quarta-feira, 31 de março de 2021

Ditadura militar ainda fascina roqueiros que não entenderam nada

Marcelo Moreira




O ativismo antifascista é cada vez mais necessário, mas como manter e estimular uma luta quando nas nossas próprias fileiras cresce o desespero e a sanha autoritária com manifestações de "apreço" a um presidente de inspiração fascista que explora várias possibilidades de golpe de Estado?
 
Neste 31 de março, que marca os 57 anos do começo da asquerosa e nojenta ditadura militar, músicos de rock e fãs do autoritarismo prestaram sua "homenagem" ao regime assassino e depredador da democracia que começou em 1964.

Lamentavelmente, não foram poucos os imbecis que fizeram tal gesto, clamando por militares no poder, com uma ditadura em que "deus e a família e a pátria (escrito assim mesmo) sejam a prioridade", com a "eliminação de comunistas".

Os adeptos do fascismo entre nós, apreciadores de rock, perderam o pudor e a vergonha em promover as trevas e o combate aos chamados "inimigo da sociedade", genericamente chamados de "comunistas", seja lá o lá o que entendam por isso.

É gente apoia o genocídio perpetrado pela covid-19 e estimulado pelo governo desastroso de bolsonada, o pior governante de todos os tempos.

Não é só a guerra contra conhecimento e a cultura que bolsonada empreende: é uma cruzada contra o bom senso e a lógica na tentativa de relembrar e resgatar um mundo medieval, onde todos terão de celebrar a ignorância e ter orgulho dela.

Celebrar e louvar a ditadura é jogar contra a própria liberdade e contra a própria vida, especialmente para artistas que só podem criar de forma decente em ambientes que valorizem a liberdade e o conhecimento. 

O artista imbecil que comemora 1964 não só merece o que de pior a vida puder lhe impor: merece ser o primeiro a ser execrado e banido pela própria ditadura que apoia, caso ela venha a se materializar.

Quem gosta de rock jamais pode fazer continência a um regime que fez da violência e da brutalidade políticas de governo, com direito a tortura, assassinatos e destruição das instituições.

As guitarras não serão caladas, por mais que os próprios músicos e guitarristas imbecis que babam por uma ditadura trabalhem pelo silêncio dos artistas. Esses seres abjetos precisam ser neutralizados e banidos para que não empesteiem o mundo com seu ódio. 

É hora de separar os lixos humanos dos seres decentes que prezam pela democracia e pela liberdade.

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