banda à época e tocaram duas músicas juntos.

Parecia tudo civilizado, mas três dias depois da cerimônia Anderson, Wakeman e Rabin anunciaram, que estavam se juntando em uma “verdadeira versão do Yes”. Em princípio o nme seria ARW, as iniciais dos sobrenomes deles, mas então decidem afrontar Howe mudando o nome para Yes featuring Amderson, Rabin and Wakeman. Fazem alguns shows, mas nada além disso,

Os últimos lances da intriga ocorreram em 2023. O cantor declarou em entrevistas que imaginava, ao menos uma última vz, subir ao palco com o Yes para um concerto final. Howe esperou alguns meses para rebater, em uma entrevista, que “amava Jon Anderson, mas que não via a menor possibilidade de voltar a tcar juntos”.

Notas roqueiras: Siegrid Ingrid, Sagrav, Mondat Riders...


 


Siegrid Ingrid, acaba de anunciar o lançamento de seu primeiro álbum ao vivo, intitulado "Massacre In Lorena". O registro, gravado durante a turnê realizada no interior de São Paulo e Minas Gerais entre os dias 14 e 17 de novembro, ao lado da lendária banda Nervochaos, já está disponível em todas as plataformas digitais. A banda também planeja disponibilizar o álbum em formato físico, ainda em negociação.  Ouça em https://onerpm.link/224014260253 Com uma formação sólida composta por M.Punk (vocal), André Gubber (guitarra), Luiz Berenguer (baixo) e Romulo Minduim (bateria), o Siegrid Ingrid segue pavimentando seu espaço no cenário underground com sua mistura agressiva e brutal de thrash metal, hardcore e death metal. Após o lançamento de seu excelente álbum "Back From Hell" em 2023, que marcou o retorno definitivo da banda após um longo hiato, "Massacre In Lorena" chega como um presente para os fãs. Gravado no Ferrovia Estúdio, em Lorena/SP, no dia 14 de novembro, o álbum traz 11 faixas que capturam a energia bruta da banda no palco, sem cortes ou edições.

- A banda Monday Riders acaba de divulgar uma performance arrebatadora da música “You Can’t Bow Down”, gravada ao vivo durante o show no De Leon Music Pub, no último dia 18 de outubro. Este registro explosivo captura toda a energia e autenticidade do grupo no palco, levando os fãs diretamente para a atmosfera eletrizante do espetáculo. Assista ao vídeo ao vivo de “You Can’t Bow Down”: https://www.facebook.com/watch/?v=1091575349428918&rdid=DtvSj5ILkxlFyp2Q“, You Can’t Bow Down” é uma das faixas de destaque do segundo álbum da banda, “Fire, Blood and Gasoline”, e já carrega em seu histórico uma trajetória de sucesso: o videoclipe oficial foi finalista do prestigiado Festival Internacional de Cinema de Arte (FICA) 2022. A nova versão ao vivo resgata a intensidade visceral que é marca registrada da Monday Riders, solidificando ainda mais o nome da banda como uma potência no cenário musical.

- A banda catarinense de thrash/death metal Sagrav, que conta com Luciano Bravo (vocal), Guilherme Luan e Dudu Livi (guitarras), Prota Vargas (baixo) e Roberto Rodrigues (bateria), apresenta seu novo EP, "Contestado War", já disponível nas plataformas de streaming. Gravado no Estúdio do Gere, em Chapecó (SC), o sucessor de "Kingdom of Chaos" (2019) teve produção e mixagem de Fernando Nicknich, com masterização a cargo de Hugo Vinícius Da Silva e arte de capa de Marcelo Augusto Aparecido. "Musicalmente, a faixa-título teve algumas alterações até chegar à versão do EP, justamente para contextualizar com a temática e a levada própria do nosso som. Lembro de estar ouvindo umas levadas mais para os lados de death/tech e deathcore, o que não tem muita similaridade com o estilo da Sagrav. Na real, tento pegar certas características dos nossos trabalhos passados e mesclar com outros estilos que escuto", acrescenta o guitarrista Guilherme Luan. Já a faixa "Contestado Men" descreve como era a vida das pessoas que viviam na região do Contestado. "Falo sobre como era a alimentação, a religião e, principalmente, a injusta distribuição da terra. Também relato o poder dos coronéis e a guerra que colocou lado a lado muitas vezes irmãos do mesmo sangue lutando em lados opostos", descreve Prota Vargas.

O blues por outros caminhos nas mãos de Warren Haynes e Beth Hart

Marcelo Moreira

A renovação do blues teve várias caras desde os anos 90, quando artistas de várias orientações fizeram boas misturas e oxigenaram o gênero. Os guitarristas Joe Boanmassa, Eric Gales e Gary Clark Jr lideraram esse processo, abrindo as portas para a explosão das mulheres, que dominaram o pedeaço com Samantha Fish, Joanne Shaw Taylor, Erja Lyytimen e Hannah Wicklund.

Dois bons lançamentos de 2024 indicam que o blues pode tomar um caminho diferente, voltado mais para uma área tradicional, a fusão com a country music, originando aquele som chamado genericamente de “americana”, englobando também boas doses de folk. E são dois veteranos da cena que encabeçam essa linha, o guitarrista e cantor Warren Haynes (Gov’t Mule, ex-Allman Brothers) e a cantora Beth Hart.

Haynes encarna o bardo moderno entre os “caipiras” que emergiram da cena country dos anos 90, muito embora sua origem seja o blues. Pode-se dizer que ele é o reinventor do blues pesado quando criou o Gov’t Mule em 1993, misturando- com doses generosas de rck clássico.

Seu sexto álbum solo, “Million Voices Whisper”, é a retomada de uma tendência eu ele mesmo impulsionou 20 anos atrás ao unir a suave melodia do folk americano com a pegada energética do blues.

É um trovador sulista que dá prioridade para a canção e deixa o virtuosismo instrumental em segundo plano. São dez canções de alto quilate em que celebra a simplicidade da vida cotidiana. Como cronista de uma vida mais simples, do homem comum, Hayes comete um grande trabalho

Ele faz questão de separar as suas personas solo e de líder de uma banda extraordinária, o Gov’t Mule, que tem um som mais vigoroso e pesado. No novo álbum, a delicadeza e a busca por uma sonoridade mais limpa é o objetivo.


É isso o que ele obtém por exemplo, na abertura do trabalho, “These Changes”, ao lado amigo e pupilo Derek Trucks, nde os dois recuperam os melhores duelos de guitarra dos Almann Brothers. A canção tem a pegada necessária para que o aouthern rock seja reverenciado e homenageado.


Pitadas de jazz de Nova Orleans surge na gosto,sa e grooveada “Go Down Swinging”, assim como na deicada “You Ain’t Above Me”, que tem um trabalho fabuloso de gyutarra.

A versatilidade do guitarrista fica evidente na country “Real Real Love” e nas duas canções mais interessantes. “Day of Reckoning” e “This Life As We Know It”, os dois primeiros singles.

