terça-feira, 30 de março de 2021

A vitória moral é do antifascismo, mas as trevas avançam em nossa sociedade

 Marcelo Moreira



Nunca foi uma questão política. Ou melhor, só de política. Sempre foi uma situação em que deveriam, prevalece o caráter e a decência. Indo além, é uma questão de lutar pela democracia e pela liberdade de expressão contra a barbárie e o medievalismo.

Parece simples, mas parcela expressiva da sociedade brasileira se recusa a entender. Dentro do rock, esse tipo de indigência intelectual avançou miseravelmente a ponto de muitos perderem a vergonha e exporem o orgulho de sua ignorância.

O flerte com o fascismo desde a eleição do dejeto humano que está na presidência já escancarava as intenções de parte do eleitorado, que agora deixa o pudor de lado e assume que apoia o nefasto governo federal independentemente da tragédia que perpetra.

Os projetos de destruição da civilidade e de implantação de ideias toscas e burras, frutos de ideologias deturpadas e completa falta de educação/informação, avançam mesmo com o esfarelamento administrativo e a perda de condição de governabilidade. O objetivo é o caos total na tentativa de golpe dos mais abjetos.]

Esqueçamos as estúpidas notas de repúdio que nada impactam e os protestos indignados, mas só, na imprensa. 

Os sinais cada vez mais claros de apologia à supremacia branca e de admiração do nazifascismo mostram que o bolsonarismo mais lixo e fedorento quer esticar a corda na esperança de que o caos faça com que o presidente abominável consiga permanecer no cargo com toda a sua incompetência.

Bolsonaro fede, e seus apoiadores relinchantes aplaudem e estimulam a ruptura. Acham graça das demonstrações fascistas, como a do assessor internacional lixo que esteve no Senado nesta semana. Essa corja de dejetos conseguiu até mesmo cooptar um negro fascista, que envergonha qualquer ser pensante no comando da Fundação Palmares.

De forma assustadora, o mundo do rock conservador aplaude essa gente nefasta. Ri das demonstrações de supremacismo branco e desdenha do perigo autoritário. Quando foi que a burrice penetrou com tudo em nosso meio e veio para ficar?

Quando sairmos da pandemia e da peste que é o bolsonarismo não sobrará muita coisa. As amizades não serão refeitas, pois não se tolera seres fascistas. Não há diálogo com esse tipo de gente, que faz apologia da tortura, do crime contra pobres e negros, do racismo e que odeia direitos humanos.

Vamos esquecer qualquer possibilidade de conversa com o tio racista, como primo homofóbico e com o irmão terraplanista que vê comunista até em ministério bolsonarista. 

Ignore aquele antigo amigo que jogava bola nos finais de semana que o acompanhava no estádio de futebol, mas que adorava destilar ódio contra tudo e xingava policiais e jogadores negros.

Esqueça a colega de trabalho que odeia pobre e a cunhada que vive enfiada na igreja., qualquer uma, ouvindo um pastor canalha vomitar todo tipo de preconceito e estelionato.

A vida será bem diferente e provavelmente melhor na maioria das ocasiões. Banidos, neutralizados e eliminados os lixos fascistas, certamente nossos dias serão mais iluminados e esperançosos. 

Com esses seres de volta aos seus buracos, o rock poderá enfim respirar um pouco melhor e celebrar a diversidade e a liberdade. O rock ajuda a destruir o fascismo, e assim será.

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