quarta-feira, 17 de março de 2021

Rápido panorama do metal nacional - 64

Marcelo Moreira 




- Facing Fear - Heavy tradicional básico e sem firulas, mas que passa longe dos temas épicos no CD "Ana Jansen". Nada de novo ou original, mas bacana o bastante para ouvir com os amigos naquelas reuniões de final de semana. O peso rola solto em clima oitentista nas canções "I Wanna Play the Sound" e "Hell's Killer".


- Disritmia Felt - "Natureza Humana" é um disco pesado, por mais que a produção seja bastante simplória. Thrash e metalcore explodem nos falantes com vigor, e temas como "No Limite" colocam a banda como um expoente da atual safra de hardcore cantado em português, por mais que a banda seja veterana. Com uma produção melhor a banda pode mudar de patamar.


- Vocifer - Outra banda ótima da região Norte do Brasil, mostrando que a floresta amazônica pode render muito metal de qualidade. A banda de Tocantins mostra em "Boiuna" poder de fogo impressionante, em álbum que aborda temas locais e ecológicos com propriedade. Boiuna, segundo as lendas amazônicas, era uma cobra gigante que engolia pescadores e mudava o curso dos rios. Com a produção eficiente de Thiago Bianchi (vocalista do Noturnall), o Vocifer cai de cabeça em um heavy tradicional caindo para o power metal, lembrando alguns momentos interessantes de Angra e Shaman. "Lady Moon" parece ser o carro-chefe do bom disco dos tocantinenses.


- Vazio - Comendo pelas beiradas, eis que esse excelente nome do black metal brasileiro se impõe como um dos maiores nomes do gênero. "Eterno Aeon Obscuto" reúne o que de melhor o subgênero oferece: som cáustico, claustrofóbico, pesado e contundente. Não é para todos os ouvidos, mas as letras em português facilitam bastante o acesso. A música mais interessante é o "Chamado dos Mortos".

 


 - Me Chama de Zé - Todo mundo já falou, mas não custa reforçar: o nome não ajuda, embora não seja por isso que a banda não decolará. Sendo assim, é rock and roll básico e com pegada pop em alguns momentos, sendo que não há abuso nas piadas. A produção do EP autointitulado peca um pouco na definição dos timbres de guitarra, assim como nas vozes com pouca potência, mas a banda elaborou boas ideias em canções como "Máquina Quente".

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