A primeira tem uma pegada que mistura jazz e blues, mas com um acento pop indiscutível. A segunda remonta aos melhores momentos do Southern rock, mas com um tema mais denso e dramático.

Exímio compositor e grande observador do dia a dia, Warren Haynes é um cronista raro pela capacidade de captar com precisão a simplicidade da vida e a beleza dos pequenos gestos e momentos cotidianos, tudo temperado com uma habilidade ímpar cm as palavras. Sua música é um grande exemplo de como a canção americana progride.

Em uma espécie de conexão Haynes, a cantora Berth enveredou pela mesma linha depois de vários discos dedicados ao blues e ao jazz calcado no rhythm and blues. Cim voz poderosa e grave, tornou-se uma das grandes divas do século na música americana.

Ela saboreia a consolidação de uma carreira que começou no hard rock e que entrou em um desvio perigoso quando os abusos no álcool cobraram seu preço. Recuperada, mergulhou no blues e se reinventou a ponto de ser uma musicista requisitada para trabalhar com Joe Bonamassa e Jeff Beck.

Com tamanho prestígio, achou que era hora de dar uma mudada na carreira e decidiu gravar seu álbum mais pessoa, “You Still Got Me”, repletos de baladas folk e country e letras confessionais.

Aborda aqui um romantismo mais sentimental e melancólico, acossada por sentimentos de perda e falta, como ela mesma contou em uma recente entrevista. Aos 52 anos, está vendo a vida de outra forma, deixando um pouco de lado as letras de relacionamentos conflituosos e de empoderamento feminino, tão presentes em seus blues, e, prol de uma abordagem mais suave da vida diária.

A faixa-título é uma ótima canção romântica com predomínio da ternura, longe do formato piegas que costuma dominar composições semelhantes. É uma balada tocante que fala do medo da perda e da solidão consequente.


 

Curiosamente, é um blues pesado que abre o trabalho, “Savior Witha Razor”, cm a luxuosa guitarra de Slash (Guns N’ Roses), que reribui a participação dela em seu álbum de blues. É uma música poderosa, que expõe todas as maravilhosas credenciais da cantora.

Se a guitarra dá o tom aqui, no restante do disco é o piano que conduz quase tudo, seja com Beth nas teclas (toca muito bem) ou com s vários convidados que deixam tudo bem redondo.

O guitarrista Eric Gales também abrilhanta a bela “Sugar ‘N My Bowl”, um blues/rhyyhm and blues que aposta em um grovve contagiante, enquanto que “Never Undesrtanding a Girl” soa mais pop e enquadrada em um esquema tradicional. Uma mudança e tanto no repertório. O ritmo de quadrilha/marchinha country confere um clima mais humorístico e vaudeville.

A balada jazz melancólica surge em “Drunk a Valenbtine”, relembrando momentos de divas dos anos 30. Beth confere uma delicadeza necessária ao tema pesado sem descambar para a breguice.

Ainda mais bela e pungente é “Wonderful World”, a melhor d álbum, que tem um refrão maravilhoso em seu jeitão de baladão épico. “Little Heartbreak Girl” é outra boa balada, mas dessa vez faz mais concessões ao mundo pop, no sentido mais tradicional do termo. Ela se recupera a seguir co, denso e dramático baladão “Don’t Call the Police”.

Ela acerta ainda na bela homenagem a Johnny Cash no contagiante ritmo country de “Wanna Be Big Bad Johnny Cash”, outra canção eivada de bom humor.

Com total liberdade artística, Beth Hart está mais solta e livre para fazer o álbum que há tempos queria fazer. Tem sido assim desde que bateu o pé e gravou um álbum todo com canções do Led Zeppelin, sua paixão, em 2022. Depois de conhecer o fundo do porão no começo do século, é justo que agora ela consiga gravar e lançar o que quiser.;




sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Volbeat rompe hiato, faz abertura de gala para o Iron Maiden

 Flavio Leonel - do site Roque Reverso


Se há uma banda que muitos fãs de heavy metal se perguntam sobre o motivo de frequentar pouco o solo brasileiro, essa banda é o Volbeat. Na sexta-feira, 6 de dezembro, o grupo dinamarquês finalmente voltou ao Brasil e fez uma verdadeira abertura de gala para o Iron Maiden, em show realizado em São Paulo no Allianz Parque, a Arena do Palmeiras.

A apresentação do Volbeat na capital paulista rompeu um hiato de 6 anos sem a presença da banda no País, depois de sua estreia, em 2018, no Lollapalooza, quando já havia causado boa impressão.

O show do grupo também trouxe uma série de marcas e detalhes, após vários acontecimentos, especialmente após a metade de 2023.

Para começar, marcou o retorno do grupo aos shows depois de 16 meses sem uma apresentação ao vivo – a última havia sido em agosto de 2023, em Grantville, nos Estados Unidos.

Neste grande hiato desde 2023, o vocalista e guitarrista do Volbeat, Michael Poulsen, anunciou, em setembro do ano passado, que passaria por uma cirurgia na garganta e que voltaria aos palcos somente em 2024.

O período também coincidiu com o início da criação e elaboração de um novo álbum de estúdio da banda que sucederá, em 2025, o excelente “Servant of the Mind”, de 2021.

Outro fato importante vindo de 2023 foi a saída, depois de 10 anos de banda, do guitarrista Rob Caggiano, anunciada em junho do ano passado, com substituição nos shows feita por Flemming C. Lund.

O show

Toda essa sucessão de fatos, além da pouca presença do Volbeat em solo brasileiro, deixava o retorno da banda a São Paulo com motivos de sobra para os fãs do grupo comparecerem ao evento, mesmo que a estrela principal da noite fosse o Iron Maiden.

E, quando a banda dinamarquesa subiu ao palco para abrir o primeiro de dois shows do Iron Maiden no Allianz Parque, foi constatado que o lendário grupo britânico de heavy metal não havia escolhido a banda dinamarquesa por acaso.

Durante 1 hora de show, o Volbeat trouxe um set list curto e possível, com 12 músicas, tentando apresentar faixas da maioria dos álbuns.

Apesar de o disco mais recente “Servant of the Mind” ter sido muito elogiado por crítica e público ao longo dos últimos anos, o álbum com mais faixas executadas na noite foi “Seal the Deal & Let’s Boogie”, de 2016, também reconhecido como um dos melhores da carreira do Volbeat.

Enquanto “Servant of the Mind” teve três músicas executadas, “Seal the Deal & Let’s Boogie” apareceu na noite com quatro faixas tocadas. Também teve faixas contempladas no show o álbum “Beyond Hell/Above Heaven” (2010), com duas. “Outlaw Gentlemen & Shady Ladies”, de 2013, “Guitar Gangsters & Cadillac Blood”, de 2008, e “Rock the Rebel/Metal the Devil”, de 2007, tiveram uma música cada tocada na apresentação.

