Uma banda
mais cultuada do que ouvid. Assim o cantor Nasi, do Ira!, costumava brincar
tempos atrás a respeito da efêmera Voluntário da Pátria, que existiu entre 1984
e 1986 reunindo músicos de várias bandas paulistas do então nascente Rock
Brasil anos 80. Eles queriam ser diferentes de tudo, mas foram tão diferences e
ousados que pouca gente entendeu – ou quis
entender – o que era aquilo.
Faz 40
anos que a banda de um disco só, autointitulado, despontou, causou algum furor
e desapareceu diante de várias realidades de mercado. Foram poucos os encontro
desde então, e gora o Sesc Pompeia promove a reunião do cinco integrantes
originai para um show comemorativo. Será no dia 23 de outubro, uma quarta-feira.
O som do
Voluntário da Pátria era sofisticado, pretensioso e ligeiramente progressivo.
Era uma tendência naqueles tempos em que músicos presunçosos na Inglaterra e no
Brasil queriam soam diferente do que as emissoras de rádio tocavam.
O guitarrista inglês Paul Weller, por exemplo,
acabou a banda The Jam para iniciar o Style Council, que misturava pop
classudo, jazz e bossa nova. Er diferente de Duran Duran, Depeche Mode, The
Cure, The Smiths e outras bandas da época.
Por aqui,
Nasi e o guitarrista Thomas Pappon (na época era baterista), que tocou também
no Fellini e se tornou um importante jornalista na BBC de Londres, imaginavam
fazer uma música que fugisse do pop ensolarado dos Paralamas do Sucesso, do
rock básico do Barão Vermelho, da new wave dos titãs e do som mod do Ira!. Autosssabotagem?
Nasi rri de forma enigmática, mas em seguida afirma que todo mundo se divertiu
com essa banda cult. O álbum único da banda foi lançado no final de 1984.
,
A história da banda “Voluntários da Pátria”
está intrinsecamente ligada ao cenário do rock underground paulistano da
primeira metade da década de 1980.
Ao lado
de bandas como Ira, Mercenárias, Smack, Azul 29 e Akira S e as Garotas que
Erraram, o grupo foi uma das figuras centrais dessa efervescente cena musical.
Fundado em 1983 por Thomas Pappon, Miguel Barella e Minho K, o
Voluntários da Pátria viu passar por suas fileiras alguns dos grandes nomes
tanto do underground quanto do mainstream do rock brasileiro das décadas de 80
e 90.
Músicos
como Mauricio (Ultraje a Rigor), Nasi e Ricardo Gaspa (Ira!), Guilherme Isnard
(Zero), Akira S e Edson X (Akira S e as Garotas que Erraram, Gueto) deixaram
suas marcas na trajetória da banda.
Em 1984, o Voluntários da Pátria registrou sua
sonoridade única em um LP lançado pela Baratos & Afins, com uma formação
considerada clássica: Nasi nos vocais, Miguel Barella e Giuseppe “Frippi” Lenti
nas guitarras, Ricardo Gaspa no baixo e Thomas Pappon na bateria.
O
relançamento deste álbum icônico é uma homenagem não apenas à trajetória do
Voluntários da Pátria, mas também à rica história do rock brasileiro. É uma
oportunidade para os fãs reviverem clássicos atemporais e para as novas
gerações descobrirem a essência e a energia deste momento crucial da música
brasileira.
Em
parceria com a icônica loja de discos “Baratos e Afins” estamos orgulhosos de
relançar este marco do rock underground paulistano em vinil, remasterizado e
com uma capa de abrir especial, repleta de fotos, texto e encarte.
SERVIÇO:
Voluntários
da Pátria no Sesc Pompeia
23 de
outubro
21h
Rua Clélia,
93 – Água Branca – São Paulo
Ingressos>
de R$ 18 a R$ 60
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