O álbum que marca o início do fim da formação clássica do Pink Floyd vai ganhar nova edição em 2024. "Animals", de 1977, o segundo favorito do baixista Roger Waters, ganhará edição de luxo e novo tratamento de áudio.
Tem importância vital na história da banda porque marca a ascensão definitiva de Waters como o líder do Pink /Floyd e o principal compositor, Impôs o conceito baseado no livro "Revolução dos Bichos", de George Orwell (1903-1950), ressaltando o viés humanista e esquerdista, mas com um tom ácido e crítico, com predomínio das ideias do baixista.
Bos dois discos seguintes, "The Wall" (1979) e "The Final Cut" (1983), o predomínio de Waters seria quase total, desde o conceito até a grande a maioria da composições, provocando o racha no ano seguinte, quando Waters sai e o guitarrista David Gilmour e o baterista Nick Mason conseguem na Justiça o direito de continuar a usar o nome da banda.
A nova versão de "Animals"será lançada em Dolby Atmos pela Warner Music,no próximo dia 17 de maio. Esse tipo de som proporciona uma experiência sonora tridimensional, imersiva e mais envolvente do que os sistemas de áudio surround tradicionais. E
m vez de canais de áudio convencionais, como nos sistemas 5.1 ou 7.1, o Dolby Atmos utiliza objetos sonoros tridimensionais, permitindo que o áudio seja movido de forma independente em qualquer direção, inclusive acima do ouvinte, criando assim uma experiência mais realista e envolvente. Isso é particularmente eficaz em cinemas, salas de home theater e sistemas de som de alta qualidade. N
"Animals 2018 Remix – Dolby Atmos", que será lançado em Blu-ray, contará com o remix de 2018 feito pelo produtor James Guthrie, além de mixes em estéreo de alta resolução e 5.1 junto com o mix original em estéreo de 1977, disponível digitalmente. Um livreto de 16 páginas acompanhará o produto, um adesivo e um cartão postal.
"Animals 2018 Remix" foi lançado em setembro de 2022 em CD, LP (com arte de capa desdobrável), SACD e formatos de luxo desdobráveis. A versão de luxo desdobrável inclui LP, CD, Blu-ray de áudio, DVD de áudio e um livro de 32 páginas.
Para muitos ouvintes, é o disco do Pink Floyd mais difícil de digerir, muito provavelmente por cota do conceito relativamente intrincado e pelo conhecimento parco da obra de Orwell por parte dos ouvintes.
Quando escuta esse tipo de análise, Waters ironiza e afirma que é só dar uma pequena olhada nos noticiário de hoje para perceber como o livro e o disco são atuas e que nada mudou desde os anos 30 do século passado.
Curiosamente, ninguém reclama de "The Wall" e de "The Final Cut", obras mais complexas e até mesmo densas, que requerem bem mais informação e atenção.
Em termos sonoros, "Animals" não é tão sofisticado, mas soa bastante experimental, principalmente em "Sheep" e em uma das partes de "Pogs on the Wings". É um dos grandes momentos do rock progressivo e e do próprio gênero musical no tocante às aspirações de ser considerado "arte" em toda a sua plenitude.
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