A faixa “The Devil’s Bleeding Crown”, do “Seal the Deal & Let’s Boogie”, abriu o show do Volbeat e mostrou logo de cara que a banda aproveitaria cada segundo naquele palco.

Mesmo com a inexplicável falta dos telões no show do Volbeat de sexta-feira (no sábado, eles apareceram), além da ausência de um cenário de fundo (o que se viu foram apenas um fundo de palco negro com panos protegendo os equipamentos do Iron Maiden), o público foi compensado com uma qualidade de som gigantesca e com um peso elogiável.

Para quem estava na Pista Vip, como este jornalista, chamou muito a atenção a bateria com um som impactante gerado pelo ótimo Jon Larsen. Quem aprecia um bom show de heavy metal sempre deseja bumbos capazes de trazerem o peso da banda de maneira clara e forte. E foi isso que se viu do começo ao fim da apresentação do Volbeat.

O vocalista e guitarrista Michael Poulsen também ganhou o público logo de cara ao subir ao palco com uma camisa do álbum “Beneath The Remains”, do Sepultura.

Com uma presença forte e com capacidade de levantar e incentivar a plateia, ele parecia estar curtindo ali cada minuto, a ponto de agradecer diversas vezes o público, pelo ambiente contagiante, e o Iron Maiden, pelo convite, para estar ali.


Hits e peso

Na sequência, o hit “Lola Montez”, do disco “Outlaw Gentlemen & Shady Ladies”, ajudou a manter a plateia sempre exigente e dominante do Iron Maiden apreciando e, por que não, conhecendo o som do Volbeat.

“Sad Man’s Tongue” (do álbum “Rock the Rebel/Metal the Devil”), “A Warrior’s Call” (do “Beyond Hell/Above Heaven”) e “Black Rose” (do disco “Seal the Deal & Let’s Boogie”) vieram em seguida e mostraram a diversidade do som do Volbeat, que nunca foi apenas uma banda de heavy metal e que, desde o início da carreira, incorporou vários elementos de outras vertentes do rock, como o hard rock e até mesmo o rockabilly.

Mais um hit da banda presente no show, “Wait a Minute My Girl” foi a primeira da noite do ótimo “Servant of the Mind”. Fez muita gente que pensava que não conhecia o Volbeat se lembrar que já tinha ouvido a banda nas rádios e abriu o caminho para outra excelente do mesmo disco: “Shotgun Blues”.

Para muitos, ela foi a melhor da noite, pois trouxe um peso que ecoou por todo o Allianz Parque. Ironicamente, no show do dia seguinte, ela foi a única substituída do set list, dando lugar à faixa “Dead but Rising”, do disco “Outlaw Gentlemen & Shady Ladies”.

Na sequência da apresentação da sexta-feira, o Volbeat trouxe outro hit. A mais melodiosa “Fallen” foi a segunda e última da noite do álbum “Beyond Hell/Above Heaven”.

O peso voltou com tudo em “Seal the Deal”, do “Seal the Deal & Let’s Boogie”, e continuou com “The Devil Rages On”, do “Servant of the Mind”. Esta chega a enganar no início com sua levada mais lenta, mas entra numa velocidade contagiante em seguida, sem perder o conteúdo melódico que consegue fazer uma ponte entre o rock pesado e o rockabilly em diversos trechos.

A penúltima da noite foi “For Evigt” (do “Seal the Deal & Let’s Boogie”), que graças aos programas da tarde da rádio KISS FM virou uma espécie de “queridinha” aqui no Brasil até de quem não é grande fã do Volbeat. Como esperado, ela contagiou o público e foi um grande momento da apresentação da banda.

A última da noite foi a ótima “Still Counting”, também do disco “Guitar Gangsters & Cadillac Blood”. Com um peso de dar gosto para quem ama um bom heavy metal, ela fechou o curto show do Volbeat e deixou os fãs com gosto gigantesco de “quero mais”.

Considerações finais

O resumo da apresentação é que a banda dinamarquesa conseguiu passar seu recado no curto período que foi disponibilizado para se apresentar. Obviamente, muita coisa que os fãs gostariam de ver ficaram de fora, especialmente músicas matadoras do álbum mais recente “Servant of the Mind”, como as excelentes “Becoming”, “Say No More” e “The Sacred Stones”.

Com mais de duas décadas de estrada, continua sendo um mistério gigantesco a quantidade reduzida de vindas do Volbeat ao Brasil.

Com presença marcante em diversos festivais em todo o planeta, é de se estranhar a falta de empenho dos produtores brasileiros para trazer o grupo mais vezes ao País, pois a banda integraria de maneira positiva facilmente um line-up respeitável de festival de heavy metal e seria capaz de encher algumas casas de espetáculo, por exemplo, de São Paulo.

Após os shows de abertura do Iron Maiden no Allianz Parque, muita gente que não conhecia o grupo elogiou bastante a performance do Volbeat, que facilmente angariou novos fãs brasileiros. Resta, depois do que se viu na Arena do Palmeiras em 2024, a esperança de que produtores nacionais tragam o grupo dinamarquês mais vezes ao País.

Notas roqueiras: System of a Down, Jon Camp, Mick Moore, Bob Dunlop...

 

System of a Down (FOTO: DIVULGAÇÃO)

- O System of a Down anunciou show extra no Brasil para o ano que vem. A apresentação adicional acontece no Allianz PAlém da capital paulista, o grupo formado por Serj Tankian (voz), Daron Malakian (guitarra), Shavo Odadjian (baixo) e John Dolmayan (bateria) toca em Curitiba (Estádio Couto Pereira – 6 de maio) e Rio de Janeiro (Estádio Nilton Santos / Engenhão – 8 de maio).arque, em São Paulo, em 11 de maio — um dia após a data original.


SÃO PAULO

Data: 10 (esgotado) e 11 de maio de 2025
Local: Allianz Parque
Horário de abertura da casa: 16h
Classificação Etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.]


Setores e preços:
Cadeira Superior – R$ 247,50 (meia-entrada legal) | R$ 495,00 (inteira)
Pista – R$ 297,50 (meia-entrada legal) | R$ 595,00 (inteira)
Cadeira Inferior – R$ 347,50 (meia-entrada legal) | R$ 695,00 (inteira)
Pista Premium – R$ 547,50 (meia-entrada legal) | R$ 1.095,00 (inteira)
Hot Seat – Leste e Oeste – R$ 847,50 (meia-entrada legal) | R$ 1.195,00 (inteira) – mais informações abaixo no texto
Pacote Vip – R$ 1.337,50 (meia-entrada legal) | R$ 1.885,00 (inteira) – mais informações abaixo no texto
Vendas online em: eventim.com.br/SystemofaDown
Bilheteria oficial: ALLIANZ PARQUE – BILHETE IA A – Rua Palestra Itália, 200 – Portão A – Perdizes – São Paulo/SP
Funcionamento: Terça à Sábado das 10h às 17h | *Fechado em feriados, emenda de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.

