Com um pouco de atraso, o Combate Rock começa a mostrar o que de melhor ocorrer em 2024 no rock. Essa primeira parte dos melhores internacionais traz a visão do jornalista Marcelo Moreira, que integra a equipe ao lado de Mauricio Gaia,
A lista não segue uma ordem de preferência e está mais eclética e variada do que a do ano anterior, indo do blues ao heavy metal com mais facilidade.
- Bruce Dickinson – “The Mandrake Project” – Quase 20 anos depois de seu último disco solo, o vocalista do Iron Maiden encontrou tempo para compor e gravar aquele que é o seu melhor trabalho individual. É uma pela de metal moderno, com músicas fortes e refrões cativantes, temperados por guitarras de grande envergadura, fugindo da tentação de repetir o que o Iron anda fazendo.
- Opeth – “The Last Will and Testament” – Foram mais de cinco anos de silêncio até que o quinteto sueco de metal progressivo voltasse a flertar com suas origens no death metal. O estranhamento inicial é normal com os vocais guturais do guitarrista e vocalista Mikael Akerfeldt, mas a audição compensa neste ótimo álbum conceitual sombrio e, por vezes, bastante agressivo.
David Gilmour – “Luck and Strange” – Aproximando-se dos 80 anos, o guitarrista e cantor David Gilmour (ex-Pink Floyd) aprofunda o estilo contemplativo e reflexivo que domina seus discos solo desde “On a Island”, de 2006. Além da mulher, a jornalista Polly Samson, escrevendo as letras, agora ele tem a colaboração da filha, Romany, de 22 anos, que canta em uma das músicas e toca harpa e outras. O trabalho é belo e faz um passeio sobre a bleza da vida e a aproximação da morte.
The BellRays – “Heavy Steady Go!” – Parecia que a pandeia de covid-19 tinha calado o maravilhoso quarteto de hard punk, mas as lives feitas em casa apenas prepararam o terreno para esse ótimo álbum, que mistura hard rock, blues, soul music e blues com fartas doses de competência. Com muita habilidade, as letras tocam em temas cotidianos temperados com crítica social e muita inteligência. “I Fall Down” é uma das melhores canções de rock deste século.
The Warning – “Keep Me Fed” - - Power trio explosivo formado pelas irmãs mexicanas Villarreal conquistou definitivamente a Europa com seu álbum mais bem produzido e maduro. Sucesso na internet quando elas tinhas 14, 11 e 9 anos, elas deixara, o hard rock mais cru d passado e investem em um power pop movido a guitarras inteligentes e uma percussão que empurra tudo para a frente. Os temas juvenis ficaram mais sérios r, como tem sido frequente nestes tempos, algumas letras as fazem soar poderosas e e afrontadoras. Dez anos após a estreia em álbum, aparecem como grandes nomes da cena moderna de rock.
- Body Count – “Merciless” – O projeto de heavy metal do rapper e ator Ice-T se aproxima dos 35 anos menos metal e mais hard rock, com mais dose de rap do que de costume. Ice-T está bem furioso e investe contra os inimigos de sempre – polícia, pobreza, desaso político – em letras inspiradas e declamando mais do que cantando. Ainda assim, acertou na versão ótima para “Comfortably Numb”, do Pink Floyd, com uma letra diferente e solo de guitarra de David Gilmour, um dos coautores.
- Blues Pills – “Birthday” – Quarteto sueco acerta ao dar um passo atrás e voltar ao blues rock que o consagrou neste ótimo disco. Embora seja bastante homogêneo, há três músicas que são hits explosivos, provando que a banda é muito boa. São eles a raivosa “Birthday”, a pegajosa “vad Choices” e a balada triste “Top of the Sky”, que não é uma música de amor.
Menções honrosas
- Judas Priest – “invincible Shield”
- Black Country Communion – “V”v
- Walter Trout – “Unbroken”
- Dan Patlansky – “Movin’ On”
- High on Fire – “”Cometh the Storm”
- Kerry King – “From Hell I Rise”
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