segunda-feira, 8 de agosto de 2022

O dia depois do dia seguinte: um país armado, paranoico e psicótico

 Não é só ódio: é pura perversidade. Não é só desprezo: é puro despeito e desrespeito. Não é só gosto pela destruição e depredação: é o prazer em praticar em praticar o mal, com traços evidentes de psicopatia. 

Os recentes crimes de feminicídio por motivos fúteis e crimes de ódio com traços políticos, ainda que secundários, são sintomas de doenças mais graves da sociedade que encampou ou normalizou a aberração bolsonara e bolsonarista. 

Essas doenças são a profunda intolerância originada da extrema-direita, que contaminou de forma irreversível a sociedade, e a nenhuma disposição em busca de consenso e o descrédito generalizado pela democracia. 

Não adianta as pesquisas indicarem que 75% da população ainda acredita na democracia se a sociedade não toma providências para defendê-la e neutralizar as pessoas que a atacam.

Em nosso microcosmo da cultura/entretenimento/rock, é aterrador e aterrorizante observar a quantidade grande de gente - músicos e apreciadores - que se perdeu o pudor em disseminar o ódio e a apoiar a violência de extrema-direita de teor fascista.

Há gente que apoia abertamente os assassinatos de mulheres por companheiros e ex-companheiros; que relativiza e justifica o assassinato covarde de um petista em Foz do Iguaçu (PR) por um bolsonarista criminoso insano e furioso. 

E já existe uma "corrente do bem" para apoiar e ajudar o policial militar que assassinou um atleta de jiu-jítsu desarmado em São Paulo - com a devida campanha de desmoralização da vítima, que teria "merecido o tiro por ter agredido" o policial, que passou uma hora provocando lutador e seus amigos em show. 

É sério, um músico escreveu esse tipo de insanidade - apagou  post na rede social, voltou a escrever a mesma porcaria e apagou de novo. 

Que tipo de gente é essa que encarna sem a menor vergonha a perversidade embutida neste governo nacional corrupto de inspiração fascista e voltado para o ódio e a violência?

O estímulo ao armamento está intimamente acompanhado da covardia intrínseca associada o fascismo e aos protofascistas ignorantes e asquerosos que apoiam o bolsonarismo lixo. A covardia e a ignorância são as principais marcas do mundo medieval bslsonarista.

A simples ideia de que artistas possam apoiar esse lixo imenso que empesteou a sociedade brasileira embrulha o estômago. É nojento pensar que músicos apoiem a destruição, a depredação, a censura, a castração da liberdade de expressão e a erosão da própria democracia. Apoiam ideias e políticas que se voltam contra eles próprios.

Quem relativiza a própria liberdade e admite restringi-la - ou perdê-la - em nome de uma suposta segurança (contra o quê? Contra quem?) não merece mesmo desfrutar dessa liberdade tão cara aos seres humanos. Não merece nenhum respeito.

É essa gente que teremos de encarar no dia depois do dia seguinte à aniquilação e expulsão do bolsonarismo de nossas vidas e de nossa sociedade. Quando supostamente voltará ao normal. Normal?

Há enormes possibilidades de que a vitória da civilização sobre a barbárie ocorra n primeiro turno. Primeiro virá a sensação de alívio, pois finalmente teremos algum futuro; depois virá satisfação pela vitória, que deve ser comemorada e celebrada por pelo menos 24 horas. 

No entanto, em seguida, teremos de encarar a ressaca dos fascistas e e as tentativas de golpe e contra-ataque de uma horda fétida e apodrecida que tentará melar o resultado. 

Acuados e desesperados, podem perfeitamente declarar uma guerra civil, já que estão devidamente armados e equipados. Na cabeça dessa gente ignorante e desmiolada, não há mais nada a perder.

Temos uma estratégia para resistir e, ao mesmo tempo, neutralizar a reação dos lixos humanos insurretos que abraçarão o fascismo? Teremos disposição para encarar um país explosivo, armado, paranoico e psicótico?


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