- O guitarrista Bob “Slim” Dunlap, conhecido por sua atuação na banda americana The Replacements, faleceu aos 73 anos. A notícia foi compartilhada na página oficial do músico no Facebook, gerida por sua esposa. Nascido em Plainview, Minnesota, Dunlap começou a tocar guitarra ainda na infância. Nos anos 1970, integrou diversas bandas, incluindo projetos ao lado do músico e artista visual Curtiss Almsted. Foi em 1987, enquanto trabalhava com Almsted na banda Spooks, que chamou a atenção de Paul Westerberg, vocalista do The Replacements, que buscava um novo guitarrista após a saída de Bob Stinson. Apesar de inicialmente recusar o convite, Dunlap acabou se juntando à banda.

- A lendária banda britânica Avenger anunciou o falecimento, ocorrido no último dia 5 de dezembro, de seu ex-baixista e membro fundador Mick Moore. .Além do Avenger, Moore esteve de 1981 a 1991 no Blitzkrieg, e também passou por Axe Victim, Unter Den Linden e Anthem. Brian Ross, lendário vocalista do Blitzkrieg e também ex-Avenger, emitiu a seguinte mensagem em suas redes sociais:

- Morreu aos 75 anos o músico Jon Camp. Ele ficou conhecido especialmente pelo trabalho como baixista e vocalista do Renaissance entre os anos de 1972 e 1985, gravando todos os álbuns nesse período — alguns dos principais da banda progressiva. A causa da morte não foi revelada. Sua fase no grupo representa, também, o período de maior repercussão comercial. Os álbuns “Scheherazade and Other Stories” (1975), “Novella” (1977) e “A Song for All Seasons” (1978) atingiram as posições de número 48, 46 e 58 nas paradas americanas, respectivamente. O último citado também chegou à 35ª colocação no chart inglês.

Notas roqueiras: Paralamas do Sucesso, Adriano Grineberg, Rã...




- Para comemorar os 40 anos de carreira, completados em 2023, os Paralamas do Sucesso escolheram o Allianz Parque, em São Paulo, para celebrar mais um capítulo dessa história, local que vem sendo o palco dos maiores shows em território nacional e que, por conta de sua estrutura de ponta, transforma as apresentações em experiências inesquecíveis. O trio formado por Herbert Vianna (guitarra e voz), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) levará a turnê “Paralamas Clássicos - 40 anos” à arena da capital paulista no dia 31 de maio de 2025. Em uma realização da 30e, maior produtora brasileira de entretenimento ao vivo, o espetáculo terá ingressos vendidos a partir do dia 16 de dezembro, às 10h, no site da Eventim. O trio original conta também com os músicos João Fera (teclados), Monteiro Jr. (saxofone) e Bidu Cordeiro (trombone). Eleitos um dos melhores shows do Lollapalooza Brasil 2023, os Paralamas continuam relevantes e inspiradores, com canções que abordam questões sociais, amorosas e políticas e são reconhecidos não apenas por sua qualidade musical, mas também por sua capacidade de se reinventar e se conectar com novas gerações. A banda também se apresenta no dia 7 de junho de 2025, na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro; 14 de junho de 2025, no BeFly Hall, em Belo Horizonte; e em 28 de junho de 2025, em Porto Alegre, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. 

Serviço: 

OS PARALAMAS DO SUCESSO 

Realização: 30e

 SÃO PAULO 

Data: 31 de maio 

Local: Allianz Parque 

Horário de Abertura da casa: 16h 

Classificação Etária: 16 anos. 

Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais 

Ingressos: 

Cadeira Superior - R$ 50,00 (meia-entrada legal) | 
R$ 60,00 (entrada social) | R$ 100,00 (inteira) 
Pista - R$ 112,50 (meia-entrada legal) | R$ 135,00 (entrada social) | R$ 225,00 (inteira)
Cadeira Inferior - R$ 172,50 (meia-entrada legal) | R$ 207,00 (entrada social) | R$ 345,00 (inteira) 
Pista Premium - R$ 197,50 (meia-entrada legal) | R$ 237,00 (entrada social) | R$ 395,00 (inteira) Início das vendas: 16 de dezembro, 10h 
Vendas online em: eventim.com.br 
Bilheteria: Bilheteria A - Allianz Parque - Endereço: Rua Palestra Itália, 200 – Portão A – Perdizes - São Paulo/SP 
Funcionamento: Terça a sábado das 10h às 17h | *Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas. 

- O ano de 2024 ficará conhecido como um divisor de águas da carreira do músico, cantor e compositor Adriano Grineberg. Ele lançou “Eufótico”, álbum que apresenta releituras de músicas de Dorival Caymmi, cantando em português pela primeira vez e se aproximando mais da MPB, sem jamais abrir mão do blues, que é sua essência. Suas versões para as canções praieiras de Caymmi também o colocaram pela primeira vez fazendo show solo em palcos de lugares icônicos como Sesc Pompeia, Blue Note, CCSP, Santos Jazz Festival e outros. Também foi um ano de sensível crescimento de público para o artista, tanto nos shows como em ouvintes nos aplicativos de música. “Eufótico” transformou Adriano como músico, o aproximou de outros artistas e ele, que já tem uma carreira de mais de vinte anos no blues, decidiu gravar um novo álbum inspirado em outro repertório de Caymmi e chamando convidados para feats muito especiais. “Durante todo o processo da turnê assim, como tudo que envolveu o disco, fui experienciando a cada momento a profundidade do mar de Dorival Caymmi em todas as frentes da minha vida e disso surgiu o desejo de explorá-lo em novas sonoridades dentro do meu universo musical. Nessa nova etapa, a escolha de repertório remete aos cantos dos pescadores em conexão ainda mais intensa com os "work songs" das lavouras de algodão do Sul dos Estados Unidos tão presentes no berço e na ancestralidade do blues tendo a participação de novos e velhos parceiros de minha trajetória” – comentou Adriano. Adriano Grineberg já está em estúdio e os singles e álbuns serão lançados em 2025.

 - Lançado de forma independente, o álbum de estreia dos paulistas da Rã já está disponível nas principais plataformas digitais. Intitulado "Praia Grande Shore", o disco conta com 10 faixas que se valem do humor e do uso do sintetizador como instrumento solista, no intuito de reabilitar e modernizar um tipo de rock mais "riffado e energético". Apesar do disco não ter sido pensado a partir de um conceito específico, o vocalista e baixista Rafael Xuoz revela que a ideia de um reality show fracassado parece amarrar bem a concepção do novo trabalho. "Primeiro porque a Rã sempre cultivou uma capacidade de se enxergar criticamente e rir de si mesma. Depois, porque tematicamente acabamos orbitando em torno de uma certa desconexão da realidade, ou inversão de valores em que os sujeitos se mostram mais investidos na vida encenada dos meios de comunicação do que em sua realidade material".

