sábado, 9 de março de 2024

Mantendo a dignidade, Judas Priest soa revigorado em 'Invincible Shield'

Dignidade é a palavra mais importante para as bandas de rock clássico que ainda nos presenteiam om músicas novas. Esses artistas e seus público sabem que, com o tempo, diminuem as chances de surgir uma nova obra-prima, as é imperativo lançar bons álbuns.

 A banda inglesa de heavy metal Judas Priest comemora 55 anos de existência e 50 do lançamento do primeiro álbum, "Rocka Rolla", e não parece dar isnais de que pretende parar depois do lançamento de "invincible Shield", recém-lançado. 

O baixista Ian Hill é o único membro original e participante de todas as formações. O vocalista Rob Halfird está há 51 anos e o guitarrista Glenn Tipton, que hoje só toca em estúdio, está a caminho de completar 53 na banda.

No álbum anterior, "Firepower", o quinteto surpreendeu ao apostar em um som mais moderno e com timbres um pouco diferentes nas guitarras, fruto da azeitada associação com o produtor Andy Sneap, que toca guitarra nos shows no lugar de Tipton, acometido pelo Mal de Parkinson.

A sonoridade assustou um pouco, e agora a parceria com o produtor parece mais entrosada no novo CD,, "Invincible Shield", que carrega bastante no peso, mas mantém os pés no território conhecido do metal oitentista que fez a fama do quinteto inglês.

"Panic Attacl", o primeiro single, resgatava ecos de "Screaming for Vengeance", de 1982, que alguns consideram a obra máxima da banda. É agressiva e veloz, impactante como  o Judas costumava ser, com Rob Halfird, aos 75 anos, estourando os tímpanos de todos e mostrando vigor invejável.

No entanto, talvez seja "Crown of Horns" que simbolize as tentativas de soar mais moderno, com mais peso ainda que antes. Os ares épicos enganam e entregam um hard'n'heavy vigoroso baseado em um riff clássico e com um refrão contagiante. É o que de melhor o Judas sempre fez.

Dá para dizer o mesmo da faixa-título, que é contagiante e coloca as guitarras gêmeas "na cara", fazendo o som pesado e vigoroso explodir nos alto-falantes. "the Lodger", por sua vez, é uma balada épica que bebe no passado, ms aponta para um presente efusivo, ainda que as guitarras não esteham tão e evidência.

"The Serpent and the King" é menos esplendorosa, mas demonstra o alto poder de fogo dos guitarristas, especialmente Richie Faulkner, que substituiu à altura o mestre K.K. Downing.  

Em "Trial by Fire", o espírito de "Firepower" predomina, com a intenção diferente, embora as características de sempre estejam presentes. 

Ainda é um Judas Priest poderoso, mas que ainda busca a melhor opção entre o passado glorioso e o futuro co múltiplas escolhas. Faltou um grande épico para empurrar o álbum, mas isso não anula as muitas virtudes de "I.nvincible Shield"

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