Marcelo Moreira
É oportunismo e caça-níquel. Os integrantes originais do Black Sabbath tanto insistiram que acharam alguém que patrocinasse o “último show” da carreira maravilhosa de 48 anos de uma da mais importantes bandas de rock de todos os tempos, a responsável pela existência do heavy metal.
Devido à idade e sérios problemas de saúde, a banda decidiu gravar um último álbum em 2013, “The End”, e fazer uma longa turn^mundial de despedida dividida em duas partes. O último concerto ocorreu em 4 de fevereiro de 2016 em Birmingham, Inglaterra, a cidade da banda. Todos ai disseram que era o fim.
Só que desde 2022 o baixista Geezer Butler vem dando entrevistas dizendo que a históeia estava incompleta, já que o baterista Bill Ward não participou da então última turnê por questões financeiras e de saúde. Tempos depois, o vocalista Ozzy Osbourne começou a admitir a hjpótese de um último show. Finalmente, o guitarrista Tony Immi disse no ano passado que seria possível.
Tudo jogo de cena. Estava claro que todo mundo aceiraria um ou mais shows de “despedida”, com ou sem Bill Ward, desde que tudo fosse lucrativo. Portanto esqueçamos essa história de que “tudo estava incompleto, faltava alguma coisa”. Nove anos depois do fim oficial, quase octogenários, os quatro vão subir ao palco para tocar velhos clássicos. Só que não precisava ser assim. Na verdade, não precisava.
Muita gente diz que Black Sabbath é tão maravilhoso que é possível perdoar essa “mancada”. É um ponto de vista respeitável. Se eles se reunissem e subissem ao palco apenas para acenar por cinco minutos e fossem embora já valeria a pena para a maioria. O que irrita é o jogo de cena que escamoteia a ideia de que os quatro sentiam que a “história estava incompleta”. Por que agora, e não antes?
O show será a atração principal de um festival de heavy metal em 5 de julho, no estádio Villa Park, em Birmingham, Outras atrações são Ozzy Osbourne (solo), Metallica, Slayer, Pantera, Gojira, Alice in Chains, Halestorm, Lamb of God, Anthrax e Mastodon estão escalados, além de convidados adicionais Billy Corgan (Smashing Pumpkins), David Draiman (Disturbed), Duff McKagan, Fred Durst (Limp Bizkit), Lzzy Hale, Jake E. Lee, Jonathan Davis (Korn), K.K. Downing, Mike Bordin (Faith No More), Papa V Perpetua (Ghost), Rudy Sarzo, Sammy Hagar, Slash, Sleep Token II (Sleep Token), Tom Morello e Wolfgang Van Halen.
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