A importância do Brasil na ressurreição de Glenn Hughes

Marcelo Moreira

Para muitos fãs de rock clássico, o nome Glenn Hughes soava muito distante. Outrora “A Voz do Rock”, o baixista e cantor inglês era um anjo caído mesmo em 1994 já livre do alcoolismo e das drogas. Não passava de um herói do passado.

Mesmo desconfiado e soba desconfiança de todos, Hughes resolveu encarar uma aventura sul-americana. Custava a acreditar que era considerado um deus do rock mesmo depois de muitos anos fora do Deep Purple, do Black Sabbath e das boas participações em álbuns de Gary Moore e Phenomena.

Desembarcou sozinho em meados daquele ano no aeroporto de Guarulhos e logo foi reconhecido por meia dúzia de fanáticos. “Acho que fiz bem de vir ao Brasil”, pensou quando encontrou os dois funcionários da gravadora que recepcionaram.

Bem mais magro do que dois anos antes, quando saíra da reabilitação, estava vestido com roupas leves e gostou do friozinho que encontrou. Nem reclamou de ter de circular pela cidade imensa dentro de um Fiat Uno branco meio surrado.

Nos oito dias em que ficou na capital paulista divulgando o então recém-lançado álbum From Now On”, um dos três melhores de sua ótima careira solo.

”Foi um divisor de águas na minha vida aquela visita. Não esperava nada e ganhei amigos para o resto da vida”, disse cantor 20 anos depois em entrevista ao Combate Roick. “Não imaginava o quanto eu era respeitado e gostavam da minha música na América do Sul mesmo depois de alguns anos no underground.’

O Combate Rock ainda não existia, mas este jornalista foi convidado a frequentar alguns dos ambientes onde ele esteve, como a 97 FM, que poucos meses depois deixaria de ser uma rádio rock para virar Energia 97, dedicada á música eletrônica.

Glenn Hughes (FOTO: JOEL BARROS/DIVULGAÇÃO)

 

Foi nos estúdios da avenida Dr. Arnaldo, limite entre os bairros Sumaré e Pacaembu, que Glenn Hughes passou horas bebendo água e pouco de suco e contando histórias maravilhosas de sua vida intensa.

Nas conversas descontraídas com quem aparecesse por lá, falou por horas sobre como era difícil conviver com Ritchie Blackmore no Deep Purple e como às vezes se irritava com o amigo Jon Lord, o tecladista da banda e o mais velho de toda a galera, que insistia em dizer que Hughes tinha um sonho: virar negro se tornar Stevie Wonder.

Na entrevista a este jornalista, antes de seguir para o Blackjack Bar, na zona sul da cidade, dizia ter nascido de novo depois de mais de 20 de excessos com drogas e álcool e reconhecia que tinha desperdiçado boa parte d a carreira no fim dos anos 70 e começo dos anos 80. Não renegou o trabalho com o Black Sabbath, “Seventh Star”, de 1986, mas afirmou que poderia ter feito muitas coisas diferentes para evitar muitos dissabores.

“Voltei a falar com Tony Iommi [guitarrista e fundador do Black Sabbath] e não tiro a razão m relação aos problemas ocorridos naquela época [Hughes estava exagerando em tudo e brigou com o empresário da turnê americana, sendo demitido no começo delas, em 1986]”relembrou o músico.

Sobre “From Now On”, iluminou-se ainda amis ao agradecer efusivamente aos brasileiros pelo interesse no disc. “Foi preciso que fãs que eu nem imaginava que tinha do outro lado do mundo para mostrar que eu ainda posso cantar bem e mostrar novas músicas. Aqui foi o primeiro lugar que demonstrou esse interesse. Estou nas nuvens...”

Quando ei contei que “Blues”, seu primeiro álbum solo lançado depois de sua recuperação em 1992, era um item raro e muito procurado no Brasil, ele se surpreendeu e riu de nervoso. Ele conferiu essa informação com o pessoal que o assessorava e ficou surpreso.


 

“Não botei muita fé no projeto [era o segundo volume da série ‘L.A. Blues Authority]e serviu de recomeço, para espantar o temor de voltar ao estúdio.” Neste momento, o som ambiente do escritório começou a tocar “The Boy Can Sing the Blues”, daquele álbum e que fizera parte da programação da rádio anos antes. Alguémfoi muito ágil e avisou o locutor/operador para colocar.

Paralisado, Hughes ouviu por 40 ou 50 segundos e depois comentou: “É a melhor do disco, a que abre o trabalho. Foi difícil gravar, eu estava travado e receoso. Hoje escuto e percebo que deu certo, mas na hora não gostei. Achei que não estava preparado para voltar pisando no acelerador.”

Sobre o Deep Purple, falou muito, mas evitou contar, com o gravador ligado, detalhes de bastidores. Mantinha amizade com David Coverdale, o vocalista principal de seu período na banda, e nenhum contato com o guitarrista Ritchie Blackmore. “Não me recuso a cantá-las, sou coautor de muitas delas. Fazem parte daminha história. Sou quem sou muito por conta da banda.”

No acanhado Fiat Uno que o levaria ao Blackjack deixava à mostra camisas do São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Flamengo e Cruzeiro, presentes de funcionários da gravadora. Adorou as de Palmeiras e Flamengo.

“Meu Wolves já viu dia melhores, hoje está ma segunda divisão”, limitou-se a dizer o fanático torcedor do Wolvwegampton, que foi time vencedor nos anos 40 e 50 na Inglaterra e que está se mantendo, atualmente, a duras penas, na Premier League.

Ele sabia o que o esperava no Blackjack. Endeusado e ovacionado, subiu ao palco e cantou três músicas do Deep Purple de sua fase previamente ensaiadas naquela tarde pela banda que fiaria o show naquela noite.
Deu um show de carisma e cantor como nunca. Realmente, ele estava nas nuvens.

Antes de voltar para Los Angeles, nos Estados Unidos, onde morava, ainda deu uma esticada no litoral paulista, onde deu sorte e pegou um solzinho de inverno – para ele, quente demais...

Hughes voltaria ao Brasil para tocar pela primeira vez no Monsters of Rock de 1998, em São Paulo. Tocou no final da tarde, com sol quente no rosto, mas não escondia a satisfação de ocar para os brasileiros. Lembrou de todos os que o recepcionaram quatro anos antes e, nos bastidores do estádio, a todos e relembrou de todas as passagens legais que desfrutara por aqui.

A este jornalista, confidenciou logo após o fim do show. “Volto ano que vem para um show só meu. Será no final do ano.” Cumpriu a palavra e fez um show maravilhoso no antigo Tom Brasil, na Vila Olímpia, em 1999, quando gravou um EP “Live in South America”, que foi CD bônus em diversos países do mundo, primeiramente no Japão.

