segunda-feira, 25 de março de 2024

Paganismo e distopia regem o metal extremo da banda The |Heathen Scythe

Um mundo destruído, pós-apocalíptico, com a presença de alienígenas e sobreviventes da raça humana em busca de algum propósito; O argumento tem muitas semelhanças com os roteiros da série de filmes "Mad Max", estrelada pelo ator Mel Gibson e que surgiu na Austrália. 

Os integrantes da banda paulistana The Heathen Scyte admitem que não é ,era coincidência, mas garantem que os temas abordados no heavy metal mesclado do grupo vão muito além do que a inspiração no cinema de ficção científica.

"Fazemos uma mistura de metal industrial, power metal e pagan metal e abordamos assuntos que têm uma complexidade por conta dos vários elementos que inserimos nas músicas", diz o vocalista Tato Deluca.

Depois de três caprichados videoclipes, The Heathen Scythe lançou seu primeiro EP em março, que é a primeira parte de uma sequência distópica com uma história mirabolante com várias referências históricas - e uma evidente mensagem ecológica de alerta contra a progressiva destruição do planeta.

O investimento da banda é pesado, com um som grandioso e bem produzido e clipes de padrão internacional. No palco, os seis integrantes usam roupas trazidas direto de Hollywood., a capital do cinema. "Não são indumentárias que mandamos fazer, nós as conseguimos direto com os figurinistas de estúdios, foram usadas em filmes", assegura Deluca.

"The Heathen Scÿthe" é uma das músicas que ganharam um clipe, Está cheia de referências de tradições pagã em cima de base que mistura elementos modernos provenientes de estilos como metal industrial e nu metal com elementos mais épicos do metal mais clássico. 

O grupo traz conhecidos nomes da cena como Tato Deluca (vocal), Bruno Luiz (guitarra), Paulo Roveri (guitarra), Flávio Sallin (teclado), Fernando Giovannetti (baixo) e Marcus Dotta (bateria). O clipe tem a direção de Thiago Larenttes, que já ganhou um Grammy Latino.  

“Com a ótima repercussão do nosso primeiro clipe, sentimos obrigação de elevar a barra da qualidade ao máximo", celebra Sallin, que é um dos destaques do som encorpado e diferenciado da banda.

Mesmo com o som de duas guitarras dominando parte das ações, os teclados conferem arranjos ora sinfônicos, ora eminentemente progressivos. em vez de disputar a proeminência com as guitarras, a ideia é é "duelar" e "engordar" a sonoridade, agregando uma dramaticidade e uma urgência às canções. Não há nada sobrando ou fora do lugar.

Para Sallin, a pesquisa intensa e abrangente realizada pela banda para compor as canções dentro do conceito abordado foi fundamental para que o resultado obtido  mostrasse um som peculiar. "São muitas as influências, que refletem a quantidade elementos inseridos em músicas que não ultrapassam quatro minutos. Pode parecer muita informação em tão pouco tempo, mas é parte da nossa ideia de heavy metal".

Com a participação no tradicional Thorhammerfest” do ano passado, o grupo ficou satisfeito com a repercussão de “Welcome (to the Dead)”, que ganhou clipe e esteve próxima de se tornar um "hit" dentro do metal extremo naquele evento.

Contando com a presença de mais de 50 pessoas (incluindo influenciadores que fizeram a cobertura ao vivo) a gravação contou ainda com trinta figurantes, nove máquinas de fogo, duas máquinas de fumaça, telão de led com 20 m² e palco cenográfico, além de bandeiras com pelo menos oito metros de altura. Tudo isto estará disponível em muito breve através das redes sociais, então fique ligado para mais um lançamento bombástico.

A faixa “Into the Fire” fala sobre o sacrifício de fogo, parte importante de um ritual onde é feita uma oferenda para deuses como Belenos e Hefestus, e para os guardiões da Torre da Vigília do Sul. 

"Acreditamos que é possível oferecer um espetáculo completo e amplo dentro do rock atual mesmo com as mudanças drásticas nos hábitos de consumo de música e na forma como a indústria opera atualmente", comenta Deluca. "Coo produto cultural, a música tem a oportunidade de agregar muita coisa e oferecer um panorama rico e multifacetado. É o que estamos tentando fazer."

The Heathen Scÿthe é um projeto formado em 2018 em São Paulo, trazendo um heavy metal com uma identidade bem singular, misturando elementos modernos provenientes de estilos como metal industrial e nu metal com elementos mais épicos encontrados no metal mais clássico, como já foi evidenciado. O

O trítono e as escalas frígio e diminuta bem características da banda dão espaço para refrões mais melodiosos beirando o op e gang-screams encontrados em músicas mais modernas. 

A mixagem e masterização do EP foram feitas pelo produtor alemão Lasse Lammert (Raven, Wind Rose e Gloryhammer).  


https://www.youtube.com/watch?v=ziNiF1-oiUs

https://www.youtube.com/watch?v=r2vJ0I00gsg

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