Quem gostava de rock ou começava a aprender sobre o gênero nos anos 80 do século passado logo era informado: eram objetos de desejo álbuns de bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Queen e Grand Funk Railroad, sobretudo se fossem importados.
A lista incluía também uma novidade, até certo ponto: “Paris”, um LP duplo ao vivo de uma banda inglesa de rock progressivo então pouco conhecida por aqui – o Supertramp, liderado pelo tecladista e vocalista Rick Davies e pelo guitarrista, tecladista e vocalista Roger Hodgson
Trabalho que frequenta muitas listas de melhores discos ao vivo de todos os tempos, “Paris” era o resumo de uma década de músicas imponentes e álbuns marcantes, e vira uma página para que a banda entrasse na década seguinte e rumasse para a quase desintegração.
Originalmente lançado em 1980, o álbum ganha nova edição agora, com novas mixagens e masterizações, pata celebrar, com algum atraso, os 45 anos de sua chegada ao mercado. É daquelas obras de rock indispensáveis em qualquer coleção de apreciadores de rock
O Supertramp foi uma das maiores bandas do mundo em 1979, após o lançamento do álbum “Breakfast in America” e sua extensa turnê. O completo do Pavillon de Paris, com 8.000 lugares em dezembro daquele ano - na terceira de quatro noites esgotadas - agora finalmente está nas lojas de forma completa com o nome de “Live in Paris '79”.
Gravado em 1º e 2 de dezembro de 1979, a formação clássica – Davies, Hodgson, John Helliwell (sax, instrumentos de sopro, vocais, teclados), o baixista Dougie Thomson e o baterista Bob Siebenberg - captura o Supertramp no auge de sua carreira.
Diferentemente do álbum ao vivo de Paris lançado anteriormente em 1980, que continha trechos de shows anteriores desta temporada, os novos LP triplo e CD duplo incluem o show completo do Supertramp da turnê, compilado de gravações feitas durante as duas apresentações de dezembro.
Naquele mês de 1979, a banda estava na estrada por quase dez meses, tendo tocado nos Estados Unidos, Canadá e Europa, divulgando “Breakfast in America”, o álbum mais vendido daquele ano - vendeu mais de 20 milhões de cópias, produziu vários singles de sucesso e ganhou dois prêmios Grammy.
Para uma banda de Londres que se formou em 1969 e alcançou o estrelato em 1974 com o lançamento de seu terceiro álbum,” Crime of the Century”, atingir o auge do sucesso musical em apenas cinco anos virou o mundo dos músicos de ponta cabeça. Claro que foi agradável, mas trouxe consequências pesadas para os anos seguintes.
O original já era muito bom e a versão atualizada e expandida tornou a coisa ainda mais saborosa, com clássicos como "Bloody Well Right", "The Logical Song", "Breakfast in America", "Goodbye Stranger", "Asylum", "Even in the Quietest Moments", "Give a Little Bit", "Dreamer", "Rudy", "Take the Long Way Home", "Fool's Overture" e outros.
Curiosamente, no Brasil e na América Latina, a canção que mais se destacou foi um épico de mais de dez minutos de duração, “Foo’ls Overture”, com suas suítes à la Yes e o vocal agudo e extremamente afinado de Roger Hodgson. Muitas rádios brasileiras não hesitavam em toá-la, principalmente à noite
“Paris” é dos símbolos de uma era de descobertas, em que o rock realmente ficou grande e onipresente, mesmo com a iconoclastia do movimento punk e do avassalador predomínio da disco music – ainda que efêmero no caso desta. É um relançamento que precisa ser cewlebrado.
Lista de músicas
01 – School (Live)
02 – Ain’t Nobody But Me (Live)
03 – The Logical Song (Live)
04 – Goodbye Stranger (Live)
05 – Breakfast In America (Live)
06 – Bloody Well Right (Live)
07 – Hide In Your Shell (Live)
08 – From Now On (Live)
09 – Child Of Vision (Live)
10 – Even In The Quietest Moments (Live)
11 – You Started Laughing (When I Held You In My Arms) (Live)
12 – A Soapbox Opera (Live)
13 – Asylum (Live)
14 – Downstream (Live)
15 – Give A Little Bit (Live)
16 – Dreamer (Live)
17 – Rudy (Live)
18 – Take The Long Way Home (Live)
19 – Another Man’s Woman (Live)
20 – Fool’s Overture (Live)
21 – Two Of Us
22 – Crime Of The Century
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