Na entrevista coletiva pré-show, mandou muito bem: “Não tenho como não incluir São Paulo e o Brasil em minhas turnês daqui para frente. A energia é positiva que que acaba fazendo falta. Amo Brasil e Argentina.”

Aos 73 anos, o baixista e cantor anunciou que fará sua última turnê mundial para depois se aposentar dos palcos. Tocará em São Paulo em novembro de 2025. Será um sacrilégio perder este show.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Rock in Rio: denúncia de trabalho escravo enlameia o rock

Marcelo Moreira

FOTO: DIVULGAÇÃO


Não faz muito tempo, em um antigo governo federal liderado por um nefasto presidente de extrema-direita, um intelectual observou de forma certeira a questão do trabalho escravo moderno: “Estamos atualizando as definições de escravidão neste mundo infeliz.”

Ele se referia às iniciativas para desidratar leis e fiscalizações sobre as denúncias de trabalhos análogos à escravidão no Brasil, antes relegados a fazendas em lugares distantes, mas que hoje infestam as cidades grandes também.

Não é novidade que eventos de entretenimento de grande parte são alvos frequentes de denúncias e fiscalização por conta do trabalho escravo. A recorrência desse tipo de crime evidencia duas situações absurdas: a falta de cuidado com que as organizações de festivais de rock e música avaliam e contratam empresas prestadoras de serviço e o pouco caso com a imagem do evento ao não se precaverem – sabem que é um assunto que morre rápido e que, portanto, não merecem grande preocupação.

A mais recente denúncia de trabalho escravo, agora envolvendo o Rock in Rio, deveria ser tratada como um grande escândalo internacional, daqueles de levar a prisões sumárias e banimento imediato do evento. É uma imensa vergonha que o festival tenha sua marca associada a esse tipo de investigação. É lamentável que o rock seja atraído para a lama desse tipo de coisa.



A operação



O Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) e a Auditoria Fiscal do Trabalho estiveram presentes no Rock in Rio 2024 para monitorar as condições de trabalho durante o festival.

A operação teve como foco assegurar o cumprimento da legislação trabalhista, prevenindo excessos de jornada e outras possíveis irregularidades. Durante a ação, foram identificados trabalhadores em condições análogas às de escravo atuando na produção do evento.

Foram identificados 14 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão no Rock in Rio. Os trabalhadores, contratados como carregadores, enfrentaram jornadas exaustivas e condições degradantes de trabalho, sem receber o pagamento integral prometido, que variava entre R$ 90 a R$ 150 por diária.

A operação foi iniciada em 22 de setembro no Parque Olímpico, onde o festival foi realizado. A Força Bruta Backstage, responsável pela contratação dos trabalhadores, recebeu 21 autos de infração. A Rock World S.A, organizadora do evento, foi autuada com 11 autos por negligência na observância da legislação.

Durante a fiscalização, segundo o MPT, foram encontradas condições precárias de alojamento e higiene, com trabalhadores dormindo sobre papelões e plásticos e tomando “banho de canequinha” em banheiros improvisados. As condições, somadas às jornadas exaustivas e ao trabalho forçado, caracterizaram o trabalho como análogo à escravidão.

A empresa Rock World, de acordo como jornal Folha de S. Paulo, informou que recebeu com surpresa as denúncias e que as consideram precipitadas por ainda não haver processo legal instaurado pata investiga-las. No entanto, também informou estar trabalhando com aas autoridades para esclarecer os fatos., Ninguém da Força Bruta foi encontrado para falar sobre o caso

.


De forma abrupta, Shamangra cncela show e encerra as atividades

Marcelo Moreira


 



Era uma brincadeira de fãs que se tornou coisa séria, ainda que houvesse alguma contestação: e se um dia ex-integrantes de Angra e Shaman se reunissem um show especial? Como seroa o Shamangra?

A ideia aparentemente estapafúrdia foi abraçada pelo baixista Luís Mariutti, quer tocou nas duas bandas, e então o Shamangra tomou forma para celebrar o legado de ambas com a adição de convidados especiais, Era uma antiga demanda de fãs que ganhou vida. A ideia estapafúrdia, qu chegou a ser considerada como “oportunista pelo baterista Ricardo Confessori (que não foi convidado para participar) acabou virando uma boa ideia.

Por tudo isso é que causou espanto e tristeza o abrupto anúncio do cancelamento do show do 18 de janeiro, em São Paulo, e, pior, o encerramento das atividades do projeto. Em comunicado nas redes sociais, Fernanda Mariutti, esposa de Luís, informa que, por baixa venda de ingressos antecipados, a 4º Festa da Firma foi cancelada.

“Estamos cancelando o evento por baixa venda de ingressos. Parece que os fãs não aceitaram a ideia de existir o Shamangra”,escreve Fernanda, de forma ressentida e lamuriosa. Até o momento, ninguém parece ter uma explicação para a baixa procura, já que eventos anteriores tiveram boa aceitação e bom público.

Além disso, a forma radical de acabar com o projeto como um todo, parece sugerir que já algo mais na decisão do que somente a frustração da expectativa de ingressos vendidos. O cancelamento também coloca em dúvida a máxima de que tudo que diz respeito ao Angra dá certo e é sucesso garantido de público.

Seja como for, a ótima ideia que tinha sido criticada por um suposto caráter oportunista sucumbe diante de uma realidade de mercado que evidencia uma triste constatação: nem mesmo o nome Angra está sendo suficiente para atrair um público bom para atrações nacionais de qualidade.

Em contrapartida, é um desalento para o rock nacional constatar que Iron Maiden, System of a Down e Oasis, por exemplo, tiveram ingressos para shows esgotados n Brasil com muita antecedência, com a abertura de datas extras.

Não há como não dar razão para os músicos brasileiros que reclamam muito do comportamento errático do público. De novo, a preferência é pagar R$ 500, no mínimo, para ver mal e porcamente um astro estrangeiro no estádio, em detrimento de gastar R$ 50 para assistir em melhores condições artistas nacionais de rock.

System of a Dawn anuncia shows no Brasil

 Do site Roque Reverso


A banda System Of A Down anunciou nesta segunda-feira, 16 de dezembro, o retorno ao Brasil para shows no primeiro semestre de 2025. O grupo armênio-norte-americano tocará em maio do ano que vem em três capitais brasileiras: Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.

Na capital paranaense, o SOAD vai se apresentar no dia 6 de maio no Estádio Couto Pereira. Na capital fluminense, tocará no dia 8 de maio no Estádio Nilton Santos (o Engenhão). Na capital paulista, o show será no dia 10 de maio no Allianz Parque, a Arena do Palmeiras.

As apresentações no Brasil fazem parte da turnê sul-americana que o grupo realizará entre abril e maio, marcando o retorno ao continente após 10 anos de ausência.

Antes de chegar ao solo nacional, o SOAD vai se apresentar em Bogotá (Colômbia), Lima (Peru), Santiago (Chile) e Buenos Aires (Argentina).

Os ingressos de pré-venda para os shows no Brasil estarão disponíveis a partir de 17 de dezembro no site da Eventim (eventim.com.br/SystemofaDown).

A venda geral ao público começa em 19 de dezembro, ao meio-dia (de Brasília).

Para o show em Curitiba, os valores das entradas inteiras por setor são os seguintes: Pista (R$ 595,00), Pista Premium (R$ 1.095,00), Arquibancada (R$ 395,00), Cadeira Social Superior (R$ 495,00), Cadeira Social Inferior (R$ 695,00), Cadeiras Mauá (R$ 695,00), Hot Seat – Cadeiras Mauá (R$ 1.195,00) e Pacote Vip (R$ 1.885,00). A bilheteria física oficial fica na Hard Rock Café (Rua Buenos Aires, 50 – Batel, Curitiba).

Quanto ao show no Rio, os preços dos ingressos inteiros por setor são os seguintes: Pista (R$ 595,00), Pista Premium (R$ 1.095,00), Cadeira Superior (R$ 495,00), Cadeira Sul (R$ 595,00), Cadeira Inferior Leste e Oeste (R$ 695,00), Hot Seat – Leste e Oeste (R$ 1.195,00) e Pacote Vip (R$ 1.885,00). A bilheteria física oficial fica no próprio Estádio do Engenhão.

Para o show em São Paulo, os valores das entradas inteiras por setor são os seguintes: Pista (R$ 595,00), Pista Premium (R$ 1.095,00), Cadeira Superior (R$ 495,00), Cadeira Inferior (R$ 695,00), Hot Seat – Leste e Oeste (R$ 1.195,00) e Pacote Vip (R$ 1.885,00). A bilheteria física oficial fica no próprio Allianz Parque.

Notas roqueiras: Fabio Lione, Válvera, Marenna, Macumbazilla...

Fabio Lione (FOTO: DIVULGAÇÃO)

 -  Conhecido por sua trajetória de sucesso em bandas como Rhapsody, Vision Divine e Angra, o renomado vocalista italiano Fabio Lione, fará sua primeira turnê solo no Brasil, e em São Paulo ele se apresentará na Vip Station (Santo Amaro/SP) no dia 2 de fevereiro (domingo) – confira serviço abaixo!

Lione falou sobre essa turnê: “Estou muito feliz em receber esse apoio e carinho dos fãs. Ter a chance de realizar uma grande turnê solo no Brasil é algo incrível. Isso mostra que, ao longo dos anos, as pessoas têm apreciado os trabalhos feitos com Rhapsody, Angra, Kamelot, Vision Divine, Athena, entre outros projetos”.O vocalista promete um setlist com surpresas. Além de clássicos do Rhapsody, anunciou que incluirá músicas do Vision Divine, Angra e Kamelot, além de covers conhecidos. “Teremos também algumas músicas de ópera e coisas que nunca fiz antes”, revelou.

SERVIÇO:

“Fabio Lione’s Epic Tales Brasil Tour 2025 – São Paulo”

Banda convidada: Enorion

Abertura: Innocence Lost e Marenna

Dia: 02/02/2025 (domingo)

Horário: 17h

Local: Vip Station

Endereço: Rua Gibraltar, 346, Santo Amaro – São Paulo

Telefone: 11 94766-1858

Ingressos antecipados:

https://101tickets.com.br/events/details/Fabio-Lione-em-Sao-Paulo

Ingressos:

Pista Comum – lote 2: (meia entrada ou 1kg de alimento): R$110,00

Camarote – Lote 2: (meia entrada ou 1kg de alimento): R$140,00

Camarote – Lote 2: R$280,00

Pista Comum – Lote 2: R$220,00

- O Válvera lançou seu novo single, "Reckoning Has Begun". A canção é um poderoso desabafo que reflete a luta da banda contra injustiças e desafios enfrentados nos últimos anos, prometendo ressoar com todos que já se sentiram oprimidos por situações adversas. "Reckoning Has Begun" é descrita como um hino de superação, onde cada verso carrega a intensidade de quem decidiu não mais engolir as dificuldades. A música aborda a importância de encarar os fantasmas do passado de cabeça erguida e transformar cada cicatriz em força. Com uma mensagem clara, a banda declara que é hora de acertos de contas, onde as verdades virão à tona e não haverá espaço para mentiras ou traições. Rodrigo Torres, guitarrista do Válvera, enfatiza que este single representa a "volta por cima" da banda após anos caóticos. Ele destaca que "Reckoning Has Begun" traz uma mensagem forte de resiliência e serve como um aviso àqueles que duvidaram do grupo: "Estamos mais vivos do que nunca." Segundo ele, a canção é um dos sons mais pesados da banda até agora e uma amostra do próximo álbum intitulado “Unleashed Fury”. Ouça em https://bit.ly/Listen-Now-ReckoningHasBegun)

 - De volta ao Brasil, após bem-sucedida turnê europeia, o Marenna, que além de Rod Marenna nos vocais também conta com Edu Lersch na guitarra, Bife no baixo, Arthur Schavinski na bateria e Luks Diesel nos teclados, tem agora dois compromissos importantes em São Paulo, capital. No dia 2 de fevereiro o Marenna será uma das bandas de abertura do show solo do vocalista Fabio Lione (Angra, Rhapsody, Kamelot). O show acontece na VIP Station (Rua Gibraltar, 346 – Santo Amaro) e na mesma noite também se apresentam Innocence Lost e Enorion. Os ingressos estão à venda pela 101 Tickets: https://101tickets.com.br/#/events/details/Fabio-Lione-em-Sao-Paulo. Uma semana depois, Rod Marenna (vocal), Edu Lersch (guitarra) e Arthur Schavinski (bateria) serão a banda de apoio do fenomenal Marco Mendoza, super baixista com passagens por Whitesnake, Thin Lizzy, Journey, The Dead Daisies, Blue Murder, Ted Nugent, entre outros. O show acontece no dia 07 de Fevereiro na House Of Legends (Rua Inácio Pereira da Rocha, 367 – Vila Madalena) e os músicos acompanharão Mendoza num set recheado de clássicos das bandas em que o baixista já passou. Na mesma noite também se apresenta o Nite Stinger. Os ingressos estão à venda pela 101 Tickets: https://101tickets.com.br/events/details/Marco-Mendonza-em-Sao-Paulo. Assim como na turnê europeia, o show em São Paulo na Vip Station faz parte da “Ten Years After Tour” onde o Marenna celebra seus dez anos de carreira e apresenta músicas que estão no tracklist do já citado novo álbum “Ten Years After” que reúne 10 faixas ao vivo: “Voyager”, “Never Surrender”, “Pieces Of Tomorrow”, “You Need To Believe”, “Wait”, “Out Of Line”, “Breaking The Chains”, “Getting Higher”, “Too Young To Die”, “Had Enough”, além de duas inéditas, “Runaround” e “How Long”. O disco foi lançado em CD pela Classic Metal e ocupou a segunda posição entre os mais vendidos da Die Hard na Galeria do Rock.

- O ano ainda não acabou, mas o Macumbazilla já prepara o desfecho perfeito para 2024: uma apresentação especial no Lado B, no dia 21 de dezembro, às 20h. Formado por André Nisgoski (vocais), Carlos "Piu" Schner (baixo) e Julio Goss (bateria), o trio curitibano promete uma noite marcada por riffs poderosos, energia explosiva e aquele peso que só eles sabem entregar. Na estrada desde 2012, a banda conquistou seu lugar de destaque na cena nacional com uma mistura única de rock e metal, que se consolidou no álbum ...At a Crossroads — eleito um dos 10 melhores álbuns de metal de 2021. O que se espera agora é uma apresentação memorável, carregada de intensidade e emoção, fechando mais um capítulo da trajetória de um dos nomes mais relevantes do gênero no país.  h, e aqui vai um detalhe importante: a entrada é FREE! Ou seja, além de boa música, você só precisa levar a disposição de sair com a alma renovada e o coração batendo no ritmo feroz do Macumbazilla.

Quando? Sábado, 21/12/2024

Que horas? Lado B abre às 19h; show às 20h.

Onde? Rua Inácio Lustosa, 517 — Lado B

Dream Thetaer soa diferente em SP, mas ainda é capaz de maravilhar

Henrique Neal – especial para o Combat Rock 

Dream Theater em São Paulo (FOTO: DIVULGAÇÃO/FACEBOOK/VIBRA SÃO PAULO/LIVERATION)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Notas roqueirasa: Barão Vermelho, Biquini, Helen Papini, Mukeka di Rato...

 

Barão Vermelho (FOTO: DIVULGAÇÃO)

- O Barão Vermelho vai apresentar seu novo show "Do Tamanho da Vida", título da música inédita de Cazuza e Barão Vermelho. O espetáculo acontece no dia 27 de dezembro (sexta), no Circo Voador (RJ). A nova turnê, que foi lançada juntamente com a nova canção durante o Rock in Rio 2024, inclui sucessos como "Bete Balanço", "Exagerado", "Maior Abandonado", "O Tempo Não Para" e "Pro Dia Nascer Feliz". Para abrir a noite o convidado especial é o Sergio Serra Trio, formado também por Hélio Rátis na bateria e Luciano Mendes no baixo. O power trio apresentará suas composições e algumas releituras de sucessos. "O show do Barão e a sua turnê "Do Tamanho da Vida", me pegam, por mil motivos. Parece que tudo que já fizemos tem relevância. O repertório é "matador", a banda está voando alto, performances incríveis e muita vontade de agradar aos fãs. São 43 anos de estrada, tudo DO TAMANHO DA VIDA, como o prometido, como merecido. Viva caralho, morrer jamais!", exclama um empolgado Guto Goffi, baterista do Barão.


Serviço:

BARÃO VERMELHO | Turnê "Do Tamanho da Vida"

Data: Sexta, 27 de dezembro de 2024

ABERTURA DOS PORTÕES: 20h

INGRESSOS A PARTIR DE

R$ 70 (meia-entrada para estudantes, menores de 21 anos, pessoas com deficiência e maiores

de 60 anos | ingresso solidário válido com 1 kg de alimento | cliente Clube O Globo -

3participante do programa de relacionamento do Jornal O Globo | cliente Cartão Giro MetrôRio
- cadastre o cartão e pague meia-entrada em até 2 ingressos | Grupo Estação - mediante a apresentação do ingresso de cinema do mês vigente)

R$ 140 (inteira)

Classificação: 18 anos (14 a 17 anos somente acompanhados pelos responsáveis)

Compras na bilheteria do Circo Voador e pelo site da Eventim: eventim.com.br

- A banda Biquini, antiga Biquini Cavadão. está de volta, com seu mais novo EP "Como Nascem as Canções", um projeto intimista e único de regravações de seus maiores sucessos. O novo projeto do grupo, um dos maiores nomes do rock brasileiro, conta com as versões originais, em voz e violão, do momento de gravação de seis de seus maiores sucessos. O novo EP chega como uma maneira de comemorar a carreira marcante do Biquini Cavadão, agradecendo os fãs e trazendo eles para estes momentos especiais de gravação das músicas. Já disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm, "Como Nascem as Canções" traz o público para dentro do universo da banda mais do que nunca. As gravações de "Foi Só Distração", "Tarde", "Quando Eu Te Encontrar", "A Cidade", "Quanto Tempo Demora um Mês" e "Um Corpo Sem Alma" presentes no EP vem das sessions originais de composição de cada um destes sucessos. A intenção por trás do projeto foi oferecer aos fãs do Biquini Cavadão esta oportunidade de ouvir as músicas como elas nasceram. Ouça em https://onerpm.link/ComoNascemasCancoes


- A baixista Helena Papini lança seu mais novo single "Amuletos", com participação de Ju Strassacapa, sua colega na Francisco el Hombre. Conhecida por sua participação em diversas bandas, Helena está no processo de lançamento do seu primeiro álbum solo, marcado para lançamento no ano que vem. Com Ju Strassacapa nos vocais e Michele Cordeiro na guitarra, o novo single de Helena Papini traz uma composição poética e envolvente, usando o amuleto como uma metáfora para segredos que devem ser guardados. A participação de sua colega de banda nesta faixa é um momento importante para Helena, já que a Francisco está entrando em hiato. "Talvez, inconscientemente, eu tenha convidado a Ju pra essa música pra ter uma 'desculpa' de poder encontrar com ela mais vezes, depois que nossa banda pausar", comenta Helena. Em "Amuletos", Helena Papini canta sobre a importância de compartilhar segredos com aqueles que nos conhecem e nos acolhem, destacando a fundamentalidade de construir confiança nos seus entornos. A cantora e instrumentista aponta que a jornada para descobrir confiança em nós mesmos e outras pessoas é igualmente importante. Ouça em https://onerpm.link/132218526335

- Uma das maiores bandas de punk/rock do Brasil, o Mukeka di Rato lança uma música inédita na véspera de Natal. “Desgraça Capixaba” traz a força na letra pesada e direta contrastando com com a leveza do arranjo, em mais uma das irônicas e sensacionais música dos capixabas. “A gente quis fazer uma letra que falasse somente de tragédias e soasse parecido com alguma banda de reggae local. ‘Desgraça Capixaba’ é um glossário de desgraças reais da nossa terra, Espírito Santo. A gente fala desde o extermínio de povos originários até o brutal assassinato de crianças, como no caso Araceli. Fala da hipocrisia de pastores e militares criminosos que defendem a família”, comentou o vocalista Fepaschoal, “Escolhemos problemas locais do nosso estado, um pedaço do Brasil, e acabamos falando sobre o país inteiro, pois essa é nossa realidade há mais de 500 anos” – finaliza.